Fanfic: Acidentes e incidentes

Capítulo 5 – Humilhação, confusão... Epa, perigo!?

                Na aula do professor Gastão Diestro (que simplesmente se apresentou e começou a passar matéria), as primeiras de toda segunda-feira, Christopher fora cutucado por Anahí, que cochichava com o primo.

_Não acredito – ela apontava para Dulce María – É muito azar mesmo...

_... – Christopher, que já não gostava de conversar normalmente, sentia-se impedido de fazê-lo em sala de aula.

_Mas, a gente só pode ter jogado chiclete na cruz...

_...

_Depois de tudo o que aconteceu ainda ficarmos na mesma sala! Como é que essas coisas são chamadas mesmo? Má sorte? Maré de azar? Dedo podre? Ai, dedo podre não! – a garota fazia careta e colocava a língua para fora, prensando os olhos – Eca!

_...

_O que está acontecendo? – o professor aproximou-se de Anahí. A garota estava totalmente inclinada para fora da carteira, na direção do “bonequito de plástico”. Todos na sala olharam para ela e seus dois verdes olhos arregalados.

_Hã? – Anahí, como sempre muito “esperta”, tentou se livrar da forma mais errada da situação: fingindo-se de desentendida para Gastão.

_Você – Gastão tocou no ombro de Christopher – Sente-se naquela cadeira. Do contrário, sua namoradinha fará uma prova valendo a nota do trimestre.

                A cadeira ficava no canto da sala, de frente para todos os alunos, o que causava desconforto apenas ao olhá-la. O pobre de Christopher, que nem ao menos tinha falado coisa alguma, sabia: se Anahí tirasse notas ruins ficaria muito triste (estressada, na verdade) e, com total certeza, daria um “piti” daqueles. Numa das vezes que a moça fez isso, a polícia teve que ser acionada, por que o barraco foi grande!

                O garoto se levantou, pegou a mochila e sentou-se na cadeira. Ouviu os risos da turma e não teve coragem de erguer a cabeça por um só minuto. Gastão, por sua vez, continuou a aula.

_O próximo vai para a diretoria – ninguém mais falou nada além do essencial nos minutos até o intervalo.

                Nove e meia, intervalo. Finalmente, Anahí pôde aproximar-se de um Christopher cabisbaixo.

_De-desculpe, Chris – a voz da moça estava chorosa.

_... – Christopher estava calado, como sempre. Sentia-se mais desprezado do que nunca.

_Vem, vamos para o intervalo – a moça o agarrou pelo braço, já sorrindo – Vamos arrasar! AH! – deu um gritinho estilo Anahí.

                No pátio da escola, alguns garotos falavam alto, chamando a atenção de outros. As garotas paravam de gastar saliva na mastigação de seus lanches para poderem babar mais com a visão de um Christopher entristecido: tristeza também é charme, além da beleza!

                Anahí passava super sorridente, por causa de tantos olhares para o seu corpo de modelo, e parava numa mesa onde estavam sentados quatro alunos da sua sala, duas garotas e dois rapazes.

_Oie! – a garota falava com um sorriso enorme – Eu sou Anahí e esse é Christopher. Podemos nos sentar???

_Claro – uma garota de curtos cabelos loiros, com mechas rosadas, disse sorrindo – Eu me chamo Victoria. Vick.

_Prazer, Celina – uma gordinha de cabelos castanhos falou em seguida.

_Sou Tomás! – um rapaz de cabelos um pouco enrolados falou.

_Teodoro. Téo – um outro rapaz, de cabelos espetados e formando uma espécie de penteado estilo moicano com um porre de gel se apresentou.

_Que bom que vocês se apresentaram – Vick sorria dando uma olhada para Christopher, que se sentava na cadeira, de plástico e sem braços, de forma diferente de todos: usava o lugar de escorar as costas para apoiar as mãos, ou seja, sentava-se do lado “oposto” no assento.

_Bom mesmo! – Anahí sorriu – Mas, e então??? Quem é quem aqui nessa escola??? – a menina perguntava batendo palminhas – “Conta, conta!!! Fofoca tuuuudo que eu quero saber quem é pegável e quem é piriguete nessa baixaria desse lugar! Hihi!”

_Ai!!! Mais uma! – Celina batia palminhas – Está vendo aquela loira aguada ali??? – a gordinha apontava para uma garota baixinha que se via arrodeada de garotos – O nome dela é Sol de La Riva. Ela se acha!

_É! – Vick completava – E cuidado: ela só gosta de garotos com namoradas! Com certeza já deve estar olhando para o seu – Vick sorria para Christopher. Ela mesma já se interessara no garoto.

_Ah, mas o meu bonequito de plástico não é meu namorado – Anahí cochichava.

_Bonequito de plástico? – Tomás, que ficara calado, cuspiu o suco que tomava pelo nariz, sorrindo, se engasgando e tossindo (recebendo uns tapas bem “leves” de Celina bem nas costas).

_ECA, garoto! – Anahí levantava os braços, tremendo o corpo inteiro e fechando os olhos – Que nojo!!!

_Peraí! Bonequito de plástico? – Téo também ria – Que apelido é esse??? – se dirigia a Chris.

