Fanfic: Até eu te encontrar | Tema: Romance, realidade, misticismo, bruxaria, wicca, amor, suspense, aventura
A luz do sol que entrava pela sala acordou Flávia. Ela ficou alguns segundos com os olhos fechados, como gostava de fazer quando acordava. Lembrou-se do dia anterior, da conversa com Sônia e da visita de Felipe... Felipe! Podia sentir o peso do braço dele ao redor da sua cintura.
Meu Deus, o que foi que eu fiz?, ela se perguntou mentalmente.
Respirou fundo e abriu os olhos devagar, reconhecendo a sala. Havia dormido ali com Felipe, no sofá-cama. Estava deitada de lado, de costas para ele, que a abraçava com força, e ela não se mexeu. Sua cabeça estava cheia de coisas para pensar e agora ainda tinha isso nas mãos. O que aconteceria dali pra frente? A amizade estaria estragada? Não queria se envolver com Felipe, embora gostasse muito dele. Mas gostava dele como amigo, sabia que, se fosse outra coisa, iria sofrer. Já o conhecia bem para saber que ele não se envolvia com ninguém, apenas fazia suas "vítimas" sofrerem. Flávia não queria sofrer. Será que com ela poderia ser diferente? Não tinha toda essa pretensão.
Se mexeu lentamente, tentando se levantar.
— Vem cá, Caloura fujona — disse ele, puxando-a mais para perto. Flávia sentiu seu coração acelerar.
— Pensei que você ainda estivesse dormindo. — Permaneceu de costas para ele, não tinha condições de encará-lo agora.
— Estou acordado tem um tempinho — disse ele, beijando a cabeça dela. — Faz tempo que eu queria isso. Você beija bem, Caloura.
Flávia sentiu o coração acelerar com as palavras de Felipe. Os dois ficaram em silêncio durante um tempo; ela não tinha noção de quantos minutos se passaram. Esperou que ele falasse alguma coisa, mas Felipe apenas a abraçou e, às vezes, dava um beijo na sua cabeça. Ele soltou Flávia e a virou para ele. Ela não o encarou, ficou olhando para a blusa dele.
— Por que você está tão quieta? — Ele deu um beijo na sua testa e a abraçou.
— Eu estava pensando... — Flávia não conseguiu completar a frase, não sabia o que falar. Sua cabeça estava cheia de dúvidas e naquele momento não conseguia ter nenhuma intuição.
— Estava pensando? — Ele a soltou e a encarou. Flávia continuou olhando a blusa dele. Felipe segurou-lhe o queixo e levantou o rosto dela. — Pensando no que aconteceu?
— É... — Ela sentiu seu rosto ficar quente. — Eu não sei se foi certo.
Ele sorriu.
— A gente só deu uns beijos, nada de mais.
Flávia não gostou do que, e do modo como, ele falou.
— Nada de mais? — Ela tentou sentar, mas Felipe a puxou de volta.
— Calma, a gente ficou, só isso, eu não te pedi em casamento nem nada do tipo. Não precisa se preocupar, não vai mudar nada. Amigos também podem se beijar.
Flávia ficou quieta; não tinha certeza se realmente tudo ficaria como antes.
— Eu não sei... Eu gosto da nossa amizade, não quero que fique algo estranho. — Ela hesitou. Não sabia se era aquilo que queria falar, mas percebia que para Felipe não tinha sido nada de mais, então não seria ela que daria uma de apaixonada. Afinal, nem sabia se estava apaixonada.
— Não vai ficar nada estranho, vai continuar como era antes. A gente vai se encontrar, conversar, sair pra beber, ir ao Leão para eu levar uma surra de sinuca de você.
Flávia começou a rir com o jeito de Felipe. Embora a situação fosse um pouco desconcertante, ele conseguia deixar tudo calmo.
— Ok...
Felipe a abraçou apertado e olhou para ela. Flávia sentiu novamente o coração acelerar. Ele puxou seu rosto para perto e lhe deu um longo beijo.
— Tem churrasco hoje lá em casa. Você vai, né?
— Não sei...
