Fanfics Brasil - Capítulo 16 - 2° TEMPORADA Em nome do Amor - 2° TEMPORADA

Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot


Capítulo: Capítulo 16 - 2° TEMPORADA

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O caminho de volta, Anahí dormiu novamente. Ela se aconchegou no banco do carro, em paz, agora que sabia o porquê que sentia ânsia de dormir quase o dia todo. Os motivos estavam ali, sendo gerados dentro dela.


Então sonhou com duas crianças lindas, os cabelos negros como os de Alfonso e os olhos verdes exatamente iguais os dele. Elas corriam pelo campo atrás de um pequeno labrador, que mantinha a língua para fora, ofegante, mas que tentava de qualquer modo manter os pequenos brincando. Alfonso a mantinha entre suas pernas e a rodeava com os braços, sorrindo amplamente ao olhar os filhos. As flores exalavam um perfume maravilhoso na primavera. Ela admirou o céu, azul como os seus olhos e então ouviu o riso de Giovana. A garota estava mais velha, mais madura e Leo a levava nas costas. Encostou a cabeça no peito de Alfonso, que a recebeu de bom grado, beijando-lhe a face a todo momento e dizendo o quanto estava feliz e o quanto a amava.


- Any...Anahí! – Uma voz a chamou de longe.


Ela abriu os olhos. Ainda estava no carro e já havia anoitecido. Viu a placa que mostrava a entrada da cidade e suspirou. Dean a olhou preocupado, chamando-a mais uma vez.


- Está tudo bem? Você estava chorando. – Falou ele, enquanto voltava sua atenção ao transito. Ficara preocupado, já que Anahí estava dormindo e de repente começara a sorrir durante o sonho e do nada as lágrimas lhe vieram a face.


- Chorando? – Disse confusa e tocou o rosto, sentindo a umidade. Ela sorriu tristemente. – Era um sonho…um sonho bom. Queria que fosse verdade. – Fungou e voltou a olhar a estrada. – Pode parar na igreja, por favor? Quero fazer algo antes de ir pra casa.


Dean apenas assentiu, sem mais perguntas. Ela não lhe devia respostas.


- Vou esperar você aqui. – Falou Dean, enquanto ela saia do carro. Anahí apenas assentiu, e subiu as escadarias devagar, apreciando a privacidade.


O médico recomendara menos esforços, mas ela tinha que fazer isso. A pequena igreja estava deserta. Haviam velas acesas em uma mesa, formando um pequeno altar. Ela andou devagar pelo corredor, tocando os bancos de madeira com carinho. Ao chegar no altar, ela se ajoelhou na pequena almofada vermelha de veludo. Ascendeu uma vela e uniu as mãos, com o olhar focado na cruz de madeira pregada no alto da parede.


 Ascendeu uma vela e uniu as mãos, com o olhar focado na cruz de madeira pregada no alto da parede   


- Senhor, eu sei que eu não tenho sido muito assídua, mas ainda me considero sua filha. Creio que sou uma pessoa boa, que nunca fez mal a ninguém, mas que infelizmente coisas ruins aconteceram. – Mordeu os lábios, apreensiva. – Não sei como fazer isso, então falarei da maneira que acho correto. – Respirou fundo, se preparando. Era uma tarefa relativamente fácil, aquela de falar com Deus. Mas ela havia perdido a prática e se sentia um pouco envergonhada. – Primeiro, obrigada pelos milagrinhos que eu estou carregando aqui. – Colocou a mão sobre a barriga. – É mais do que eu poderia imaginar, muito mais. Mas eu, com todo egoísmo de um ser humano, também quero te pedir que... – Ela uniu as mãos novamente, apoiando a cabeça sobre elas. As lágrimas grossas já corriam em seu rosto sem parar. Seu choro saia misturado com as palavras. Era de doer o coração, para qualquer um que visse. Até mesmo Dean, que a observava com uma expressão desolada na porta. – Por favor, por favor, que Alfonso não reaja mal a isso. Que ele possa amar os filhos, assim como eu. Que ele não os rejeite, porque se isso acontecer...se ele falar algo e ameaçar a vida dessas crianças...eu temo que eu nunca mais irei perdoá-lo e eu não posso viver esse sonho sem ele. – Ela se quebrou em soluços altos e inexprimíveis.


