Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Quando o dia estava amanhecendo, Alfonso levou Anahí para o lugar favorito dois dois, à beira do riacho. Sua tenda estava lá, pronta para recebe-los. Ele a acomodou-a, ainda sonolenta sobre o colchão enorme e ela sorriu. Não havia sinal de tempo fechado pelo céu, que agora luzia em variações de laranja e vermelho. Os pingos de chuva brilhavam nas folhas das árvores como diamantes, refletindo os raios de sol. Anahí espirrou e riu em seguida.

- Eu sabia que você não deveria ter ido atrás de mim, olha o que rendeu sua teimosia. Vai ficar resfriada... - Falou Alfonso, repreendendo-a. Ela fez uma carinha fofa e ele sorriu, sem resistir.

- Se eu ficar, você vai cuidar de mim. Na saúde e na doença, lembra? - Brincou e ele apertou o nariz dela.

- Eu não sei se seria bom você adoecer agora, baby. - Ele arrumou os travesseiros debaixo da cabeça dela e levantou a blusa do pijama de seda que ela usava. Anahí entrou em alerta, curiosa em saber o que Alfonso estava fazendo.

Ele se virou de lado, curioso, com os cotovelos apoiados na cama e as mãos sobre a barria de Anahí.

- Não parece que tem dois bebês aqui dentro... - Comentou, com o olhar fixo no ventre plano. - Pra falar a verdade, seu quadril está mais largo - Ele tocou-o com firmeza, medindo - E seus seios estão ficando mais cheios. Como eu não reparei antes? - Para provar seu ponto, ele segurou ambos os seios de Anahí em suas mãos, fazendo com que elas ficassem preenchidas. Ela gargalhou e pousou uma mão sobre a cabeça dele, acariciando os fios negros, já salpicados com branco.

- Deixa de ser tarado, Herrera. Eu acho que a partir do próximo mês já podemos ver um pouco de barriga. Ela crescerá muito mais rápido já que teremos dois bebês... - Ela tocou a barriga com outra mão e Alfonso deixou seus seios, tocando-a no ventre novamente.

- Quero que me conte tudo, por favor...Sobre como você...descobriu. - Limpou a garganta, envergonhado por ter brigado tantas vezes com Anahí sobre aquele assunto. Ela sorriu, compreensiva.

Então Anahí começou a contar tudo que pensava e que estava agarrado em sua garganta. Seus medos sobre a reação dele, a desconfiança, o que acontecera no dia do jantar, como ludibriara Priscilla para fazer o teste de gravidez, simplesmente tudo. Disse como fora a consulta, de quantos meses estava e os exames que foram feitos. Alfonso se sentiu culpado por ela ter passado tudo aquilo sozinha e se perguntou o que teria acontecido, se Anahí tivesse ficado com tanto medo dele à ponto de fugir.

- Eu nunca fugiria de você, meu amor. - Ela murmurou, ainda acariciando os cabelos dele. Ele franziu o cenho, confuso. - Você falou a última parte em voz alta. - Ele corou.

- Eu quase perdi você. Aliás, vocês... - Beijou a barriga dela, sempre acariciando. - Me perdoe Any... - pediu novamente.

- Não temos mais que pedir perdão, querido. Isso tudo ficou pra trás agora. Vamos viver essa nova etapa da nossa vida, ok? - Ele assentiu - Agora, uma coisa eu estou curiosa.... - Ela mordeu os lábios, apreensiva. - Você descobriu quem estava me mandando aqueles bilhetes e quem tentou me matar? - Disse a última palavra com um bolo na garganta. Era de aterrorizar a ideia de que alguém desejasse sua morte e houvesse tentado não apenas uma, mais duas vezes, sendo que a segunda acidentalmente atingiu sua filha sem querer. Seu sangue ainda fervia quando pensava em Giovana no hospital.

