Fanfics Brasil - capitulo 1 (parte 3) Amarras do passado (Adaptada)- Terminada

Fanfic: Amarras do passado (Adaptada)- Terminada | Tema: Vondy


Capítulo: capitulo 1 (parte 3)

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Dulce abriu a porta do apartamento pequeno e modesto e entrou ao lado do homem grande e calado que a seguia. Exceto para lhe dar indicações para o laboratório no qual fizera o teste para drogas, e depois para sua casa, a viagem transcorreu em silêncio e, para Dulce, em desconforto. Sentia que ele a desaprovava. E o contrato fora confuso. Por que havia uma cláusula de confidencialidade?


Uckermann observou, com aqueles olhos cor de avelã pontilhados de ouro e verde, a mobília pobre e escassa: um sofá de segunda mão e um abajur sobre uma mesinha lateral, uma cesta de plástico com os brinquedos de Cody e uma minúscula mesa de cozinha com duas cadeiras e uma cadeira alta de bebê.


— Acabou de se mudar?


 — Moro aqui há quase quatro anos.


— Redecoração?


— Não.


Certamente ele não sabia como viviam os menos afortunados. Pelo menos, tudo estava muito limpo.


— Gosta do estilo minimalista?


— Meu ex-marido levou a maior parte da mobília quando partiu — admitiu com relutância. Assim como o carro, sua confiança e sua crença no amor.


— Quando foi isto?


Curioso ele, não? Mas tinha o direito de ser cauteloso. Dulce viveria na casa dele, teria acesso a seus bens. Não precisava de seu diploma em arte para reconhecer as pinturas e esculturas originais, cada uma delas mais valiosa do que um ano de salários dela.


Assim como tinha o direito de temer ficar isolada com um homem estranho, rico e influente. Aprendera da maneira mais difícil, que a riqueza com frequência levava à arrogância, e a arrogância à sensação de poder. Um poder que fazia quem o possuía incapaz de aceitar um não. Dulce deixou a porta para o corredor entreaberta.


— Todd se mudou enquanto eu estava no hospital dando à luz nosso filho. Isto é importante para meu emprego?


— Sim.


Os olhos de Uckermann se entrefecharam. Alguma coisa na voz lhe mostrou que Dulce ainda não superara a rejeição. Uma coisa era se cansar dela, mas ignorar o filho... Odiava o tal Todd por isto.


— Ele não lhe disse que ia partir?


— Não. Deixou-me na sala de emergência e disse que iria estacionar o carro. Não voltou, e eu temi... Não sabia que havia se mudado até chegar ao apartamento vazio com Cody.


— Pelo quê percebo, seu marido não gostou quando ficou grávida.


— São precisos dois para fazer um bebê, e Cody foi uma surpresa. Todd e eu éramos recém-casados e pretendíamos esperar alguns anos antes de começar uma família, mas... as coisas acontecem.


— O que ele pensa sobre você morar no emprego?


— Não tem nada a dizer. Não faz mais parte de nossa vida.


— Ainda casados?


— Divorciados. Por favor, sente-se sr. Uckermann. Vou fazer as malas.


— Ele paga pensão para o bebê?


— Não.


— Por que não?


— Não sei onde está e, se não nos quer, prefiro não ter ligação nenhuma.


— Há problemas de custódia?


— Ele abriu mão de todos os direitos de pai como parte do acordo de divórcio. — E ela ficara feliz, o que acabara de matar qualquer sentimento que tivera por ele. — Não se preocupe, Todd não vai aparecer em sua casa e causar problemas. Com licença.


Dulce saiu da sala antes que ele fizesse mais perguntas. Não queria discutir seu casamento fracassado ou sua falta de capacidade de julgamento de caráter. Se quisesse falar sobre aquilo, precisava apenas telefonar para a mãe e ouvi-la repetir “eu lhe disse”.


Dulce embalou as roupas e os poucos brinquedos de Cody, sem se esquecer de seu macaco de pano favorito. Sua vida teria sido muito mais fácil se tivesse dado ouvidos aos pais, que consideravam Todd um aproveitador e a proibiram de vê-lo. Mas, aos 20 anos, estava maravilhada com a liberdade da vida na faculdade, com as atenções de Todd, e fora ingênua demais para ver além do que ele queria... seu charme, seu talento musical e os sonhos que tecera para eles.


 Aquela cegueira de amor permitiu que Todd a convencesse a fugir para se casar logo depois da formatura. E, embora seus pais tivessem embalado as coisas dela, deixado as malas na varanda da frente e lhe dito que teria que viver com as consequências de seu comportamento impulsivo, quando Dulce lhes contara que estava casada, não podia se arrepender de sua decisão.


Se tivesse seguido o conselho dos pais, não teria Cody, que valia qualquer sofrimento ou sacrifício. A lição mais importante que a traição de Todd e a dureza dos pais lhe ensinaram foi que estava melhor sozinha... apenas ela e Cody. Não precisava de um homem, e Cody era toda a família que queria. Levou a sacola e o pacote de fraldas para a sala e os empilhou dentro da cesta de brinquedos. Não vira brinquedo nenhum na casa de Uckermann. Mas também não vira o berçário. Uckermann fez um gesto em direção à cesta cheia.


— Tudo isto vai?


— Sim.


— Vou levar para o carro e volto para buscar o restante.


— Mas são quatro andares...


— Eu me lembro.


O elevador quebrara. De novo.


— Estarei pronta quando o senhor voltar.


