Fanfics Brasil - capitulo 3 (parte 2) Amarras do passado (Adaptada)- Terminada

Fanfic: Amarras do passado (Adaptada)- Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: capitulo 3 (parte 2)

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— Se você está feliz, então bata o tambor — cantou Dulce para os meninos.


Cody e Graham bateram com a colher de pau, com força e entusiasmo e sem nenhum ritmo, no fundo das panelas que ela pegara na cozinha de Uckermann. De repente, a porta do berçário se abriu, e o patrão entrou.


— Que, diabos, estão fazendo?


Os meninos pararam, e o lábio inferior de Graham tremeu. Correu para o colo de Dulce e escondeu o rosto nos seios dela. Ela o abraçou. Estava com medo do pai?


— Hora de música. Estamos perturbando você?


— Sim.


— Um músculo na mandíbula quadrada e dura de Uckermann pulou, e as veias na testa estavam saltadas.


— Odie toca — balbuciou o filho, fazendo Dulce sorrir apesar do ogro presente.


— Sim, Cody toca seu tambor — falou ela, clara e lentamente, no esforço de ajudar a linguagem em desenvolvimento.


 Cody bateu na panela, o que fez Graham sair do esconderijo. O filho de Uckermann bateu palmas, e os dois riram. Eram tão adoráveis os dois juntos... Por um momento, Dulce pensou ter visto a expressão do patrão suavizar com alguma coisa como... anseio? Em um gesto muito pouco característico, Cody estendeu a colher de pau para Uckermann.


— Home toca.


Uckermann o encarou, perplexo.


— Cody está perguntando se gostaria de tocar seu tambor.


As linhas em torno da boca do patrão se aprofundaram.


— Não. Não façam barulho. Estou tentando trabalhar.


Mais um eco do passado. Quantas vezes ela tentara chamar a atenção do pai quando criança?


— Vamos tentar.


— Não tente, faça.


Christopher se virou e saiu do quarto; o ar fugiu dos pulmões de Dulce, então se dirigiu aos meninos:


— Certo, garotos, hora do banho.


Os meninos gritaram de alegria, e Dulce temeu que o patrão voltasse. Levou-os depressa para o banheiro, ajoelhou-se ao lado da enorme banheira, despiu os meninos e logo eles estavam brincando na água. Não era fácil lidar com dois corpinhos molhados e escorregadios em um ambiente perigoso, mas o divertimento deles fazia tudo valer a pena.


Ela riu da expressão cômica dos meninos quando lavou seus cabelos. Sempre quisera ter filhos, e mais de um. Mas não antes que Todd encontrasse um emprego e eles tivessem algumas economias. Mas a vida tivera outros planos.


Não se arrependia de ter rejeitado a sugestão infame de Todd de fazer um aborto. Pensara que o convencera de que podiam viver bem, como uma família, que o salário dela sustentaria os três enquanto ele não vendia suas canções. Acreditara que ele aceitara sua decisão de ter Cody. Mas o tempo e seu desaparecimento provaram que estava errada, e seus pais, certos. Haviam avisado repetidamente que Todd era irresponsável e vivia à custa dela, mas Dulce acreditara que a pressionavam para que encontrasse um homem igual ao pai, como a irmã fizera, e ignorara seus avisos.


Enxaguou a cabeça de Cody e Graham, enxugou Graham primeiro, deixou-o sobre o tapete da banheira e lhe entregou um dos barcos de borracha de Cody para mantê-lo ocupado.


— Espere até eu enxugar Cody, docinho.


Virou-se para o filho, então ouviu a risada de Graham e percebeu que vinha de fora do banheiro. Virou-se a tempo de vê-lo passar pela porta do quarto e seu coração disparou.


Agarrou Cody sem se preocupar em pegar uma toalha e correu atrás do outro bebê.


— Graham. Pare. Graham!


O pequeno fugitivo evitou o portão, que felizmente estava fechado, e desceu um corredor, virou-se e foi em direção a uma ala da casa que Dulce ainda não conhecia. Ela segurou com força o corpinho escorregadio de Cody. Graham desapareceu através de um conjunto de portas duplas abertas, Dulce bem atrás dele.


