Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Um mês havia se passado desde a inauguração da livraria de Anahí e os negócios iam de vento e polpa. Dulce, que havia sido despedida semanas antes do seu antigo emprego, foi convidada por Any pra ir viver com ela e ajudá-la dos negócios.

De início parecia uma loucura largar tudo que tinha e acompanhar a amiga, mas Anahí comprovou com argumentos fortíssimos que a vida dela precisava de um toque diferente. O clima entre Dulce e Maite a cada dia só piorava, cada vez que as duas se esbarravam na loja algo de estranho acontecia: livros eram derrubados, canecas eram quebradas, café era derramado... Parecia que o nervosismo das duas transparecia cada vez que se olhavam. Any havia percebido os olhares enviesados entre elas mas decidiu não comentar nada até que alguém pedisse sua opnião.

- Então Dulce, hoje é dia de você ficar no caixa e Maite circulando enquanto eu faço a sessão de leitura para as crianças. - comentou distraída enquanto escolhia qual livro usar.

Essa era uma das novidades que Anahí implantara em sua livraria, uma vez por semana ela fazia sessões de leitura para as crianças, enquanto os pais tomavam café na loja e liam seus livros, seus filhos disfrutavam de um maravilhoso tempo com a narrativa de uma das três. 

Rapidamente Dulce a puxou para o canto e começou a dizer com voz abafada.

- De novo essa merda Any? Eu já te disse que eu e a Mai não combinamos muito bem...

- Dulce Maria, qual é o seu problema? Maite não faz mal a uma mosca, sempre fica na dela e te trata super bem. Sinceramente amiga, você precisa me dizer o que está havendo se não eu não vou poder te ajudar. - cruzou os braços e a encarou.

- Any, eu não quero falar sobre isso, só faz o que eu te peço por favor. - murmurou nervosa.

- Está bem, está bem. Dá próxima vez, porque hoje já havia anunciado que era eu. Lavo as minhas mãos com vocês duas, só te peço pra parar de ser grossa com ela - ameaçou com o dedo em riste - Mai é minha amiga também Dul e uma funcionária maravilhosa, então tome cuidado ok? - sorriu carinhosa - Preciso ir, as crianças já chegaram. Não esquece de trazer os cupcakes de chocolate que a avó da Mai mandou. - deu um beijo no rosto da amiga e saiu apressada.

Dulce ficou parada no lugar pensando nas palavras da amiga. É verdade que em alguns momentos havia sido grossa sem nenhum motivo com Maite, mas a morena despertava nela sentimentos que não sabia explicar e que queria enterrar bem fundo.

*

O final do expediente ocorreu tranquilamente e, enquanto Anahí fechava o caixa, observava com o canto de olho as amigas levantando as cadeiras das poucas mesas que haviam no local.

- Any será que eu posso ir agora? Minha vó acabou de mandar uma mensagem, disse que está precisando da minha ajuda. - disse olhando o celular.

- É alguma coisa grave Mai? - Any desviou sua atenção do caixa e franziu o cenho preocupada.

- Não, acho que deve ser só pra organizar alguma coisa em casa antes que ela tome o remédio pra dormir. - riu sem graça.

- É Any, vou nessa também. Preciso ir no merxado urgente. Nossa geladeira está vazia, acho que não tem nem um ovo pra fritar e a água que tem deve estar estragada, se é que isso é possível. - disse com tom de brincadeira e as três cairam na gargalhada.

- Sem exageros vai Dul... - Any voltou a organizar o caixa ainda rindo.

- Sério amiga, só eu que estou cansada de comer fora todos os dias? - fez cara de enjoada.

- Não, eu também estou na verdade. Então vocês duas, senhoritas, estão liberadas pra irem curtir suas respectivas noites e seus respectivos finais de semanas mas... - disse animada - Não esquece de amanhã viu Mai, é a noite das menina-as! - cantarolou.

- Pode deixar Any, nos vemos amanhã a noite. Tchau Dulce. - disse seca, apanhou sua bolsa e saiu rapidamente.

Anahí observou Dulce morder os lábios pensativa e seu olhar cruzou com Any.

- Eu sei, eu sei que prometi. - levantou as mãos se rendendo - Não vou falar nada. - fez um ziper imaginário na boca e Dulce revidou dando dedo do meio pra amiga sorrindo e saindo da livraria.

Anahí continou com seus afazeres, ficar ali no seu negócio era ver seu sonho sendo realizado. O cheiro das páginas novas de livros a deixavam encantada e, em sua opnião, nada era melhor do que um dia chuvoso debaixo do cobertor, uma xícara de chocolate quente e um bom livro.

Derrubou uma caneca sem querer, que acabara por se espatifar no chão e então abaixou-se pra recolher os cacos antes de ir embora.

- Oh, merda! Porque eu sou tão desastrada? - resmungou pra si mesma.

