Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Os dias transcorreram rápido, Anahí ia de um lado para o outro para dar conta de tudo. Faltava exatamente um dia para que o baile ocorresse, e os fornecedores a deixariam de cabelo em pé até lá. Desde que reatara com Alfonso, a cor voltou em seu rosto e seu peso também subiu. Suas bochechas viviam coradas toda vez que estava no telefone com ele. Dulce e Maite, que não estavam se falando desde a briga, perceberam a mudança de atitude em Anahí, e ficaram desconfiadas, mas não falaram nada.

- Ei garotas, preciso dar um pulo na fazenda pra ver como estão os preparativos. Volto mais tarde! - falou e logo saiu em disparada.

- Ei Any, espera ai... - falou Dulce, mas foi tarde demais. A ruiva suspirou frustrada e ignorou o olhar de Maite sobre si, continuando a atender os pedidos dos clientes.

Seu vestido fora separado na loja e seria entregue naquele dia, o par de sandálias que comprara, completaria o look perfeito. Apesar da correria, nunca poderia pensar que seria tão gratificante ajudar em uma causa tão nobre. Sentia-se orgulhosa de Alfonso, como nunca antes. Com um sorriso no rosto foi em direção a fazenda para aproveitar um lindo dia com Alfonso.

Na entrada do Haras já se podiam ver os funcionários montando grandes tendas e instalando luzes por todos os cantos. Alfonso bradava com todos, impaciente. Ele não servia para aquele tipo de serviço, tinha tantos problemas pra lidar que estava aéreo. Dava graças aos céus por Anahí ter concordado em ajudá-lo e tomado a frente, sorriu quando ouviu a buzina do carro dela se aproximando.

- Graças a Deus você chegou baby, esse pessoal quer me enlouquecer! - falou baixinho, enquanto ela saia do carro, balançando a cabeça divertida. Anahí sabia que ele tinha um certo fascínio pelo drama às vezes.

- Aposto que eles estão fazendo tudo que eu lhes pedi pra fazer... - ergueu a sobrancelha, desafiadora.

- Mulher, eles tem que obdecer a mim que sou o patrão... - falou divertido, tentando controlar o impulso de agarrá-la. - Céus, você está tão malditamente cheirosa... - seu maxilar estava cerrado, assim como seus punhos, nunca pensou que seria tão difícil manter um namoro em segredo, pois se soubesse não teria sugerido tal coisa. Anahí olhou para os lados, mas ninguém os observava, então deu um breve selinho em Alfonso e se afastou com a cara sapeca. - Você não pode atentar um homem desse jeito, Anahí... - falou enquanto seguia seus passos, ainda surpreendido pela ação.

- Oh Poncho, você me conhece. Eu não sou uma boa menina... - seu tom de voz era baixo e malicioso, ela gargalhou quando ouviu o gemido de Alfonso atrás de si.

Seus pelos se eriçaram quando sentiu o corpo dele grudado ao seu e no instante seguinte a atmosfera divertida havia sumido, tomando um tom mais sensual. Ele passou o nariz levemente por trás da sua delicada orelha, arrastando seu cabelo para o lado e depositou um beijo em sua nuca. Suas pernas tremeram quando sentiu aqueles lábios quentes em contato com sua pele gelada pelo vento na estrada. Ela fechou os olhos quando a voz de Alfonso soou rouca e surrurrada em seu ouvido.

- Me encontre na cachoeira, daqui a uma hora. - ele falou e se afastou, tentando disfarçar o volume em sua calça, que se fazia evidente. Anahí apenas assentiu com a cabeça suavemente, pois temia que uma reação mais brusca de sua parte, acabasse por revelar o desejo ardente que tinha de ser possuída ali mesmo, se preciso fosse.

Os funcionários ao redor, ou estavam profundamente envolvidos em seus trabalhos ou eram bastante discretos para não ficarem de cochichos ou conversas fiadas sobre o patrão. Anahí olhou ao redor, mas desencanou quando viu todos concentrados em seus afazeres.

