Fanfic: Amarras do passado (Adaptada)- Terminada | Tema: Vondy
A exaustão de Dulce desapareceu no momento em que Christopher entrou no escritório na manhã de sábado e fez o ar, e ela, estalar de energia. Ele ainda não a vira sentada no chão, as costas apoiadas nas portas francesas, ou Graham dormindo sobre o cobertor ao lado dela, o pequeno traseiro erguido e o polegar na boca rosada.
Christopher rodeou a escrivaninha e se sentou. Acendeu o abajur de leitura. Ela percebeu o momento exato em que ele sentiu que não estava sozinho porque o braço paralisou enquanto o estendia para ligar o computador. O olhar se dirigiu para ela.
— O que está fazendo aqui?
Ela colocou um dedo sobre os lábios e apontou para o bebê.
— Graham estava inquieto. Provavelmente um dente nascendo. — A voz era um sussurro. — Eu o trouxe para baixo, para não acordar Cody e você, e pensei que podia fazer alguma coisa útil. Não precisei acender a luz, a iluminação do pátio é suficiente. — Mostrou as duas pilhas de pedidos no chão ao lado.
— Leve-o de volta ao berçário. O sussurro rouco a fez se arrepiar e pensar em conversas no escuro depois do sexo. Não pense em sexo, Dulce Maria. Mas o corpo esguio e musculoso do patrão, deliciosamente envolto em jeans apertado e camiseta preta, e o queixo recém-barbeado causaram um frenesi em seus hormônios. Como a atração podia ser tão forte e tão errada?
— Não posso mover Graham sem acordá-lo, e ele precisa dormir.
Christopher lhe observou o rosto.
— A julgar pelas sombras sob seus olhos, você também. Ele a manteve acordada a noite toda?
Surpreendida pela pergunta gentil, ela deu de ombros.
— Dormi quando ele dormiu.
E então a expressão de granito voltou.
— Não posso trabalhar com ele aqui.
— Quanto mais ele dormir, mais tempo terei para ler os pedidos. E o levarei embora assim que acordar.
Christopher não pareceu feliz, então seu olhar se desviou para a pequena mesa ao lado dela.
— Cookies para o desjejum de novo?
— Mau hábito.
— Isto é café?
— Sim, e há mais na cozinha. Se ficar com Graham, vou pegar mais para mim e lhe trago uma caneca.
— Não.
A resposta brusca fez o bebê se mexer e choramingar. Dulce acariciou as costas de Graham até ele sossegar. Christopher se levantou.
— Vou encher de novo sua caneca quando pegar a minha.
Atravessou a sala para pegar a caneca de Dulce. Quando a levantou e não se mexeu, Dulce ergueu o olhar para ele e o flagrou observando seu peito. Baixou os cílios e gemeu por dentro. Queria desaparecer quando percebeu que o decote da camisola estava aberto e revelava o alto dos seios e os mamilos rijos. Por que se esquecera de vestir um roupão?
Correra para baixo de madrugada para evitar que o choro de Graham acordasse Christopher, e não esperava companhia às cinco da manhã, já que Christopher trabalhara até tarde. E fora daquele jeito que a outra noite começara... Encostou os papéis que lia no peito, mas era tarde demais. Os olhos escuros de paixão de Christopher revelaram que já vira demais.
— Vá se vestir, ele ficará bem até você voltar.
Dulce não discutiu. Levantou-se devagar, o que a deixou tão perto de Christopher que pôde sentir o cheiro de menta da pasta de dentes. Uma necessidade quase visceral de lhe acariciar o queixo liso a percorreu, mas controlou-a com os punhos cerrados. Uma tensão estranha cresceu entre eles.
— Dulce. Vá. Se. Vestir.
A voz era rouca e baixa. Não foi confortável saber que ele também sentia... aquela compulsão que ambos sabiam que era errada e sem sentido. Lutou para se lembrar do motivo por que se levantara. Fugir. Não, roupas.
— Se ele ficar inquieto, apenas alise as costas dele.
— Você tem cinco minutos.
Dulce fugiu do escritório, do homem e dos anseios sexuais que transformavam o corpo dela no de uma estranha e subiu correndo as escadas. Parou no berçário e contou a respiração de Cody... o que fazia todas as noites desde que ele nascera e descobrira que era a única responsável por ele. Quando ficou satisfeita, dirigiu-se depressa para o quarto e vestiu jeans e uma camiseta de mangas compridas. Levou pouco tempo para fazer a higiene e se virou para descer. Então ouviu os balbucios matinais de Cody e voltou ao berçário. O rosto do bebê se iluminou quando a viu e lhe encheu o coração de alegria.
— Bom dia, lindo. — Deu-lhe um beijo barulhento no rosto. — Amo você.
— Mamã. — Bateu na fralda. — Odie moiado.
— Vamos colocar uma fralda limpa e então comer.
— Omê.
— Você está sempre com fome, jovenzinho. — Cantou a canção favorita dele enquanto cuidava da fralda, tomou-o nos braços e o levou para a escada.
Então ouviu o choro alto de Graham. Dulce se apressou, mas ouviu a voz de Christopher:
— Não chore, garoto, ela já vai chegar. Aqui, coma isto.
Curiosa de saber o que Christopher dava ao filho, Dulce diminuiu a velocidade dos passos e parou diante da porta aberta. Christopher estava sentado, e Graham, em pé junto ao joelho dele. Desajeitado, Christopher passou uma das mãos nas costas do filho, e com a outra, oferecia um dos cookies de Dulce. Era impressionante como aqueles dedos longos pareciam tímidos. Na outra noite, haviam se movido com confiança pela pele dela, criando mágica e... Pare!
Graham ergueu os bracinhos, pedindo colo.
— Pa, pa, pa.
