Fanfics Brasil - Capítulo Único Amor Bandido

Fanfic: Amor Bandido | Tema: Rebelde, Ponny


Capítulo: Capítulo Único

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AMOR BANDIDO 


 


Já era noite, aproximadamente sete e meia, horário da janta. Descendo as escadas da sala, lentamente fui entrando na cozinha, encontrei os meus pais discutindo, calada e sem saber oque fazer, me sentei à mesa, foi quando o meu pai se calou e olhou para mim e me chamou com uma voz alterada.


 


FRANCO – Anahí?


 


Ele me chamou, mas o medo me calou, não respondi e comecei a tremer.


 


FRANCO – DECEPCIONADO – Percebe Marina? Percebe? Ela não responde, supostamente já sabe qual é o assunto!


MARINA – CHORANDO - Filha, seja sincera conosco, somos seus pais... Você está grávida? O boato que corre pela cidade é verdade? Diga que não filha... Imploro!


FRANCO – O seu silêncio já é a resposta!


 


O meu pai me deu uma bofetada no rosto, aquela foi a primeira vez que ele havia me batido, e foi a pior dor que eu senti na minha vida. Ele voltou a levantar a mão contra mim, eu fechei os olhos e fiquei paralisada esperando ele me bater novamente, abri os olhos devagar e a minha mãe o havia segurado.


 


FRANCO – GRITANDO - É daquele cracudo? Essa criança que está esperando é daquele bandido?


 


Eu não sabia oque responder, eu comecei a chorar descontroladamente e a soluçar.


 


ANAHÍ – CHORANDO – Não fala assim, papai... É do Alfonso... A criança que eu espero é do Alfonso, mas ele não é nenhum bandido!


FRANCO – GRITANDO – Não é nenhum bandido? Você sabe onde ele mora, sabe com quem ele anda, é praticamente um moleque de rua. Todos sabem quem ele é, eu nunca permiti que você andasse com ele. Nunca! Sabe a vergonha que passei quando ironicamente o vizinho me parabenizou? Não te criei para ser uma vadia que abre as pernas para bandido!


MARINA – CHORANDO – Não fala assim com ela, meu amor... Deixe ela explicar!


FRANCO – Oque quer que ela explique? Acha que eu sou algum idiota? Ela se calou, o silêncio é a melhor resposta!


ANAHÍ – CHORANDO – Papai...


FRANCO – EVITANDO CONTATO VISUAL COM A ANAHÍ – Suba agora mesmo ao seu quarto, pegue todas as suas coisas e saia agora mesmo da minha casa. Você não tem mais pai!


 


Oque o meu pai disse me doeu mais que a bofetada, continuei sentada sem ter reação alguma, enquanto minha mãe aos gritos e soluços rogava pela minha permanência em casa. Ele me pegou pelo braço e me puxou da cadeira, chorando o implorei por piedade.


 


ANAHÍ – AJOELHANDO-SE – Papai, tenha piedade de mim! Onde irei viver?


FRANCO – GRITANDO – Se você achou um lugar para abrir as pernas para um bandido cracudo, vai achar um lugar para viver. Não se desespere!


 


Ele voltou a me puxar pelos braços, me levou até a porta de casa enquanto a minha mãe o segurava. Os vizinhos saíram de suas casas assustados com os gritos da minha mãe, ficaram impressionados ao verem o meu pai me jogando sobre a calçada, rapidamente ele puxou a minha mãe de volta para dentro e trancou a porta. Ali no chão continuei jogada sem saber para onde ir, os vizinhos começaram a especular sobre oque estaria acontecendo, nenhum veio me ajudar. No primeiro andar da minha casa, vi da janela do meu quarto a luz acesa, o meu pai apareceu na varanda e começou a jogar todos os meus pertences, alguns minutos se passaram até que comecei a pegar pelo chão algumas coisas que realmente me importavam, de cabeça baixa comecei a andar pelas ruas em direção a casa do Alfonso, ao chegar lá vi a porta aberta, fui entrando até chegar no quarto, onde ele estava com outro homem, que lhe entregou uma boa quantia em dinheiro e um saquinho com um pó branco, o homem passou por mim sem manter contato visual, o Alfonso se assustou ao me ver e tentou esconder oque o homem havia lhe entregado.


 


ANAHÍ – Não precisa esconder... Eu já vi!


 


Ainda triste, coloquei os meus pertences sobre o criado mudo dele, e me sentei sobre a cama, enquanto ele me olhava, provavelmente planejando alguma desculpa.


ALFONSO – GAGUEJANDO – Não é oque você está pensando!


ANAHÍ – DECEPCIONADA – Então é verdade oque falam de você, não é?


ALFONSO – SEM ENTENDER – Oque falam de mim?


