Fanfic: Deixe-me Ser O Único *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Treze

— Eu adoro a sua mãe! — Anahí disse a Alfonso algumas horas depois, quando voltavam para São Francisco vindos da casa onde Ruth Herrera havia criado sua família.

A mãe de Alfonso fizera café para eles, enquanto ouvia pacientemente a explicação da estranha situação.

Mais estranho ainda, ela pareceu satisfeita com o falso noivado, rindo bem-humorada quando Anahí lhe contou do pavor diante do parabéns público na imensa tela durante o jogo de beisebol.

Embora todos os irmãos de Alfonso houvessem dado apoio para que se mantivesse o plano, só quando Ruth Herrera rira dele com bom humor, Anahí finalmente concluiu que talvez estivessem certos, e ela podia parar de se sentir tão culpada com isso.

— E ela ficou tão contente por ver você — Alfonso comentou. —, que nem se importou com o motivo.

Depois de se desobrigarem da história do noivado falso, Ruth a persuadira a lhe contar tudo das viagens pela Europa nos dez anos anteriores.

Anahí havia adorado ouvir Ruth também contar as próprias histórias de viagens de quando era uma modelo muito solicitada, antes de se casar com Jack Herrera e se ocupar dos oito filhos.

Conversando com Ruth e Alfonso na confortável sala de estar com o imenso carvalho no quintal, Anahí se sentira em casa, da mesma forma que se sentia quando era adolescente.

Ela decidiu se agarrar a essa sensação de aconchego e conforto profundos, esse belo sentimento de amor incondicional e apoio vindo de Ruth Herrera e de seus filhos, independentemente do que acontecesse.

Alfonso parou o carro em um sinal vermelho e olhou para ela.

— Está melhor agora?

Anahí, por fim, conseguiu dar um sorriso de verdade.

— Nem imagina o quanto! E você?

Ele apoiou a mão sobre a dela.

— Desde que você esteja sorrindo, tudo bem pra mim.

Na boca de qualquer outro homem, essas palavras não significariam nada além disso, palavras vazias. Mas, vindas de Alfonso, ela sabia que eram verdadeiras.

Instantes depois, eles estacionaram diante do ateliê.

— Me ligue se precisar de alguma coisa. Qualquer coisa. — disse ele.

De acordo com as mensagens de Erin, jornalistas e blogueiros haviam ligado para o ateliê durante toda a manhã a fim de encontrá-la.

Parecia que nenhum deles havia aparecido ainda, mas ela suspeitava que talvez aquele não fosse um lugar dos mais seguros depois da notícia de seu noivado com o solteiro mais disputado da cidade.

Do carro, ela e Alfonso haviam ligado para os pais dela a fim de explicar tudo, mas, como ninguém atendera, ela deixara um recado.

Não gostava da ideia de eles acreditarem que estavam de fato noivos, mas, como nunca acompanharam esportes nem jornais de fofocas, talvez nem soubessem de nada.

— Obrigada. Vou deixar o celular no bolso para o caso de você precisar falar comigo de novo hoje.

Ela já havia programado um toque especial para ele, de modo que soubesse da ligação dele e pudesse ignorar todas as outras de qualquer estranho que conseguisse encontrar seu número de celular e tentasse arrancar alguma coisa dela.

Em um dia tão cheio, só no último segundo ela se lembrou de perguntar:

— A que horas temos que ir pra festa do time esta noite?

— A limusine vem nos buscar às oito.

Ela se esforçou para afastar mais uma perturbação por ter que continuar com o esquema de que era a mulher com quem Alfonso Herrera havia decidido passar o resto da vida.

Ele pegou a mão dela e deu um beijo.

— Vejo você à noite.

Em vez de ir direto para seu local de trabalho, Anahí se desviou para a sala de costura de Erin, onde entrou sem bater.

— Você tem alguma coisa que eu possa usar esta noite em um coquetel chique?

— Oi! — Erin ergueu-se em um salto da máquina de costura. — Você vai ser a Senhora Maravilhosa! — deu um abraço em Anahí. — Como é ser famosa?

— Esquisito. — disse Anahí, sorrindo apesar da culpa que lhe revirava as entranhas por ter que mentir sobre a história do noivado para sua amiga.

Além disso, ao contrário de seu ex-marido, ela nunca havia procurado a fama. Só queria conseguir viver de arte e saber que havia criado uma escultura que fazia as pessoas sentirem algo que, do contrário, talvez não sentissem.

— Acho maravilhoso que tenha agarrado o homem mais bonito do pedaço, claro, embora tivesse sido ótimo receber um pouco de informação prévia sobre o noivado.

— Desculpe...

Anahí realmente estava chateada por ainda não conhecer Erin o suficiente para confidenciar a situação verdadeira.

Mas achou que era seguro dizer:

— E se eu lhe disser que a minha própria surpresa não foi menor?

Erin ergueu a sobrancelha.

— É mesmo? Não sabia do pedido?

— Não. De jeito nenhum.