_... – Christopher estava com a sua atenção bem distante da mesa. Dulce María estava um pouco ao lado e o rapaz, com sua cabeça apoiada nas mãos, a observava. Ela estava de costas.

_ACORDA, BONEQUITO!!!!! – Anahí chamou a atenção de simplesmente TODOS do local.

_Oi... – Christopher virou-se para ela, com o ar mais triste que se pudesse ver num belo rosto.

_Aw, bonequito... – Anahí fazia carinha triste – Sorria um pouco – Anahí sorria.

                Todos na mesa deles estavam intrigados: como podia haver adolescente tão triste quanto aquele?

                É, realmente não houve tempo para explicar a pergunta. Dois rapazes se esbarravam, um derrubando um sanduíche na camisa do outro.

_AÍ, CARA! NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO, SEU BOSTA? – um garoto gritava com outro.

_Foi mal, Santos!

_Você é mesmo um babaca, Christian – Santos, o rapaz com a camisa suja, desferiu um golpe contra a face de Christian.

                Por incrível que pareça, o golpe foi parado. A esta altura, todos olhavam a cena: Christopher Uckermann segurava o punho de Santos Fontes. Os dois se encaravam com uma fúria indescritível.

_Quer morrer, cara? – Santos puxava sua mão, posicionando-se para o combate. Christopher apenas o olhava, colocando as mãos nos bolsos.

                Um golpe foi desferido. Christopher apenas inclinou a cabeça, desviando rapidamente.

_Uau! – uns gritavam.

_Caraca, meu! Impossível desviar, impossível! – outros quase arrancavam os cabelos.

_Ai, ai, ai! Que cena do carai! Filma, carai! Filma, carai! – um rapaz tentava desesperadamente encontrar a câmera do celular dentre as funções do aparelho.

_Bonequito, VOCÊ PIROU??? Esqueceu seu Diasepan??? – gritava uma Anahí desesperada.

                Santos já rosnava. Tentou novamente um golpe, que Christopher novamente desviou. Este estava praticamente andando com as mãos nos bolsos, como se não estivesse sendo atacado. Foi aí que Santos se irritou e partiu para cima de Christopher, no intuito de pegá-lo num mata-leão.

_CHRISTOPHER!!! – a voz familiar de Dulce María ecoou. Ela sabia que Santos era mau: toda semana alguém chegava com um olho roxo devido a alguma pendência com o garoto punk ou mesmo com feridas e cortes profundos. Christopher, com certeza, estava marcado de agora em diante!

                Como se não bastasse a humilhação de Santos de ter errado todos os golpes, ainda teve a bunda quase transformada em tábua de passar ao receber uma rasteira imprevisível de Christopher e cair com suas nádegas a “amaciarem” o chão duro!

_Seu... – Santos levantou-se, sacando algo de trás de sua blusa. Era um estilete, por sinal, muito bem afiado! – Vou cortar você em picadinho.

_Bo-bo-bo... – tapa levado nas costas com a ajuda de Celina – BONEQUITO!!! – Anahí não agüentou: desmaiou, sendo sustentada por Téo e Tomás.

_Vamos ver como você se sai nessa – Santos falou.

                Todos agora tinham em seus rostos as expressões de medo. Mas, quem tinha coragem de se meter com Santos? O rapaz tinha uma gangue (sim, uma gangue!). Poderia fazer pior e como quisesse lá fora.

_Cara, não tem necessidade – Téo falou assustado, sem se aproximar.

                Santos deferiu um ataque, acertando Chris no braço e rasgando-lhe a blusa, além de cortar-lhe, arrancando sangue do garoto.

_OH!!! – todos exclamavam apavorados.

_Pára com isso, Santos! – Christian, o protegido, implorava.

_Santos, pare imediatamente com isso! – Dulce María se pôs de braços abertos à frente de Christopher.

_Vai proteger o “namoradinho”, vai? – Santos implicava. Tinha um deslize, na verdade um escorregador, ou melhor, um tobogã gigantesco por Dulce María.

_Venha aqui! – a garota o puxou pelo braço com força e raiva até sumir da vista de todos. Ainda teve tempo de olhar para trás e ver um Christopher olhando para o chão, sendo aclamado pela escola inteira.

_Vem, Christopher! – Vick o puxava pelo braço – Melhor acalmar esse pessoal. E eu sei um lugar secreto onde não há muita gente. Assim você pode se acalmar antes da aula.

                Fim do intervalo. Anahí já havia acordado e foi para a sala se tremendo, sustentada por Celina e Tomás, juntamente com Téo. Já sabia que Christopher estava bem e em boas mãos: as mãos macias de Vick, que lhe daria uma surpresa muito em breve...

                Oi! *-*

                Gostaram do capítulo? Por favor, um comentário por pessoa! Ah, eu não vou sair divulgando fic (u.u), então, se quiserem mesmo que eu continue, acho bom que comentem, pois sei que haverá poucos comentários (é, sou péssima escritora ¬¬). Não precisa de vários comentários por leitor, porque assim eu não vejo alguns (não é todo dia que estou online!). Para a saúde da fic, um comentário por pessoa e comentários para o próximo capítulo!

                writer