- Moço, esse arranjo não é ai não! - bradou, indo atrás do rapaz para indicar o local correto e percebeu que o pedido de flores viera totalmente trocado. Ligou para a floricultura estressadíssima e logo eles deram um jeito de entregar o pedido certo, que por acaso tinha ido parar em um casamento. Muitas coisas estavam saindo do controle, não era à toa que Alfonso estava sem paciência quando ela chegou, mas rapidamente conseguiu arrumar tudo em seu devido lugar.

Ela olhou ao redor e se parabenizou internamente. Não parecia mais um jardim qualquer, ela havia elevado a beleza do local de uma forma inexplicável. O chão fora tampado com grandes e firmes tábuas de madeira, para que os convidados pudessem caminhar a vontade e que as mesas pudessem ser colocadas. Também fora montado um grande palco, onde haveria música ao vivo. A pista de dança era grande e iluminada, os arranjos de flores davam romantismo ao local. As cortinas feitas com um fino e esvoaçante pano, dariam privacidade aos convidados dentro da tenda. Anahí escolhera tudo nos mínimos detalhes, desde guardanapos de linho, até a banda que tocaria. A lista de convidados fora revisada cuidadosamente por ela e Alfonso muitas vezes e todos confirmaram presença. Sentindo-se feliz e aliviada, ela suspirou e olhou no relógio de pulso. Era hora de encontrar Alfonso, então seguiu em direção a cachoeira, discretamente

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Alfonso estava nervoso, as palmas de suas mãos estavam suando. Ele podia sentir o sangue latindo forte em suas artérias. Sentia-se sufocado, preso em seu próprio corpo. O mesmo estilo de roupa que usava todos os dias parecia-lhe pesada agora. Ele arfou, tentando controlar a respiração e os batimentos cardíacos, que estavam acelerados. As borboletas faziam festa em seu estômago e tudo piorou quando ouviu os passos de Anahí, demonstrando o quão perto estava.

- Ual, estava esperando outra pessoa ou isso tudo é só pra mim mesmo? - Perguntou Anahí, surpreendida.

O local parecia ainda mais lindo, se possível. Estava anoitecendo, a festa só ocorreria no outro dia. Tudo fora feito com muita calma. Além das belezas naturais, Alfonso se dedicara a montar uma pequena tenda ao lado do lago. Havia uma mesa, arrumada para dois, à luz de velas. Uma pequena cama de casal fora montada, com lençóis vermelhos de seda, o que pareceu a Anahí muito sensual. A música ambiente, só deixava tudo ainda mais perfeito. Ela conseguia sentir o cheiro das pétalas de rosas que foram espalhadas, o toque final fora dado por tochas espalhadas em volta do lugar e grandes velas que faziam o caminho dar diretamente em Alfonso.

Ele estava lá, parado e lindo à sua frente. Ela não sabia o porque, mas seus olhos lacrimejaram. Ele sorriu enquanto ela se aproximava, observando tudo atentamente. Alfonso não aguentou esperar e deu passos largos em sua direção, a puxando em seus braços.

- Alfonso, pra que isso tudo? - ela perguntou receosa, mordendo os lábios de nervosismo. Alfonso travou os braços em sua pequena cintura, e inalou o cheiro de morangos que exalava sua pele.

- Primeiro, porque quero te pedir desculpas por ter sido um idiota com você, por não ter te explicado as coisas direito e dado margem para que situações ruins aparecessem no nosso relacionamento. - explicou, com um bolo na garganta. Anahí envolveu os braços em volta do pescoço dele, ouvindo atentamente suas palavras e mirando-o diretamente nos olhos. - Segundo, te agredecer por me amar como sou. Todo ser humano tem direito de achar o amor e ser amado como é. Eu te amo Anahí, com todo meu coração xucro e teimoso. - falou baixinho, enquanto espalhava beijo por toda sua face. Anahí estava sem palavras, nunca pensou que Alfonso fosse tão romântico. Ela tinha medo de amá-lo tanto assim, mas ela sabia que o medo só a deixaria desconfiada e corroiría ainda mais um relacionamento que tinha tudo pra dar certo.