Dean apenas a segurou pelo cotovelo, levantando-a com cuidado. Temia que toda aquela emoção fosse forte demais para Anahí e lhe fizesse mal. Ela aceitou o cuidado do amigo, olhando mais uma vez para a cruz, enquanto era guiada por Dean para fora da igreja.


*


Ao atravessar os imensos portões brancos do Haras Herrera, Anahí se sentiu exausta. Fisicamente e emocionalmente. O dia fora cheio e a descoberta de que levava duas crianças no ventre a havia deixado extasiada. Dean a deixou na porta da casa grande e ela logo se despediu, com a promessa de que o manteria informado, pois ainda estava com o celular dele.


- Obrigada por tudo que você fez por mim, eu nunca vou esquecer. – Ela deu um sorriso fraco, se amparando na janela do carro. Ele piscou e dessa vez ela riu de verdade. – Você é mesmo um galanteador, Dean Winchester.


- E você é preciosa, minha amiga. – Segurou a mão de Anahí, dando um beijo rápido. Ela pôs a mão sobre o coração, fingindo-se encantada, como as donzelas dos livros que lia.


Assim que viu o carro de Dean levantando poeira na estrada, ela encarou a casa, com o cenho franzido. Já havia anoitecido, mas tudo estava em plena escuridão. Talvez Alfonso não tenha chegado, pensou. Queria sentar ali, nas escadas e admirar a bela noite que fazia. Mas estava cansada e seu corpo pedia um bom banho. Ainda tinha que comer alguma coisa e tomar o resto das vitaminas do dia.


Assim que fechou a porta, ela entrou em pânico quando uma enorme mão tampou sua boca, impedindo-a de gritar. Ela levou as mãos ao braço que a cercava, tentando se soltar, arranhando a pessoa da forma que podia.


- Posso saber o que você foi fazer com Dean Winchester fora da cidade? – A voz grossa de Alfonso a fez soltar um suspiro. Ele abaixou a mão e ela deu um passo pra trás e se virou, encarando-o na penumbra.


Alfonso havia chegado, tomado um bom banho e descansado um pouco. Logo após que acordou, jantou o que Berta havia preparado e se incomodava que Anahí ainda não estava em casa. Ligou para o chefe dos seguranças, na esperança de saber sobre a mulher, mas como estava tranquilo em relação a Heitor, não havia mandado nenhum segurança sair atrás dela. Fora estupidez, ele sabia agora. Anahí não podia ficar desprotegida em nenhum momento e quase socou a própria cara por isso. O fato de descobrir que ela passara o dia todo na companhia de outro homem, que não fosse ele, o deixara furioso. E a observou na entrada de casa, sorrindo como nunca antes.


- Por Deus, Alfonso! Quer me matar do coração? – Disse Anahí, assustada. Levou a mão ao peito, em uma tentativa falha de conter as rápidas batidas.


- Eu quero saber aonde você foi com ele, Anahí. – Exigiu, amparando as duas mãos na porta atrás dela. Anahí ficou imóvel, encarando o marido.


- Poderia pelo menos dizer que estava com saudades antes de avançar como um homem das cavernas. – Debochou e Alfonso cerrou o maxilar.


- Sem gracinhas, por favor. Quero saber aonde você foi com ele e quero saber agora! – Ordenou, com um tom frio. Anahí sentia-se encurralada, mas sua língua coçava pra que dissesse a verdade.


- Eu...fui a Houston, como te disse ontem, ué. – Tentou desconversar e sair da onde estava, mas Alfonso a segurou pela cintura, mantendo-a imóvel.


- A verdade, Anahí. – Pediu agora, desesperado. Não queria pensar no fato em que a esposa poderia estar sentindo-se feliz na companhia de outro homem. Não que Anahí fosse lhe trair, isso nunca lhe passara pela cabeça. Mas o modo como a estava tratando-a ultimamente, poderia fazer com que se apaixonasse por outra pessoa. E esse pensamento, fazia seu estômago embrulhar.


Ela observou os traços no rosto do homem que amava. A visão havia se acostumado com o escuro e lhe lembrou a época em que ficara cega. Não importava que naquele momento, não pudesse ver o rosto de Alfonso com plenitude. A muito tempo havia guardado a imagem dele em sua mente. Uma paz de repente, tomou todo seu ser. Não era o momento de brigar, ela precisava se manter sã. Era como se os bebês estivessem lhe passando força. Ela tocou o rosto de Alfonso, passando o dedo delicadamente em cada pedacinho. As rugas se faziam presente em volta dos olhos dele e ela amava cada uma delas, assim como o homem que as possuía.


