Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Alfonso estava impaciente, esperando o delegado chegar. Recebera a ligação naquela amanhã, mas o homem queria contar pessoalmente as novidades. Ele decidira não contar nada a Anahí sobre a visita, ela estava tão feliz que a adoção de Giovana estava andando corretamente, que não queria deixa-la nervosa com esse assunto.

- Poncho, o delegado chegou. – falou Berta na porta do seu escritório.

- Pode mandá-lo entrar Berta, obrigado. – ela saiu e ele se levantou para receber o delegado e lhe deu um aperto de mãos. Carlos também entrou no escritório e fechou a porta. – Anahí? – perguntou com o olhar dirigido ao capataz.

- Com a menina Giovana na fisioterapia. – Alfonso assentiu com a cabeça e indicou a poltrona em frente a sua mesa para o visitante.

- Vamos direto ao ponto, conseguiu descobrir quem quis matar minha noiva? – seu maxilar estava travado, ele queria esmagar o culpado com as próprias mãos.

- Conseguimos finalmente obter umas imagens do estacionamento naquele dia, demorou pois estava muito escuro. Haviam duas pessoas suspeitas um pouco antes da Anahí sair com o carro, uma delas estava com capuz, o que dificultou ainda mais, mas a outra... – o delegado hesitou e Alfonso lhe deu seu pior olhar, o homem se ajeitou na cadeira e prosseguiu – Só para deixar claro, ainda não é possível saber se ele é o autor do crime ou cúmplice...Ele é um funcionário seu, Heitor.

Alfonso abriu a boca, mas não conseguiu pronunciar nenhuma palavra. Heitor? Ele mandou aquele bastardo ficar longe de Anahí e agora por culpa dele sua mulher estava cega! Ele bateu com força na mesa e se levantou, retirando o chapéu e passando a mão impacientemente pelos cabelos. O pior de tudo é que Heitor havia pedido as contas um dia antes da festa, não tinha a menor ideia de onde podia estar.

- Já o encontraram? Ele é meu ex-funcionário, pra falar a verdade... pediu demissão um dia antes da festa. Eu vou mata-lo quando o encontrar...- rosnou.

- Agora, uma notícia boa. - sorriu o delegado, com um pouco de medo - Ele mesmo se entregou hoje de manhã. Se vocês quiserem podem me acompanhar na delegacia, vou tomar o depoimento dele.

Sem perder tempo, os três foram para a delegacia. Alfonso estava em parte tranquilo, ninguém entrava em sua fazenda sem sua permissão e ele tinha muitos peões vigiando Anahí naquele momento. Carlos estava calado observando o patrão, tinha muito medo de acontecer uma tragédia, por isso ele iria acompanhá-lo em todos os lugares por garantia.

Eles chegaram rapidamente e Alfonso já estava por avançar em qualquer um que chegasse perto dele. A raiva o consumia por inteiro, toda vez que ele lembrava que estivera a ponto de perder Anahí pra sempre...

- Você não vai poder entrar Herrera, só assistir dessa sala aqui. Ele não vai saber da sua presença...- explicou o delegado, impedindo-o de entrar na sala de interrogatório. Ele bufou em resposta e seguiu para a outra sala com Carlos e outros policiais.

A sala tinha um vidro escuro no meio da parede, que possibilitava a visão de quem estava vendo interrogado, mas que não dava essa possibilidade as pessoas do outro lado. Ela andava impaciente, de um lado ao outro e Carlos por vezes revirava os olhos. Quando Heitor foi trazido, ele se aproximou do vidro, como se pudesse avançar. Suas veias saltavam, e ele bufava constantemente como um touro enjaulado.

Heitor parecia de ressaca, suas roupas estavam sujas e a barba parecia não ser feita há uma semana. Alfonso nunca vira o peão tão desleixado, bem, pensou que a culpa fazia isso com a pessoa. Seu ex-funcionário então começou a conta sobre aquele dia, de como fora recrutado por sua prima, Cláudia, para dar um "susto" em Anahí. Sentia remorso por saber que ela havia cortado os fios do freio de Any e ele não havia feito nada para impedir.

- Covarde! MALDITO COVARDE! – Alfonso gritou e socou a parede com força, mas a sala de interrogatório era a prova de som.

Heitor continuou, dizendo como fugiu para não ser pego, mas que quando soube de tudo que Anahí estava passando, se pôs a beber por vários dias, até tomar coragem e vir se entregar. Disse que não sabia por onde andava a prima e não ouvira falar dela desde o acidente. Vários policiais saíram imediatamente da sala, para emitir um alerta de procura da moça foragida. Depois de terminar o depoimento, Heitor assinou por escrito e foi algemado. Quando saia da sala, Alfonso avançou para cima do rapaz, disferindo vários socos em seu rosto, o que o fez cair.