— Ah, você não vai fazer essa desfeita comigo — disse ele, dando um selinho nela.
— Vou pensar. Se estiver melhor, eu vou. — Ela olhou em volta. — Que horas são?
— Umas onze e meia da manhã. — Ele se levantou, calçou o tênis e deu outro beijo nela. — Estou te esperando lá em casa. Até mais.
Felipe saiu e Flávia ficou deitada, pensando no que havia acontecido. lembrou das palavras de Sônia. "Aproveite o momento, mas não se envolva." Definitivamente não queria se envolver, mas não tinha certeza se isso já havia acontecido.
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Felipe chegou em casa e encontrou Mauro na sala, brincando com Cecília.
— Olá, pai coruja — disse Felipe, sorrindo.
— Olá, rapaz desaparecido — comentou Mauro, sem olhar para o amigo. Bruna entrou na sala.
— Oi, Felipe. Tudo bom?
— Tudo, bruna. — Ele deu um beijo na bochecha dela.
— Te esperamos ontem, para jantar, mas você não apareceu. Saímos sem você — disse ela, um pouco sem graça.
— Não tem problema. — Ele sorriu.
— Eu falei com a Bruna que você não ia chegar tão cedo, ela aí toda preocupada porque você podia ficar chateado da gente não te esperar.
— Imagina. — Felipe sentou no sofá. Bruna pegou Cecília no colo.
— Vem, vamos tomar um banho. — Ela saiu com a filha da sala. Mauro juntou os brinquedos de Cecília e depois ficou parado, em pé, na frente de Felipe.
— E aí? Fez o que de bom ontem?
Felipe ficou quieto, sorrindo.
— Pela cara, dormiu bem. Bem acompanhado — brincou Mauro e se sentou ao lado de Felipe.
— Dormi na casa da Flávia.
— Grandes novidades. Você vive dormindo lá — disse Mauro, sem muito interesse. Felipe permaneceu quieto e ele percebeu. — Espera aí. Estou sentindo algo meio estranho neste seu sorrido.
Felipe olhou o amigo e balançou a cabeça.
— Eu não acredito que você fez isso! — disse Mauro alto, espantado e com um tom de repreensão na voz.
— Ei, calma aí. Não aconteceu nada de mais. — Felipe levantou as mãos, como se fosse se defender.
— Será? Eu conheço essa sua cara, esse seu sorriso.
— Bom, rolaram uns beijos, mas só isso.
— Só isso? — Mauro balançou a cabeça negativamente. Levantou e foi andando em direção ao quintal. Felipe foi atrás.
— O que foi? Qual é a paranoia?
— O que foi? Paranoia? Quando você vai aprender a ser adulto? — Mauro pegou um saco de carvão e começou a abrir.
— Qual é, Mauro?
— Você vai estragar sua amizade com a Flávia por causa disso.
— Não vou.
Mauro parou de colocar o carvão na churrasqueira e olhou sério para Felipe.
— Mas é claro que vai. Já estou vendo, ela se apaixonando por você e sofrendo ao te ver com outra amanhã. Ou hoje mesmo, né?
— Eu não sou assim. — Felipe se chateou com a acusação de Mauro. Este ficou apenas olhando sério para o amigo. — Ok, talvez eu seja. Mas agora é diferente, eu conversei com ela.
— Conversou?
— Sim, nós conversamos hoje, está tudo certo.
— Sei. — Mauro voltou a mexer na churrasqueira. Não ficou totalmente convencido, e Felipe percebeu isso.
— Rolou, fazer o quê? Aconteceu, pronto, não é o fim do mundo. A amizade continua, nada foi afetado. — Felipe tinha a voz triste. Mauro se sentiu culpado.
— Olha, cara, desculpa pelo que eu falei. Mas é que a Flávia é uma garota muito legal. Não quero vê-la por aí sofrendo igual acontece com as outras.
— Ela não vai sofrer. — Felipe esboçou um sorriso.
— Você não vai querer levar isso adiante!?
— Como assim?
— Sei lá, começar um namoro. Vocês se dão super bem.