- Quer a verdade? – Perguntou, docemente. Ele assentiu, com o coração na boca. Estava com medo de que ela admitisse, que se apaixonara por outro. Ela segurou o rosto dele em suas mãos e sussurrou – Eu estou grávida.


Alfonso não pode deixar de cambalear um pouco com aquelas palavras. Sua reação inicial foi tentar se afastar e quebrar tudo que havia em sua frente. O medo lhe tomou completamente e seus olhos escureceram. Anahí sabia disso e pacientemente, continuou a segurá-lo, como se acalmasse um leão ferido.


- Ei, calma. Está tudo bem, eu te garanto. Você quis a verdade e eu disse, mas você precisa escuta-la inteira. – Pediu e ele concordou. Tinha a respiração pesada e nem mesmo percebeu quando Anahí lhe puxou para o sofá, ligando o abajur e sentando-se em seu colo.


- Baby, eu estou com medo... – Admitiu em um murmúrio, pela primeira vez. Anahí sentiu pena, nunca pensou que Alfonso estivesse lidando com tantos sentimentos ao mesmo tempo, ele nunca falara.


- Eu também estava, ainda mais porque você meio que me ameaçou, no restaurante. Naquele dia, não sabia que estava grávida ainda. Eu descobri uma semana depois e por isso pedi ajuda do Dean. Pensei que você fosse me forçar a fazer um...- Ela desviou o olhar do dele, sentindo um calafrio só de pensar na palavra – Aborto. – Disse com nojo aparente na voz. Alfonso a fez olhar novamente pra ele, esperando que continuasse e um pouco abismado que ela fosse pensar nisso. Ele nunca faria isso, mas antes de que entrassem nesse assunto, ele queria ouvir tudo. – Dean só estava sendo um bom amigo. Ele me levou pra fazer alguns exames hoje e garantir que eu estava bem. Fiquei com medo que você descobrisse, por isso pedi que Priscilla não me acompanhasse.


Anahí esperou que Alfonso se manifestasse. Queria que ele se mostrasse interessado, que fizesse pergunta sobre os filhos e sobre a gestação. Ele apenas olhou pra frente, como se não enxergasse mais nada ao redor. Mas ele acariciava sua coxa, com movimentos circulares e delicados. Ela acariciou os cabelos amassados pelo travesseiro, esperando.


- E o bebê está bem? Você está bem? Essa gravidez não vai ser como a de Ava, vai? – A olhou e ela reconheceu a aflição em seus olhos. Ela sorriu, tranquilizando-o. Ele estava se saindo melhor do que ela esperava.


- Na verdade, temos um pequeno problema... – Falou com a voz divertida, tocando o ventre. Os olhos de Alfonso se arregalaram e ela pode sentir ele tremer em baixo de si.


- Problema? Que problema? Nós podemos resolver, eu posso fazer umas ligações e mandar trazerem alguns médicos de fora do país e então... – Ele desatou a falar, passando a mão pelo cabelo descontroladamente. Anahí encostou os dedos sobre a boca dele, fazendo Alfonso se calar de imediato.


- São gêmeos. – Falou sem rodeio, ainda sem deixar de sorrir.


Alfonso exalou um suspiro e deixou seu corpo cair no encosto do sofá. Até aquele momento não percebera como estava tenso.


- E eles estão completamente saudáveis e eu também. Essa gestação não será como a primeira, eu prometo... – Ela falou e riu, quando Alfonso a mudou de posição, deitando-a no sofá. Ele se ajoelhou no chão ao lado dela e levantou a blusa de Anahí com reverência. Havia um nó em sua garganta, que ele não conseguia engolir. Era a emoção.


Emoção, de saber que mesmo sem querer, ele e Anahí acabaram por gerar dois bebês, frutos do amor que sentiam. Emoção, de saber que não surtara como previra em todos esses anos. Emoção, de saber que ela e os bebês estavam bem. Um fio de esperança que ele mantinha enrolado em torno do seu coração, acabara por crescer naquele instante, enquanto ele acariciava com amor a barriga da esposa.


