Fanfics Brasil - Capitulo 6 (parte 1) Amarras do passado (Adaptada)- Terminada

Fanfic: Amarras do passado (Adaptada)- Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 6 (parte 1)

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CAPÍTULO SEIS


 


 


 


Dulce acordou assustada sem saber o motivo. Abriu as pálpebras sonolentas e verificou o monitor. Estava tudo bem no berçário. Não havia vento batendo nas janelas. Nenhum som. Mas não conseguiria dormir se não verificasse os meninos. Levantou-se e andou descalça até o berçário.


Uma sombra alta avultava sobre o berço de Graham. A silhueta de um homem. O medo a atravessou e ela arquejou. O homem se virou e ela viu o rosto de Christopher. O pânico desapareceu e foi substituído por outro tipo de preocupação. O que o levara lá quando nunca demonstrava interesse?


— Alguma coisa errada? — A voz era apenas um sussurro.


— Não.


Devia passar de meia-noite, mas ele ainda usava a bermuda e a camisa de algodão.


— O que está fazendo?


Ele hesitou, e ela achou que não responderia.


— Verificando se ele está respirando.


Dulce jamais esperaria aquilo dele. Sorriu e se aproximou.


— Faço isto de vez em quando. Idiotice, não é? Dulce arrumou o lençol de Graham e moveu o macaco de pelúcia de Cody para mais perto do menino.


— Os dois estão dormindo, e os acordaremos se ficarmos aqui. Não sei quanto a você, mas eu poderia dormir mais algumas horas.


Ela saiu do berçário, esperando que ele entendesse. Christopher saiu logo depois. Dulce podia sentir a atração da proximidade dele enquanto se dirigia para a sala de estar.


— Você foi ver Graham outras vezes?


A expressão dele ficou vazia.


— Por que pergunta?


Interessante ele evitar responder.


— Porque muitas vezes percebi que o cobertor de Graham ou o brinquedo de Cody não estavam no lugar no qual os deixei.


— Cobertores e brinquedos não deviam estar próximos aos rostos deles.


Outra resposta indireta. Ele era especialista naquilo. 


— O que o faz dizer isto?


— SMSI.


Christopher não conseguia partilhar uma refeição com o filho e se preocupava com a síndrome de morte súbita infantil?


— Graham não tem nenhuma condição de saúde da qual eu deveria saber, tem?


— Bel nunca mencionou nada.


— Então por que se preocupa com a SMSI?


Ele balançou a cabeça e deu um passo em direção ao corredor.


— Christopher, preciso vigiar mais Graham?


— Esqueça, não é nada. — Ele não se voltou para ela.


— É difícil esquecer, já que me acordou no meio da noite verificando se seu filho está respirando.


Ele virou-se para ela.


— Enquanto eu estava no sistema de adoção... um bebê morreu de SMSI. Mike. Um garoto lindo. Tinha apenas alguns meses.


A confissão relutante lhe apertou o coração.


— Que relação a morte desse bebê tem com Graham?


— Ouvi o bebê inquieto quando me levantei para pegar um copo de água. Encostei no rosto dele seu ursinho de pelúcia. — Parou, os punhos fechados. — Pode ter sido sufocado.


Uma profunda compaixão a invadiu. E, de repente, a distância emocional do filho fez sentido. Este homem grande e forte não era frio ou indiferente. Estava com medo. Medo de ferir o filho. Medo de perder mais uma pessoa amada... O anseio de consolá-lo, de abraçá-lo, quase a dominou.


— Você acha que provocou a morte de Mike.


— É possível.


— Mas improvável. Graham parece saudável. Tem bom controle da cabeça e do pescoço e é capaz de se afastar se não conseguir respirar. Também já tem idade para não fazer parte da categoria de alto risco.


— Mas não completamente fora de risco.


— Não. Mas há outros fatores que contribuem para o surgimento da SMSI, como ter mãe adolescente, não ter recebido cuidados adequados no pré-natal, exposição ao fumo e peso baixo ao nascer. Graham é grande para a idade. Duvido que estivesse abaixo da média quando nasceu.


— Eu não sei. Não sabia que bEL estava grávida até um de seus colegas lhe dar os parabéns na televisão depois do nascimento de Graham. Mostraram uma foto de Bel e do filho. Fiz as contas.


— Ela nunca lhe contou?


