Fanfics Brasil - Segundo livro - Capítulo XXV - O Resgate de Chris - Parte 5 A Saga do Tigre - Adaptada Vondy - Cancelada

Fanfic: A Saga do Tigre - Adaptada Vondy - Cancelada | Tema: Vondy - Dulce & Christopher


Capítulo: Segundo livro - Capítulo XXV - O Resgate de Chris - Parte 5

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Frustrado, Lokesh bateu as mãos e esfregou-as malevolamente para fazer oscilar a caixa sobre a qual eu me encontrava. Desabei no chão, batendo em várias quinas afiadas no caminho. Gemi e tirei as caixas de cima de mim. Meu tornozelo estava torcido e preso debaixo de uma caixa e meu ombro estava seriamente machucado.



Diego pegou o chakram, que estivera escondido sob a camisa, e o atirou na direção das luzes no teto. A sala mergulhou na escuridão quando ouvi o zumbido metálico da arma atravessando o ar. Ele lançou o chakram mais algumas vezes, mas não conseguia atingir Lokesh com ela, pois ventos súbitos açoitavam o ar, fazendo o disco mudar de direção. Arrastei-me com dificuldade até um novo esconderijo. Kishan pegou o chakram e saltou sobre Lokesh. Os dois caíram no chão numa luta vigorosa.



Lokesh gritou, chamando seus soldados; sua voz era alta e parecia ser carregada pelo vento para o acampamento lá fora. Eu podia ouvi-la amplificada, como se ele estivesse falando num microfone, mas os seus soldados estavam todos presos agora. Ninguém veio em seu socorro. Os dois rolaram em minha direção. Lokesh murmurou algumas palavras até que um colchão de ar surgiu como uma bolha entre os dois, lançando Diego para trás e permitindo que Lokesh pudesse se pôr de pé novamente.



Levantei-me e ergui a mão. Meu braço inteiro tremia enquanto eu tentava reunir coragem. O fogo não vinha. Eu me sentia fria por dentro, como se o fogo dentro de mim houvesse sido abafado. Lokesh virou a cabeça instantaneamente quando viu meu gesto. Ele riu diante de meu esforço patético e recomeçou a murmurar. Fiquei rígida. Não conseguia me mover. Uma lágrima rolou pelo meu rosto e se congelou.



Diego aproveitou a distração de Lokesh e agarrou-lhe o braço, girando-o para trás das costas. Num instante tinha o chakram pressionado na garganta de Lokesh. A lâmina reluzente entrou na carne macia, liberando fios de sangue que fluíram pela arma e pingaram na camisa de seda azul de Lokesh.



Lokesh grunhiu e murmurou baixinho:



— Você quer que ele morra? Posso matá-lo num instante. Posso congelar o sangue dele para que o coração pare de bater.



Diego olhou para mim e se deteve. Ele poderia ter decapitado Lokesh com um leve movimento do pulso, mas parou e eu vi as emoções cruzarem seu rosto. Ele se conteve por minha causa. Lokesh deu uma risada áspera, respirando pesadamente em seu esforço. Um baque profundo sacudiu as paredes enquanto o Sr. Kadam e os aldeões continuavam a bater no edifício, tentando derrubá-lo.



Lokesh tornou a ameaçar:



— Se não me soltar, eu vou matá-lo. Decida agora!



O brilho da ira ardia em seus olhos, um fogo latente que não podia ser extinto.



Diego o soltou. Gemi por dentro, pois não podia me mover. Tínhamos quase vencido. Agora estávamos à mercê de um monstro.



Lokesh logo tornou a murmurar e Diego se viu preso no mesmo controle imobilizante que eu. Lokesh se ajeitou e cerimoniosamente espanou o pó das lapelas do paletó. Pressionou um lenço branco limpo na garganta, que sangrava. Então riu, aproximou-se de Diego e deu-lhe tapinhas carinhosos no rosto.



— Aí está. É sempre melhor cooperar, não é? Está vendo quanto é inútil você me enfrentar? Talvez eu tenha subestimado você um pouco. Certamente você acaba de me proporcionar a melhor luta que tive em séculos. Vou aguardar ansioso o desafio de dobrar seu espírito.



Ele tirou uma faca muito antiga e de aspecto maligno do bolso interno do paletó e a agitou quase amorosamente diante do rosto de Diego. Aproximou-se e correu-lhe o lado cego pela bochecha.