Todos esses anos o medo fora seu fiel companheiro, ninguém entendia, principalmente Anahí. Nunca tivera coragem de falar sobre a perda de Ava com ninguém, nem mesmo com ela, que também a tinha perdido. Era doído, latejava. Falar as palavras em voz alta, só tornava tudo mais real. Mas agora ele estava ali, celebrando o crescimento da família e sentiu-se um pouco culpado por já amar essas crianças e Ava não ter tido a mesma oportunidade.


Anahí viu os olhos de Alfonso perderem um pouco do brilho, mas antes que pudesse perguntar qual o problema, ele passou a encher a barriga dela de beijos. Ela ria e se contorcia, pois sentia um pouco de cócegas, mas Alfonso estava implacável em sua tarefa de acariciar os filhos.


- Eu estava com medo da sua reação, me perdoe por ter feito isso pelas suas costas. – Murmurou, enquanto observava Alfonso acariciar a barriga com seu óleo. Assim que falou sobre o frasco de conteúdo cheiroso que mandara fazer, ele não perdera tempo e correu até o banheiro, fazendo questão de passar sobre sua pele.


- Tudo bem, baby. Eu meio que merecia isso da sua parte. Agi como um louco esses últimos meses... – Admitiu, dando um beijo no ventre e em seguida se apoiou sobre ela, de modo que não colocou toda sua força sobre o corpo pequeno de Anahí. Ela suspirou. Gostava do peso que ele fazia sobre si.


- Quero que você vá nas próximas consultas comigo. – Fez beicinho e ele sugou os lábios dela – Não quero que o médico pense que eu sou mãe solteira ou que confunda o Dean como meu esposo de novo.... – Soltou sem querer.


Alfonso ficou estático por um momento, absorvendo as palavras de Anahí. Ele ergueu a sobrancelha, tentando conter a raiva.


- Como é que é? – Perguntou demoradamente, com a voz letal.


- Foi uma bobagem, por favor, não vamos brigar por isso. – Pediu, segurando o rosto dele e trazendo pra perto de si. Ele bufou, mas cedeu.


- Quando o inferno congelar,  que vou deixar outro homem te acompanhar novamente. Só passando por cima de mim. – Ele deitou ao lado de Anahí e a virou pra cima do seu corpo, acariciando as costas por debaixo da blusa que ela usava. Ela suspirou, gostando do carinho. As mãos dele ainda estavam com um pouco de óleo e aquilo era relaxante, depois do dia que tivera.


- Isso é bom... – Anahí passou a língua pelos lábios, de olhos fechados.


- Eu só ficarei tranquilo depois que nós formos a próxima consulta. Quero ficar a par de tudo. – Disse determinado e Anahí apenas assentiu, desfrutando do prazer que as mãos dele lhe proporcionavam. – Já dá pra saber o sexo? – Perguntou, meio tímido. Não sabia nada sobre bebês, afinal, Giovana havia chegado mocinha ali. Ela abriu os olhos, que agora brilhavam e o encarou.


- Pude fazer um exame hoje que já dá pra saber. Vamos ter um casal! – Disse sonolenta, mas ainda animada. Alfonso sorriu. Um sorriso grande e verdadeiro e segurou a nuca de Anahí, grudando seus lábios nos dela, provando o quanto estava feliz por aquilo.


De repente, ela estava desperta. Alfonso sugava sua língua com voracidade e desespero. Ela roçava o seu corpo ao dele, querendo mais. Sentia-se quente, o corpo estava em chamas. Ele mordiscou seus lábios, passando a língua em seguida. Ela gemeu. Alfonso a empurrou delicadamente e ela se sentou, sem entender. Ele passou o braço por debaixo das pernas dela e a carregou escada acima, depositando-a calmamente na cama. Sentiria falta do sexo selvagem, mas ele não queria machucar os bebês.


- Não posso mais ser tão bruto quanto antes, não quero machucar vocês. – Falou baixinho, enquanto retirava a própria roupa. Anahí ficou no meio da cama, com os cabelos espalhados no travesseiro e admirada pelo cuidado que Alfonso estava lhe tratando. – Essa gestação será perfeita baby, nada irá fugir do nosso controle. – Prometeu, avançando em cima dela e tomando-a nos braços.


