Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Alfonso estava sentado atrás da mesa de seu escritório, pensativo. Apesar de ter sido rude com Anahí mais cedo naquele dia, ela ainda havia o perdoado e o tratado bem antes de ir pra casa. Por sua estupidez sem tamanho ele havia perdido a chance de passar um dia maravilhoso ao lado dela e isso só o deixara mais arrependido a cada minuto que se passava.

Era tarde, ele estava cansado, seus olhos ardiam e parecia que carregava o peso do mundo em suas costas. Eram tantos papéis em sua frente que precisavam de sua assinatura que ele se sentia tonto só de olhá-los. A casa estava silenciosa, assim como o jantar fora. Carlos simplesmente desconversou quando o nome de Anahí fora citado o que significava que ele não iria comentar sob a conversa que tiveram, se é que tiveram.

Tirando o chapéu e jogando-o sobre a mesa, ele inclinou a cabeça para trás, apoiando-a na cadeira. Massageou os olhos e suspirou pesadamente quando o seu celular começou a tocar. Ele pensara em rejeitar imediatamente mas ao olhar no visor, vira a foto de Anahí - que ele havia tirado enquanto a mesma dormia pacificamente naquela manhã, com os cabelos esparramados pelo travesseiro e o esboço de um sorriso no rosto - e então atendeu sorridente enquanto se distraia brincando com uma caneta em sua mão.

- Oi linda, ficou com saudade? - perguntou em um tom malicioso.

- PONCHITO, MEU AMOR! - Any gritou animada do outro lado da linha e ao fundo podia ouvir risadas que suspeitava ser de Dulce e Maite junto com alguma música bem alta.

- Anahí, onde você está? - perguntou em alerta.

- Onde mais querido? Em casa com as minhas garotas! - exclamou ligeiramente bêbada - Mas eu senti sua falta, aliás, eu estou sentindo muito sua falta, dentro de mim... - completou com um susurro sensual.

Alfonso sentiu-se tentado, mas não podia se aproveitar da vunerabilidade de Anahí nesse momento.

- Por favor Ponchito, vem matar minha saudade... - continuou Any com seu apelo malicioso.

- Querida, não me tente. O quão bêbada você está? - perguntou interessado.

- O bastante pra me soltar mas não o suficiente pra esquecer... - riu - E se me prometer que virá, eu juro que não tomo mais nenhuma gota. - disse com uma voz infantil.

- Chego ai em 15 minutos baby. - respondeu Alfonso determinado e desligou rapidamente.

Sem demora, ele pegou as chaves da caminhote e seu chapéu, saindo porta a fora com um sorriso convencido e passos firmes. Se sua mulher necessitava de sua atenção, quem era ele pra lhe negar?

*

Um pouco mais cedo naquela noite as meninas estavam animadas e depois de tantas danças, elas apenas deixaram Um Amor Para Recordar passando pela televisão enquanto tentavam arrancar detalhes da noite de Anahí. As três ainda não estavam bêbadas, o que significava que não haviam perdido o pudor, mas achavam graça de tudo que falavam.

- Então quer dizer que ele te colocou nos ombros e te levou pra casa dele? - perguntou Maite com os olhos arregalados depois que Anahí repetira a historia mais uma vez, só que agora para Mai. - Ai que selvagem!

As três se entreolharam e gargalharam, Any corou e tomou mais uma dose de tequila, o que aumentou sua temperatura corporal à medida que se lembrava do resto da noite.

- E foi só isso? Você simplesmente só chegou lá e dormiu? - perguntou Dulce desconfiada, enquanto mordia um pedaço de chocolate.

Any abraçou os joelhos contra o peito e abaixou a cabeça envergonhada.

- Any, o que você não esta nos contando? - Maite a cutucou no braço curiosa.

- Ai meninas, eu fiz! - disse com a voz abafada.

Dulce deixou cair o resto do chocolate que estava comendo e a encarou de boca aberta, Maite estava confusa, não estava entendendo a reação de Dul.

- Quê? Fez o que? - perguntou Maite.

- Ai Mai, eu fiz sexo com Alfonso Herrera! Perdi minha virgindade, pronto, falei. - olhou para as meninas totalmente envergonhada com as mãos sob o rosto.

- Oh meu Deus Any, você era virgem? - indagou Mai ainda mais confusa.

- Sutil Mai, muito sutil. - disse Dulce rindo e Maite deu os ombros rindo também.

- Sim, eu nunca quis perder com Derrick... - soltou sem pensar.

- E quem é Derrick? - Maite a olhou curiosa e Any percebera que falara demais. Ao invés de derramar mais uma dose no copo, bebeu diretamente da garrafa como se fosse coragem líquida.

- É uma história longa e dolorosa Mai, mas para encurtar... - respirou fundo, ainda abraçando as pernas - Ele era meu namorado de anos, noivamos e no dia do nosso casamento ele... - engasgou - ele me abandonou sem dar nenhuma satisfação, me deixou lá simplesmente plantada. - completou. Engoliu o bolo na garganta e a vontade de chorar que a consumia, sua história de vida somado a bebida estavam deixando-a deprimida.

Maite ficou sem fala por alguns segundos antes de Anahí continuar a contar sobre seu antigo relacionamento. As duas ficaram lá simplesmente ouvindo o desabafo de Any caladas, fazendo apenas comentários sarcásticos em determinados momentos, o lhes rendiam boas risadas.

- Dul, você não respondeu minha pergunta de hoje cedo... - comentou Any enquanto enchia a boca de cheetos.

