— É por isso que você começou com as histórias de aventuras sexuais? — Ele riu, baixo e zombeteiro. Mas de quem ele estava rindo, exatamente, eu não poderia dizer.
— Chris?
— Ele aparece aqui, fresco de uma noite de beber e fo/der, esperando encontrá-la de braços abertos... Eu não gostei disso.
— Somos apenas amigos.
Ele desviou o olhar, lambeu os lábios.
— Dulce — A decepção em sua voz picou. Eu queria dar desculpas. Estender os antigos padrões. Eu queria me proteger. Mas eu nem sabia do que estava me protegendo. Chris não tinha me atacado. Sua reprovação tranquila passou por minha guarda de uma forma que as palestras e as demandas de Lauren nunca poderiam
— O fato é que vocês estão em linha reta — Ele disse. — Homens e mulheres como amigos realmente não funciona. Uma pessoa está sempre na outra. Fato da vida.
— Sim, eu gosto dele — Eu admiti. — Tem algum tempo. Ele, ah... Ele não me vê dessa forma.
— Talvez sim, talvez não. Ele com certeza - pra car/alho - não gostou de me encontrar aqui — Chris pousou a xícara e se encostou no canto do balcão da cozinha cinza desbotada, braços apoiados em ambos os lados. Seu cabelo úmido deslizou para frente, protegendo seu rosto. — Você estava pensando em me usar para fazer-lhe ciúmes?
— Manipulando-o e sendo uma estúpida com você? Não, eu não tinha planejado fazer isso. Mas obrigada por perguntar.
— Eu não me importo — Ele deu de ombros. — E ele é um idiota que merece o que ganha. Passando aqui, agindo como se lhe devesse alguma coisa.
Passei meus braços em volta de mim.
— Eu sinto muito que ele foi rude com você. Tive uma palavra com ele. Isso não vai acontecer novamente.
Ele bufou uma risada.
— Você não tem que me proteger, Dulce. Eu não sou tão delicado.
— Irrelevante — Eu tomei um gole de café.
— Você sabe, eu posso viver com você me usando para chegar a ele. Inferno, nós já estamos usando um ao outro, certo? — Algo na maneira como ele disse que me fez parar. Se ele não estivesse se escondendo atrás de seu cabelo, que eu pudesse vê-lo melhor, avaliar aonde isso ia.
— Não há razão porque nós não podemos dar leite a esse bebê para tudo que vale a pena — Ele disse.
— Você faria isso por mim?
Ele deu um meio sorriso.
— Se é isso que você quer. Apertar os botões do babaca é muito fácil, mas eu estou disposto a fazer o esforço. Inferno, esse corpo nasceu para fazer ciúmes aos homens mortais — Eu sorri de volta para ele, com cautela. Não me comprometendo com nada. Essa situação exige uma reflexão séria. A tentação de saltar era enorme. — Eu acho que ele está certo sobre uma coisa. Você pode fazer melhor — Os olhos verdes me olharam fixamente. Havia diversões lá, como sempre. Ele parecia estar me desafiando, empurrando-me para ver o que aconteceria.
Eu realmente queria empurrar de volta.
— Mas seja qual for... — Ele disse, revirando os ombros para trás em algum tipo de encolher de ombros superdesenvolvido. — Sua chamada. Afinal de contas, você conhece esse cara por quanto tempo?
— Dois anos.
— Dois anos você esteve com ele e nunca fez nada sobre isso? Você deve ter suas razões, certo?
— Certo — Eu disse, soando nem um pouco convincente. Ele riu e logo em seguida, eu não gostava dele apenas um pouco. Eu nunca admitiria abertamente a minha coisa por Reece a ninguém e aqui estava Chris, sempre tão docemente esfregando isso na minha cara. A coisa era que, a situação atual com Reece era infinitamente preferível a qualquer coisa que tive desde que eu tinha dezesseis anos. Se ele se estabelecer com alguém, meu coração não seria quebrado. Mas quem sabe, poderíamos ficar juntos um dia. Por que agir quando fazendo tão pouco estava me servindo tão bem?