Fanfics Brasil - Cap 39 Deixe-me Ser O Único *AyA*Ponny*

Fanfic: Deixe-me Ser O Único *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA


Capítulo: Cap 39

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Capítulo Quinze



Demais. Alfonso era demais.



Haviam saído da festa fazia dez minutos, mas, depois da noite que tivera, e do beijo que jamais conseguiria esquecer, Anahí simplesmente não podia mais ficar tão perto de Alfonso.



Às cegas, tateou a maçaneta da porta da limusine, mas a porta não se mexeu quando tentou abri-la.



— Anahí?



Sem fôlego, quase sufocou só de ouvir o som de seu nome nos lábios de Alfonso.



Tantas vezes ao longo daquela noite ele havia pronunciado seu nome e procurado por ela.



E, a cada vez, ela se esforçara para lembrar de que tudo não passava de fingimento, que nada daquilo era real, que ela não era dele realmente... e jamais seria.



Talvez, quem sabe, ela houvesse conseguido considerar esses lembretes constantes se não sentisse ainda o toque dos dedos dele em seus ombros, a carícia no rosto, a pressão da mão em suas costas enquanto andavam pelo salão, conversando com as pessoas.



A cada carícia, a cada palmo do corpo rígido dele junto do dela, ela perdia o controle do próprio corpo, um pouquinho mais.



Até que, ao final da festa, Anahí se transformara em uma confusão de nervos estremecidos, desejo ardente e esmagadora necessidade.



— Preciso sair... — o desespero na voz dela era dolorosamente óbvio.



Havia passado do ponto de conseguir esconder qualquer coisa. Em especial, de si mesma. Por isso precisava se afastar.



De Alfonso. E dos próprios desejos.



— Pare o carro, por favor! — sua voz soou estridente, pois estava a ponto de explodir, no auge de um surto.



Em um instante, a limusine estacionou e a porta se abriu.



Ela quase caiu na sarjeta, na pressa de escapar daquele confinamento.



Não havia planejado nada, não havia pensado para onde iria.



Quando viu a entrada de um bar, achou que era a providência divina. Uma bebida. Talvez várias.



Faria qualquer coisa para amortecer essa urgência pulsante, as lembranças potentes das mãos e da boca de Alfonso na pele, os braços dele na cintura.



Anahí entrou pela porta preta e vermelha. Seus dedos tocaram uma tinta que havia sido raspada e repintada provavelmente milhares de vezes desde que esse bar começara a funcionar, e tentou se concentrar na textura grossa da madeira, nos pequenos e grandes torrões de onde pedacinhos haviam sido retirados.



Ela precisava, de algum modo, de qualquer jeito, preencher seu poço de sensações com alguma outra coisa que não fosse Alfonso.



A noite toda ela estivera nos braços dele. Para uma escultora, não havia nada mais sensual que o toque. E todos aqueles toques quase a deixaram louca.



O tecido de algodão macio da camisa dele em seus dedos. Os músculos incrivelmente torneados logo abaixo do tecido. As linhas das costelas. Os tendões que prendiam tudo.



Suas mãos haviam tremido quando ela tentara não fazer o que a artista nela pedia, traçar com os dedos os altos e baixos relevos do corpo dele.



Ao mesmo tempo, a festa havia revelado tudo de forma tão explícita que não havia como negar que não combinavam nada um com o outro.



Tudo era fácil para Alfonso. A carreira, as relações, a família.



Por outro lado, ela havia batalhado a vida toda com sua arte, ao tentar fazer amigos estando sempre de mudança, ao tentar se enquadrar como artista em uma família de militares.



Enquanto Alfonso estava muito à vontade consigo mesmo, ela nunca soubera bem como se sentir em relação à abundância de formas de um corpo que não era alto o suficiente.



No entanto, estranhamente, ela nunca se preocupava com essas coisas quando estava com Alfonso.



Sempre tivera muita certeza de que ele não a enxergava como mulher.



Embora houvesse desejado muito isso no decorrer dos anos, era também bastante libertador não ter que se preocupar com essas bobagens.



Com ele, sempre fora verdadeira. Independentemente do que estivesse usando ou de estar ou não maquiada, ou de comer tudo e depois ainda roubar o último bocado do prato dele, sempre soubera que continuaria sendo sua amiga.