Silenciosamente, Dulce desejou que Christopher pegasse o filho.
— Não sou seu papa, está bem? Não sou. Não posso ser.
Não podia ser? Como Christopher era capaz de resistir ao bebê adorável? Como podia não amar Graham? Mas não havia vestígios de ternura no rosto dele, apenas medo. Dulce pensou em lhes dar mais alguns minutos, para saber se Christopher cederia ao pedido do filho, mas já ultrapassara o prazo de cinco minutos trocando a fralda de Cody. Entrou no escritório, e o queixo de Christopher enrijeceu mais ainda.
— Sua voz no monitor o acordou.
— Desculpe. Esqueci.
E então se encolheu. Aquilo significava que ele a ouvira cantar e dizer bobagens carinhosas para Cody. Escondeu o rosto vermelho ao se abaixar e pegar a criança que chorava e que imediatamente escondeu o rosto no pescoço dela. Beijou-lhe o alto da cabeça da mesma forma barulhenta com que beijara Cody, e ele sorriu entre as lágrimas, exatamente o que ela pretendia.
— Bom dia, Graham.
Segurando os dois bebês, Dulce voltou a atenção para Christopher e percebeu seu olhar nela, não com desaprovação pela roupa casual, mas com fome, ardente. O pulso dela disparou e a boca secou. Como podia excitá-la com tanta facilidade na presença das crianças?
— Eu... eu não sei como Bel suporta deixar seu bebê. Não conseguiria ficar longe de Cody por dias, quanto mais semanas. Um dos motivos por que adorava trabalhar na escola era a creche que existe lá, o que permitia que o visitasse e o abraçasse nas horas de planejamento, mas vi as reportagens de Bel na televisão e sei que leva muito tempo fazendo pesquisas e escrevendo. Mas como consegue deixá-lo?
As palavras lhe escaparam como água por uma represa rompida, e sentiu que parecia uma louca. Mas precisava dizer alguma coisa para distrair Christopher antes que seus joelhos se dobrassem sob aquele olhar incendiário.
A expressão dele se tomou gelada. Tivera sucesso em apagar as chamas.
— Bel é viciada em adrenalina. Houve uma época em que achei sua paixão pela carreira muito atraente.
— Deve tê-la amado muito. — Ainda a amaria?
— Não a amava, nem ela a mim. Nosso relacionamento foi de conveniência. Até ela violar as regras. Bel nunca me disse que queria um bebê, e se dissesse, eu esperaria que comprasse um no mercado negro, adotasse uma criança de um país em desenvolvimento ou fizesse inseminação num banco de esperma... qualquer coisa que pudesse usar como material para uma reportagem.
Anna arquejou diante da veemência dele.
— Isto é muito duro.
— A carreira de Bel é sua vida, e a ambição, seu deus. Há pouco lugar para qualquer outra coisa. — Que tristeza, para ele e Graham. — Como faz isto?
Ela piscou.
— Faço o quê?
— Trata o filho de Bel como trata o seu, embora ele seja apenas uma figura temporária em sua vida.
— Com Graham ou com meus alunos, tento fazer dos momentos que partilhamos algumas de suas melhores lembranças. E, sim, quando meus alunos se mudam, levam consigo um pequenino pedaço do meu coração. Mas tenho minha recompensa quando alunos de classes anteriores me encontram no corredor, me cumprimentam, me abraçam e sorriem. Christopher, não é tão difícil. As crianças querem apenas se sentir amadas, seguras. E tudo o que todos queremos, não é?
— O amor não garante a felicidade. — Christopher se levantou. — Vou tomar meu café na cozinha.
Abalada, Dulce o viu sair. Conseguir que se ligasse ao filho seria mais difícil do que esperava. Suas muralhas eram altas e poderosas. Mas Christopher tocara Graham voluntariamente, e aquele pequeno passo lhe deu esperança.
Autor(a): gabyy
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Christopher tinha que tirar Dulce de sua casa, mas para isto precisava que Bel voltasse e levasse o filho de volta a Atlanta. Pegou o telefone e ligou para seu contato. — Descubra quem está com Bel e lhes ofereça um milhão de dólares ou o quanto for necessário para libertá-la — ordenou assim que o homem atendeu. — ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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Nat Postado em 18/02/2017 - 14:37:39
Gente não acredito que a história já acabou ;( AMEEEIII!!!!S2
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millamorais_ Postado em 18/02/2017 - 00:35:46
>.< Aí g-zuis, eles vão formar uma família linda, ansiosa, espero que ela de uma chance. Toda história merece um recomeço <3
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Nat Postado em 18/02/2017 - 00:00:39
Continua!!!S2S2
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Nat Postado em 17/02/2017 - 13:32:41
CONTINNNUUUAAA!!!Não acredito que a história já esta acabando*0*;(
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Nat Postado em 16/02/2017 - 21:53:54
*0*CONTINUUUAAA!!!!!O Christopher vai ajudar a Dul a encontrar a professora que ela tava procurando? :)
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Nat Postado em 16/02/2017 - 14:35:39
*0*CONTINU,CONTINUA,CONTINUA,CONTINNNNNNUUUUUUAAAAA!!!!!!!!!
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millamorais_ Postado em 15/02/2017 - 22:15:23
Meu deus é tão difícil assim atingir o coração desse homem? Armaria, deveria deixar de patin e fazer com que todos vivessem como uma família feliz mas não tem que ser idiota...
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Nat Postado em 15/02/2017 - 21:52:49
Meuuuuu Deuuuussssss!!!!CONTINUUUAAA!!!!
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Laryy Postado em 15/02/2017 - 21:17:51
Posta maissss *-*
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Nat Postado em 15/02/2017 - 13:33:36
*0*POSTA MAIIIIISSSSS!!!!!:)