O som do sino na porta chamou sua atenção e mesmo assim continuara abaixada recolhendo a sujeira.

- Desculpe, já encerramos por hoje! - disse alto para que o visitante pudesse escutar.

- Até mesmo pra mim? - perguntou Alfonso do outro lado do balcão.

Ao som daquela voz, Anahí se arrepiou da cabeça aos pés. Fechou os olhos e respirou fundo, era duro admitir pra si mesma o quanto sentiu falta de ver aquele xucro na sua frente, o quanto queria ser beijada novamente por aqueles lábios maravilhosos... Jogou os cacos no lixo e levantou-se cuidadosamente encarando Alfonso.

- Principalmente pra você. O que você faz aqui Alfonso? - perguntou insegura.

- Eu vim em missão de paz, prometo. - sorriu de canto.

Enquanto Anahí avaliava as palavras de Alfonso, mordia os lábios rosados deixando-o maluco de desejo. Durante todo mês ela era a única coisa em que pensava desde o momento em que acordava até o momento em que ia dormir, ela dominava seus pensamentos até mesmo em seus sonhos. Seus dias passaram a ser mais longos depois que a beijara, seu desejo não se aplacava mesmo que trabalhasse o triplo na fazenda. Tentou se satisfazer com outras mulheres, mas na hora "h" ele não conseguia nem mesmo beijá-las, não depois de sentir a boca de Anahí na sua.

- E porque você faria isso depois de todo esse tempo? - indagou desconfiada se apoiando no balcão.

- Por que, Anahí?! - lentamente Alfonso deu a volta parando em sua frente - Porquê eu preciso pedir desculpas pelo idiota que eu tenho sido desde que conheci você - aproximou-se ainda mais, encurralando-a entre seus braços - Porque eu não consigo parar de  pensar em você, no nosso beijo. O melhor beijo que já provei, você me deixou viciado em você Any... - completou com voz sedutora enquanto envolvia uma mexa do cabelo dela em seu dedo.

O coração de Anahí nunca bateu tão forte quanto naquele momento. Ela sentia sua respiração bem próxima ao seu rosto e então deglutiu tentando desfazer o nó que se formara em sua garganta. As borboletas não paravam de saltar em sua barriga, deixando-a cada vez mais nervosa. Molhou os lábios e encarou os olhos verdes que estavam em sua frente, ansiosos por uma resposta.

- Eu-eu não estou estou entendendo aonde vo-você quer chegar... - gaguejou nervosamente e de repente um calor imenso tomou todo seu corpo.

- É aqui que eu quero chegar, Anahí. - suas grandes mãos seguraram o rosto delicado de Any e sua língua invadiu a boca sem encontrar resistências.

O peito de Alfonso explodia como se fogos de artifícios estivessem sidos acesos. Ele sentiu as pequenas mãos de Anahí tocando timidamente seus braços, explorando seus músculos pela camisa e precisou somente de seu toque para que seu "ponchão" se ascendesse.

Os gemidos dos dois era a única coisa que se escutava dentro da livraria, as mãos de Alfonso criaram vida própria explorando então o corpo de Anahí assim como as mãos dela, agora sem pudor, acariciavam também o corpo dele. Com brutalidade ele colou seu corpo ao dela de modo que nem mesmo o ar era possível passar entre eles naquele momento, era tão bom poder experimentar do sabor dela novamente que ele sentia-se nas nuvens.

Quando o fôlego faltou para os dois, se separaram lentamente somente para se encararem e então sorriram.

- Bem, agora eu entendi onde você quis chegar. - disse Anahí envergonhada, arrancando uma gargalhada de Alfonso.

- Você quer sair comigo pra jantar Any? - perguntou Alfonso esperançoso.

- Agora? - ela arregalou os olhos, se questionando se ouvira direito.

- Sim ou você tem algum compromisso? - fechou a cara emburrado.

"Oh meu Deus, como ele pode ser tão lindo e tão idiota ao mesmo tempo?" Pensou Any.

- Você prefere pizza ou hamburguer? - levantou a sobrancelha encarando-o.

- O que?! Sem salada!? - sorriu tranquilo novamente e encostou sua testa na dela.

- Você está fazendo um convite o que quer dizer que vai pagar a conta, acha mesmo que eu iria pedir uma simples salada? Não mesmo! - disse animada dando uma piscadela e envolveu seus braços pelo pescoço dele.

Alfonso nunca havia se sentido à vontade com nenhuma mulher antes, era bom rir e conversar com alguém sem segundas intenções, bem, nunca seria sem segundas intenções com Any mas ele queria mais. Com Anahí ele não sabia explicar com exatidão, parecia apenas...certo. 

Deu um selinho em sua boca e a ajudou a fechar a livraria, dali seguiram para a lanchonete mais próxima.