Fanfic: Acidentes e incidentes

Capítulo 6 – Quero explicações! Eu também! Cale-se ¬¬

                Dentro do banheiro feminino do Elite Way School...

_Acho que não foi uma boa ideia – Christopher finalmente falou com Vick, que abria a torneira e usava papel higiênico para limpar o corte com estilete do braço do garoto. Realmente, entrar no banheiro feminino!?

_É, eu sei. Mas se você fosse à enfermaria da escola seria um burburinho só e teria que se explicar com diretor e coisa e tal. Você não é do tipo que gosta de detalhar coisas na diretoria – a garota sorriu simpaticamente para ele.

_Obrigado – Christopher agradeceu quando ela finalmente terminou de limpar o ferimento e quando não mais sangrava.

_Hum... – Vick enxugava as mãos na saia e colocava ao redor do pescoço de Christopher – Há um pagamento, sabia?

                Vick aproximou seu rosto do rosto do garoto e o puxou, fazendo com que ele a encostasse numa das paredes das divisórias dos sanitários. Logo eles estavam se beijando. Christopher simplesmente deixou-se levar: a língua quente da menina era experiente, tentadora, sedutora. Após um beijo provocante, Vick mordeu o lábio inferior de Christopher, bagunçando os cabelos da nuca do rapaz ao entrelaçar seus dedos pelos pequenos cachos, como se quisesse arrancá-los sem pôr força alguma.

_Vick... – Christopher afastou-se um pouco – As coisas não são bem assim.

_Apenas curta, ok? – ela o virou contra a parede e movimentou seu corpo de modo que o sobe e desce que ela manejou atiçaram o fervor sexual de Christopher. Ela queria excitá-lo, claramente.

_Não – o jovem Uckermann a segurou e a afastou – Agora chega. Eu não sou desse tipo que fica com qualquer uma. Obrigado pela ajuda, mas é melhor pararmos aqui.

_Ok, ok – Vick falou sentindo-se constrangida. Estava muito “animada” com o novo aluno.

                Christopher saiu e seguiu para sua sala, acompanhado de Vick.

=^^=

_Cara, o que você estava pensando??? – Dulce María encostava Santos numa parede e o apontava com o dedo. Ela estava furiosa, além de preocupada com Christopher.

_Ora – Santos franzia a testa – Aquele imbecil do Christian derrubou o sanduíche, queria que eu deixasse por menos?

_Foi SÓ um sanduíche, Santos! – Dulce abriu os braços, erguendo-os.

_Tá. Mas aquele outro idiota se meteu.

_Claro! Você começa aquela confusão dos infernos!

_Mas eu pego aquele filho de uma mãe – Santos socou sua mão direita na esquerda.

_Já chega, ok? – Dulce falou – Você não vai pegar ninguém.

_Hum... – Santos se desencostou da parede e pegou na cintura de Dulce, virando-a agora contra a parede – Só se você me sair comigo... Já faz um tempão que eu sou a fim de você, gata. Você sabe disso – o rapaz cheirava o pescoço de Dulce María, fungando.

_Promete que deixa o garoto em paz? – Dulce queria ter certeza. Não podia deixar Christopher ser perseguido por Santos e sua “turma barra pesada”.

_Só se você me der um beijo e topar sair na sexta-feira à noite.

_Ok.

                Santos encostou seu corpo ao de Dulce, que não gostou muito e o afastou.

_Não assim – ela reclamou. Estava com medo do rapaz, que a perseguia há algum tempo – Não sou qualquer uma.

_Desculpe, minha princesa – Santos se afastou.

                Logo Santos deu um beijo em Dulce. Um beijo que ele deixou a jovem conduzir. Era um beijo suave, ao qual ele não era muito acostumado. Geralmente seus beijos eram... um tanto violentos! Mas Dulce era inexperiente e não era uma garota qualquer. Ela tinha brilho próprio, desses que poucas meninas têm. Santos gostava disso – pelo menos ele se sentia tentado a tirar a virgindade de Dulce. Ele imaginava que ela nunca tinha ido à cama com ninguém. E estava certo.

_Agora, deixe-me ir para minha sala. E você também! – Dulce falou, terminando o beijo curto e que ela não gostou muito. Santos beijava mal!

_Certo – Santos sorriu. Finalmente, Santos havia “pegado” Dulce María, uma das únicas gatinhas virgens da escola.

                Em instantes, os dois chegaram às suas salas. Santos também estudava no terceiro ano. Era repetente e estudava numa turma diferente da de Dulce.

                Dulce chegou à porta da sua sala ao mesmo tempo que Christopher e Vick. Logo percebeu que os cabelos de Christopher estavam... bagunçados de uma forma diferente. Além disso, o gloss dos lábios de Vick estava manchado. Enfim, Dulce deduziu: Christopher estava se agarrando com Vick! Isso foi o suficiente para a ruiva lançar um olhar fuzilante para Christopher, mesmo com pena do olhar distante dele. Estava se roendo de ciúmes!