— Esta lâmina é a mesma que usei há muitos anos em seu príncipe. Está vendo como a mantive em excelentes condições durante todos esses anos? Você poderia me chamar de velho tolo e sentimental. Eu esperava secretamente vir a usá-la outra vez e terminar o que comecei muitos anos atrás. Não é bem apropriado que eu a use em você também? Talvez tenha sido poupada exatamente para esse propósito.



Ele fez uma pausa breve antes de continuar:



— Bem, por onde devo começar? Uma bela cicatriz deixaria seu rosto um pouco menos atraente, não é? Naturalmente, terei que tirar o amuleto primeiro. Eu vi como ele consegue curar. Esperei tanto tempo por essa parte. Você não faz ideia de quanto ansiei por sentir o poder que ela possui. É triste saber que você não estará por aqui para apreciar o que fará por mim.



Ele ficou brevemente amuado.



— É uma pena que eu não tenha tempo para uma cirurgiazinha experimental. Eu adoraria lhe dar umas lições de disciplina. A única coisa que iria me proporcionar mais prazer que correr minha faca na sua pele seria desfigurar você diante do seu príncipe. Ainda assim, ele irá apreciar a minha obra.



Eu estava com medo. Se já não estivesse congelada, teria ficado paralisada de pavor. Não importava quanto eu estivesse preparada. Lutar contra alguém verdadeiramente maligno não era uma coisa fácil. As aves, os macacos e os kappa estavam todos apenas cumprindo sua missão. Eles protegiam os presentes mágicos e eu aceitava isso. Mas encarar Lokesh e vê-lo brandir aquela faca contra a garganta de Diego era terrível demais.



Eu me desliguei quando ele começou a falar em desmembrar Diego pedaço a pedaço. Era nauseante. Se eu pudesse, teria vomitado. Eu simplesmente não podia conceber alguém tão cruel. Queria ter podido cobrir meus ouvidos. Meu pobre Chris fora torturado por esse demônio psicopata durante meses. Meu coração se encolheu com esse pensamento.



Lokesh tinha a persona traiçoeira do Imperador Palpatine misturada à crueldade sádica de Hannibal Lecter. Ele desejava o poder a qualquer preço, como Lorde Voldemort, e exibia a brutalidade de Ming, o Impiedoso, que, como ele, havia matado a própria filha. Meu corpo tremia. Eu não podia vê-lo machucar Diego. Não suportaria isso.



Ele agarrou o queixo de Diego e estava prestes a cortar-lhe o rosto quando percebi que, mesmo que eu não pudesse me mover, o Fruto Dourado ainda faria seu trabalho. Pedi a primeira coisa que me passou pela cabeça: balas duras. E balas duras eu recebi. Uma tempestade delas. Quebraram monitores e uma das janelas. O estrondo que provocavam golpeava meus tímpanos enquanto caíam dentro do centro de comando. Pareciam milhares de bolas de gude despencavam num lago de vidro e tudo se estilhaçava e quebrava à nossa volta. Diego e eu oscilamos e caímos, bombardeados por uma rajada do doce duro. Foi a mochila que me salvou de quebrar o pescoço. Tinha certeza de que Diego havia se machucado outra vez. Felizmente ele sarava com rapidez. Eu me sentiria grata se ao menos um de nós saísse dessa vivo.



Em pouco tempo cada centímetro do chão estava coberto por uma camada de uns 30 centímetros das balas. Lokesh foi atingido com força suficiente para perder o equilíbrio e cair. Ele disparou vários palavrões em sua língua enquanto tentava se recuperar e descobrir de onde vinha aquela tempestade. Então deu-se conta de que a faca havia desaparecido e começou a vasculhar em meio às balas para encontrá-la. Diego e eu, a essa altura, estávamos quase enterrados.



O edifício se sacudiu mais uma vez e uma parte da parede desmoronou perto de nós. Lokesh conseguiu se levantar com dificuldade depois de encontrar a faca. Ele agarrou o amuleto em torno do pescoço de Diego e o puxou até a corrente se partir, deixando um vergão vermelho na pele.



Lokesh se debruçou sobre Diego brevemente e tocou o rosto dele com a faca.



— Vamos nos encontrar de novo — ele sorria horrivelmente — em breve.



Lokesh deslizou a faca da bochecha de Diego até a garganta, traçando uma trilha de sangue que deixaria uma horrível cicatriz, mas não mataria. Então, com um ruído doloroso, Lokesh se afastou, caminhando com dificuldade em meio às balas até um botão escondido na parede. Um painel se abriu e ele desapareceu.