— Não, não — Felipe foi enfático. — Eu não quero namorar por enquanto, você sabe disso.
— Não vejo nenhum problema em namorar, ainda mais a Flávia. Acho que vocês dariam certo.
— Eu não quero namorar, não agora. Ainda sou muito novo para me amarrar, tenho muita coisa pra curtir ainda.
— Ok, só vê lá o que você vai curtir na frente dela. Não magoa a Flávia, cara, ela é gente boa.
— Pode deixar. — Felipe deu um tapa nas costas de Mauro e foi saindo.
— Felipe! — chamou Mauro. — Ela vem hoje aqui pro churrasco?
— Eu convidei, mas acho que ela não vem, não. Duvido que venha. — Felipe deu de ombros.
— Ok, se ela vier, vê se não fica com ninguém, pelo menos hoje, né?
— Eu não vou fazer isso, não sou tão cafajeste assim. — Felipe balançou a cabeça e saiu rindo. Mauro continuou preparando o churrasco, tentando ocupar sua cabeça. Não queria pensar do que aquilo podia resultar.
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Flávia estava indecisa se ia ou não ao churrasco na casa de Felipe. Não sabia como agir. Ele havia sido natural, mas apesar de deixar claro que a amizade continuava, ele a tinha beijado de manhã.
— É claro que ele te beijou, sua idiota, ele dormiu aqui, acordou e deu de cara com você. O que você esperava? Que ele te ignorasse? — disse alto, tentando não ficar com raiva da situação. Decidiu ligar para Lauren. O celular da amiga tocou algumas vezes e Flávia já ia desistir quando Lauren atendeu.
— Oi, Flávia. Fiquei sabendo que você está em Viçosa. A Sônia ligou para minha mãe.
— Pois é, acabei voltando.
— A Sônia comentou algo do tipo.
Flávia ficou alguns segundos quieta e depois deu uma longa suspirada.
— Você vai ao churrasco na casa dos meninos? Do Felipe, do Mauro?
— Acho que vou, sim.
— Que horas você vai pra lá?
— Ih, nem sei. Saímos de Itabira tem pouco tempo, acabamos nos atrasando. Devo ir mais tarde, por quê?
— Nada. Só não queria chegar lá sozinha.
— Uai, mas você conhece os meninos, qual o problema?
— Nenhum... — disse Flávia sem muita convicção. Lauren percebeu.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não, nada. A gente se encontra lá e conversa. — Flávia quis desligar logo, antes que Lauren começasse a fazer muitas perguntas. Preferia falar com a amiga pessoalmente sobre o que aconteceu na noite anterior. Decidiu tomar um banho e se arrumar para ir ao churrasco.
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Flávia foi para a República Máfia por volta das duas da tarde. Chegando lá, tocou a campainha e esperou. Ficou observando os detalhes da casa; nunca havia reparado como era bonita pelo lado de fora. À esquerda, logo depois que passava o portão de entrada, ficava a porta principal. Seguindo reto pelo portão tinha a garagem, que ia dar em um quintal. Flávia nunca havia ido até ali atrás, a garagem não era atualmente usada por Mauro e Felipe, então estava sempre fechada. Aguardou apenas alguns instantes, enquanto Mauro aparecia na portinha que havia ao lado do portão da garagem. Era uma forma de entrar nela e no quintal sem ter de abrir o grande portão que escondia as vagas dos carros.
— Oi, Flávia, que bom que você veio — disse ele, abrindo o portãozinho de entrada para ela.
— É, minha viagem não deu certo, então resolvi prestigiar o churrasco de vocês.
— O Felipe vai ficar muito feliz. Ele achou que você não viria — comentou Mauro, com um tom de malícia na voz. Com certeza, Felipe havia contado tudo para ele. Flávia tentou ignorar.
— Ele duvida demais de mim.
— Ele está lá dentro, no quarto, se arrumando ainda. Se quiser ir até lá...
Mauro falou e foi abrindo a porta de entrada da casa, antes que Flávia respondesse. Ela sorriu e entrou na sala, um pouco sem graça, enquanto ele voltou para o quintal. Ficou parada, não sabia qual quarto era o de Felipe, nunca havia passado da sala e esqueceu-se de perguntar para Mauro onde era. Deu de ombros, era só procurar.