 


Coloquei as minhas mãos sobre a cabeça, ele se aproximou de mim e me deu um beijo, ao notar os meus olhos inchados ele me abraçou e começou a chorar.


 


ALFONSO – CHORANDO – O seu pai descobriu?


ANAHÍ – Sim, e me expulsou de casa!


ALFONSO – Como ele descobriu? A sua barriga ainda não cresceu, deveria ter negado. De toda forma você não iria ter essa criança, ele jamais saberia que mentiu!


ANAHÍ – CHORANDO – Decidi ter, não sei como... Mas vou criar essa criança, decidi ouvir oque me disse, é uma vida que está dentro de mim, fruto do nosso amor!


 


O Alfonso me levantou da cama, ainda chorando ele me abraçou fortemente, quando fomos interrompidos por uma sirene de um carro de polícia em frente a casa. Fiquei sem entender, e ele colocou a mão sobre a minha boca, me impedindo de dizer alguma coisa. Começaram a bater na porta e continuamos dentro do quarto, comecei a ficar nervosa e o Alfonso tirou a mão da minha boca.


 


ANAHÍ – NERVOSA – Oque você fez?


ALFONSO – Me perdoa!


ANAHÍ – CHORANDO – Me diz... Oque você fez?


ALFONSO – Você me ama?


ANAHÍ – CHORANDO – Não lhe conheço mais, como saberei se lhe amo?


ALFONSO – Pelo nosso filho... Vamos fugir daqui!


 


O policial continuava a bater na porta e gritava ameaçando arrombá-la, caso não respondêssemos. Abracei o Alfonso com toda a minha força, e a nossas vidas coloquei em sua mão. Ele pegou uma mochila, colocou nas costas, me segurou pelas mãos e juntos pulamos a janela do quarto, que dá acesso a rua ao lado. Ao nos avistar, o policial entrou rapidamente na viatura, corremos de mãos dadas à procura de um local para nos escondermos. Conseguimos despistar o policial, que ao entrar na viatura, já nos tinha perdido de vista. Ficamos escondidos em um beco escuro, eu não parava de chorar e não soltei em momento algum a mão do Alfonso, que estava gelada, segurei a outra e as coloquei por dentro da minha blusa para aquecê-las.


 


ALFONSO – Aconteça oque acontecer, o nosso filho terá uma vida digna, eu vou deixar essa vida bandida, eu vou me dedicar a cuidar somente de você e do nosso filho, eu serei uma pessoa correta, juro pela minha alma!


 


Acariciando os meus seios, ele me beijou com a intensidade de nunca antes, me deixando sem fôlego. Naquele momento eu me senti protegida, cheguei a ter a certeza de que tudo já estava bem, que conseguiríamos fugir e tudo voltaria a ser como antes... Sim, antes quando eu não sabia, antes que eu nem desconfiava que ele não era uma pessoa correta como me dizia ser. Sentamos-nos no chão do beco, ele tirou a mochila das costas e ficamos abraçados, nos assustamos com uma claridade de uma lanterna vindo em nossa direção e percebemos que era um policial, nos levantamos e voltamos a correr, deixando a mochila para trás. Aquela sensação de segurança foi destruída, segurei as minhas lágrimas e continuei correndo pelas ruas de mãos dadas com o Alfonso, o Policial corria muito rápido e estava cada vez mais perto, acabamos entrando numa rua sem saída, foi quando decidimos entrar em um grande prédio abandonado para nos escondermos. Ao entrarmos no prédio, subimos até o último andar, ficamos no terraço, em silêncio, escondidos atrás de umas caixas vazias. A cada momento ele apertava a minha mão mais e mais, até que sussurrando ele perguntou:


 


ALFONSO – Conseguimos? Despistamos el...


 


O Policial ouviu a voz do Alfonso, e acompanhado de outros, derrubou as caixas e apontaram as armas em direção aos nossos peitos.


 


POLICIAL – Não podem mais escapar, coloquem as mãos na cabeça!


 


Ignorei o policial, e não soltei a mão do Alfonso, muito menos coloquei a mão na cabeça. O Alfonso olhou nos meus olhos, nos beijamos, viramos de costas para os policiais e andamos lentamente para a beira do terraço


 


POLICIAL – APONTANDO ARMA PARA AS COSTAS DO ALFONSO – Parem, não resistam, não podem mais fugir... Fim da linha. Estamos no oitavo andar!


 


O Alfonso e eu continuamos olhando nos olhos um do outro e vendo toda a nossa felicidade e vida juntos se acabando. Olhei para baixo e com a altura, minhas pernas começaram a tremer, olhei novamente nos olhos do Alfonso e nos beijamos. 



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Autor(a): halls.megarbd

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