Fanfics Brasil - Capitulo 4 Amarras do passado (Adaptada)- Terminada

Fanfic: Amarras do passado (Adaptada)- Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 4

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CAPÍTULO QUATRO


 


 


 


Christopher fixou o olhar na babá diante de si. A camiseta molhada grudava nos seios, e ele tentou afastar os olhos dos mamilos visíveis, rosados e rijos, mas não conseguiu. A visão era espetacular.


— Você está molhada. — O tom da voz não abalou Dulce.


— Riscos do banho de bebês. Também não tive tempo de pegar uma toalha para Cody antes de sair correndo atrás do seu pequeno fugitivo.


Ela sorriu, e Christopher se perguntou se estava consciente do efeito que causava nele. Desligou a televisão com o controle remoto e tentou manter o foco. Precisava tomar decisões sérias que não incluíam hóspedes indesejáveis e barulhentos. Queria os intrusos fora do seu quarto.


— Tire os garotos daqui antes que um deles faça xixi no meu tapete.


— Não são filhotes de cachorro. Mas tem razão, nenhum deles sabe usar o banheiro, e acidentes acontecem. — Estendeu a mão para o filho dele. — Vamos, Graham.


O garotinho riu, correu para trás de Christopher e agarrou seu jeans. Olhou para cima, com uma expressão alegre no rostinho. Os músculos de Christopher enrijeceram. Não ousava se mexer, com medo de pisar nos pezinhos nus e fazer o garoto chorar. Os gritos de Graham, descobrira Christopher da maneira difícil no voo de Atlanta, podiam acordar os mortos. Nada do que Anahí fizera acalmara o garoto. Gritara até desmaiar, então recomeçara no pouso. Tinha sido o pior voo da vida de Christopher.


— Está se escondendo de mim? — A voz de Dulce era suave.


O garoto riu ainda mais e pulou no mesmo lugar. E, sim, certo, era uma graça. Emoções conflitantes lutaram na mente de Christopher. Queria fugir daquele trio infernal. Mas também queria rir das brincadeiras do garoto, e o sorriso venceu. Antigas lembranças surgiram... lembranças de brincar de esconde-esconde com Christian, de correr pela casa até a mãe os expulsar para o quintal. E então o pesadelo de ver o corpinho do bebê ser tirado da casa dos pais adotivos em um caixão.


— Vou pegar você — brincou Dulce, interrompendo a lembrança amarga.


E, sorrindo de uma forma que lhe franzia o nariz, ela fingiu atacar pela esquerda, depois pela direita. Então mergulhou em direção ao garoto, o ombro batendo na nádega esquerda de Pierce e provocando nele um choque elétrico. A mudança abrupta de desolação para desejo o deixou sem chão.


Ela pegou o garoto e o ergueu.


— Peguei você, peguei você, peguei você — cantarolou enquanto girava e balançava os dois garotinhos molhados e escorregadios.


As risadas dos meninos encheram o quarto. Christopher preferia agarrar serpentes venenosas.


Quando parou e olhou para Christopher através daqueles escuros e longos cílios, os olhos claros e divertidos pareceram convidá-lo a participar da brincadeira. E, quando ele não riu, ela baixou os cílios e molhou o lábio. O olhar se fixou no peito dele. Ele enrijeceu e combateu as chamas que lhe percorriam a pele.


— Vá. — Mas a excitação teve a palavra final.


O sangue pulsava em seu ouvido, alto e sonoro. Havia alguma coisa em Dulce, alguma coisa terrena e atraente que precisava ignorar. Inesperadamente, ela fechou o espaço entre eles.


— Dê um beijo de despedida no papai, Graham.


Christopher se encolheu, apavorado. A reação, combinada com a súbita proximidade de Dulce, diminuiu sua capacidade de pensar e evitar as mãozinhas que lhe agarraram os pelos do peito. A dor o atingiu, e sua reação instintiva de se afastar se mostrou a decisão errada. O menino continuou a apertar-lhe os pelos e a fazer barulhos estranhos, a boca aberta, babando. Christopher tentou se afastar e evitar o queixo molhado de Graham.


