Fanfic: Em nome do Amor - 2° TEMPORADA | Tema: AyA Ponny Cowboy Hot

Anahí acordou com uma bela ressaca no outro dia e com a campainha tocando incessantemente. Depois de ter colocado pra fora todo seu estoque de lágrimas possível e ter tomado sozinha outra garrafa de vinho, ela adormeceu no sofá.

- Mas que inferno é esse? Já vai! - ela gritou pra porta - Ai... - colocando a mão na têmpora, ela se levantou desnorteada e seguiu em direção a porta. - Pois não?! - respondeu a morena em sua frente.

- Oi, eu sou Maite. Vim pra entrevista. - Maite sorriu e observou a dona da livraria. O cabelo de Any apontava para todas as direções possíveis, os olhos inchados e vermelhos mostravam que ela havia chorado na noite anterior.

- Ah sim, agora eu me lembro. Mas sem querer ser indelicada Maite - ela sorriu - nós marcamos para as dez da manhã, não foi? - Any disse tampando o reflexo do sol sobre seus olhos.

- Já são dez horas Anahí - Maite respondeu sem graça - se você quiser posso voltar outra hora talvez... - ela já afastava.

- NÃO! - Any gritou e sua cabeça latejou - Não, por favor entre... só preciso tomar um banho e um café bem forte. Eu nao sou nenhuma louca, alcoolatra nem nada disso, só tive uma noite ruim.

Maite assentiu com a cabeça e entrou na casa sem fazer perguntas. Any se desculpou novamente e correu para o banheiro, agradecida pela descriçao da moça.

Sua cabeça latejava e seus pensamentos sobre a noite anterior voltavam a todo o momento. As lágrimas já não existiam mais, somente aquela dorzinha no interior do seu peito ainda mostrava que tudo fora real. O rosto de Alfonso ainda estava nítido em sua cabeça, seu sorriso rodeado por aquela barba deliciosa, seus músculos sobressalentes na camisa, parte do peito a amostra... porque ele tinha que ser tão lindo? Mesmo furioso, ele parecia ainda mais gostoso.

- Ai meu Deus, porque... - Any gemeu e encostou a cabeça na parede, deixando a água quente correr sobre suas costas e então relaxou.

Recém saída do banho e com uma aparência muito melhor que a anterior, Anahí seguiu para a cozinha sentindo cheiro de café fresco e panquecas.

- Vejo que você já ficou bem à vontade aqui. - disse Any sorrindo.

Maite corou e sorriu sem graça.

- Me desculpe Any, mas você parecia tão mal que eu resolvi ajudar.

Anahí gemeu e passou a mão pelo rosto.

- Eu parecia tão mal assim é? - riu levemente sentando-se na cadeira.

- Você parecia pior, na verdade. - Maite sorriu e colocou uma caneca de café em frente a Anahí, assim como um prato com duas aspirinas, bacon, ovos e panquecas. - Mas assim que tomar esse remédio e um café da manhã reforçado você vai estar como nova.

- Obrigada Maite, não sei como te agradecer... aliás, sei sim. - Any deu um sorriso misterioso sob a caneca e tomou um gole do delicioso café. - Bem, primeiro de tudo, você sabe preparar um café maravilhoso. Porque gostaria de trabalhar em uma livraria?

- Bem, obrigada pelo elogio... - Maite respirou fundo e respondeu distraída com a barra de sua blusa - Eu amo livros, amo estar rodeada por eles e pra ser bem sincera, ninguém teria coragem de abrir um negócio desse tipo aqui em San Antonio sabe? - ela sorriu e olhou novamente para Anahí - Aqui é tudo sobre gado, peões, gado e etc. Creio que livros são sobre viajar, imaginar e viver mesmo sem sair do lugar - disse com os olhos brilhando - Eles são meus únicos companheiros, não sou igual as meninas daqui Any, que ficam correndo atrás de cowboys o tempo todo, principalmente do Alfonso Herrera. - torceu a boca.

Anahí engasgou com o café e tossia enquanto Maite rapidamente dava batidinhas em suas costas.

- Oh Any, você está bem? - Maite franziu as sobrancelhas preocupada.