De forma nenhuma Anahí poderia perder isso só por que estava se deixando levar por fantasias ridículas, a todo momento, todos os dias.



Precisava de uma vez por todas, se despedir dessas.



"E se isso fosse verdade e todos os meus sonhos se realizassem?"



Alfonso precisava de alguém que pudesse dar conta da pressão de ser companheira de um atleta famoso.



Era risível imaginar que ela pudesse ser essa mulher, sobretudo porque tinha urticária só de pensar nisso, ainda mais agora que já sabia como a vida dele era sob os holofotes.



Na verdade ela não se encaixava no mundo dele a não ser como amiga, e, um dia, quando ele escolhesse uma mulher para esposa, sem dúvida a amizade deles ficaria em segundo plano. E ela teria que lidar com isso.



Provavelmente do mesmo jeito atrapalhado com o qual estava lidando agora, pensou com certo sarcasmo íntimo enquanto cruzava um grupo de homens e mulheres jovens que flertavam, já bêbados, e punha as mãos no balcão.



— Quero um uísque. Duplo.



O mar de juventude de ruidosa sexualidade deu espaço para ela, talvez porque não desejasse que sua iminente crise mental e emocional atrapalhasse o burburinho.



No entanto, só quando o barman lhe trouxe o drinque ela se deu conta do que havia pedido.



Uísque fora a primeira bebida que ela tomara quando Alfonso levara escondido uma garrafa de Johnnie Walker para a garagem, em um sábado à noite.



O comportado Alfonso Herrera havia na verdade roubado a garrafa da casa de uns amigos e deixado a diversão com eles para ficar com ela.



Haviam se embebedado juntos naquela noite. Bem, pelo menos ela, e fora divertido. Sentira-se tão solta e quente, e mesmo quando começara a embaralhar as palavras e trombara com a bicicleta de um dos irmãos, ela havia se sentido segura.



Não havia no mundo nenhuma outra pessoa com quem pudesse baixar a guarda assim. E o fato de que Alfonso havia preferido estar com ela em vez de com os amigos, pelo menos por algumas horas, acalentara-a tanto quanto o álcool.



Fora também nessa noite que ele quase a beijara, e ela ficara apavorada e o rejeitara.



Anahí suspirou ao relembrar.



Mesmo aos 15 anos, sabia que ele não teria tentado beijá-la se não estivesse bêbado e cheio de tesão porque as líderes de torcida de sempre não estavam disponíveis naquela noite.



Se tivesse permitido, ela não conseguiria respeitar a si mesma na manhã seguinte. Então, fingira que era tudo brincadeira e o afastara.



Nunca mais ele tentara beijá-la.



Não até a noite em que ela o chamara com seu corcel branco, e ele chegara ao bar pronto para protegê-la a qualquer custo.



Mesmo que isso significasse fingir que a amava tanto quanto ela sempre o amara.



Com o passado e o presente se sobrepondo, na mente e no coração, Anahí inspirou, trêmula.



Segurou o copo frio, levando-o à boca, e os rubis e diamantes do anel de seu falso noivado brilharam sob a luz acima de sua cabeça.



— O mesmo para mim.



Ao som da voz grave de Alfonso, ela quase derrubou o copo, enquanto ele se sentava a seu lado no balcão.



Mas não derrubaria a bebida, já que precisava muito dela.



 



 




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Autor(a): Mila Puente Herrera ®

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O uísque lhe queimou a garganta. — Mais um, por favor. — colocou o copo vazio no balcão e manteve os olhos firmes no barman. Alfonso apoiou a mão no braço dela, mas ela estava tão sensível depois de uma noite cheia de toques que se esquivou. Era isso ou se jogar nos braços dele, bem ali. Não pode ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • emily.ponny Postado em 25/05/2018 - 14:27:52

    Relendo pela segunda vez essa com certeza é minha favorita (estou maratonando os homens perfeitos mais uma vez )

  • anakelly Postado em 17/10/2017 - 02:45:35

    Nem acredito que ja acabou, to triste, mas tô feliz. Essa história foi quase perfeita, so não foi perfeita porque não foi comigo. Amei muito esse irmão, espero qua a história do próximo seja melhor (se for possível) obrigado mais uma vez acho que vou entra pro guinness book, de tanto agradecer. Kkkkk A autora desses livros podem ficar orgulhoso, ela fez um ótimo trabalho. Obrigado a ela por escrever, e obrigado a você por adaptar. Na versão Ponny ficou muito melhor. Vamos pra próxima!!!!

