Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Eu podia ouvir o chuveiro ligado quando acordei na manhã seguinte. Minha cabeça doía, e eu me sentia como se estivesse de ressaca, embora eu só tivesse tomado um copo de vinho.

Dor de cabeça ou não, eu não pude deixar de voltar ao dia anterior.

O casamento foi tudo o que Maite esperava. Ela era a noiva mais bela que eu já vi. Ela passou um ano fazendo planos e, em seguida, aproveitando quando o dia finalmente chegou.

Eu já vi noivas correndo como loucas no dia de seu casamento, e algumas tinham ataques porque algo não se encaixava. Maite... não ficou assim. Mesmo quando estávamos atrasadas para a cerimônia, ela estava calma e a felicidade transbordava dela.

A única vez que Maite ficou desnorteada, foi no final de seu primeiro baile.

Ela e Christian diminuíram para uma quase parada completa, de frente para Alfonso. Eles quase não se moviam, balançando para frente e para trás quando ele terminou sua canção.

Quando todos os outros aplaudiram, Maite pegou a mão de seu marido, e eles correram para o palco.

Alfonso pulou para encontrá-los com os braços bem abertos. Os três se abraçaram, enquanto soluçavam com felicidade e amor.

— Alfonso, muito obrigado. Eu queria tanto que você cantasse a nossa música, mas eu não quis pedir. Você fez o dia do meu casamento completo. — ela disse a ele fungando.

— Estou feliz por fazer você feliz Mai. — disse ele, abraçando-a novamente. — Minha música não significa nada para mim se eu não puder fazer meus amigos sorrirem. Parabéns vocês dois. Eu amo vocês.

Da mesa da festa de casamento, me sentei para ver e ouvir o intercâmbio com lágrimas nos meus próprios olhos.

Alfonso pegou o meu olhar, e nós compartilhamos o momento como se fôssemos as únicas duas pessoas na sala.

Com um olhar intenso, ele foi de alguma forma capaz de declarar seu amor por mim, em alto e bom som, e eu absorvia cada pedacinho disso com um sorriso.

Eu queria sair da cama, mas eu também queria ficar lá durante todo o dia relembrando o casamento do início ao fim. Foi lindo.

Depois que Alfonso cantou, as tradições regulares continuaram.

Eu não peguei o buquê, embora Maite tentasse jogá-lo direto para mim. Algumas mulheres levavam muito a sério, e eu não estava disposta a arriscar ter lesões corporais por arrebatar as flores.

Eu tinha o meu homem. Eu não precisava disso.

Além disso, Alfonso cantou, mas a melhor parte, foi quando Christian empurrou o bolo até o nariz de Maite. Eu apontei para ela, e disse-lhe que ele estava se vingando pelo montante nojento de degustações de bolos que provamos.

Depois de dançar o velho hip hop e músicas pop dos anos oitenta e noventa, os recém-casados deixaram o salão de baile mandando beijos, e se despedindo por todo o caminho.

Alfonso e eu levamos isso como a nossa deixa para sair também.

O telefone dele tocou, tirando-me das lembranças do casamento.

Sentei-me, pensando que eu pudesse levar o telefone para ele no chuveiro, mas mudei de ideia. Eu caí de volta na cama, aninhando-me nos travesseiros.

O telefone tocou novamente. Desta vez eu rolei e peguei. Era Sam.

O toque parou quando eu joguei minhas pernas para o lado do colchão, e limpei o sono dos meus olhos. Em seguida, o som veio novamente.

Sam. Ele não teria chamado três vezes se não fosse importante. No máximo, Alfonso falava com ele uma vez por dia, quando eu estava por perto. Então eu me levantei e fui para o banheiro.

Ouvi que Alfonso cantarolava a minha música. Isso me fez querer tirar as minhas roupas e saltar para dentro do chuveiro com ele, mas tínhamos coisas para fazer.

Nosso plano era visitar meus pais e dar a notícia. Eu não estava nervosa em contar os meus planos para me casar, eu estava animada e ansiosa. Eu sabia que eles ficariam felizes por nós.

E se eu conhecia bem o meu pai, e como ele pensava, ele diria algo como: "Já era a maldita hora."

— Ei, Alfonso! — eu o chamei.

Ele imediatamente parou de cantarolar e virou-se para mim. O sorriso nos lábios atingiu o caminho até seus olhos.

Ele era lindo.

— Bom Dia Luz do sol.

— Bom Dia. Ei, escute, Sam continua chamando. Ele já chamou três vezes nos últimos cinco minutos. Quer que eu traga o telefone para você?

Ele franziu o nariz.

— Não. Vou ligar para ele quando eu terminar. Seja o que for, pode esperar. — em seguida, ele me deu um daqueles sorrisos sensuais. — Quer se juntar a mim?

— Eu adoraria, mas se quisermos chegar a casa dos meus pais em breve, vou ter que recusar.

Ele riu.

— Provavelmente uma boa ideia. — enquanto eu caminhava para fora do banheiro, ele gritou: — Eu te amo!

— Eu também te amo! — eu gritei de volta com um sorriso que podia ser visto da Terra por um satélite em órbita.