Fanfic: Meu querido ex namorado {vondy} | Tema: Vondy

O jato incessante de água fria parecia ter permeado o cérebro da ruiva naquela manhã de sábado, as batidas pesadas das musicas que embalava a noite anterior ainda martelavam sua cabeça enquanto deslizava as mãos por suas madeixas ruivas encharcadas de creme. A noitada parecia ter sido excelente, principalmente pelo fato de não se lembrar de nada mais depois da quinta dose de Jose Cuervo. A única coisa que conseguia recordar naquele deplorável momento de ressaca matinal era que tinha um cara loiro dormindo em sua cama. Dulce fechou o registro do chuveiro e sobre o box de vidro pegou sua aveludada tolha branca, chacoalhou seu corpo para que as últimas gotículas de água deslizassem por seu corpo e finalmente se enrolou na toalha saindo da área protegida pelo box se posicionando de frente ao espelho.

Analisou seu corpo sobre a toalha hesitando em andar pelo seu quarto apenas de toalha com um estranho em sua cama. Era melhor não provocar não sabia com quem estava lidando, além do mais era necessário que o cara fosse embora o mais rápido possível. Sabia que seu pai detestava quando trazia visitas masculinas para a casa de madrugada, e não estava afim de vê-lo zangado logo de manhã depois dos últimos acontecimentos. A ruiva tinha conhecimento que não era a filha dos sonhos , mas tomar a chave de seu carro depois da mesma ter dormido no passeio de casa era demais. O que há demais em dormir no passeio de sua própria casa? Dulce só queria um pouco de ar fresco depois que viu que não conseguiria acertar a chave no buraco da fechadura. Tudo bem que talvez estivesse um pouco bêbada, mas não tinha nada demais naquilo, não é?

Pena que os jornalistas de plantão não partilhavam da mesma opinião e bombardearam a imagem da ruiva com as primeiras páginas dos jornais e revistas de fofocas. Carlos, pai de Dulce, em uma tentativa de conter os escândalos da filha lhe privou do uso de seu Lamborghini Aventador vermelho, claro que nos primeiros dias a ruiva parecia ter aprendido a lição , mas não precisou mais que uma semana para que convencesse o pai a devolver a chave de seu carro e para comemorar a conquista Dulce saiu para beber. Alias, será que a mesma voltara dirigindo para a casa? Pelo menos não havia dormido no passeio como da última vez.

Dulce vestiu um vestido verde escuro com um farto decote e abriu a porta de seu banheiro colocando apenas a cabeça para fora analisando se o loiro ainda dormia e então abriu por completa a porta do quarto rodeando sua cama e ficando ao lado do rapaz, que possuía ombros largos e uma cabeleira loira e lisa que caia sobre seu rosto de forma desorganizada, sua barba por fazer dava um semblante de másculo, a ruiva cogitou a hipótese de puxar o edredom que lhe cobria do abdômen para baixo para que pudesse terminar de analisá-lo, mas não o fez. Pelo menos parecia ter feito uma boa escolha na noite anterior, o rapaz era bonito, uma pena não se lembrar nos momentos juntos que passaram em sua cama.

Dulce: Querido(cutucou forte o braço do loiro)

Em resposta o cara resmungou e afundou sua cabeça no travesseiro.

Dulce: Ei acorde.(o cutucou novamente procurando depositar mais força)

Mesma que contrariado o rapaz se espreguiçou e abriu os olhos lentamente.

---: E ai linda?!(sorriu mostrando um conjunto de dentes perfeitamente alinhados e brancos)

Dulce: Hora de ir embora.(ordenou caminhando para dentro de seu closet)

---: Claro.(se levantou em um pulo) Posso tomar um banho?(seguiu a ruiva)

Dulce: Fique a vont(parou de falar enquanto colocava um brinco de perola e notava que o homem estava de calças) Dormiu de calça?(indagou franzindo o cenho)

---: Por que? Queria que eu dormisse como gata?(se aproximou da mesma) Você chegou e capotou, fui incapaz de fazer qualquer coisa.