Alfonso empalideceu na mesma hora. Não queria ter que contar nada do que acontecera a Anahí, muito menos trazer à tona o nome de Heitor.

- Não, eu... - desviou o olhar do dela.

- Você sabe quem é e vai me contar... - exigiu - Alfonso Herrera, olhe pra mim agora, porque eu estou exigindo que você me conte quem estava tentando me ferir. - Falou com a voz dura, os olhos faiscando. Alfonso se assustou um pouco, será que Anahí já estava com mudanças de humor? Bem provável, pensou, torcendo a boca.

- Foi Heitor. Mas já está tudo resolvido, baby. Ele não vai lhe machucar mais, eu juro. - Ele a olhou e em seus olhos, passava firmeza e verdade. Anahí teve um lapso de medo sobre o que ele teria feito, mas a expressão dura no rosto de Alfonso a fez recuar. Ela pensou em seus filhos e no que o médico disse. Não podia se alterar.

- Vou querer saber o que aconteceu? - Perguntou, receosa. Ele negou com a cabeça e ela suspirou. - Tudo bem, eu consigo aceitar isso.

- Então, vocês dois vão querer jogar futebol americano comigo? - Ele beijou a barriga dela, pela milésima vez naquela manhã e Anahí sorriu deliciada. - Pois saiba que eu joguei muito com a sua irmã mais velha quando ela voltou a andar, de fato ela me passou a perna um par de vezes, mas por favor, nem sonhem em comentar isso com a Gigi, porque a garota tem um ego enorme...

- Tem? Quem será que ela puxou hein? - Anahí brincou, com um sorriso sínico nos lábios. Alfonso lhe deu um olhar feio e voltou a conversar com a barriga.

- Óbvio que Gigi puxou a mãe de vocês, que é mais arisca que os cavalos selvagens que chegaram no haras. Ai, Any! - Exclamou, passando a mão na nuca, onde ela havia puxado um chumaço de seu cabelo.

- Eu não sou arisca, idiota. - Cruzou os braços, emburrada.

- Ah não? E isso significa o que? - Apontou com o queixo para os braços cruzados dela e ela os abaixou, sem graça. - Eu só estava brincando meu amor, fique tranquila. - Avançou um pouco na cama e puxou o rosto dela para um beijo.

Ela desviou a boca no primeiro momento, mas logo cedeu, sem resistir os lábios quentes de Alfonso sobre si. Ele apenas colocou parte do seu corpo em cima dela, com medo de machucar os bebês, mas Anahí o puxou pelo ombro, sedenta.

- Baby, os bebês... - Murmurou ainda com a boca colada à dela.

- Não vai acontecer nada, amor. Te juro. - Prometeu, arranhando as costas dele e passando a boca por toda a extensão do esguio pescoço. - Algumas horas atrás você fez amor comigo, porque não quer mais?

- Pois agora eu quero esperar e ouvir do médico isso, ok? E, como você mesmo disse, já fiz você se cansar demais...quero que descanse - Falou com firmeza, acariciando o rosto dela. Anahí suspirou, mas assentiu.

Finalmente o mês passou rápido e Anahí já completava três meses de gestação. Alfonso havia insistido para que ela desistisse das aulas, mas ela foi firme em sua decisão. Gravidez não era doença e ela sentia-se mais disposta que nunca. Entre os estudos e os preparativos para o jantar de Ação de Graças, onde ela contaria à todos que estava grávida, sua cabeça vivia no mundo da lua. Tentava o máximo se concentrar nas aulas, mas só conseguia pensar na saúde de seus bebês. Alfonso lhe acompanhara na última consulta e fizera tantas perguntas ao médico, que saíra da sala tonta. Nem mesmo sabia que ele havia pesquisado tanto sobre a gestação. Toda vez que se lembrava de que ele havia chorado, ao ouvir o coração dos bebês, ela se emocionava.