— Admitiu depois que a confrontei.


— Você disse que Bel ficou grávida como uma armadilha para se casar com você. Por que não lhe contou, já que queria alguma coisa de você? Não é lógico.


— É para mim. E como sabe tanto sobre SMSI?


Ela percebeu a súbita mudança de assunto e a expressão aterrorizante que não diria mais nada.


— Quando percebi que Cody era tudo o que tinha, me preocupei e li muitos artigos sobre desenvolvimento infantil e as coisas que poderiam dar errado. Christopher, é normal ficar apavorado.


— Não estou apavorado.


Mentira descarada. Como era típico, masculino, recusar admitir que tinha medo. Mas, naquele momento, não eram a babá e o bilionário, a empregada e o patrão. Eram iguais... um pai e uma mãe que se preocupavam com os filhos, que se levantavam no meio da noite para verificar a respiração deles e ajeitar os cobertores. Com o tempo, ela poderia ajudá-lo a superar o medo... não que a preocupação com o filho fosse desaparecer completamente. Mas, por ora, precisava do conforto que não podia negar.


Dulce colocou a mão no braço dele e apertou. Imediatamente percebeu seu erro quando os músculos dele enrijeceram. Antes que pudesse se afastar, o calor dele lhe invadiu a palma, subiu pelo braço, passou pelo corpo e se instalou pesadamente no ventre. As palavras de conforto desapareceram. Ela puxou a mão a passou a palma que formigava pela coxa, querendo que a sensação desaparecesse, mas ele devia ler percebido sua reação.


O olhar dele se abaixou para o dela, então desceu devagar para sua boca e ficou ali, até que ela a sentisse inchada e seca, então passou por seu pescoço e parou nos seios. A expressão preocupada se transformou em alguma coisa diferente. Quente. E sensual. E estimulante. O pulso dela disparou, a respiração parou, e os mamilos enrijeceram, empurrando o algodão macio da camiseta. Gemeu silenciosamente quando percebeu que correra para os bebês sem se vestir.


— Dulce, vá para o quarto.


A voz de Christopher era profunda e baixa, sexy. E os olhos... Ah, céus, os olhos! Pareciam penetrá-la. Um tremor a percorreu. Não podia mover os pés, não podia pensar em mais nada a não ser na fome que via no rosto dele. Fome por ela. Nunca um homem a olhara com tanta ânsia, e jamais experimentara aquela paixão instantânea, recíproca e inebriante. Sentia-se como bêbada, a cabeça girava, os joelhos enfraqueciam. E seu corpo estava cansado de quase dois anos de solidão.


— Vá agora, Dulce. Ou não irá sozinha.


Devia ir. Sabia o que aconteceria se ficasse. Mas Christopher precisava de conforto, e ela, que Deus a ajudasse, ansiava por experimentar, por uma vez, a promessa nos olhos dele. E, se não queria um marido, um homem que não valorizava seu amor e dedicação e a ignorava, assim como os filhos que poderiam ter, então só restava uma opção: relacionamentos de curto prazo que durassem apenas alguns dias. A umidade lhe encheu a boca, e o coração quase parou.


— Ta... talvez eu não queira dormir sozinha.


— Não estou lhe oferecendo nada além desta noite.


— Não estou procurando o para sempre.


Ficaram ali, parados no tempo, olhos nos olhos. Então ele ergueu a mão e lhe empalmou o rosto. Arrastou o polegar do alto do nariz até a maçã do rosto, depois para a têmpora. A leve carícia fez Dulce se arrepiar.


— Suas sardas lembram canela polvilhada.


— Elas me fazem parecer infantil.


— Acredite, ninguém vai confundi-la com uma criança agora, com a luz brilhando atrás de você, iluminando-a através da camisola e acentuando cada curva muito adulta.


Antes que pudesse descobrir o que ele via, os dedos dele mergulharam em seu cabelo, seguraram-lhe a nuca, e ele a puxou. Um passo. Dois. Os mamilos roçaram o peito dele, acendendo chamas de desejo em seu útero. O passo seguinte a jogou contra ele... toda a dura e quente extensão dele. A ereção lhe queimou o ventre.