Depois de algumas horas intensas fazendo amor com Alfonso, Anahí caira em um sono profundo. Estava relaxada, grata e totalmente aliviada agora que Alfonso havia aceitado de bom grado. Parecia que tudo estava no lugar certo. Ela acordou de madrugada, com o barulho da chuva fustigando as janelas. Adorava dormir com chuva, mas amava mais ainda quando o esposo estava agarrado a ela. Tateou a mão pelos lençóis, ainda de olhos fechados e descobriu o lugar de Alfonso vazio e gelado.


Vestiu o robe de seda e saiu pela casa, chamando pelo nome dele. Não o encontrou e começou a ficar preocupada. Discou o número do chefe da segurança e suspirou tristemente, quando soube aonde ele havia ido. Se apressou a trocar de roupa, colocando um moletom quentinho e uma capa de chuva, entrou no carro e partiu.



- Eu sinto muito   


Eu sinto muito...eu não pude fazer nada pra e proteger, eu fui tão fraco. – Alfonso estava ajoelhado, em frente a lápide de Ava. Seu choro havia se misturado com as gotas grossas de chuva, que caiam sobre, tão geladas que pareciam cortar-lhe a pele. Ele segurou a lápide com carinho, sentindo-se culpado por estar tão feliz. – Não quis dizer a sua mãe o quanto eu sofri por ter te perdido todos esses anos. Ela pôde ver você, te abraçar, te acariciar e eu...eu não tive nada. Eu não pude ter tempo com você e isso é tão injusto pra nós dois! – Sua voz agora emanava raiva. Como ele queria ter tido tempo com ela, vê-la crescer e criar asas, assim como Giovana. – Agora você vai ter dois irmãozinhos e eu prometo meu amor, dessa vez eu não vou falhar. – Soluçou, levando as mãos ao rosto.


Era disso que ele precisava, essa conversa franca. Só ele e a filha. Precisava desabafar com alguém, dizer em voz alta o quão inútil ele foi por ai sim, tudo se tornaria real. Ele ajudaria Anahí com o luto dela na época e agora, ele estava lidando com o próprio.


- Você está errado. – A voz decidida de Anahí o tirou do transe. Ele se virou para ela, que ajoelhou em seu lado, tão linda com aquela capa de chuva. Alfonso tentou sorrir, mas falhou. Os olhos dele estavam vermelhos e inchados. Ela segurou a mão dele, demonstrando que estava ali pra qualquer coisa. – Não foi sua culpa, baby. É minha culpa eu não ter conseguido segurar nosso bebê na barriga? – Perguntou, com a voz um pouco alta, a fim de ser ouvida sobre a chuva.


- O que? Claro que não Any, isso é absurdo! Nunca mais diga ou pense uma coisa dessas. – Ele respondeu exasperado e ela ergueu uma sobrancelha, fazendo-o pensar.


- E a mesma lógica deve ser usada pra você também, Poncho. O que aconteceu, foi uma fatalidade, um erro natural. Aconteceu comigo e acontece com várias mulheres o tempo todo. Eu tenho certeza que Ava está feliz onde ela está e sabe que nós sempre a amaremos. Ela nos uniu como ninguém jamais pôde. – Anahí falou sabiamente, e ele concordou. Agora sentia o peito mais leve, a culpa se esvaíra dele, como se a água da chuva a tivesse carregado.


- Preciso tirar você da chuva, baby. O que estava pensando vir atrás de mim nesse tempo? – Perguntou ele, começando a se desesperar. Ajudou Anahí se levantar e a levou para a caminhonete. – Mulher, você vai me deixar de cabelo em pé. – Ele retirou algumas mechas de cabelo molhadas do rosto dela, ajeitando a capa em sua cabeça.


- Mas você me ama. – Afirmou, com um sorriso de lado. Ele assentiu, sorrindo.


- Eu te amo muito, Sra Herrera. – Ele selou os lábios dela e se ajoelhou, do lado de fora do carro. – E amo vocês dois também. – Beijou a barriga de Anahí, mesmo sobre a capa de chuva.


Ela se derreteu e os olhos se encheram de lágrimas. Era tudo que mais sonhara e estava ali, acontecendo. Eles iriam ficar bem.


Por enquanto.



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Autor(a): Lost Graphics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 150



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  • anniemorinunes Postado em 04/07/2019 - 05:04:27

    Ainda tem o final da fanfic??

