Fanfic: Sem Você *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Então, o que me impedia agora de chamá-lo, e dizer-lhe que eu queria voltar para casa, para ficar com ele pelo o resto de nossas vidas?

Orgulho. Isso era o que estava me impedindo.

Eu estraguei tudo. Eu não o ouvi.

Não só eu não o ouvi, mas eu não dei a ele a chance para defender-se. É assim que eu gostaria de lidar com as situações da vida?

Alfonso disse que ainda me amava, mas eu pensei que ele desistiria, que eu não valia a pena o esforço. Assim como antes.

Mas ele não desistiu. Desta vez, ele garantiu que eu soubesse que acreditava em nós, e que eu valia a pena o esforço. Que valíamos a pena o esforço.

Com cada texto, cada chamada, cada entrega de flores, e todas as letras. Alfonso estava determinado a mostrar-me que desta vez ele estava disposto a lutar.

Meu telefone vibrou. Eu coloquei os cartões na mesa, e puxei meu celular do bolso.

"Chegaremos em casa domingo de manhã. Menos de 48 horas. Você corrigiu isso?"

Examinei a sua mensagem observando o prazo.

Sorri pensando que, não importava quanto eu quisesse ouvir a voz dela durante toda a semana, não importa o quanto eu quisesse ouvir Alfonso, ambos me conheciam bem o suficiente, para saber que eu ainda precisava de tempo para resolver tudo por conta própria.

Como ela sabia exatamente quando empurrar, eu nunca saberia. Mas eu seria grata para sempre.

"Ainda não. Mas estou pronta."

Apenas alguns segundos depois de enviá-la, ela respondeu:

"Boa garota. Amo você irmã."

Deixei meu telefone na mesa de café e tirei meus pés debaixo das minhas pernas.

Agarrando os cartões, sentei-me lendo cada um de novo, o que pareceu uma eternidade, tentando decidir como eu ligaria para Alfonso, e o que eu diria.

Com o tempo, o sol desapareceu e a escuridão caiu sobre a minha casa.

Eu peguei o controle remoto e liguei a televisão. Eu silenciei o volume, precisando da luz que a tela fornecia, mas não o som.

Peguei meu telefone novamente e o transferi de uma mão para a outra, tentando reunir coragem para telefonar.

Eu só precisava fazê-lo. Como arrancar um band-aid.

Batendo de leve no meu telefone, eu trouxe os meus contatos favoritos.

Estudei o rosto de Alfonso. Seu sorriso sexy, seus grandes olhos verdes, que tinham um modo de me dizer como se sentia, sem falar uma única palavra.

Eu disquei e pressionei ligar, antes que eu pudesse me convencer do contrário.

Ele respondeu antes do primeiro toque terminar.

— Any, Deus, Luz do sol! Por que você demorou tanto? — sua voz era frenética trazendo lágrimas aos meus olhos.

Sua resposta falou sobre a forma como ele me conhecia bem.

Ele não precisava perguntar por que eu fiquei em silêncio, apenas por que eu levei tanto tempo para quebrá-lo.

Eu amava este homem.

Eu tentei falar através dos soluços.

— Eu amo você, Alfonso Herrera. Eu sinto muito. Eu não sei o que você assinou, ou o que tipo de contrato você fez, mas se você quiser nós vamos trabalhar nisso. Eu não estou te afastando. Eu quero que você fique comigo. Para sempre. Mas se você precisa ir, vamos descobrir uma modo. Eu não vou deixar você novamente.

Lágrimas corriam pelo meu rosto, enquanto eu derramava meu coração para ele. Ele precisava saber o quanto eu o amava, e quão arrependida eu estava por colocar-nos neste inferno esta semana.

— Devagar, Luz do sol. Eu não estou indo a lugar nenhum. Eu prometo. O acordo que fiz não tinha nada a ver com turnês. Isso nem sequer tem nada a ver com um álbum. Meus dias de viagem acabaram Any. Você está presa comigo. Vamos nos casar lembra? — ele riu, e eu podia sentir seu sorriso através do telefone.

— Então o que você está fazendo? Que tipo de contrato é esse? — eu perguntei.

— Eu não quero lhe falar por telefone. Eu quero ver o brilho nos seus olhos quando eu te contar tudo sobre isso...

— Venha então. — eu disse, interrompendo-o.

Houve uma pausa mais longa do que eu teria gostado.

— Eu não posso. Eu estou em San Francisco. Sam voou até aqui para cuidar de alguns negócios, e sofreu um acidente de carro. Sua esposa não pôde ficar com ele por causa das crianças, então eu voei para ficar com ele. Estou na sala de espera agora.

— Oh meu Deus. Ele está bem?

Agora eu me senti ainda pior. Tinha tanta coisa acontecendo com Alfonso, e eu aumentei sua agitação.

— Ele está bem. Ele nem sequer queria que eu viesse, mas eu insisti. Ele é mais do que o meu produtor, ele é meu amigo. Assim que Simone chegar aqui, eu estarei dentro do avião, e de volta para casa. Ela está esperando por seus pais para ficar com as crianças. Eu ficarei aqui até domingo de manhã, o mais tardar. Eu vou voltar e vê-la assim que eu sair do avião.

— Perfeito.

Toda a vitalidade voltou ao meu corpo e meu coração.

Alfonso estava voltando para casa, para mim.

As lágrimas vieram novamente. Só que desta vez, eram lágrimas de felicidade.

— Any?

— Sim.

— Eu tenho que voltar para Sam, mas só porque eu não posso vê-la agora, não significa que eu não vou ligar. Assim, por favor, atenda o telefone quando eu o fizer.

Havia brincadeira em seu tom, mas eu entendi a mensagem.

— Absolutamente.

— Eu amo você, Luz do sol.

— E eu te amo.