Alguns aldeões acompanharam o Sr. Kadam até o escritório e correram para nos ajudar a levantar. O corte de Diego já ia se fechando, mas sua camisa estava suja de sangue. O talho havia sido profundo. Ouvi o ronco de um motor e um ruído rascante quando um veículo arrancou de sob o edifício e saiu em disparada pela estrada de terra que partia da aldeia. Eu poderia ter usado o Fruto Dourado para parar o motor, mas optei por não fazê-lo.



Eu me sentia envergonhada, mas não queria enfrentá-lo outra vez. Eu queria que ele fugisse. Esperava não vê-lo nunca mais. Fiquei ali, imóvel, me repreendendo por ser tão covarde. Eu era fraca. Se pudesse me mover, teria ido choramingar no canto da sala, me escondendo. Lokesh era poderoso demais. Não conseguiríamos vencer.



O melhor que poderíamos desejar seria evitá-lo. Eu sabia que Diego e o Sr. Kadam ficariam decepcionados comigo. Grande guerreira! Pássaros de ferro gigantes? Sem problema. Kappa? Eu tinha Fanindra e Chris. Macacos? Algumas mordidas e machucados não me matariam. Mas Lokesh? Eu me acovardei e fugi diante do inimigo. Queria poder entender por que estava reagindo dessa forma. Ele era um monstro. Só mais um para enfrentar. Mas esse monstro tinha um rosto humano. De alguma forma, isso parecia pior.



Após algum tempo, o feitiço que Lokesh havia usado em Diego e em mim desapareceu. Tentamos acordar nossos membros dormentes, esfregando-os. Quando Diego havia se recuperado suficientemente, abriu caminho através das balas duras para me ajudar. O Sr. Kadam dava instruções aos aldeões enquanto Diego me apoiava, por causa de meu tornozelo torcido, e me ajudava a procurar Chris. Fanindra decidiu despertar e ajudar na busca. Ela se moveu e cresceu.



Baixei o braço para que ela escorregasse para o chão e a cobra abriu caminho entre caixas de armas e sacolas de suprimentos. De repente se deteve e experimentou o ar com a língua, perto de uma área que parecia um beco sem saída. Suavemente, ela deslizou sob algumas caixas e Diego as inspecionou mais de perto. Descobriu que eram uma arrumação falsa e tirou-as do caminho. Atrás, havia uma porta trancada. Tivemos tempo apenas de ver a cauda dourada de Fanindra desaparecendo por baixo. Diego tentou forçá-la.



Acabei empregando meu poder do raio para explodir a fechadura, depois de vários segundos desenvolvendo a capacidade de usá-lo novamente. Pensar em Chris ainda sofrendo foi o que finalmente me fez vencer meu congelamento interno.



A porta se abriu e as narinas de Diego se dilataram. Lá dentro o cheiro doce e abafado de sangue e suor humano permeava tudo. Eu sabia onde estava. Já estivera ali. Era a câmara onde Lokesh havia torturado Chris. Instrumentos terríveis pendiam das paredes e encontravam-se dispostos sobre mesas cirúrgicas reluzentes. Fiquei paralisada de horror ao olhar todas aquelas coisas e imaginar a dor que Lokesh havia imposto ao homem que eu amava.



Instrumentos cirúrgicos modernos espalhavam-se sobre bandejas, ao passo que itens mais antigos empilhavam-se nos cantos e pendiam de ganchos. Não pude me conter. Estendi a mão e toquei as extremidades gastas de um chicote. Em seguida esfreguei o cabo de um grande malho e comecei a tremer ao imaginá-lo quebrando os ossos de Chris. Várias facas, de diferentes comprimentos e larguras, pendiam enfileiradas.



Vi madeira, parafusos, pregos, alicates, picadores de gelo, tiras de couro, uma focinheira de ferro, uma furadeira moderna, colares com pregos, um torno que poderia ser usado para esmagar qualquer membro que fosse ali colocado e até mesmo um maçarico. Eu tocava os itens brevemente ao passar e chorava com amargura. De alguma forma, tocá-los era a única coisa que eu podia fazer para tentar compreender como essa experiência devia ter sido para ele.



Diego pegou meu braço com delicadeza.



— Não olhe para isso, Dulce. Olhe apenas para mim ou mantenha os olhos voltados para o chão. Você não precisa fazer isso. Seria melhor esperar lá fora.



— Não. Tenho que estar aqui, por ele. Preciso fazer isso.



— Então fique ao meu lado.