                As aulas seguintes passaram lentamente, mas, finalmente, o sinal soou e todos saíram.

_Any, vou dar uma volta a pé – Christopher falou – Conhecer a cidade, sabe?

_Ok, bonequito. Não vou com você porque papi já disse que viria nos buscar – Anahí piscou o olho e sorriu.

                Christopher saiu andando com as mãos nos bolsos. Queria comprar um mp4 também. Há três quarteirões da escola havia um muro extenso. Era da universidade local. Notou uma cena particular. Dois homens barbudos tentavam a muito custo agredir uma garota de cabelos vermelhos: era Dulce!

_Ei, larguem a garota!!! – Christopher correu para cima de um deles, socando-o no rosto.

                Quanto ao outro, tentou desferir um murro contra a face de Chris, que se abaixou na hora exata. Chris era faixa preta em judô e karatê, daí seu bom equilíbrio e reação. Num instante, o barulho da sirene de uma viatura afastou os dois homens. Dulce estava chorando, um pouco desequilibrada.

_Ei, você está bem? – Christopher se abaixou para ajudá-la a se levantar.

_A-agora s-sim...

_Vem – Christopher caminhou com ela para dentro da universidade, e foi quando Alfonso chegou.

_Dulce, o que está fazendo com ele? Ei, o que você fez??? – Alfonso segurou Chris pela gola ao perceber que Dulce chorava. Estava furioso.

_Não, Poncho! Ele me salvou!

_Hein? – Alfonso olhou para Dulce, ainda segurando a gola da camisa de Chris.

_Ok, pode me soltar. Eu vou indo... – Chris falou com sua voz. Estava muito, mas muito triste pelo seu ex-melhor amigo reagir daquela forma.

                Alfonso e Dulce viram Chris ir embora, cabisbaixo. Depois, Dulce explicou tudo a Alfonso.

_Sinto muito, Dulce...

_E eu por você... Deve estar se sentindo horrível agora, não é?

                Sim, Alfonso estava se remoendo por dentro.  Como pôde pensar que Christopher poderia fazer qualquer coisa a Dulce? Tudo bem, ele teve medo que Christopher tivesse puxado ao pai, mas, não. Christopher parecia ainda mais frágil e perdido do que quando criança.

                O fato era que o senhor Uckermann conseguiu, com uma artimanha tremenda, trazer desconfiança para o convívio de Alma e Franco Colluci. Pediu a um concedido que oferecesse um consultório para Alma Rey em outra cidade, assim Colluci não teria mais como ligar para ela. Além disso, enviou uma falsa carta para Franco admitindo que se ele a procurasse ela acionaria a polícia, pois ela realmente não confiava nele e uma série de outras coisas que afetaram tremendamente as relações entre os adultos, que tiveram que dar explicações aos filhos e sobrinhos.

                Contudo, eles uma hora teriam que encarar os fatos. O tempo passou, não podiam simplesmente ignorarem o que sentiam. Ainda mais agora que Colluci, sócio de uma empresa de construção, iria trabalhar bem próximo de Alma: a clínica dela havia justamente contratado a empresa de Franco!

                À noite, no apartamento de Christopher, Anahí e Franco, a campainha tocou. Passava das sete e os três jantavam em silêncio, não fosse Anahí reclamando que a tarde fora um saco, sua unha quebrou, o cachorro da vizinha não parava de latir – o que a fez pensar se veneno para barata fazia efeito –, ter encontrado Dulce, Alfonso e Alma era praga do destino, Alfonso devia continuar um chato, Dulce estudava com ela, Alfonso estava com o corpo “bonitinho”, suas amigas eram legais, Alfonso devia não ter namorada porque era um irritante...

_Ok, Any. Vamos deixar o Alfonso para lá, certo? – Franco falou e Anahí paralisou com os olhos esbugalhados – Chris, por favor, pode ver quem toca a campainha?

_Sim.

                Christopher se encaminhou à porta e, antes de abri-la, perguntou quem era.

_Os vizinhos. Viemos lhes dar as boas-vindas!

                Christopher abriu a porta e quase caiu para trás. Alma, Alfonso e Dulce estavam ali!!!

_Er... – Alma ficou completamente desconcertada – Ham – Pigarreou – Boa noite.

                Alma segurava um bolo que, por sinal, estava delicioso. Dulce segurava uma bandeja com salgadinhos, enquanto Alfonso segurava uma garrafa de refrigerante e outra de vinho.

_Boa noite – Christopher abriu completamente a porta e deu passagem. Os três se olharam, mas, por fim, entraram.

_BONEQUITO! – Anahí gritou – QUEM ESTÁ AÍ???