Olhou para o pequeno corredor no final da sala. Viu logo uma primeira porta, mas imaginou que era o quarto que antes pertencera a Ricardo. Pela localização, aquele cômodo dava para a rua e lembrou que Lauren havia falado que o quarto dele era de frente. Ela seguiu pelo corredor e à sua direita viu uma porta fechada, com uma placa escrito "Veterinária". Ali dormia Mauro. Ao lado havia mais uma porta e outra à sua esquerda, com o banheiro ao fundo. Ia abrir a porta à esqueda, que estava mais perto, quando Carla saiu dali de dentro. Flávia se assustou e ficou parada. Começou a sentir um cheiro forte de perfume, mas não vinha de Carla. Flávia ficou tonta e precisou apoiar na parede atrás dela.
— Você está passando mal? — Carla perguntou.
— Não... Esse cheiro...
— Que cheiro? — Carla franziu a sobrancelha. — De carne assando? É do churrasco.
— Não, esse cheiro de perfume.
— Não sinto cheiro nenhum. — Carla começou a ficar impaciente. — O que você quer aqui no quarto do Luigi?
— Quarto de quem? — Flávia se espantou.
— Este quarto é do meu namorado; o que você quer aqui? — Carla foi ríspida.
— Nada, eu... Estou procurando o quarto do Felipe, não sei qual é.
— Aquele ali. — Carla apontou a última porta que faltava para Flávia ver.
— Obrigada. — Flávia esboçou um sorriso, mas Carla não retribuiu.
— Avisa o Felipe que já fui para minha casa. Não vou ficar para esse churrasquinho aí. — Carla fechou a porta do quarto e foi andando em direção à sala.
Flávia ficou alguns segundos parada, ainda sentindo a agradável fragrância. Qual era? Ela conhecia, disso tinha certeza, mas não conseguia se lembrar que perfume era aquele. Foi acordada de seu pensamento por Felipe, que saiu do seu quarto.
— Perdida, Caloura?
— Oi — Flávia acordou de seus pensamentos. — Estava procurando seu quarto.
— É aqui — disse ele, sorrindo e apontando para dentro do quarto. — Você nunca veio aqui?
— Não no seu quarto. — Flávia olhou para Felipe. Ainda estava encostada na parede.
— Você está bem? — Ele se aproximou.
— Eu acho que sim. — Flávia respirou fundo e colocou uma de suas mãos na testa. — Eu estou um pouco zonza por causa do perfume.
— Mas eu ainda nem pus perfume! — comentou Felipe, tentando cheirar a gola da sua camisa.
— Não é seu. Estava aqui antes de você chegar. — Flávia olhou novamente para ele e depois na direção da porta do quarto de Luigi. — Você não está sentindo?
— Não, não sinto nada. — Ele deu uma longa respirada para ver se sentia algo. — Só o cheirinho de carne que vem do quintal.
— Eu conheço esse cheiro... Conheço o perfume, mas não lembro o nome. Vem dali. — Flávia apontou o quarto de Luigi e Felipe estranhou.
— Do quarto do Luigi? — Foi até lá e abriu a porta. Examinou o quarto, respirando forte. — Eu não sinto nada, Flávia. O Luigi nem está aqui, não tem como ter cheiro de perfume. Ele não deixou nenhum aqui.
Felipe saiu do quarto e fechou a porta. Flávia permanecia no corredor.
— Quando a Carla abriu a porta eu senti o cheiro.
— Vai ver era o perfume dela. Ela usa um perfume forte, doce. — Felipe fez uma careta.
— É perfume masculino.
— Então não sei mesmo. — Olhou novamente para Flávia. — Você não está legal, Caloura, vem aqui. — Ele puxou Flávia para dentro do seu quarto. — Senta aí. — Felipe falou, praticamente jogando Flávia na cama dele. Ela não reclamou, realmente não se sentia bem, estava cada vez mais tonta com o cheiro do perfume e irritada porque ninguém conseguia senti-lo.
