Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

 

 

Anahí entrou no banho com cuidado para que seu curativo não molhasse. As lágrimas que escorriam dos seus olhos acabaram por se misturar com a água que caia do chuveiro sobre si. Ela se perguntou então, quando as coisas começaram a se complicar dentro da sua casa, do seu casamento. Chegou à conclusão que não sabia a resposta, mas que depois de tudo que havia sofrido no passado para ficar ao lado de Alfonso, havia se passado tempo demais em perfeita calmaria. Ela sentia dentro de si que algo estava errado.

Apertou a mão sobre o coração, a sensação de que algo ruim estava por vir tomava conta de seu corpo. O medo de perder Alfonso mais uma vez a deixava com arrepios. O medo de que alguém pudesse fazer algo com Giovana também só crescia. Eles não haviam passado por cima de ninguém para chegar onde chegaram, ela sabia disso. Todos sabiam. Quem havia atirado nela? Suspirou e lavou os olhos, que agora estavam vermelhos. Chorar escondido havia se tornado um novo hábito que adquirira nos últimos dias, desde que Alfonso lhe negara um filho. E agora ela sabia o porquê.

Distraída, não conseguiu ouvir a porta do banheiro se abrir e se assustou quando sentiu o corpo grande e quente atrás de si.

- Alfonso...- murmurou, limpando a garganta – O que faz aqui? Já disse que preciso de espaço. – Falou, ainda de costas. Pegou o sabonete líquido e depositou um pouco na esponja, tentando se distrair.

- Uma vez eu li que espaço é somente uma palavra inventada por alguém que tem medo de ficar perto, além do que, você é minha esposa. – Envolveu os grandes braços ao redor da pequena cintura de Anahí e grudou seu corpo ao dela – Não quero começar a deixar de lado conversas inacabadas e não aguento ver você sofrer. – Afastou o cabelo de um de seus ombros e começou a depositar beijos ali.

Anahí tremeu, mas dessa vez era culpa do gesto erótico feito por Alfonso. Ele nunca a deixava de surpreender. Se derretendo em seus braços, ela derrubou a esponja no chão, sem se importar com mais nada a não ser com a língua quente dele em sua pele. O prazer lento que estava sendo proporcionado era demais...

- Mas toda vez que toco em... certos assuntos... você me deixa falando sozinha ou acabamos por brigar. – Fechou os olhos e apoiou uma mão sobre a de Alfonso em sua cintura, levando a outra diretamente para a nuca do esposo.

Alfonso desceu a mão e depositou-a sobre a intimidade de Anahí, acariciando-a suavemente.

- Não farei isso novamente se você não fugir de mim, neném. – Alfonso segurou seu cabelo como em um rabo de cavalo com firmeza e deitou a cabeça de Anahí em seu peito, expondo totalmente seu pescoço. Ela gemeu e suspirou. – Vou concordar em você voltar para a faculdade, mas com uma condição...- Sussurrou em seu ouvido.

- Qual...qual condição? – Anahí gaguejou, estava totalmente entregue que nem mesmo se lembrava que brigaram porque ela queria voltar a estudar.

Seu orgulho tentou falar mais alto, mas Alfonso estava sendo tão delicado e compreensivo, que pensou duas vezes antes de rebater de forma ignorante. Ela aprendera com os anos a escolher suas batalhas. Apesar de ser uma mulher forte e independente, não havia o porquê começar outra briga quando o esposo estava cedendo algo que ela queria, apesar de ter condições. O orgulho recuou e deu ainda mais lugar ao tesão que estava sentindo. Anahí sabia que uma mulher inteligente lutaria para conseguir o que quer, até mesmo brigar outra e outra vez com o marido. Mas uma mulher extraordinária consegue o que quer e ainda consegue ficar bem com seu esposo e ela, era uma mulher totalmente extraordinária.

- Eu irei te levar e te buscar, todos os dias. Só eu. – Alfonso a imprensou contra a parede, fazendo com que Anahí não tivesse como escapar.

Ele gostava disso, gostava de ter sua mulher a sua mercê. Gostava de ser o homem em que ela confidenciava seus desejos e pensamentos. Gostava de ser o que providenciava o dinheiro da casa e a proteção para sua família. Apesar disso, amava ver Anahí feliz, mais do que tudo no mundo. Se ele tivesse que ceder a porra de um tempo do seu dia para levar sua mulher a faculdade e afastá-la dos abutres juvenis, ele faria. Não era nenhum idiota em pensar que Anahí não chamaria atenção com sua beleza e se ele continuasse a brigar e emburrar, ela com certeza arranjaria algum amiguinho para desabafar. Só de ter tal pensamento, seu sangue ferveu. Ouviu um aceito abafado vindo dos lábios de Anahí e foi o estopim para que a penetrasse sem demora.

Estava duro a séculos, mas antes queria resolver aquele assunto de uma vez por todas. Esperava também que Anahí esquecesse a tal ideia de engravidar, aquilo só lhe dava arrepios. Antes que pudesse se distrair com outra coisa, Anahí gemeu e Alfonso fez com que toda briga e lágrimas ficassem para trás.

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- O que vamos fazer em relação a Gio? – Anahí perguntou, meia hora depois, enquanto Alfonso penteava seus cabelos molhados.