- Qual é Any, pra que você quer saber dele? Deixa o falecido descansar em paz... - fez uma cara pesarosa, arrancando risos de Maite.

- Porque é normal ter curiosidade, tá legal? - respondeu chateada.

- Dul, conta logo se você sabe. O quanto antes terminarmos esse assunto, melhor... - incentivou Maite com a boca cheia de pipoca.

- Bom, o que eu fiquei sabendo mas não sei se é verdade é que... - parou e olhou receosa - ele fugiu com o melhor amigo pra europa e abriram uma clínica lá! - esperou para ver a reação de Anahí.

Any estava perplexa, como assim, Derrick gay? Fugiu com Christian? Pra europa?

- Ai, acho que vou vomitar... - disse levemente enjoada - Como assim? Porque aquele bastardo simplesmente não disse toda a verdade pra mim? Era óbvio que eu iria entender... - falou revoltada e então se levantou com a garrafa na mão e tomou todo resto em um só gole. - Ele não precisava ter me feito de idiota daquela maneira, me expondo pra todo mundo e massacrando meu orgulho... - completou com a voz chorosa.

Maite e Dulce se levantaram rapidamente e a abraçaram com carinho.

- Ei gatinha, hoje é um dia pra comemorar se lembra? Noite das meninas! - disse Dul tentando animá-la e com o olhar pressionou para que Mai falasse alguma coisa.

- É Any, porque você não nos conta como foi sua noite com o Herrera hein? - perguntou Mai tentando mudar de assunto.

Os olhos de Anahí brilharam e dessa vez não estavam cheios de lágrimas, ela percebera como estava sendo idiota em disperdiçar seu tempo chorando por um cara que a abandonou e resolveu utilizá-lo falando sobre a noite perfeita que tivera ao lado de Alfonso, antes dele dar seu ataque costumeiro naquele dia.

- Vocês tem razão meninas. - respirou fundo e sorriu maliciosa - Preciso dizer como foi nossa noite... - seguiu para a geladeira e abriu uma garrafa de vodka, encheu três copos com a bebida e rodelas de limão.

Então Any contou com quase todos os detalhes sua sórdida noite e manhã com Alfonso Herrera. Dulce e Maite adoraram a atitude dele de ter jogado o funcionário no chiqueiro, mas o chingaram quando ele foi bruto com Anahí, mas se ele não tivesse uma explosão de temperamento, não seria ele.

Depois das doses e dos copos de vodka, Any começou a sentir-se excitada e saudosa de Poncho. Sua mente estava ligeiramente nublada e tudo que ela conseguia pensar era em ter Alfonso do seu lado naquele momento, então sem perder tempo, ligou convidando-o para ir lá acabar com sua "saudade" enquanto as meninas riam ao fundo e correu para o mais rápido possível para se arrumar e esperá-lo.

Enquanto isso na sala, Dulce e Maite se entreolharam e ambas enrubesceram. Estavam sentadas próximas com as pernas quase se tocando. Mai estava nervosa e fingiu assistir o que passava na televisão enquanto a ruiva não parava de encará-la.

- Mai, acho que precisamos conversar... - Dulce a tocou delicadamente no ombro e Maite tremeu levemente.

- Pode falar, sou toda ouvidos. - respondeu ainda tentando ignorá-la.

- Ei, olha pra mim... - segurou seu rosto e o virou. - Eu sei que você sente algo, por favor não tente fingir... - disse Dulce olhando-a nos olhos.

- Dulce, eu não sei do que você esta falando... - respondeu Maite e tentou tirar as mãos da outra de seu rosto.

- Não sabe é? Pensa que eu não percebi os olhares que você me dá? Ou como surge uma eletricidade quando nossas mãos se esbarram sem querer? Mai, eu não paro de pensar em você... - disse Dulce passando a mão carinhosamente pelo cabelo dela.

- Acho que você tá ficando doida Dulce Maria - sorriu forçadamente e tentou se afastar mas foi impedida.

Dulce sabia que Maite iria agir dessa maneira, mas não queria perder mais tempo. Então movida pelo sentimento e pela embriaguez da bebida, segurou Maite pela nuca e a beijou furiosamente. Levada pelo susto, Mai não correspondeu durante alguns segundos mas em seguida se deixou levar pelos macios e suculentos lábios de Dulce. As línguas entrosadas se acariciavam delicadamente enquanto se tocavam nos braços simultaneamente. Maite se esqueceu de tudo naquele momento, o que mais queria estava sendo realizado e por isso estava nas nuvens. O beijo durou pouco e se afastaram rapidamente quando ouviram Anahí esbarrando em algo no corredor e logo o barulho de um carro estacionando.

Any havia trocado seu pijama, que antes era um conjunto com calça e blusa comprida listradas branco com rosa e agora era um short curto que mostrava a polpa da sua b*unda e uma blusa de alcinhas que deixavam à mostra sua barriga lisa.

- Nossa vadia, espero que vocês não façam muito barulho hein! - Dulce riu quando a viu e Any corou, mas sentia-se desinibida então deu uma voltinha enquanto as amigas a aplaudiam e assobiavam.

Quando a campanhia tocou, Anahí correu para abrir a porta.

- Vai nessa garota! - gritou Maite empolgada, rindo com Dulce.

Alfonso gemeu quando viu Anahí usando somente aquele pedaço de pano que não cobria quase nada e a segurou pela b*unda quando ela pulou em seu colo, envolvendo as torneadas pernas em sua cintura. Simplesmente a empurrou contra parede da varanda e a beijou vorazmente.