— Obrigada. Daqui a pouco estou melhor.
— Que isso, fica aí até você melhorar. — Ele mordeu o lábio. — Vou buscar uma água.
Felipe saiu e encostou a porta do quarto. Flávia se ajeitou, deitando ao contrário no colchão, com os pés na direção da cabeceira da cama. Agora que estava deitada, ficou mais calma e feliz por Felipe a ter levado para lá. Aproveitou para observar o quarto dele, com a cama encostada na parede, assim como era a sua, uma mesa de estudos ao lado e o armário do outro lado. Flávia olhou para a mesa, que estava cheia de livros e cadernos abertos, e sorriu. Mais para cima viu uma foto de Felipe abraçado a outro rapaz, de olhos verdes e cabelos castanhos. Provavelmente Ricardo. Reparou como ele era mesmo muito bonito, assim como Lauren havia lhe falado; parecia um modelo saído de um catálogo de modas. Mas o que mais lhe chamou a atenção foi a alegria que saltava dos olhos verdes dele. Flávia sentiu uma dor no peito. Provavelmente teria gostado de conhecê-lo. Felipe entrou no quarto, segurando um copo.
— Toma, não sei se vai te ajudar, mas água nunca faz mal.
— Obrigada. — Flávia sentou na cama e pegou o copo. Deu um longo gole, sentindo a água gelada escorrer pela garganta. Indicou a foto com a boca. — Ricardo?
Felipe se espantou e virou na direção que ela olhava. Abriu um largo sorriso e se levantou, indo até a mesa de estudos, e pegou a foto.
— Sim. Meu irmãozão! — Felipe deixou a foto em cima da mesa e sentou ao lado de Flávia.
— Fahrenheit, Christian Dior — disse ela alto.
— O quê? — Felipe estranhou.
— O perfume. O cheiro, eu sabia que conhecia! É o perfume Fahrenheit, do Christian Dior.
— Como você sabe?
— Eu gosto desse perfume. — Flávia olhou para Felipe um pouco envergonhada. — Na verdade, eu amo esse perfume.
— Hum, perfume de algum ex? — brincou Felipe. Flávia não sentiu nenhuma pontada de ciúme na voz dele e isso a deixou um pouco chateada.
— Não, nunca namorei nem fiquei com alguém que usasse. Mas eu gosto dele. Tem um amigo meu de Lavras que usa. Eu simplesmente acho o melhor perfume masculino que existe.
— É o perfume que o Luigi usa. Provavelmente por isso que sentiu o cheiro. Você disse que veio do quarto dele — disse Felipe, sem dar maior importância ao assunto.
— É, mas você não sentiu. Isso é estranho...
— Vai ver seu olfato é melhor que o meu.
— Mas estava forte demais. Não tinha como você não sentir.
— Isso não importa. — Felipe levantou e pegou o copo das mãos de Flávia. — Descansa um pouco, Caloura, você ainda está com uma cara meio estranha.
— Eu vou fazer isso. — Flávia sorriu e ele saiu do quarto, fechando a porta. Ela viu em cima da mesa de estudos de Felipe o CD O Grande Encontro. Lembrou do tanto que Felipe falava dele e pensou se estava ali separado para lhe emprestar ou se apenas era uma coincidência. Não queria ficar fantasiando coisas.
Como ainda se sentia cansada, resolveu deitar e descansar um pouco, antes de ir para o quintal. Olhou novamente para a foto e ficou tentando imaginar como era o rosto do irmão de Ricardo. Por que ouvir sempre falar no nome de Luigi a incomodava? E por que estava sentindo o perfume dele? Em meio aos pensamentos e dúvidas, adormeceu.
Autor(a): biiviegas
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Flávia acordou e notou que estava escuro lá fora. Abriu os olhos lentamente e percebeu uma claridade vinda do corredor. A porta estava entreaberta e um feixe fraco de luz entrava no quarto. Piscou os olhos para se acostumar com a penumbra e lembrou que não estava na sua casa. Ela se espreguiçou e viu Felipe sentado na cama, ao seu lad ...
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