— Não sou o pai dele — corrigiu, quando a dor lhe permitiu falar.


— Até a mãe voltar, você é tudo o que ele tem. E parece que gosta disto.


Não era um pensamento reconfortante. Christopher tentou abrir as mãos do garoto, mas os dedos eram tão pequenos que teve medo de quebrá-los. Frustrado, desistiu.


— Faça-o me largar.


A expressão divertida de Dulce se transformou em determinação.


— Ele não tem um cheiro delicioso? Não há nada igual ao cheiro de um bebê depois do banho.


Ele não percebera até ela mencionar. Estivera mergulhado na proximidade de Dulce, que segurava o traseiro do bebê, tão perto que ele conseguia ver cada um dos cílios, cada sarda, cada poro, cada linha dos lábios.


Esperando quebrar o feitiço que lhe jogara, lançou-lhe o olhar mais gelado.


— Ele cheira bem agora, mas não quero receber aquela coisa fedorenta que ele produz. É letal. — Como sentira no espaço confinado do Lexus. O riso de Dulce o atravessou.


— Solte papai, besourinho. Ele quer sair para correr.


O menino a ignorou; gorgolejou, pulou e dançou, cada movimento aumentando a dor. E então ele deitou a cabeça no ombro de Christopher e suspirou.


— Pa, pa, pa.


A lembrança de outro bebê, na mesma posição confiante, 22 anos antes, se ergueu, forte e clara. A pressão cresceu no peito de Christopher e o fez perder o fôlego.


— Pare de me chamar assim.


— Deve saber que uma criança precisa ter a sensação de pertencimento. Terá que segurá-lo se quiser que o solte.


Segurá-lo? Conseguira evitar aquilo até agora. Mas ela estava certa. Assim, Christopher reuniu toda a coragem para suportar a experiência e passou os braços, relutante, pelo traseiro nu do bebê. Graham se aconchegou ainda mais. Então Christopher sentiu seu peso.


Era bem substancial para uma coisinha tão pequena. O fardo de ser responsável pelo menino até a volta de Bel dobrou o peso do garoto. E se ele se ferisse enquanto estava sob seus cuidados? E se Graham fosse dormir uma noite e não acordasse, como o bebê na casa de seus pais adotivos? Mas não aconteceria, contratara Dulce para garantir que o filho de Bel ficasse a salvo.


— Depressa.


Dulce colocou Cody no chão e logo o garotinho se afastou, atraído pelos sapatos de corrida de Pierce. A ponta da língua surgiu entre os dentes pequenos e brancos enquanto ela avaliava a situação. Aproximou-se mais, tão perto que seu cheiro de madressilva encheu os pulmões de Christopher. Escorregou um dedo rosado para dentro do punho fechado de Graham. A unha arranhou de leve a carne de Christopher. O toque macio fez a pele dele se arrepiar. Inalou com força quando uma fisgada quente... excitação, droga... provocou um tipo diferente de dor, enquanto ela mergulhava o dedo entre o aperto de Graham e a carne de Christopher.


Molequinho forte e determinado a se manter ali, pensou Christopher. Os grandes olhos azuis do bebê se ergueram para o pai, como se esperasse... o quê? Não fazia a menor ideia. Detestava não saber, mas preferia se manter em total ignorância sobre bebês.


— Pare, ele está apenas puxando com mais força.


— Solte o papai, Graham. — A voz de Dulce era cheia de carinho.


E então, quando aquilo falhou, ela olhou para Christopher e sorriu lentamente. Alguma coisa dentro dele se mexeu.


— Pode me dar um abraço, docinho?