  • foreverrbd Postado em 12/07/2018 - 23:12:37

    Oii Fran!! Tudo bem?? Te acompanhava no wattpad mas eu perdi minha conta e só consegui recuperar agora, e vi que você não tem mais perfil lá, você pretende terminar a fic aqui? Gostaria muito de ler o final dela! É uma das minha favoritas!! Se puder me mandar uma mensagem!! bjjss

  • ponnyyvida Postado em 19/03/2018 - 15:37:50

    Aí, eu até entendo o ciúmes do Poncho, mas gritar com a Any na frente de todo mundo é sacanagem né ?! :/ Continuaa

  • anaylleaya Postado em 18/03/2018 - 07:43:54

    Ótima sua fic, Poncho está certo, a reação foi um pouco exagerada, mas Anahí sabe que ele não gosta do Dean e fica o jantar inteiro de conversinha e ele tocando ela, me poupem ninguém tem sangue de barata, se fosse ao contrário era teria partido p cima da amiga do marido, então é bom ela refletir melhor nas atitudes que toma, foi ridículo o que ela fez

    • Amando Ponny 👯 Postado em 18/03/2018 - 22:28:44

      Seja bem vinda! Com certeza foi mesmo. Ela já sabe o marido que tem e o ciumes que ele sente, ainda mais com tantos anos de casamento. De qualquer forma, Anahi esta com os pensamentos misturados pelos hormonios da gravidez e sabe que entre Dean e ela é somente amizade. Eles irão se acertar, como sempre, não conseguem ficar muito tempo longe rsrsrs

  • Anamaria ponny_ Postado em 17/03/2018 - 02:58:41

    leitora nova, posta mais.

    • Amando Ponny 👯 Postado em 17/03/2018 - 13:05:26

      Seja bem vinda! Espero que esteja gostando 💫

  • Angel_rebelde Postado em 04/03/2018 - 22:44:11

    Tanta hora pra evitar isso e o Derick aparece assim do nada ? :OO Como ele adivinhou onde a Anny estuda ? Virou vidente ? Poncho chegou na hora certa para ajudar ela. Cooooooooooooonntt Por Angel_rebelde

  • ponnyyvida Postado em 04/03/2018 - 04:51:03

    Meu Deus, como assim o Derrick reapareceu ^_^ Tô em choque. Isso ainda vai dar mto rolo. Continuaaa anjo

    • Amando Ponny 👯 Postado em 04/03/2018 - 21:10:58

      hahaha pois é, quem é vivo sempre aparece...

  • ponnyyvida Postado em 09/02/2018 - 01:09:52

    A reação do Poncho foi a melhor <3 Aí, esse "por enquanto" dá um medinho :| Continuaaa amore :)

    • Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 02:06:13

      Foi mesmo né? Ele é um xucro, mas quando quer é um príncipe *----* Pois é, não vem coisa boa por ai...

  • anyherreira Postado em 08/02/2018 - 22:28:49

    Tava apostando que o poncho não ia aceitar a gravidez ainda bem que estava enganada , ele se abrindo e falando dos seus centimentos sobre a filha que morreu foi muito bom, assim ele divide o peso que carregava sozinho a muito tempo.continua

    • Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 02:05:22

      Falou tudo amora,ele preciava dividir essa carga que ele carregava e Any, como esposa, também serve pra isso. Pensei em afastá-los, mas acho que ficam melhores juntinhos *------*

  • Angel_rebelde Postado em 05/02/2018 - 19:46:44

    Gêmeooos :OOO Aiiiii scrrrrrrrrrrrrr !!! Lindooo saber q será um casal <333 Medo do Poncho acabar gritando com ela e falando todas as besteiras sem pensar, até Anny pedir divórcio e aí sim as coisas irem ao fundo do poço =(( Matar o Heitor foi um ato mto perigoso, q pode ter dado um alívio ao Poncho mas certeza q a coisa certa a fazer tá passando longe de ser. Coooooooooooonnntt Por Angel_rebelde

    • Amando Ponny 👯 Postado em 10/02/2018 - 02:03:59

      Ele precisava conter Heitor, já que a justiça não o fez. O sangue texano fez com que ele resolvesse o problema com as próprias mãos, já que Heitor havia deixado há muito tempo de ser uma ameaça. Atirou em Any e envenenou Gigi, isso foi demais pra ele. Ainda mais pq ele não engolia Heitor não ter avisado Any sobre Claudia... Mas agora eles vão superar muitascoisas juntos *-----*


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