- SEU BASTARDO, VAGABUNDO! EU TE DEI EMPREGO, COMIDA, UM LUGAR PRA DORMIR E É ASSIM QUE VOCE ME RETRIBUI FILHO DA PUTA? – ninguém conseguia tirar Alfonso de cima de Heitor, mas ninguém estava fazendo tanto esforço, entretanto – VOCE SABIA O QUE IA ACONTECER E NÃO FEZ NADA PRA IMPEDIR SUA PRIMA PSICOPATA, VOCE É TAO DOENTE QUANTO ELA! – gritou, cuspindo no rosto do homem, que já estava quase inconsciente. Alfonso se levantou, olhando o estrago que fizera em Heitor, mas ainda não estava contente. Chutou sua barriga uma vez... – ISSO É PELA ANY – chutou de novo – ISSO É PELA MINHA FILHA – chutou novamente – E ISSO É POR MIM, VAGABUNDO – soltou o ultimo chute e Heitor só sabia gemer de dor, com o rosto ensanguentado.

Carlos segurou Alfonso pelos braços, quando ele ameaçou avançar novamente, e os policiais levaram Heitor quase desmaiado para a cela. Ele bufava e se soltou bruscamente de Carlos, indo em direção a saída da delegacia. Ele precisava ver Anahí, precisava tê-la em seus braços de novo, era a única coisa que o acalmaria nesse momento.

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Anahí estava na sala de fisioterapia com Giovana, a fisioterapeuta descrevia tudo que estava fazendo e a menina estava cada dia mais empolgada com ela ali. Todos os dias no mesmo horário, Anahí aparecia. A primeira vez fora uma surpresa para a menina, passou um tempo conversando com Anahí sobre o acidente, a operação de Leo e ela pode sentir o tom triste na voz da garota, apesar de tudo. Como combinado, não tocou no assunto da adoção, mas passara a tratar Giovana cada vez mais como uma filha. Alfonso ia sempre que podia e os dois formavam uma equipe animada em favor da menina. Ela se divertia com as palhaçadas de Alfonso e Anahí conseguia imaginar a cena em sua cabeça.

- Vai meu amor, tenho certeza que está indo muito bem! – falou animada.

- Sim Any, eu acho que sim... – disse insegura, enquanto tentava segurar nas barras paralelas com ajuda da instrutora.

- Ela está indo perfeitamente Any, só está sendo modesta. – falou a fisioterapeuta e Giovana corou, mas com os olhos brilhando.

Anahí se encheu de orgulho ao ouvir a instrutora. Sua menininha só precisava de apoio e ela nunca mais deixaria Giovana sozinha de novo.

- Querida, vou ali no refeitório ligar para a Berta e pedir que deixe nosso lanche pronto ok? – Giovana parou de andar e franziu o cenho, preocupada. Anahí nunca tinha andado por ai desacompanhada, ainda não estava acostumada.

O café da tarde entre as duas virara rotina e apesar de perder algumas sessões da fisioterapia, Alfonso nunca perdia o café com elas.

- Any, melhor você não ir sozinha... – sugeriu Giovana com medo.

- É Anahí, posso muito bem dar uma pausa com a Gio e fazer isso pra você. – falou Jess, a fisioterapeuta.

- Imagina que eu vou fazer vocês pararem a sessão no meio só por causa disso... – sorriu e desdobrou sua bengala – Fiquem tranquilas, eu consigo. Além do mais, preciso me acostumar com o local... – se levantou e começou a andar devagar, sendo auxiliada pela bengala.

- Any, por favor... – pediu a menina chorosa, tinha medo de que Anahí pudesse se machucar mais. Quando soube do acidente, seus pesadelos haviam voltado e ela não suportaria perder Any também.

- Meu amor, fica tranquila. Vocês nem vão se dar conta quando eu voltar. – piscou e saiu da sala. Giovana e Jess trocaram olhares preocupados, mas nao falaram nada e continuaram com a sessao de fisioterapia.

Ao longo do corredor, várias pessoas lhe deram parabéns e outras se ofereceram para ajudá-la, mas ela recusou. Seguiu firme no seu propósito e quando estava quase chegando na cafeteria, acabou se esquecendo da rampa construída para os cadeirantes. Um grito saiu de sua boca, quando ela tropeçou e bateu com a parte de trás da cabeça no chão, rolando até o final. Os funcionários rapidamente a socorreram e a levaram para a casa grande. Ela gemia de dor, com um enorme galo na cabeça e pediu para que trouxessem Giovana.

- Berta, estou bem. Por favor, não conte nada para Alfonso... – pediu, enquanto engolia um comprimido para dor.

- Menina, ele já está sabendo disso com certeza. Tudo que acontece aqui na fazenda Alfonso sabe. – passou a mão pelos cabelos de Anahí e lhe beijou a testa. – A garota Giovana já está vindo pra lhe fazer companhia, descanse.

Anahí assentiu com a cabeça e se aconchegou nos macios travesseiros, deixando que o efeito do remédio a abraçasse. 

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Preciso dizer que faltam somente DOIS CAPÍTULOS para o final, OMG! Final lacrador chegando meninas, fortes emoçoes no próximo capítulo s2  Estao preparadas?

Com amor, Fran.