Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot
Final de semana havia passado mais rápido do que se imaginara. A ressaca de todos durou até na segunda feira de manhã, sendo levada juntamente com a chuva torrencial que caia. Depois da noite de sábado, Dulce e Maite trocavam olhares embaraçosos e envergonhados entre si. O nervosismo entre elas chegara ao nível máximo, fazendo com que se encontrassem ao longo da semana múltiplas vezes no estoque para trocarem beijos quentes.
Anahí, no entando, fingia não ver o clima rolando entre suas amigas e não comentara nada sobre o que Alfonso havia visto. Sentia que quando ambas estivessem prontas, falariam.
Naquele dia ela estava correndo contra o tempo já que começaria a trabalhar com as crianças no Haras Herrera.
- Baby, estou aqui fora te esperando. - falou Alfonso assim que ela atendeu o celular.
- Ei, sei que estou atrasada mas é que ainda não decidi quais livros levar, estou tão nervosa Poncho! - disse afobada enquanto buscava com o olhar algum outro livro em sua estante particular do escritório.
- Amor por favor, leve todos que você quiser mas precisamos ir agora, a chuva está aumentando. - respondeu tentando apressá-la. Ele estava preocupado em pegar a estrada pra fazenda com o tempo naquelas condições, mas nada tirara da cabeça de Any a ideia de começar outro dia.
- Tá, tudo bem. - respondeu rendida - Ei, eu estava pensando... - disse duvidosa. - Ah, esquece. - tentou descoversar enquanto colocava o úlimo livro dentro da grande bolsa de mão.
- Pode falar querida, o que foi? - perguntou insistindo.
Ela parou por um momento e respirou fundo, ainda era difícil aceitar que ela namorava com Alfonso Herrera e que faziam apenas alguns dias. Intimidade era algo que se conquistava e ela queria aquilo com Alfonso, mais do que tudo.
- Eu te falo pessoalmente, já estou pronta. - falou desligando e saiu apressada da sua sala.
Em passos apertados se despediu das meninas e pegando um guarda chuva saiu porta afora, encontrando um Alfonso sorridente esperando-a vestido com uma capa de chuva para abrir a porta da caminhonete.
Depois de entrarem e se acomodarem, Alfonso ligou o aquecedor e partiram. Enquanto dirigia concentrado, segurava a mão dela fazendo carinhos circulares com o polegar.
- Você está linda. - sorriu elogiando-a e do canto de olho percebeu que a mesma corara. - Agora pode me dizer o que queria perguntar? Fiquei curioso. - levou a mão dela aos lábios beijando-a.
- Eu só pensei que talvez eu... - disse receosa - que sei lá, eu podia dormir na sua casa essa noite já que está chovendo tanto e eu não gostaria que depois você voltasse pra fazenda sozinho. - falou encabulada e desviou o olhar para fora.
Alfonso adorava aquela timidez imprevisível de Anahí, ela o deixava cada dia mais fascinado por suas atitudes e maneira de agir. Qualquer outra mulher naquele dia daria todo o tipo de desculpas para não ir ao haras ler para as crianças e a chuva seria o motivo perfeito. Mas não para Any. Ela insistira, ela o fizera ir buscá-la e escolhera a dedo vários livros da sua própria biblioteca pessoal, doando assim seu tempo e sua energia a os pequeninos.
- Eu não deixaria você voltar pra casa hoje nem que me implorasse... - sorriu - Vamos tomar um banho quente de banheira e depois assistiremos qualquer coisa que você quiser debaixo das cobertas, tomando chocolate quente. Soa bem pra você? - disse ainda sorridente enquanto olhava a estrada.
Os olhos de Anahí brilharam com a resposta dele, estava muito nervosa com o novo "trabalho" então suspirou e soltou um sim emocionada. Poncho estava se mostrando maravilhoso, um homem generoso e de caráter. Um homem que ela nunca imaginara encontrar por debaixo de toda arrogância que ela conhecera um dia.
