Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Alfonso abriu a porta da lanchonete para que Anahí entrasse primeiro, gesto que ela apreciou muitíssimo e sorriu em resposta. Assim que entraram toda a movimentação do local parou instantaneamente quando viram de quem se tratava. Any se pôs vermelha da cabeça aos pés e Alfonso tomou a frente levando-a para a mesa mais discreta possível no fundo do local sem deixar de tocá-la sutilmente nas costas.

- O que foi? Nunca viram duas pessoas saírem juntas antes não? – esbravejou e assim todos se voltaram para o que faziam antes deles chegarem, não sem jogarem olhares curiosos para a mesa a todo momento.

A lanchonete era ao estilo dos anos oitenta e possuía uma enorme jukebox encostada na parede tocando Dolly Parton, as mesas tinham estilo cabine e proporcionavam maior privacidade aos clientes. Quadros na parede contavam a história do local por meio de fotos e autógrafos de artistas ilustres que passaram por lá assim como também dos moradores da cidade. Anahí achou o local muito familiar e descontraído, além de possuir muitas testemunhas já que perto de Alfonso as coisas pareciam sair sempre de controle.

Poncho se sentou de frente pra Anahí, ele temia que se sentasse ao seu lado não conseguiria soltá-la novamente. Foi uma tortura deixar de beijá-la e fazer o convite, mas então ele lembrou da conversa que teve com Carlos há alguns dias atrás.

- Preciso falar com você. – disse direto enquanto observava Carlos descarregar os sacos de ração do caminhão.

O homem mais velho sorriu e tirou o chapéu, limpando a testa com a manga da camisa.

- Finalmente... – ele respondeu aliviado. – Achei que você não me procuraria nunca.

- O que você quer dizer com isso Carlos? – respondeu Alfonso confuso.

- Vem, vamos pra sombra, não estou ficando mais novo cada dia Poncho. – Carlos respondeu enquanto entrava no celeiro. – Eu conheço você filho, algo mudou em você durante essas semanas. Você tem evitado sair de casa, tem evitado contato com os funcionários e cada dia mais introspectivo. – comentou calmamente enquanto enchia um copo com limonada gelada e então observou Alfonso. – Eu fiquei sabendo o que aconteceu na livraria e vou te dizer, não esperava menos de você. – riu.

Alfonso abaixara a guarda naquele momento, conversar com Carlos era simples e fácil, era óbvio que ele nunca substituiria seu pai mas era bom ter alguém pra conversar e pedir conselhos já que ele só enfiara os pés pelas mão até agora com Anahí.

- Eu estou confuso Carlos, pela primeira vez na minha vida eu não sei como agir com uma mulher. Caralho, eu pensei que essa atração pela Anahí fosse passageira, sei lá. – respirou fundo e colocou as mãos no bolso do jeans. – O que eu faço?

- Acho que você deveria deixar pra lá... – respondeu simplesmente.

- Quê? Como assim deixar pra lá? Ela não sai da porra da minha mente, eu me sinto tão envergonhado pela maneira como agi naquele dia, estragando tudo pra ela. Viu como eu virei um maricas? Eu nunca liguei pela forma como eu falo, pelo que eu faço, sempre toquei o foda-se pra todas as mulheres que passaram pela minha vida e agora você me pede pra esquecê-la? – ele observou Carlos avaliando-o, seu nervosismo agora transparecia juntamente com a confusão que o acompanhara por dias.

- Bom... Então vá atrás dela, oras! Já que virou um maricas, melhor que tenha a mulher do lado não acha? – brincou e recebeu de Alfonso uma careta – Agora é sério Poncho, se você acha que ela é tão especial assim você precisa faze-la se sentir especial também. Demonstrar isso, entende o que quero dizer?

Alfonso afirmou com a cabeça, já sabia onde Carlos queria chegar.

- Você não pode chegar todo ignorante como um homem das cavernas, quer dizer, só um pouco porque afinal, é disso que elas gostam... – continuou Carlos sorrindo – mas você precisa saber os limites cara.

- Eu sei, mas é que entre a gente é tudo tão explosivo, tão intenso... Eu quero conhece-la de verdade Carlos e pela primeira vez eu penso em ter um relacionamento com alguém. Me diz o que fazer por favor. – implorou.

- Eu não posso te dizer o que fazer Alfonso, você precisa trabalhar nisso sozinho. Mas eu bem que tive uma ideia, você ficou sabendo que ela faz sessão de leitura para crianças na livraria? - comentou casualmente enquanto tomava mais um copo de limonada.

- Sim eu acho que ouvi por ai, porque?

Carlos revirou os olhos com impaciência, qualquer outro homem já teria enxergado a oportunidade nessa situação.

- Com todo respeito, mas você é um jumento quando quer né? Pensa um pouco Alfonso, aqui é um haras excepcional que tem tratamento para crianças especiais. Pra se aproximar da Anahí é só convidá-la pra vir aqui fazer leitura para as crianças também, duvido que ela não aceitaria.

- Você é um gênio Carlinhos! - disse empolgado abraçando-o com tapinhas nas costas e partiu.

Então Alfonso esperou o resto do mês para que os nervos de ambos se acalmassem e torceu pra que quando Anahí o visse pelo menos desse a oportunidade de ouvir sua ideia.

- Então – Any limpou a garganta – posso saber o porquê de você ter me convidado pra vir aqui? - perguntou baixinho.

Antes que Alfonso pudesse responder a garçonete o interrompeu.