Uckermann, sem camisa, encarou espantado o filho, então ergueu o olhar desaprovador para Dulce, que ficou imóvel. O peito dele parecia uma escultura, os músculos bem definidos cobertos por uma pele bronzeada e um leve tapete de pelos escuros sobre os peitorais. E, acima do cós do jeans, um abdome trabalhado, com tantos músculos harmoniosos e tensos. Além dos que lhe enodoavam os braços e os ombros.


O pulso de Dulce disparou, e uma tensão inacreditável lhe apertou o ventre. O rosto e o corpo foram tomados pelo calor. Constrangimento, garantiu a si mesma, por ter invadido o quarto de dormir de Christopher. Mas sabia que não era. Podia fazer dois anos que não experimentava a sensação, mas reconheceu a fisgada poderosa do desejo. Por que agora? Por que por ele, um homem cuja atitude pelo filho a enfurecia?


— Que, diabos, está acontecendo? — O rosnado conseguiu fazer Graham parar.


— Desculpe, Graham escapou depois do banho.


A visão periférica de Dulce percebeu a cama king size, coberta com uma colcha preta. Um short e uma camiseta pretos estavam pendurados em um canto. O quarto era coberto por um grosso tapete branco, mobília preta lustrosa, uma linda lareira de pedra e uma enorme janela que se debruçava sobre o rio atrás da casa.


Era evidente que haviam flagrado Uckermann trocando a roupa para correr e, se tivessem chegado um minuto mais tarde... Ela engoliu em seco e fechou os olhos. Ele poderia estar tão nu quanto os meninos. Abriu os olhos e voltou-os para Graham.


— Seu garotinho é um excelente corredor. Tal pai, tal filho, hein?


Uckermann nem mesmo piscou.


— Venha, Graham.


O bebê, com os olhos arregalados, estava congelado, observando o homem grande que se avultava acima dele. O lábio inferior do bebê tremeu. A raiva cresceu dentro dela. Uma criança não devia ter medo do pai.


— Venha, Graham, vamos vestir uma roupa, querido — adulou, mas o bebê parecia preso ao assoalho, os olhos no pai.


— E agora uma atualização sobre o desaparecimento da correspondente internacional de notícias, Belinda Peregrin— surgiu uma voz no aparelho de televisão pendurado na parede.


A cabeça de Uckermann se virou em movimento brusco, o corpo tenso. Dulce recuou.


— Vamos...


— Calada!


Dulce parou exatamente como Graham.


— Ainda não descobrimos por que Peregrin foi sequestrada três semanas atrás, e nenhum dos grupos extremistas da região assumiu a responsabilidade. A área na qual ela desapareceu é conhecida pelas revoltas civis da última década. O irmão de Peregrin foi assassinado há dois anos a setenta quilômetros de onde ela estava, quando fazia uma cobertura para outra rede de televisão. Os rebeldes ainda não pediram resgate e, mesmo se pedirem e for pago, não há garantias de que Peregrin será libertada sem ferimentos. Quanto mais tempo ela ficar em cativeiro, pior parece que será o resultado. No momento, estamos tentando descobrir se ela ainda está viva.


— Ela está, danação — rosnou Uckermann.


Só então Dulce percebeu o controle remoto da televisão em sua mão apertada.


— Peregrin fez muitas reportagens de locais também perigosos, e esta não é a primeira vez que correu riscos. E uma das melhores jornalistas do ramo e disse muitas vezes que tem um sexto sentido para o perigo. Mas sua intuição falhou três semanas atrás. Se o pior acontecer, e rezamos para que não aconteça, Belinda deixará um filho ainda bebê.


A tela foi iluminada por uma foto de uma linda loira na casa dos 30 anos, com brilhantes olhos verdes e um bebê de cabelo escuro nos braços... um bebê muito parecido com Graham.


O repórter continuou:


— Novas informações serão divulgadas assim que os fatos surgirem. No momento, estamos rezando pela libertação segura de Belinda Peregrin.