Ele dirigia divagar, os buracos estavam difíceis de enxergar pela quantidade de água que caia, mas Alfonso os conhecia de cor. Já discutira com o prefeito sobre aquilo mais vezes do que poderia contar e as desculpas eram as mesmas de sempre. Ele se negava a tirar dinheiro do próprio bolso para concertar algo que deveria ser pago com os impostos que dava ao governo, mas parecia não haver outra saída, já que a estrada mal pavimentada afastava os novos compradores de gado e atrapalhava o funcionamento do haras em geral.
- Será que vem alguém hoje? Com essa chuva não deveria me decepcionar se não encontrar nenhuma criança lá. - disse Anahí com tristeza na voz.
- Eu acho que você deveria ver com os próprios olhos... - disse Alfonso misterioso.
Alfonso manobrou o carro para o grande pavilhão um pouco afastado da casa grande. Havia uma garagem coberta e ela não precisou fazer uso do guarda chuva novamente. Assim que saltou, sua boca abriu em um perfeito 'O', ela não imaginara que o local seria tão maravilhoso.
Era amplo, limpo, organizado e totalmente equipado para crianças especiais. Nenhum deficiente físico teria dificuldade em se mover ali com tantas rampas preparadas. Alfonso conduzia Anahí com as mãos em suas costas para a tal sala de brinquedos onde conheceria à todos e faria as leituras, mas antes a mostrou a grande arena que era utilizada para terapia equina nos dias de chuva como aqueles.
- No resto dos dias as crianças gostam de andar do lado de fora, o que realmente é bem melhor pra elas já que podem ver o funcionamento da fazenda, tomar sol, brincar com os cachorros. Elas adoram... - completou Alfonso animado - As baias ficam no pavilhão de trás, que é conectado com esse mas depois eu te levo até lá.
Ele lhe mostrou também onde ficava o refeitório, onde ele oferecia lanche para os funcionários e as crianças.
- Você quem banca tudo isso? - perguntou abismada enquanto observava a movimentação ao seu redor.
- Em parte sim, na verdade temos muitos pais que contribuem como podem, temos doações de empresas e todo ano eu faço um baile para conseguir novos contribuintes. - disse casualmente enquanto caminhavam até a sala.
- Você faz um baile todo ano? - perguntou espantada - Alfonso, que linda sua atitude... - disse emocionada, fazendo-o parar e olhá-la.
- Any, isso não é nada. - respondeu encabulado, ele não gostava dos holofotes mas fazia pelas crianças.
- Como não é nada meu amor?! - segurou o rosto dele com suas mãos - Você muda a vida de muitas crianças todos os dias e a vida dos pais delas também. Você não simplesmente doou dinheiro e os mandou passear... Você fez mais que isso, deu-lhes a oportunidade de se adaptarem a nova realidade com carinho e paciência e até mesmo se recuperarem por completo. - acariciou o rosto dele apaixonada - E o melhor de tudo é que você não espera nada em troca... - suspirou - Eu amo você Alfonso Herrera e quanto mais eu conheço o homem escondido aqui... - tocou sobre o coração dele - mais ainda eu o amo.
Alfonso corou, o que constantemente fazia quando Anahí falava algo do tipo. Ela fazia-o se sentir o melhor homem do universo, como se tudo que ele fizesse fosse tão importante e significativo. Ela não desprezava suas ideias, pelo contrário, lhe dava força e incentivo pra conquistar o que queria. Ela o elogiava constantemente, fazendo seu ego inchar e sua masculinidade aumentar. Ele sabia que ao lado dela, ele conquistaria tudo que quisesse. Só que tudo que ele queria, era ela.
Lhe dando um beijo rápido e envergonhado, ele abriu a porta da sala e sentiu a mão de Anahí fria e levemente suada.
- Você faz isso sempre na livraria querida, porque está tão nervosa? - susurrou em seu ouvido.
- Porque eu quero que eles gostem de mim, e se eu falar algo errado ou sei lá, ofendê-los de alguma forma? - susurrou de volta impaciente.
- Eles são crianças Any, não pequenos monstros. - completou rindo.
Aquilo alivou a tensão de Anahí por um momento e então ela assentiu com a cabeça mostrando que estava pronta para começar. Alfonso foi o primeiro a entrar sendo muito bem recebido entre os pequenos. Alguns usavam botas e pequenos chapéus iguais aos dele, o que ela achou fofo.