A jaula de Chris ficava no canto mais distante e eu mal pude distinguir uma forma subjugada lá dentro e uma cobra reluzente enrascada perto dela. Depois de recolher Fanindra e lhe agradecer, recuei e explodi o cadeado. Então me aproximei e abri a porta.



— Chris? — chamei suavemente.



Ele não respondeu.



— Chris? Você está... acordado?



A forma se moveu ligeiramente e um rosto pálido e abatido se voltou para mim. Seus olhos azuis se estreitaram. Ele olhou para Diego. Seus olhos se arregalaram e ele se aproximou da abertura. Diego o chamou com um gesto e ofereceu a mão para ajudar.



Cauteloso, ele estendeu a mão trêmula para agarrar a grade na extremidade da jaula. Seus dedos haviam sido quebrados recentemente e estavam ensanguentados. Meus olhos se encheram de lágrimas e minha visão se turvou enquanto eu recuava para lhe dar passagem. Diego deu um passo à frente para ajudá-lo. Quando Chris enfim se levantou, eu arquejei. Ele fora espancado não tinha muito tempo. Eu já esperava por isso. Seus ferimentos estavam cicatrizando.



O que me chocou foi o fato de ele estar tão esquelético. Lokesh estava matando Chris de fome. Provavelmente também estava desidratado. Seu corpo forte estava magro, muito mais do que eu imaginaria que ele poderia ficar. Os olhos azuis brilhantes estavam circundados por depressões escuras. As maçãs do rosto estavam salientes e o cabelo escuro e sedoso pendia pegajoso e sem vida. Ele deu um passo em minha direção.



— Chris? — eu disse e lhe estendi a mão.



Ele estreitou os olhos, cerrou o punho e o brandiu com uma explosão de energia que eu não esperava que ele ainda tivesse. Senti uma dor aguda no maxilar e depois mais nada, enquanto meu corpo tombava no chão.





Continuo?




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Autor(a): eduarda_386

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • julizinha... Postado em 03/01/2018 - 12:24:16

    Cadêêêêêêêêêêê vocêêêêêêêêêêê , posta maissssssssssssssssssssssssssss

  • aninha_vondy Postado em 16/12/2017 - 19:32:45

    Cadêêêêêêêêêêê ê vocêêêêêêêêêêê ê, posta maissssssssssssssssssssssssssss

  • aninha_vondy Postado em 30/11/2017 - 12:48:23

    Estou feliz que voltou, e estou mega curiosa e ansiosa por maisssssssssssssssssssss, quero saber quando a Dul e o Christopher vão voltar a ficar juntos novamente.... Posta maisssssssssssssssssssssssssssssss

  • julizinha... Postado em 30/11/2017 - 11:13:55

    Amei a sua volta, só não gostei do Christopher ter terminado tudo com a Dul e agora está curtindo a vida com outras mulheres principalmente com a Ninilma e se a Ninilma gosta tanto da Dul como ela diz ela não podia ficar andando com o Christopher e ficando com ele não, que amiga ela é viu... A Dul também que mostrar pra ele que ela está muito bem e curtir a vida com outras pessoas acho ate que ela podia ficar com o professor de mergulho, de menos com o Diego, não quero que ela fique com o Diego, quero que eles sejam somente amigos, quero que ela fique com o Christopher, mas ela tem que mostrar pra ele que ele pode perder ela pra outra pessoa... Quando o casal Vondy vai ficar juntos? Posta maissssssssssssss

  • mandinha.bb Postado em 04/11/2017 - 17:48:05

    Desistiu da web e vai nos deixar curiosa pra saber o que vai acontecer na web, volta plisssssssssssssssssssss

  • julizinha... Postado em 31/10/2017 - 01:34:13

    Cadê vc mulher, quero maissssssss

  • mandinha.bb Postado em 24/10/2017 - 15:59:36

    Cadêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&ec irc;êêêêê vocêêêêêêêêêêê êêêêêêêêêêê&ec irc;êêêêêêêêêêê ;êê

  • Grasy_RBD Postado em 27/09/2017 - 00:36:49

    Pensa com carinho na minha sugestão, pois estou meu curiosa e ansiosa e aposto q as outras leituras tb, posta maisssssss

  • Grasy_RBD Postado em 27/09/2017 - 00:35:08

    Continuaaaaa e dá uma resumidaaaaaa, o capítulo 18 não chega e estou louca pro Chris recobrar a memória, posta maisssssssssssss

  • mandinha.bb Postado em 26/09/2017 - 15:46:37

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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