- Sim, sim, eu só tomei rápido demais. - sorriu nervosa - Então, você sabe preparar café, ama livros e odeia cowboys... o emprego é seu Maite! - ela bateu palminhas e se levantou pra abraçar sua nova funcionária.

Super animadas, as duas continuaram planejando todo funcionamento da livraria e sua inauguração para a pequena população de San Antonio. Em meio a ideias e gargalhadas, Any sentiu que estava em casa agora que havia feito uma nova amiga. Maite era um doce de pessoa e tímida também, morava com sua avó e fora criada na cidade. Nunca havia tido um namorado sério, o que rendeu a Any várias piadinhas sujas, deixando uma Maite corada e envergonhada. Se a Dulce estivesse aqui, seria perfeito... - Any pensou enquanto conversava com Mai.

*

Do outro lado da cidade, Alfonso estava mais grosso que o habitual. Seus peões simplesmente desapareciam quando o viam chegando, até mesmo Berta se transformara em fumaça quando ouviu ser chamada por ele.

- Eles estão pensando que são quem, se escondendo do patrão dessa forma? Diabos... - disse sozinho enquanto alimentava um bezerro recém-nascido no estábulo. - Todos eles vão me pagar, não podem se esconder pra sempre! - resmungou com o pobre bezerrinho que sugava todo leite da mamadeira.

- Deu pra falar sozinho agora, patrão? - Carlos disse rindo.

- Jesus, homem!! Quer me matar do coração? O que você quer, fala logo porque hoje eu não estou com um bom humor. - disse sem dirigir um segundo olhar ao capataz da fazenda.

- Poncho, o que está acontecendo? Todo mundo sabe que não deve cruzar seu caminho quando você está de mal humor, o que quer dizer todos os dias, mas hoje você está insuportável até pra mim! - Carlos cruzou os braços esperando uma resposta do patrão. Era o único que tinha coragem de falar assim com Alfonso, de encará-lo de frente. Poncho admirava isso no amigo, por isso sabia que sempre poderia contar com Carlos. O homem era corajoso pra caralho pra enfrentá-lo dessa forma.

Alfonso terminou o que estava fazendo e se levantou, tirou o chapéu e passou a mão pelos cabelos.

- Eu conheci uma mulher... - ele começou.

- Sim, mas você conhece mulheres todos os dias, isso não é novidade - Carlos riu com deboche.

- Vai deixar eu falar ou não?! - pegou um pano e limpou as mãos. - Bom, conheci uma mulher, a mulher mais...mais... exasperante de toda minha vida. Ela é mimada, sem educação, egocêntrica, tem uma língua mais afiada do que os facões aqui da fazenda, ela é literalmente uma praga! - resmungou soltando vários palavrões.

- E você está caidinho por ela, achei que não viveria pra ver isso. - Carlos soltou uma enorme gargalhada.

- Você perdeu a porra da sua mente? É lógico que não, eu só a conheço a dois dias! - disse nervoso.

- Só isso? E como você já tem toda opinião formada sobre ela? É muito pouco tempo pra se conhecer alguém, Alfonso. - disse seu amigo sabiamente. - Qual o nome da "praga"? - perguntou fazendo o sinal de aspas com a mão.

- Ela se chama Anahí...- Poncho respondeu com um suspiro.

Então dividiu com seu capataz toda a história, desde quando conheceu Anahí até o péssimo final de jantar que tiveram na noite anterior. Em todo momento Carlos observava Alfonso atentamente e viu o que ninguém conseguia, além dele e sua esposa, o coração de Alfonso falava mais alto e que o mesmo não conseguia admitir pra si mesmo que havia gostado e muito dessa tal Anahí. Sabia que toda essa descrição de Poncho estava equivocada e que o que mais chamara atenção do patrão, foi que ela fora a primeira mulher a não reconhecer o tal nome Alfonso Herrera e a não correr atrás dele imediatamente assim como todas as outras mulheres da região.

Oi meninas, tudo bom? Muito feliz que voces estao acompanhando e gostando da história! Por favor, nao deixem de comentar e interagir, preciso saber a opniao de voces. beijos s2