Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso

Oito dias, minha bunda.

Com a ajuda da boa e velha Maite, eu era capaz de diminuir esse número para menos que dois. Somente um para ser exato.

Surpreendentemente, logo os recém-casados decidiram que queriam uma despedida de solteiro mista. Normalmente, eu teria dito que esta era uma ideia ridícula, mas quem era eu para ficar no caminho de seus planos de casamento?

O fato de que eu veria Any, mais cedo ou mais tarde, era um bônus.

Cruzando o Colorado Boulevard, eu liguei o rádio e deixei o vento soprar através das janelas.

Dias bonitos e ensolarados me lembravam de Any. Pois é refrescante e cheio de vida.

A rua estava muito mais movimentada do que eu me lembrava, mas ainda estava muito longe da loucura de Hollywood ou Downtown, em LA.

Se o meu plano era ir para o trabalho, eu precisava que fosse diferente.

Eu ainda queria a atração de uma cidade cheia de vida noturna, sem a loucura da cidade grande.

Eu queria que as pessoas de todos os estilos de vida se sentissem bem-vindas, não que eles tivessem que dar um aperto de mão secreto ou entrar escondidos para ficar anônimos.

Quanto mais eu descia a rua principal, mais eu sentia como se estivesse indo na direção certa.

Ostentoso, vivo, e não demasiado nobre para deter o tipo de multidão que eu estava procurando.

O meu GPS guiou-me para virar à direita em uma pequena rua lateral, e deixou-me saber quando o meu destino estivesse à esquerda.

Felizmente, havia uma garagem na esquina para que eu não tivesse que andar muito. Isso seria bom para os visitantes também.

Eu capturei o ambiente.

Tinha árvores nas calçadas pavimentadas com tijolos. Eu amei. Eu senti como se estivesse em casa.

— A! — Sam gritou, sempre me chamando por minha inicial quando estávamos em público, para não chamar atenção. — Aqui! — apenas alguns passos à frente de mim, ele ficou com a mão direita colocada para fora, fixando a fachada para exibição. — É isso.

Na semana passada, ele me enviou mais fotos de propriedades do que queria. Cada vez, eu dava-lhe uma negativa. Nenhuma das tentativas anteriores teve sucesso.

Alguns lugares eram demasiadamente profundos em Los Angeles, alguns eram muito longe. Alguns eram grandes demais, outros muito pequenos. Alguns eram muito extravagantes para o meu gosto, enquanto outros assustavam a merda fora de mim.

Mas a partir do momento que eu vi este edifício de tijolos, com duas enormes janelas na frente, eu podia me ver vivendo aqui.

As janelas forneciam uma vista da rua, acolhendo os espectadores em vez de desviar as pessoas.

— O olhar em seu rosto me diz que você gosta do que vê. — Sam disse, com uma expressão de satisfação em seus olhos.

— Até aqui tudo bem.— eu disse. — Vamos dar uma olhada por dentro.

Imediatamente meus planos começaram a desdobrar, à medida que cruzávamos o limiar.

Um bar ficava no canto do lado direito até a outra extremidade da parede. Imaginei várias banquetas forradas revestindo o balcão, as pessoas sentariam sobre ele com o cotovelo na barra, e seus corpos se voltando para o palco.

Um palco que ficava contra a parede oposta para que artistas e intérpretes pudessem ser visto de todas as direções, incluindo a partir do exterior. Precisaríamos de uma plataforma elevada, espaço suficiente para um pequeno grupo, e definitivamente um piano.

Mesas de coquetel, algumas baixas e outras altas precisariam estar espalhadas ao redor do espaço restante.

Garçons vestindo camisetas vintage com o logotipo da fachada, jeans e velhos school Chuck Taylors, harmonizando entre as mesas, recebendo os hóspedes com um sorriso.

Talvez eles fossem músicos também. Quem sabe?

— O que você está pensando? — perguntou Sam. — Muito grande, muito pequeno.

— Você mencionou que o lugar ao lado está disponível também, certo? — perguntei.

— Sim, a mesma pessoa possui ambos os espaços e disse-me que colocou as paredes para separar os dois. — Sam bateu em uma parede. — Isso pode ser facilmente removido novamente.

— Não, vamos deixar assim. Talvez apenas uma porta que leva de um espaço ao outro. — eu sorri.

— Há mais desse plano que você não está me dizendo. — ele me olhou como se ele tivesse o poder de obter algo de mim.

— Talvez.