_Any, minha filha! Não grite – os quatro na sala puderam ouvir Franco falar para Anahí e, em seguida, uns barulhos esquisitos fizeram o silêncio da sala parecer assustador: Franco se engasgava e Anahí batia nas costas dele, gritando “papi, papi, o senhor tá roxo!”.

                Após algum tempo em silêncio e terminado o desespero da cozinha, Christopher falou.

_Podem se sentar – ele apontou o sofá.

                Os três se sentaram. Estavam incomodados em estar ali, mas, tinham que dar as boas-vindas aos vizinhos. Sempre faziam aquilo. Logo Franco e Anahí saíram da cozinha e a garota quase teve seus olhos arrancados do rosto ao se deparar com Alfonso vestindo uma regata, deixando os ombros à mostra. Alfonso com certeza percebeu aquilo, pois Christopher fez um gesto que fechava a boca aberta de Anahí.

_Boa noite – Franco falou. Estava incomodado.

_Boa noite, senhor Culote – Alma provocou, errando de propósito o nome dele – Viemos lhes dar as boas-vindas.

_Sim, senhora Mala – Franco sorriu cinicamente, devolvendo o trocadilho.

_O quê? – Alma se levantou – Seu... Seu... Cutelo!

_Ora, sua... sua... Lama!

_Coletu!

_Mmmf.. Lmf... – Franco não tinha mais como fazer algo “legal” com o nome de Alma.

_Ok, vamos parar por aqui, depois vocês pedem ao Huck para brincar de soletrando lá no Caldeirão – Dulce se levantou e estendeu os braços – Já demos as boas-vindas, vamos embora!

_Isso mesmo, já vão tarde! – falou Anahí, se levantando também – E levem esse Homem das Cavernas daqui! – ela apontava para Alfonso – Xô, Fred Flinstones!

_O que, sua loira do Paraguai??? Bem que queria ser minha Vilma!

_... – Christopher começava a escutar a discussão que se formava na sala, encostado em um pilar existente ali e cruzando os braços, observando Dulce María – “Como ela ficou linda... e ainda me fascina...”

                Após dez minutos de um auê indefinido, troca de apelidos nada carinhosos, reclamações e alvoroço, Franco deixou escapar a frase que engolira durante muito tempo.

_Mas não fui eu que ameacei a polícia ir atrás de você, fazendo você correr o risco de perder o emprego! Nem muito menos afastei as crianças!

_Do que você está falando? – Alma perguntou indignada – Você nem ao menos me ligou, seu infeliz! Fica inventando mentiras, dizendo que eu afastei as crianças! Ora, Colluci, por favor!

                Os quatro adolescentes que estavam na sala já sacavam tudo. Havia sido armação! Christopher e Alfonso até se olhavam, desconfiados de quem havia feito tudo aquilo... Anahí, Dulce, Christopher e Alfonso se entreolhavam assustados. Quer dizer, Christopher só olhou uma vez para os rostos dos outros três, depois continuou olhando para um jarro de flores, observando também Dulce, apesar de timidamente.

_Senhora Alma – Franco falou cínico – Eu a deixei em paz, não deixei? Além do mais, aquele seu telefone... Nunca nem chamou! Agora, por favor – Franco se encaminhou à porta da sala – A porta da rua é a serventia da casa.

_Ora, seu... Grosso! – Alma reclamou – Vamos, meninos! Esses vizinhos merecem uma festa... Mas quando decidirem ir embora, se possível para outro planeta! Deserto e inabitado!

                Alfonso e Dulce olharam para Anahí e Chris, com os rostos estupefatos. Já entendiam tudo, tudo o que se passava! Mas, seguiram Alma Rey.

_Ora! – Franco reclamou – Quem... Quem ela pensa que é??? MALA! – gritou para que Alma escutasse.

                Anahí puxou Christopher pelo braço até o quarto dela.

_Meu Deus! Christopher, foi tudo armação do seu pai!

                Anahí já sabia que o pai de Christopher não era flor que se cheirasse. Só Franco ainda conseguia ser iludido pelo Uckermann – homens, homens. Tsc.

                Naquela noite, Christopher, Anahí, Alfonso e Dulce não conseguiram dormir direito. Muito menos Alma e Franco.

_“Quem ele pensa que é?” – Alma deixava as lágrimas rolarem pelo travesseiro – “Idiota, eu te amo tanto.”

                Franco, em seu quarto, respirava com dificuldade. “Por que ela foi capaz de fazer aquilo comigo? Não tinha como não saber que eu pertencia a ela! Que ainda pertenço...”

                Oi!

                Eu sei, eu sei! *não, num joga essa pedra não!!!* Desculpem-me a demora, mas eu tenho que estudar também, né? Além disso, eu escrevo em outros cantos, então, o tempis é curtis, como diria Mussum! o//

                Mas, aqui está um capítulo quentinho!

                Até o próximo e agradeço a quem está comentando, especialmente um só comentário!

                Tchau! *-*

                writer