Fanfic: A Órfã

Paulínia: Que fome! Sinto meu estômago se revirar, mais
vou suportar, vou pedir á Deus que me faça suportar.

Ao
anoitecer...

Altiva: Paulínia, seu pai quer lhe ver.

Paulínia: Talvez tenha trazido algo pra eu comer.

Sinésio: Lembra que eu falei que iríamos conversar quando
eu chegasse Paulínia?

Paulínia: Sim papai.

Sinésio: Vire-se, vai apanhar pra aprender a tomar mais
cuidado e deixar de ser tão desastrada!

Paulínia: Ai! Papai!Devagar, eu não agüento, estou tão
fraca...

Após
minutos á fio...

Altiva: Está com fome Paulínia?

Paulínia: Sim, estou senhora.

Altiva: Vou te provar como sou boazinha, vá para a mesa
todos já terminaram as refeições poderá comer os restos, raspar as panelas, o
que acha?

Paulínia: Estou com muita fome senhora.

Altiva: Vá!Restos não me farão falta.

De
volta ao quarto...

Paulínia: Mamãe está aí?

Cariana: Estou filha.

Paulínia: Estou feliz mamãe, Altiva me deixou comer os
restos, não imagina o quanto eu sentia fome e sede.

Cariana: Filha, você terá que aprender a lidar com gente
muito ruim, Altiva é terrível, mas se prepare Annabel senão for pior, é igual á
tia.

Ao
amanhecer...

Baltazar: Paulínia, eu lhe trouxe o convite da minha
festa de aniversário.

Paulínia: Ah Baltazar, fico feliz, mas não sei se vou, A
Annabel, sobrinha da Altiva não ficaria feliz se eu fosse e ela não. Entende?

Baltazar: Eu não gosto daquela menina, mais se for pra
ter você na festa eu a convido.

Paulínia: Fico feliz Baltazar, assim eu vou á sua festa.

Baltazar: Até lá então.

Mais
Tarde...

Altiva: O que procura Paulínia?

Paulínia: Procuro um vestido, vou á festa de aniversário
do Baltazar.

Altiva: Ora menina, só poderá se arrumar quando terminar
todo o serviço doméstico. Quero que limpe o forno á lenha.

Paulínia: Mais senhora não vai dar tempo.

Altiva: Estas são as condições, aqui está sabão, escova,
quero aquele forno limpinho sem uma gota de tirna.

Capítulo 6

Uma
hora depois...

Sinésio: Altiva, está faltando a Paulínia, ela não vai á
festa?

Altiva: Não meu amor, ela preferiu ficar em casa.

Annabel: É melhor irmos, vamos chegar atrasados, quero
comer bastante, adoro aniversários, a gente como de tudo!

Altiva: Menos Annabel, menos!

Em
casa...

Paulínia: Senhora, senhora, Eu já posso me arrumar? Já
terminei tudo, está tudo como a senhora gosta. Senhora? Mas... Não tem ninguém
em casa!

Após
alguns minutos chorando...

Paulínia: Eu vou á essa festa, eu vou, de qualquer jeito,
vou até o quarto ver um vestido. Essa não, a Altiva trocou a porta, mais eu vou
mesmo assim, prometi a Baltazar que ia, nem que seja desse jeito.

Minutos
depois, na festa...

Annabel: Tia Altiva olha lá! Paulínia veio á festa!

Altiva: Pela madrugada! Um trapo. Annabel, se ela falar
com você finja que não a conhece depois, o menino vai se arrepender de tê-la
convidado, saberá que você tem mais classe para estar aqui.

Perto
dali...

Paulínia: Desculpe Baltazar, eu sei, não deveria ter
vindo, deve sentir vergonha por estar ao meu lado, é que a Altiva só me
liberava se eu limpasse todo o forno á lenha, depois me deixou e trancou a
porta do quarto, tive que vir assim.

Baltazar: Está linda, eu gosto de você assim, tem um
pouco de tirna no seu rosto, posso tirar?

Paulínia: Imagina Baltazar, vai se sujar.

Baltazar: Eu gosto de tocar o seu rosto, posso te pedir
uma coisa?

Paulínia: Pode.

Baltazar: Dança comigo.

Annabel
se aproxima...

Annabel: Baltazar, eu quero que dance comigo.

Baltazar: Infelizmente, eu já ia dançar com a Paulínia.

Annabel: Vai preferir a porquinha que a mim?

Baltazar: Quer saber de uma coisa Annabel, porque não vai
até a mesa de doces, eles estão esperando por você.

Baltazar
e Paulínia dançaram a noite inteira, um olhando nos olhos do outro, enquanto a
Annabel, roia-se de inveja, não admitia ser trocada pela porquinha.