- Poncho... - susurrou seu nome com carinho - Eu-eu nem sei o que dizer... - gaguejou levemente, e Alfonso limpou com o polegar uma fina lágrima que escorreu pelo rosto dela. Seu coração batia descompassado, ela sabia que Alfonso era o dono do seu coração, da sua alma. Não importava quantas vezes ele errasse, não importava quantas vezes ela errasse, eles estavam destinados a ser um, ligados entre si, pra sempre.

Ele se afastou e virou de costas por algum tempo, ela ficou confusa com a súbita mudança de atitude, mas nada falou. Alfonso respirou fundo, o momento havia chegado. Ele deixou o chapéu em cima da mesa e retirou do bolso uma pequena caixinha de veludo negro e se virou, olhando-a nos olhos. Anahí de começo, não entendeu o que se passava mas quando percebeu o pequeno objeto na palma das mãos de Alfonso, soltou um arfar quase inaudível e tremendo, tampou a boca com as mãos.

- Você não precisa dizer nada, baby. Eu não sei falar palavras bonitas, não sou um cara culto e não gosto de livros. Na verdade, não sei o que você viu em um cara como eu. - deu um sorriso de lado, dando os ombros como se fosse pouca coisa. Any continuava estática, ainda com as mãos na boca, seu corpo reagia mas sua mente parecia ter parado de funcionar. Os grandes olhos azuis estavam cheios de lágrimas não derramadas, sabia que se piscasse, uma torneira seria aberta. - Eu só queria dizer que não sou perfeito, nunca serei. Mas depois que eu te conheci... Ah, Anahí! - exclamou, suspirando - Você me fez querer ser melhor, me fez encontrar uma razão de verdade pra viver. - segurou sua mão direita e deu um beijo delicado, sem deixar de encará-la. - E eu não poderia passar mais nenhum dia, sem lhe perguntar... Quer se casar comigo, Anahí? - perguntou esperançoso, sentindo o calor que emanava da pequena mão de Anahí, aquecer sua grande mão gelada.

Antes que ele pudesse pensar em qualquer resposta possível, ela se agarrou em seu pescoço. Agora as lágrimas já não conseguiam ser contidas e corriam livremente pelo rosto delicado de Anahí.

- SIM! SIM, MIL VEZES SIM! - falou alto, sorrindo de felicidade. Alfonso a abraçou, enxendo seu rosto de beijos e a girou.

- Graças a Deus! - exclamou, tirando um peso das costas e respirando normalmente de novo. Ele a colocou no chão, limpou suas lágrimas e beijou a ponta do nariz dela, que estava vermelho. Anahí riu com tal gesto e parecia que tinha um cabide na boca, pois não conseguia parar de sorrir.

Alfonso segurou novamente sua mão direita e encaixou a aliança em seu dedo. Ele reparou que a mão de Anahí tremia levemente e a sua própria mão tremia também. Pensou que ela não fosse aceitar, por ter se traumatizado com o noivado anterior, mas por hora não tocaria no assunto, não queria estragar o clima.

- Oh, Alfonso... É perfeito! - suspirou, admirando a peça. Era um anel de platina, cravejado em pequenos diamantes. O diamante central tinha forma oval e era a coisa mais linda que ela já havia visto. - Eu acho que você não deveria ter gastado tanto assim comigo... - franziu a testa, sentia-se incomodada com esse fato, não queria que pensassem que estava com ele por interesse.

- Você não tem que achar nada, é minha mulher e merece tudo de melhor. - falou, em tom que não deixava espaço para discussões. Anahí sorriu e balançou a cabeça, ele sempre seria um cabeça dura.

- Eu sei escolher minhas batalhas, Sr. Herrera. - piscou e apoiou as mãos sobre o peito dele, acariciando.

- E eu vou amar lutar cada uma delas com você, futura Sra. Herrera. - a pegou pela cintura e pelas dobras dos joelhos, depositando-a sobre a cama - Agora me deixe amar você...