Quando ele saiu, a tensão desapareceu. Pegou a pilha de contas do balcão do desjejum e as guardou na bolsa. Agora tinha um emprego e poderia pagá-las. E, com uma boa referência de Christopher Uckermann, talvez pudesse encontrar logo outro emprego quando não tivesse mais esse.


 Embalou rapidamente suas roupas e os objetos de toalete na mala velha e a levou para a sala no momento em que soou uma batida na porta. Maite meteu a cabeça pela abertura.


 — Conseguiu o emprego?


— Sim, Maite, começo hoje.


Os ombros magros da garota de 13 anos caíram.


— Então não vai precisar de mim como babá?


O lado ruim de um emprego fora de casa era que Dulce não poderia mais pagar pelos serviços de Maite, e a família dela precisava do dinheiro.


— Tenho certeza de que precisarei de você quando voltar. É um emprego apenas temporário.


— Vou sentir saudade de você e Cody.


Dulce puxou a frágil adolescente para os braços.


 — Vamos ter saudade de você também.


Uckermann voltou e parou atrás da menina, franzindo a testa diante da cena.


— Pronta?


Dulce soltou Maite.


— Quase. Maite, este é o sr. Uckermann. Vou cuidar do filho dele, Graham.


Uckermann abriu a boca, então fechou, como se estivesse prestes a dizer alguma coisa e então mudou de ideia. A adolescente piscou para afastar as lágrimas.


— P... prazer em conhecê-lo, senhor.


— Maite mora ao lado. Querida, por que não vai verificar na geladeira o que pode estragar? Leve tudo para casa, não deve ser desperdiçado. Ah, e há duas caixas abertas de cereal e um pote de manteiga de amendoim no armário. Pegue tudo, e o pão que está sobre o balcão.


Maite fungou e se afastou. Uckermann ergueu uma sobrancelha.


— Você alimenta os vizinhos?


 Ele fazia aquilo parecer um insulto.


— Ela cuida de Cody quando dou aulas particulares. Sem mim, não receberá dinheiro nenhum.


— Não vai sentir falta de alguns passeios ao shopping center.


— Estou preocupada com os passeios ao supermercado.


A constante ruga na testa de Christopher  se aprofundou. Quando Maite voltou com duas sacolas cheias de alimentos, ele a estudou da mesma forma desconfortável. Maite lançou um olhar preocupado a Dulce.


— Tem certeza de que quer que eu leve tudo isto, Dulce?


— Claro que sim. Vai se perder, e você sabe que detesto desperdício.


— Tem um celular? — perguntou Uckermann a Dulce.


— Não.


Ele pegou um cartão profissional na carteira e algumas notas. Dobrou-as, cobriu-as com o cartão e escreveu alguma coisa nas costas.


— Cuide do apartamento da sra. Savinon enquanto ela estiver fora. Pode falar com ela neste número se houver algum problema. Maite olhou para o dinheiro, então para Anna, que precisou disfarçar a surpresa. Dulce acenou para Maite pegar.


— Ficaria muito grata, Maite. Ah. Espere. — Dulce correu para a cozinha e voltou com seu pequeno canteiro de ervas que ficava no peitoril da janela. — Leve isto também; vão morrer sem água, e você e sua irmã podem fazer experiências na cozinha. E guarde para mim as receitas que criarem.


— Certo, será divertido.


 Uckermann acenou em direção à cadeira alta de Cody.


— Melhor levar aquilo.


Christopher saiu com Maite, carregando o restante da bagagem de Dulce. Ela dobrou a cadeira leve, trancou a porta e o seguiu. Parou ao lado dele na calçada.


— Aquilo foi bondade sua. Dar dinheiro a Maite e o número do telefone para contato, quero dizer.


 — Não foi nada. — Ele fechou o porta-malas do carro.


— O pai está doente e...


— Não quero saber das condições de vida dela. — O tom era incisivo e duro.


— Sim, senhor.


Por um momento, ele parecera humano, quase compassivo. Mas ela devia ter se enganado. Esperava não estar cometendo um erro terrível.



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Autor(a): gabyy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • Nat Postado em 18/02/2017 - 14:37:39

    Gente não acredito que a história já acabou ;( AMEEEIII!!!!S2

  • millamorais_ Postado em 18/02/2017 - 00:35:46

    >.< Aí g-zuis, eles vão formar uma família linda, ansiosa, espero que ela de uma chance. Toda história merece um recomeço <3

  • Nat Postado em 18/02/2017 - 00:00:39

    Continua!!!S2S2

  • Nat Postado em 17/02/2017 - 13:32:41

    CONTINNNUUUAAA!!!Não acredito que a história já esta acabando*0*;(

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 21:53:54

    *0*CONTINUUUAAA!!!!!O Christopher vai ajudar a Dul a encontrar a professora que ela tava procurando? :)

  • Nat Postado em 16/02/2017 - 14:35:39

    *0*CONTINU,CONTINUA,CONTINUA,CONTINNNNNNUUUUUUAAAAA!!!!!!!!!

  • millamorais_ Postado em 15/02/2017 - 22:15:23

    Meu deus é tão difícil assim atingir o coração desse homem? Armaria, deveria deixar de patin e fazer com que todos vivessem como uma família feliz mas não tem que ser idiota...

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 21:52:49

    Meuuuuu Deuuuussssss!!!!CONTINUUUAAA!!!!

  • Laryy Postado em 15/02/2017 - 21:17:51

    Posta maissss *-*

  • Nat Postado em 15/02/2017 - 13:33:36

    *0*POSTA MAIIIIISSSSS!!!!!:)


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