Ele insistira em cuidar dela, por medo dos pontos se abrirem. Depois que saíram do banho, se desesperou, pensando que poderia ter feito algum mau a ela. Anahí riu e o tranquilizou, sugerindo que ele então, penteasse os seus cabelos. Com relutância, ele aceitou. Anahí então se sentou na penteadeira, dando um nó firme em seu roupão e entregou sua escova a Alfonso.

Ele a olhou pelo reflexo do espelho com uma expressão que lhe partiu o coração. Nunca vira Alfonso chateado dessa forma com a filha.

- Já gritei, ameacei e pensei em mata-lo de diversas formas...

- Alfonso! – Se virou, com o olhar arregalado e Alfonso a forçou virar para frente novamente.

- É brincadeira. – Sorriu – Ou não... – Murmurou baixinho e Anahí cerrou os olhos, desconfiada. – Agora é sério baby, eu nunca pensei que Giovana fosse nos enganar dessa forma. Gritar não adianta mais e proibir só irá piorar a situação. Talvez não seja tão ruim assim permitir.

Anahí observou a face do marido e concordou.

- Eu não quero mais me meter nesse assunto, agora você tem carta livre para fazer o que quiser a respeito. Giovana traiu minha confiança depois de eu ter defendido ela...- Rosnou e Alfonso riu. Era lindo ver Anahí com raiva de outra pessoa que não fosse ele.

Ele terminou de pentear os cabelos da esposa e depositou um beijo em sua cabeça.

- Por favor Any, fique quietinha dentro de casa hoje. Morri mil mortes quando ouvi sua ligação sobre os tiros e tomarei providencias sobre isso, mas por favor, não saia de casa, pelo menos hoje.

Anahí revirou os olhos, mas concordou. Não queria provocar outra briga com Alfonso, agora que ele parecia estar cedendo aos seus pedidos. Ela se virou no banco e o puxou pela gola da camisa, dando-lhe um beijo demorado.

- Sim, meu ogro cowboy. Tudo que você pedir... – Falou ainda com os lábios colados aos dele.

- Vou buscar os remédios que o médico passou, prefere ficar aqui no quarto ou ir para a sala? – Ofereceu, puxando-a delicadamente pela mão para que ficasse em pé.

- Acho melhor descer, ficar nesse quarto sozinha me deixa depressiva.

- Tudo bem.

De repente, Anahí sentiu seus pés fora do chão. Alfonso passou o braço por trás de suas pernas e a embalou no colo. Ela jogou a cabeça para trás e riu. Adorava quando Alfonso a carregava daquela forma e graças a Deus, apesar dos anos, ele não mudou.

- Eu amo quando você me carrega assim... – Envolveu o braço sano em seu pescoço e passou o nariz levemente sobre o dele.

- E eu amo carregar você assim... – Ele mordeu o lábio da esposa e juntos desceram as escadas.

Alfonso a depositou no sofá com cuidado e beijou sua testa.

- Amor, pode pegar meu celular pra mim por favor? – Pediu carinhosamente, enquanto esticava as pernas sobre o sofá.

Alfonso rapidamente buscou os anti-inflamatórios e antibióticos que Anahí necessitava tomar, até mesmo tinha ativado o despertador do seu celular para garantir que não esquecesse nenhum deles. Anahí engoliu as pílulas junto com um gole de água, depositando o copo na mesa de centro. Alfonso estendeu o celular para a esposa e antes que chegasse na porta da sala, ouviu o grito de Anahí.

Carlos e Berta correram da cozinha, se posicionando ao lado de Alfonso na sala.

- Baby, o que foi? Está doendo em algum lugar? – Perguntou preocupado e espantado com a reação de Anahí.

Ela não respondia, estava atônita e com lágrimas nos olhos.

- Any, por favor, responde... – Se ajoelhou em sua frente e segurou as pequenas mãos da esposa entre as suas, acariciando-as. – Meu Deus, você está tremendo. Baby, por favor me fala o que houve... – Pediu, encarando-a.

Carlos observou ao redor e reparou na tela brilhante jogada no chão, perto do sofá. Apanhou o celular e rosnou com o que viu.

- Alfonso, é melhor você ver isso aqui. – Entregou o celular ao patrão e abraçou Berta de lado, que o olhava interrogativamente.

Alfonso tremeu quando viu do que se tratava. Eram eles, parados no estacionamento da universidade. Ele abraçava uma Anahí desesperada, chorosa e ferida. Havia somente uma frase.

Dessa vez, foi de raspão. Da próxima, será no meio da sua cabeça.

Ele jogou o celular contra a parede e o mesmo se espatifou em vários pedaços.

- Poncho... – Ouviu o sussurro de Anahí e rapidamente sentou no sofá, puxando-a para o seu colo. Ela tremia da cabeça aos pés e Alfonso tentava se segurar para não tremer também.

Se alguém queria os assustar, estava realmente conseguindo. Mas ele não deixaria essa pessoa sair tão fácil assim. Iria até o inferno, se isso fosse garantir a segurança de sua família.

- Ligue para Giovana e Leo, quero todos em casa. Diga a eles que não é um pedido, é uma ordem. – Falou em um tom frio para Carlos, que rapidamente acatou a ordem do patrão sem reclamar, sabendo da gravidade da situação.

Consolou Anahí que chorava baixinho em seus braços e prometeu a si mesmo que descobriria o que estava acontecendo de qualquer maneira.