Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Olhando para todas as mãos, eu decidi chamar quem eu poderia contar para não envergonhar-me.

— Jessica.

Ela olhou na direção de Alfonso.

— Você está ficando com a senhorita Portilla?

Obviamente a minha impressão sobre Jessica estava errada.

Desta vez, eu respondi a pergunta.

— Não, Jessica. O Sr. Herrera e eu não estamos... ficando.

— Vocês estão namorando?

Quem era ela? Uma repórter da People?

Alfonso riu e agora, o meu olhar era de ódio.

— Não. — ele silenciou a classe com as mãos, tentando derrubar a enxurrada de perguntas que se seguiram. — A Srtª Portilla e eu não estamos namorando. Somos grandes amigos. Desde que eu não quero causar mais interrupção, é melhor eu ir.

Os estudantes gemeram, não querendo que nosso famoso visitante saísse. Esta foi provavelmente a coisa mais excitante que eles tiveram em todo o ano.

Abbi levantou a mão novamente e Alfonso a chamou.

— Sr. Herrera... Eu quero dizer, Alfonso. Obrigado por passar aqui. Talvez você possa voltar, quando a Srtª Portilla disser que está tudo bem. Tenho certeza de que nossa classe adoraria lhe fazer algumas perguntas. Como uma entrevista. Muitos de nós desfrutam da sua música, e alguns de nós são músicos e cantores, também.

A jovem me fez sorrir.

Ela tinha falado mais nos últimos minutos que em todo o ano escolar. Alfonso tinha esse efeito sobre as pessoas.

— Eu adoraria, Abbi. Obrigado pelo convite. A Srtª Portilla pode me convidar novamente a qualquer momento.

Eu tomei isso como minha deixa para tirá-lo fora de lá.

— Ok turma, digam adeus ao Sr. Herrera.

Mais uma vez eu puxei Alfonso pela manga, e o empurrei para fora da minha sala de aula. O segui para o hall e fechei a porta atrás de mim.

— Você não pode simplesmente dizer-lhes que você vai voltar a qualquer momento. Eles são crianças Alfonso. Eles vão esperar por isso.

— E por que isso é um problema? — ele colocou a mão no meu braço e veio uma onda de calma sobre mim.

— Porque... você vai embora. O casamento é daqui há duas semanas.

— Quem disse que eu vou a algum lugar, Luz do sol? Eu não tenho que ir. Se algum dia você quiser que eu volte e fale sobe a minha carreira, me avise. Eu vou estar aqui.

Ele sorriu, me golpeando com aquele sorriso sexy que levou embora todos os meus receios anteriores para longe. E talvez, colocando alguns novos no lugar.

Maldito sorriso sexy!

Ele não ia embora? Ele ficaria dessa vez? E ele estava disposto a falar com os meus alunos novamente?

Ele sabia o quanto meus alunos significavam para mim. Ao vê-lo interagir com eles, mesmo tão breve quanto foi, me lembrou do tempo que passamos como conselheiros do acampamento de verão.

Esses foram alguns dos melhores momentos da minha vida, solidificando o meu desejo de ser uma professora.

Não havia dúvida, mesmo assim, que Alfonso tinha um modo de atingir as crianças. Ele tocaria sua guitarra e faria canções como, Little Bunny Foo Foo, que soa legal para cantar.

Os adolescentes fariam qualquer coisa se Alfonso fizesse. Talvez tê-lo de volta por um dia para falar da carreira, não seria uma ideia tão ruim afinal.

E talvez, apenas talvez... uma segunda chance com Alfonso valia a pena o risco.

Ele não queria ser apenas amigo. Ele não teria vindo me ver e trazer flores se fosse esse o caso. Ele queria mais, e fez o esforço para me mostrar que ele se importava. O que era muito para mim.

Parte de mim se sentia aterrorizada. Parte de mim estava começando a acreditar em nós novamente.

— Ok, então. Obrigada. Eu tenho que voltar. — eu coloquei meu polegar em direção à porta. — Vejo você mais tarde.

Antes que eu pudesse detê-lo, Alfonso inclinou-se e beijou minha testa.

Maldito seja por me fazer sentir pegajosa.

Minhas bochechas coraram. Tenho certeza que meu rosto estava tão vermelho quanto poderia estar.

— A gente se vê mais tarde, Luz do sol. — disse ele por cima do ombro, enquanto se afastava.

Esperei alguns segundos antes de voltar.

Quando eu abri a porta, o som de cadeiras raspando contra o chão e o deslocamento de corpos em seus lugares podia ser ouvido alto e claro.

Com uma sobrancelha levantada, eu olhei para o mar de rostos olhando para mim, cada um com um sorriso tão largo que você pensaria que eles viram suas mães beijando Papai Noel.

Obrigada, Alfonso Herrera por mudar minha vida.

Mais uma vez.