A cena na tela mudou para outra história. Dulce tentou se lembrar do que sabia. Lera notícias sobre o desaparecimento de uma jornalista. Belinda Peregrin. Trabalhando no exterior. Sequestrada três semanas atrás.


Uckermann estava cuidando do filho por quase duas semanas.


— A Belinda na reportagem é Bel, a mãe de Graham?


Uckermann virou um rosto impassível para ela.


— Sim.


— A mãe de Graham é Belinda Peregrin, da lendária família Peregrin de jornalistas?


— Sim.


— Ah, meu Deus. Cresci vendo o pai e o irmão dela em noticiários, e depois vi as reportagens de Belinda quando tínhamos televisão a cabo.


— Preciso lhe lembrar que você assinou um acordo de confidencialidade?


— Não. Jamais daria informações particulares, a menos que acreditasse que uma criança estava em perigo, assim a lei seria maior do que qualquer acordo. O jornalista disse que Bel foi sequestrada três semanas atrás, mas você está com Graham há menos de duas. Onde ele estava antes de você apanhá-lo?


— Belinda tinha uma babá, mas a mulher deixou Graham numa creche do governo quando Bel não voltou na data combinada. Disse que não perderia o cruzeiro de casamento da irmã por causa do bebê de ninguém. — Havia total aversão em sua voz.


— E se... e se Bel não... estiver bem?


— Ela está. — Ele parecia seguro.


— Mas como sabe? Tem informações que a televisão não tem?


— Mandei uma equipe para investigar no local.


— E o que fará se Bel não for libertada? Se, como o jornalista disse, o pior acontecer e ela não voltar para casa? Quem cuidará de Graham? Você se tomará pai em tempo integral?


— Não chegará a isto.


Dulce olhou do homem teimoso para o filho adorável. Graham merecia mais do que um pai a quem temia. Merecia ter confiança e receber cuidados e amor. E então soube, sem nenhuma dúvida, que não podia deixar aquela casa, aquele emprego, sem fazer ura esforço para ligar Graham e aquele pai frio e distante. Não conseguira com o próprio pai ou com o de Cody. Mas, por Deus, faria o que fosse preciso para estabelecer um laço forte e inquebrantável entre Christopher Uckermann e seu filho. Era o mínimo que poderia fazer pelo garotinho que talvez já tivesse perdido a mãe.



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Autor(a): gabyy

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CAPÍTULO QUATRO       Christopher fixou o olhar na babá diante de si. A camiseta molhada grudava nos seios, e ele tentou afastar os olhos dos mamilos visíveis, rosados e rijos, mas não conseguiu. A visão era espetacular. — Você está molhada. — O tom da voz não abalou Dulce. — Riscos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • Nat Postado em 18/02/2017 - 14:37:39

    Gente não acredito que a história já acabou ;( AMEEEIII!!!!S2

  • millamorais_ Postado em 18/02/2017 - 00:35:46

    >.< Aí g-zuis, eles vão formar uma família linda, ansiosa, espero que ela de uma chance. Toda história merece um recomeço <3

  • Nat Postado em 18/02/2017 - 00:00:39

    Continua!!!S2S2

  • Nat Postado em 17/02/2017 - 13:32:41

    CONTINNNUUUAAA!!!Não acredito que a história já esta acabando*0*;(

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 21:53:54

    *0*CONTINUUUAAA!!!!!O Christopher vai ajudar a Dul a encontrar a professora que ela tava procurando? :)

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 14:35:39

    *0*CONTINU,CONTINUA,CONTINUA,CONTINNNNNNUUUUUUAAAAA!!!!!!!!!

  • millamorais_ Postado em 15/02/2017 - 22:15:23

    Meu deus é tão difícil assim atingir o coração desse homem? Armaria, deveria deixar de patin e fazer com que todos vivessem como uma família feliz mas não tem que ser idiota...

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 21:52:49

    Meuuuuu Deuuuussssss!!!!CONTINUUUAAA!!!!

  • Laryy Postado em 15/02/2017 - 21:17:51

    Posta maissss *-*

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 13:33:36

    *0*POSTA MAIIIIISSSSS!!!!!:)


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