O coração de Christopher disparou. Ela olhava para ele; estaria lhe pedindo um abraço? Então o filho de Bel se jogou para Dulce tão de repente que Christopher quase o deixou cair. Tentou equilibrar o garoto, e suas mãos e seus braços e os de Dulce se misturaram quando ela tentou pegar a criança. As pontas dos dedos e os braços roçaram o peito de Christopher, adicionando combustível ao fogo que já lhe queimava a pele.


Dulce baixou a cabeça e recuou. O rubor lhe tomou o rosto, e ela olhou para toda parte, menos para Christopher, enquanto segurava o menino. Se estivesse tentando fazer avanços parecidos com aqueles dos quais fora acusada, praticamente tropeçaria nos próprios pés para se afastar dele? Então ela se virou e se abaixou para pegar o próprio filho, e a atenção de Christopher se voltou para a visão adorável do seu traseiro. Não era muito curvilínea, mas também não era magra demais. Tinha forma. Uma forma muito linda.


— Seus capetinhas, já se divertiram muito. — Dulce segurou os dois delinquentes nus e risonhos, endireitou-se e recuou para a porta. — Vamos sair do seu caminho. Peço desculpas pela interrupção e espero que goste tanto de correr como nossos meninos gostaram de fugir do berçário.


Ele a observou enquanto andava pelo corredor, conversando naquela voz cantarolada que usava com os meninos. Christopher não era do tipo paternal e jamais tinha encontros com mulheres com filhos. Então como podia achar tão atraente uma mulher segurando dois bebês? Mas não havia como ignorar o motivo de sua pele formigar e o pulso disparar. Estava atraído pela babá. Por seu rosto sardento, as pernas longas, o cabelo brilhante e aquele corpo maravilhoso. O leve movimento dos quadris o hipnotizava.


Virou-se para evitar a visão. Tinha 30 anos, não 20, e sabia que aquela atração não o levaria a lugar nenhum. Um relacionamento com ela seria completamente errado, mesmo se não houvesse aquela demissão questionável no passado dela. Era empregada dele. Tinha um filho. E havia um “para sempre” escrito em Dulce Savinon. Não era uma mulher com quem homens tinham casos e depois se afastavam. Ele evitava aquele tipo. Não, uma mulher como Dulce queria uma aliança e uma casa cheia de bebês. E ele não podia correr o risco. Nem mesmo depois da maneira como avaliara seu peito nu e fizera sua pele parecer apertada demais. Nem mesmo quando o toque dela o queimar, como uma tocha. Nem mesmo quando as pupilas dilatadas e o rosto rosado lhe mostraram que ela partilhava daquela atração indesejada. Estava fora de limites.



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Autor(a): gabyy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • Nat Postado em 18/02/2017 - 14:37:39

    Gente não acredito que a história já acabou ;( AMEEEIII!!!!S2

  • millamorais_ Postado em 18/02/2017 - 00:35:46

    >.< Aí g-zuis, eles vão formar uma família linda, ansiosa, espero que ela de uma chance. Toda história merece um recomeço <3

  • Nat Postado em 18/02/2017 - 00:00:39

    Continua!!!S2S2

  • Nat Postado em 17/02/2017 - 13:32:41

    CONTINNNUUUAAA!!!Não acredito que a história já esta acabando*0*;(

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 21:53:54

    *0*CONTINUUUAAA!!!!!O Christopher vai ajudar a Dul a encontrar a professora que ela tava procurando? :)

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 14:35:39

    *0*CONTINU,CONTINUA,CONTINUA,CONTINNNNNNUUUUUUAAAAA!!!!!!!!!

  • millamorais_ Postado em 15/02/2017 - 22:15:23

    Meu deus é tão difícil assim atingir o coração desse homem? Armaria, deveria deixar de patin e fazer com que todos vivessem como uma família feliz mas não tem que ser idiota...

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 21:52:49

    Meuuuuu Deuuuussssss!!!!CONTINUUUAAA!!!!

  • Laryy Postado em 15/02/2017 - 21:17:51

    Posta maissss *-*

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 13:33:36

    *0*POSTA MAIIIIISSSSS!!!!!:)


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