Duas batidas abafadas se foram ouvidas no closet.

Dulce: Ótimo! Então tome seu banho e vá embora.(disse caminhando para a saída de seu closet enquanto alguém ainda insistia em bater na porta de seu quarto) Ah! E não deixe que meu pai te veja, saia pela porta dos fundos.(o instruiu)JÁ VAI(gritou de mal grado)

Qual era a finalidade de esmurrar a porta de alguém em um sábado de manhã?!

Dulce: Meu Deus, o que tá acontecendo?(indagou abrindo a porta do quarto logo que o loiro entrou no banheiro e viu a figura de sua mãe com os olhos marejados lhe encarando) Que cara péssima.(comentou)

Blanca: Venha assistir o noticiário.(disse entre os soluços)

Dulce franziu o cenho e acatou ao pedido da mãe, não que isso acontecesse com muita frequência, mas nunca tinha visto Blanca soluçar de chorar. Desceu as escadas aos pulos e se sentou ao lado de sua irmã mais nova Milena que chorava no colo da babá.

Dulce: O que está acontecendo aqui?(indagou intrigada olhando o noticiário na TV de 75 polegadas)

A TV mostrava imagens ao vivo em frente a empresa Saviñon e um repórter anunciava alguma coisa, nada que chamara mais atenção de Dulce do que o letreiro no rodapé da TV "Em uma tentativa de assalto a empresa Saviñon , Carlos Saviñon reage e recebe quatro tiros na cabeça e morre no local"

Que? Morre? Como assim? Seu pai não tinha ido trabalhar. Afinal era sábado. Aquela notícia estava errada, só podia estar errada. Poderia existir milhões de Carlos por ai com empresas Saviñon's, não é mesmo?

Dulce encarou a mãe que lhe esticou os braços para um abraço, que foi recusado pela mesma. Não queria um abraço, queria seu pai sã e salvo. Não! Não seria possível aquela notícia ser verdadeira , Carlos tinha combinado de ir ao Haras na cidade vizinha com a ruiva, ele tinha um compromisso com sua filha. Ele nunca descumprira um combinado com Dulce, nunca, e não seria agora que isso iria acontecer.

A ruiva subiu o mais rápido que pode até o quarto de seus pais, na certeza que seu pai estivesse dormindo em meio aos quatro travesseiros que gostava de dormir - quase não sobrando espaço para Blanca se encaixar sobre a cama - , e ao empurrar a porta, Dulce encarou a cama com uma colcha nude de flores sobre a cama. Seu coração apertou a medida que seu estômago embrulhava.

Não era possível! Não era verdade, aquilo era só mais um pesadelo que acordaria a qualquer momento. Dulce sentia os primeiros nós na garganta se formarem, mas não queria chorar, afinal era só um pesadelo, um terrível pesadelo, pegando o controle da Tv do quarto de seus pais, a ruiva vagou por todos canais confiáveis que poderiam noticiar ao contrario do que havia visto na sala.

Mas não, Carlos Saviñon era conhecido o bastante para fazer com que a maior parte das emissoras de TV interrompessem sua programação normal para acompanhar ao vivo o trágico "acidente", visto que tudo era verdade e que não iria acordar de sonho nenhum Dulce se jogou na espaçosa cama de seus pais e como se procurasse um refugio buscou todas as forças que ainda restavam.

Dulce: NAAAAAAAAAAAAAAAO!(gritou estridentemente)

Oláaaa chicas e chicos!!! Apertem os cintos e se preparem para uma história repleta de altos e baixos :)  

Espero que gosteeem, de verdade. Sei que todo começo é meio chatinho,e tals, mas precisamos de um começo, pra decolarmos com a história, neh?!

Agora vamos combinar uma coisa, passou por aqui deixa seu comentário sobre o que achou ,é tão facil e rapidinho e supeeer me motiva a escrever mais e maaaais.

Boa Leitura

Beijo