- A partir de hoje, teremos uma convidada especial que virá algumas vezes na semana. - ele estendeu a mão e Any a segurou com firmeza. - Pessoal, quero que conheçam minha garota Anahí, mas podem chamá-la de Any. - sorriu abraçando-a de lado.
- Ela é tipo sua namorada? - perguntou um garoto que parecia ter no máximo sete anos. Ele parecia pálido, mas ainda assim era lindo. Os olhos azuis piscina chamavam a atenção no rosto magro, sua cabeça estava totalmente raspada e ele esta sentado em uma cadeira de rodas infantil decorada com adesivos que iam desde Toy Story até Homem Aranha. - Mandou bem hein Poncho... - completou sorrindo maliciosamente.
- Ai moleque, tira o olho porque ela tem dono ouviu? - Alfonso brincou e se aproximou do menino, passando a mão por sua cabeça.
- Isso é porque ela não me conheceu antes não é? - perguntou mexendo as sobrancelhas sugestivamente, então direciou sua cadeira até chegar em Any. - Prazer princesa, sou o Leo, ao seu dispor... - disse beijando a mão de Anahí.
Ela prendeu o riso e olhou para Alfonso, que tinha o fantasma de um sorriso nos lábios e os braços cruzados achando graça.
- Muito prazer Leo, mas como disse Alfonso, sou uma mulher comprometida... - disse em um tom quase sério.
Leo suspirou fingindo desapontamento e Anahí segurava-se ao máximo para nao gargalhar com o teatro.
- Você sabe onde me achar quando ele pisar na bola... - disse afastando-se com um sorriso no rosto.
Anahí tampou a boca soltando uma risadinha e Alfonso balançou a cabeça não acreditando na petulancia do garoto. Leo era um menino esperto que fora diagnosticado com leucemia haviam seis meses, não respondia mais aos tratamentos e por isso estava aos cuidados paliativos enquanto a família esperava encontar um doador compatível. Centenas de crianças em estado terminal também faziam terapia no haras, era uma forma de esquecerem momentaneamente a doença e aproveitarem a vida como uma criança normal.
- Porque você tem que ser tão intrometido sempre Leo? - a voz de uma menina chamou atenção do casal, que se virou para ver o que se passava.
- Ai Giovana, cuida da sua vida... - respondeu Leo revirando o olho.
- Mas eu estou cuidando, não é justo você ter ido lá e falado aquelas coisas pra Any, e se ela não quiser mais ler pra gente agora por sua culpa? - perguntou emburrada.
Giovana tinha a mesma idade de Leo, havia perdido ambos os pais em um acidente de carro e também o movimento de suas pernas. Por ser velha e estar presa em uma cadeira de rodas, não fora adotada. Antes do acidente era uma garota meiga e gentil mas depois a amargura e a solidão tomaram conta do pequeno coração que era tão novo para conter tantas cicatrizes emocionais.
Anahí sabia a história de todos que estavam ali, pois fizera questão que Alfonso contasse para que não fosse despreparda. Então pacientemente caminhou até a cadeira de rodas rosa e se ajoelhou na frente da pequena.
- Nada no mundo me faria desistir de ler pra vocês... - disse delicada, sorrindo.
Giovana não sorriu e relutantemente aceitou. Anahí sentiu que seria uma grande batalha pela frente e ela não desistiria daquelas crianças sem lutar.
Autor(a): Lost Graphics
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Anahí estava deitada contra o peito de Alfonso na banheira. Já era noite e depois de um dia agitado, os dois resolveram relaxar. - Hoje o dia foi maravilhoso... - disse relaxada enquanto brincava com a espuma. - Você foi maravilhosa, eles te amaram. - Alfonso a beijou delicadamente no pescoço e entrelaçou suas pernas com a dela. - O ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 150
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anniemorinunes Postado em 04/07/2019 - 05:04:27
Ainda tem o final da fanfic??