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 17/10/2017 - 11:29:58

      MORTA KKKKKKKKKKK Então a do Ryan é minha segunda fav. melhor que ela só a da Lori :3 Pois é essa autora super amada por essa série <3 De nada, vamos ao Smith 0/

  • ponnyforever10 Postado em 16/10/2017 - 20:48:57

    Acabou :((((. James foi demitido ameiiii. Anahi rainha conseguiu a bolsa mas não quis aceitar, conseguiu acabar com nojento do James. Vamos pro próximo homem perfeito <33

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 17/10/2017 - 11:28:43

      James teve o que mereceu u.u Anahí enfim &quot;brilhou&quot; no fim <3

  • anakelly Postado em 14/10/2017 - 00:36:15

    Alguém liga pro Samu, que eu to passando mal, é ne pouco não. Meus amores são lindos, ta difícil escolher qual história é a melhor, sei que você deve ta cansada dos nossos agradecimentos, mas muito obrigada por nos presentear com essas histórias. Agora vou fazer uma oração. Senhor, faz esses homens virarem realidade, amem.

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 16/10/2017 - 12:11:20

      TODAS ESTAMOS <3 Eu tenho a ordem das que prefiro KKKKKKKK De nada, a autora se soubesse agradeceria KKKKKKKK MDS EU MORRO COM TEUS COMENTS KKKKKKKKK

  • ponnyforever10 Postado em 13/10/2017 - 22:39:27

    Eu to mt feliz, Anahi foi até lá ver o Poncho, q visita maravilhosa *----*.Ele pedindo ela em casamento, eu to morrendo *-------*

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 16/10/2017 - 12:10:10

      Surpreendeu essa visita né? Foi fofo <3

  • cakaumoura Postado em 13/10/2017 - 19:13:43

    Continua please

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 13/10/2017 - 21:54:34

      Hello, bem vinda (o)? Leu os outros livros da série? *--*

  • anakelly Postado em 13/10/2017 - 13:02:59

    Ai meu Deus, ta cada dia melhor, ainda bem que ela conseguiu. Quero que o poncho der na cara desse desgraçado. Posta mais!!!!!! Depois dessa série, vou pedir minha mãe pra mim coloca no hospício, eu to ficando doidinha com esses irmãos. Kkkk

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 13/10/2017 - 21:53:54

      Tmb quero mas... Any soube se defender :3 MDS DO CÉU EU JÁ DISSE QUE MORRO COM SEUS COMENTS? KKKKKKKKKKKKKKKK

  • ponnyforever10 Postado em 13/10/2017 - 11:53:10

    Quando esse nojento trancou a porta eu fiquei torcendo pra alguém aparecer e ajudar ela, mas eu to tão feliz dela ter conseguido sozinha escapar desse cretino.

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 13/10/2017 - 21:52:54

      Eu fiquei querendo gritar :$ SIM Any sabe se defender sozinha <3

  • anakelly Postado em 11/10/2017 - 19:55:02

    O amor deles é lindo, queria um príncipe assim, mas não tem, então é o jeito fica com os sapos. Quero mais capítulo, to parecendo aquelas viciadas. Kkkk

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 12/10/2017 - 23:08:02

      Sim, o amor de cada um nessa série é muito lindo *---* KKKKKKKKKKKKKKKKKK Mana espera o príncipe que é melhor KKKKKKKKKKKK A gnt vicia msm quando a história é boa <3

  • ponnyforever10 Postado em 11/10/2017 - 12:25:49

    Aiii Anahi disse q ama ele *--------*. Anthony é um ridículo viu pqp, nojo. Essa oportunidade pra Anahi é mt importante né, eu ja tava triste pq achei q ela não ia contar pra ele da Itália. Poncho nunca decepciona ne *---*

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 12/10/2017 - 23:06:32

      Até que fim né? KKKKKKKKKK Tem um pior que o Anthony na história... Pois é, é importante, mas oq é mais importante pra ela? :x


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