Assim, andando pelo corredor da faculdade, olhando atentamente para a tela do celular, enviou uma mensagem no grupo da família que continha Gigi, Leo, Maite, Dulce, Carlos, Poncho e até mesmo Berta. Ela riu, enquanto lia as mensagens de tristeza que Gigi mandava para enganar o pai. Ela chegaria naquela tarde e o jantar seria no dia seguinte. Cumpriria a tradição de pai e filha assistirem o jogo de futebol americano juntos. De repente, se trombou com alguém de frente. Apressada, se abaixou com cuidado para recolher os livros. Já estava atrasada para encontrar Alfonso no estacionamento. Ele abrira mão de Priscilla, mas não de deixar de leva-la e busca-la das aulas todos os dias.

- Perdão, eu estava distraído...- A voz familiar soou e o campo de visão de foi invadido pelo rosto do homem que não via a mais de sete anos. Ela empalideceu e se levantou de súbito, ficando um pouco tonta.

Derrick levantou o rosto, percebendo com quem topara e deu um sorriso sedutor.

- Derrick... - Murmurou sem voz.

- Anahí. - Respondeu ele com animação na voz.

A próxima coisa que Anahí se deu conta, fora que sua visão se borrou, ficando totalmente negra em seguida. Derrick com agilidade, a segurou em seus braços, antes que ela pudesse cair no chão. Olhou ao redor, em busca de ajuda, sem saber o que fazer.

- Tire as mãos da minha mulher, AGORA! - Alfonso disse entredentes, ao ver o estranho com Anahí desacordada nos braços. - O que você fez pra ela, hein? - Ele tomou Anahí nos braços e a deitou em um banco, tirando o celular do bolso e digitando algo rápido. Ele a abanou com as mãos e em menos de cinco minutos, Priscilla pareceu com álcool e algodão. - Ligue para o médico dela agora e diga o que aconteceu, pergunte o que devemos fazer. - Deu ordens, enquanto embebedava o algodão e passava na frente do nariz de Anahí.

- Eu juro que não fiz nada pra ela. Nós nos trombamos e eu a ajudei a recolher os livros, então ela se levantou e me viu... - Tentou se explicar, mas Alfonso levantou a mão, calando-o. Derrick podia sentir a fúria emanar do outro homem com força e o respeitou. Estava preocupado com Anahí.

- Eu te juro, que se acontecer alguma coisa com a minha mulher, eu mato você. - Era uma promessa e Derrick sabia reconhecer um homem determinado.

- Já disse que não fiz nada, cara... - Disse mais uma vez e Alfonso o olhou com cara feia.

- Isso vamos saber, quando Anahí acordar. - Determinou. A verdade era que estava desesperado, com medo de houvesse acontecido algo a Anahí e aos bebês. Queria que Anahí abrisse os olhos, para saber que tudo estava bem. Ele suspirou, quando viu os olhos azuis piscando.

- Poncho? - Sussurrou com a voz rouca. - Bebê, eu estou bem... - Piscou repetidamente, com a mente ficando cada vez mais clara. Havia visto Derrick nos corredores da faculdade, mas era verdade ou apenas um sonho? Fora muito real. Colocou a mão na testa, ainda confusa.

- Que aconteceu, baby? Você desmaiou no meio do corredor. Se lembra? - Ele a ajudou a se sentar e sentou-se ao lado dela, tomando as mãos geladas entre as suas.

- Acho que minha pressão caiu, eu pensei ter visto o...Derrick. - Ela deu um sorriso forçado e Alfonso então se deu conta então, de que o homem parado atrás de Anahí, era na verdade, seu ex noivo.

Anahí acompanhou os olhos de Alfonso e quando se virou, o choque se fazia evidente em seu rosto. Mas logo deu lugar a raiva genuína. Ela apertou as mãos de Alfonso e mordeu os lábios, tentando se acalmar.

- O que diabos, você está fazendo aqui? - Perguntou ríspida, com os olhos azuis faiscando de ódio.