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foreverrbd Postado em 12/07/2018 - 23:12:37
Oii Fran!! Tudo bem?? Te acompanhava no wattpad mas eu perdi minha conta e só consegui recuperar agora, e vi que você não tem mais perfil lá, você pretende terminar a fic aqui? Gostaria muito de ler o final dela! É uma das minha favoritas!! Se puder me mandar uma mensagem!! bjjss
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ponnyyvida Postado em 19/03/2018 - 15:37:50
Aí, eu até entendo o ciúmes do Poncho, mas gritar com a Any na frente de todo mundo é sacanagem né ?! :/ Continuaa
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anaylleaya Postado em 18/03/2018 - 07:43:54
Ótima sua fic, Poncho está certo, a reação foi um pouco exagerada, mas Anahí sabe que ele não gosta do Dean e fica o jantar inteiro de conversinha e ele tocando ela, me poupem ninguém tem sangue de barata, se fosse ao contrário era teria partido p cima da amiga do marido, então é bom ela refletir melhor nas atitudes que toma, foi ridículo o que ela fez
Amando Ponny 👯 Postado em 18/03/2018 - 22:28:44
Seja bem vinda! Com certeza foi mesmo. Ela já sabe o marido que tem e o ciumes que ele sente, ainda mais com tantos anos de casamento. De qualquer forma, Anahi esta com os pensamentos misturados pelos hormonios da gravidez e sabe que entre Dean e ela é somente amizade. Eles irão se acertar, como sempre, não conseguem ficar muito tempo longe rsrsrs
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Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 02:58:41
leitora nova, posta mais.
Amando Ponny 👯 Postado em 17/03/2018 - 13:05:26
Seja bem vinda! Espero que esteja gostando 💫
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Angel_rebelde Postado em 04/03/2018 - 22:44:11
Tanta hora pra evitar isso e o Derick aparece assim do nada ? :OO Como ele adivinhou onde a Anny estuda ? Virou vidente ? Poncho chegou na hora certa para ajudar ela. Cooooooooooooonntt Por Angel_rebelde
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ponnyyvida Postado em 04/03/2018 - 04:51:03
Meu Deus, como assim o Derrick reapareceu ^_^ Tô em choque. Isso ainda vai dar mto rolo. Continuaaa anjo
Amando Ponny 👯 Postado em 04/03/2018 - 21:10:58
hahaha pois é, quem é vivo sempre aparece...
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ponnyyvida Postado em 09/02/2018 - 01:09:52
A reação do Poncho foi a melhor <3 Aí, esse "por enquanto" dá um medinho :| Continuaaa amore :)
Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 02:06:13
Foi mesmo né? Ele é um xucro, mas quando quer é um príncipe *----* Pois é, não vem coisa boa por ai...
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anyherreira Postado em 08/02/2018 - 22:28:49
Tava apostando que o poncho não ia aceitar a gravidez ainda bem que estava enganada , ele se abrindo e falando dos seus centimentos sobre a filha que morreu foi muito bom, assim ele divide o peso que carregava sozinho a muito tempo.continua
Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 02:05:22
Falou tudo amora,ele preciava dividir essa carga que ele carregava e Any, como esposa, também serve pra isso. Pensei em afastá-los, mas acho que ficam melhores juntinhos *------*
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Angel_rebelde Postado em 05/02/2018 - 19:46:44
Gêmeooos :OOO Aiiiii scrrrrrrrrrrrrr !!! Lindooo saber q será um casal <333 Medo do Poncho acabar gritando com ela e falando todas as besteiras sem pensar, até Anny pedir divórcio e aí sim as coisas irem ao fundo do poço =(( Matar o Heitor foi um ato mto perigoso, q pode ter dado um alívio ao Poncho mas certeza q a coisa certa a fazer tá passando longe de ser. Coooooooooooonnntt Por Angel_rebelde
Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 02:03:59
Ele precisava conter Heitor, já que a justiça não o fez. O sangue texano fez com que ele resolvesse o problema com as próprias mãos, já que Heitor havia deixado há muito tempo de ser uma ameaça. Atirou em Any e envenenou Gigi, isso foi demais pra ele. Ainda mais pq ele não engolia Heitor não ter avisado Any sobre Claudia... Mas agora eles vão superar muitascoisas juntos *-----*