Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso

Depois de invadir a loja de conveniência mais próxima, peguei meu carro da garagem logo após a meia-noite.

Passei o resto da noite assistindo Railroad Alaska, comendo Snickers e M&M, pensando que a vida fora da rede não soava como má ideia então.

Eu não podia acreditar que eu a vi. Minha luz do sol. Minha Any.

Quando nossos olhos se encontraram, eu juro que meu coração deu uma cambalhota, e meu pulso acelerou a uma velocidade de risco de vida.

Ela estava linda com seu longo cabelo castanho, fluindo em ondas soltas sobre seus ombros. Seus olhos azuis brilharam de volta para mim.

Eu fiquei sem palavras, mas tudo o que eu queria fazer era correr atrás dela.

Quando cheguei nos bastidores, uma multidão de fãs já havia me rastreado, e eu tinha que fazer o que sempre fiz. Apertei as mãos, posei para fotos e dei autógrafos.

Quando eu saí de lá, já era tarde demais. Ela tinha ido embora.

Christian e Maite ainda estavam na sua mesa no entanto. Eles ficaram para ver os outros artistas, sabendo que eu viria para dizer olá.

Eles eram meus amigos, e eu planejava chamá-los. Eu sempre o fazia quando voltava à cidade. Eu só tinha algumas coisas para trabalhar antes que eu o fizesse desta vez. A canção era uma daquelas coisas.

Embora eu estivesse feliz em vê-los, eu realmente queria falar com Christian sozinho. Eu tinha que saber quem estava com Any. Eu não sabia nada sobre esse cara e já o odiava. Eu poderia ter dado um soco em sua mandíbula se tivesse uma chance.

Não era segredo que ela estava namorando. Minhas conexões antigas sempre me mantiveram alerta sobre os namoros, e as idas e vindas de Anahí Portilla.

Christian raramente a mencionava, provavelmente algum código seguro entre garotas, porque ele foi nomeado o melhor amigo de Any.

Nós fomos como os quatro mosqueteiros na faculdade. Nós ainda seríamos, se eu não tivesse mandado Any embora.

Agora, Christian e Maite iam se casar, e Any e eu não nos falávamos há anos.

Convenientemente, nós nunca nos esbarramos quando eu voltava para casa, mesmo tendo os mesmos amigos.

Eu sempre pensei que teríamos conseguido engatar logo após o colegial. Não foi por falta de tentativa da minha parte.

Pedi a minha luz do sol para se casar comigo, pelo menos uma vez por semana a partir do momento em que ficamos juntos, até o momento que nos separamos. Ela sempre pensou que eu estivesse brincando, mas eu era muito sério.

Eu amei aquela menina com todo o meu coração. Eu ainda a amava. Eu teria casado com ela num segundo se ela tivesse dito sim.

Meu estômago virou, deixando um gosto ruim em minha boca.

Eu provavelmente não deveria ter comido tantas porcarias quando cheguei em casa.

Era como se um adolescente pulasse sobre o meu corpo, e ansiava por chocolate para curar a minha dor de cabeça.

Senti-me bem no momento, comi demais e assisti TV, mas o sentimento não durou muito.

Eu acordei sentindo-me pesado e precisando de Pepto.

Um som de toque invadiu meus pensamentos, e me levou um tempo para descobrir que era o telefone fixo da casa.

Levantei-me e fui para a mesa do café onde estava o sem fio, desde a última vez que eu estive em casa meses antes.

— Aqui é Alfonso.

— Sr. Herrera, aqui é John da portaria. Sr. Christian Chávez está aqui para ver você.

— Mande-o entrar.

Viver em um condomínio fechado tinha suas vantagens. Ele deixava pouco espaço para surpresas, como visitas inesperadas ou paparazzi tirando uma quantidade infinita de fotos.

Eles tiravam o suficiente quando eu saia. Eu não precisava de fotos na privacidade da minha própria casa.

Poucos minutos depois Christian estava na minha porta.

— Ei cara. — eu estendi a mão e dei um passo para um abraço de mano. — Faz muito tempo.

— Pode apostar. — ele entrou e fez o seu caminho para o salão, observando meu vídeo game. — Não jogo Madden desde a última vez que estive aqui. Maite fica louca quando se trata de vídeo game. Ela diz que eu sou viciado, e ela não gosta de ser ignorada.

Eu ri, pensando em Mai. Ela podia ficar louca às vezes.

— Vamos jogar então.

Jogar no PS3 soava muito melhor, do que ficar olhando um para o outro, e falando sobre a minha ex-namorada.

Basta dizer a palavra ex, que me fazia querer bater em alguma coisa. Era um termo que eu nunca pensei que estivesse associado a Any.

Estávamos bem na metade do nosso jogo de futebol, antes que Christian trouxesse a noite anterior.

— Noite louca, né? Eu não posso acreditar que todos nós nos encontramos no mesmo bar.

— Também não posso.

— Maite acha que foi o destino. — ele revirou os olhos.

— Ela acharia.

A menina nem estava lá e já tinha me quebrado. Ela era engraçada.

Não havia maneira deles saberem que eu estava indo para o bar. Inferno, nem eu sabia até que eu estacionei, olhando para o volante com a melodia da canção tocando na minha cabeça.

— Eu meio que concordo. — Christian, obviamente distraído, disse: — Olha, na semana passada, meu irmão ligou e teve que desistir de vir ao meu casamento. Sua esposa está de repouso, e pode entrar em trabalho de parto prematuro, então ele não pôde deixar a cidade.

Christian estava nervoso. Ele precisava dizer algo, mas estava protelando nesse ponto.

— Eu sinto muito mano. Isso é ruim. Deixe-me saber quando Lisa der a luz, para que eu possa enviar-lhe algo.

Christian assentiu.

— Isso soa legal. Tenho certeza de que eu aprecio isso. Mas isso não é tudo.

Percebendo seu tom preocupante, perguntei:

— O que é cara?

— Eu preciso de sua ajuda para uma coisa grande. Eu tenho um enorme favor a pedir.