Então a boca de Christopher cobriu a dela, capturou-lhe o fôlego, os pensamentos e roubou-lhe tudo, menos a sensação dos lábios macios, da ponta quente da língua, depois a penetração de sua boca. O calor a invadiu e deixou-a tonta de desejo. Ancorou-se no peito dele para se equilibrar, o tecido fino da camisa uma barreira para a carne rija abaixo. Com uma ousadia que jamais tivera, Dulce empurrou os seios contra a torre sólida do peito e respondeu beijo com beijo, misturando a língua à dele e provando-o como ele a provava.


Christopher a recompensou ao abrir as mãos sobre suas nádegas, empalmá-las e erguê-la para apertá-la com firmeza contra a evidência de seu desejo. Que ele a quisesse tanto só a fez ansiar por mais. Um gemido de aprovação lhe escapou da garganta, e ela abraçou-o pela cintura, acariciou-lhe as costas largas. Um beijo se seguiu a outro e a outro. Cada vez que ele erguia a cabeça, ela inspirava, então o encontrava de novo, faminta. Cada beijo se tomou mais intenso e frenético do que o anterior, até que estavam praticamente consumindo um ao outro. O que ele fizera com ela? Aquela mulher faminta era tão diferente dela.


A sala de estar parecia uma sauna, e a pele dela ficou coberta de suor sob a camiseta. Ele se mexeu e inseriu uma coxa entre as pernas dela, roçando-lhe o centro. A temperatura de Dulce subiu ainda mais, um tremor a percorreu, e os joelhos dobraram. Ele a segurou com mais força, os dedos mergulhando em sua carne para mantê-la em pé. Ele puxou-a para si, escorregando-a na coxa, para trás, depois para a frente de novo. A roupa dela não era barreira para aquele irresistível movimento sobre o tecido da calça dele.


Seus hormônios, adormecidos por tanto tempo, se atropelaram enquanto ela redescobria como era se sentir querida, necessária. Mas nunca tinha sido daquela maneira. O prazer se construiu dentro dela, até ter certeza de que explodiria com sua magnitude. Ele ergueu a cabeça, os olhos queimando nos dela, o peito subindo e descendo, pesado.


— Você tem proteção?


Teve um momento de sanidade. Sabia que tudo o que precisava era dizer “não”, ele não a forçaria. Mas não queria parar. Queria descobrir como seria a ferocidade de fazer amor com Christopher e se era mulher bastante para lidar com um homem tão apaixonado como ele. Queria aquilo, queria-o, embora não fosse prudente. Mas... Seus ombros caíram com frustração, desapontamento e derrota.


— Não, não tenho proteção.



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Autor(a): gabyy

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O leve toque da ponta do dedo de Christopher, que traçava o decote da camiseta de Dulce e depois mergulhava entre seus seios, fez seus mamilos enrijecerem ainda mais. Ele circulou um dos mamilos, e o desejo nela cresceu, impedindo-a de pensar, de lembrar por que aquela intimidade não devia continuar. Com dificuldade, encontrou as palavras para fazer a pergunta: ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • Nat Postado em 18/02/2017 - 14:37:39

    Gente não acredito que a história já acabou ;( AMEEEIII!!!!S2

  • millamorais_ Postado em 18/02/2017 - 00:35:46

    >.< Aí g-zuis, eles vão formar uma família linda, ansiosa, espero que ela de uma chance. Toda história merece um recomeço <3

  • Nat Postado em 18/02/2017 - 00:00:39

    Continua!!!S2S2

  • Nat Postado em 17/02/2017 - 13:32:41

    CONTINNNUUUAAA!!!Não acredito que a história já esta acabando*0*;(

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 21:53:54

    *0*CONTINUUUAAA!!!!!O Christopher vai ajudar a Dul a encontrar a professora que ela tava procurando? :)

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 14:35:39

    *0*CONTINU,CONTINUA,CONTINUA,CONTINNNNNNUUUUUUAAAAA!!!!!!!!!

  • millamorais_ Postado em 15/02/2017 - 22:15:23

    Meu deus é tão difícil assim atingir o coração desse homem? Armaria, deveria deixar de patin e fazer com que todos vivessem como uma família feliz mas não tem que ser idiota...

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 21:52:49

    Meuuuuu Deuuuussssss!!!!CONTINUUUAAA!!!!

  • Laryy Postado em 15/02/2017 - 21:17:51

    Posta maissss *-*

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 13:33:36

    *0*POSTA MAIIIIISSSSS!!!!!:)


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