Fanfics Brasil - Capítulo 18 Até eu te encontrar

Fanfic: Até eu te encontrar | Tema: Romance, realidade, misticismo, bruxaria, wicca, amor, suspense, aventura


Capítulo: Capítulo 18

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   O último mês de aula passou voando. Flávia mal percebeu, envolvida com as provas finais e a viagem de férias, de volta a Lavras. Tentava imaginar como iria encarar seus tios, agora que sabia da verdade sobre sua mãe. Provavelmente não contaria nada a eles. Sua tia só iria se preocupar mais e tentaria a todo custo tirá-la de Viçosa. O melhor a fazer era ficar quieta e deixar tudo como antes. Se ela perguntasse sobre Ponte Nova, falaria que não iria à cidade, que não tinha curiosidade de conhecer. Ou então diria que foi um dia, deu uma volta e pronto. Já havia visto o que tinha para ver. Talvez a segunda opção deixasse Tereza mais calma.
   O fato de Lauren passar o mês de julho em Lavras a estava agradando. Assim teria uma companhia todos os dias para ajudá-la a não ficar deprimida.
   Flávia estava em casa, arrumando sua mala para a viagem no dia seguinte. Com todas as últimas provas do semestre acontecendo ao mesmo tempo, não tivera tempo de arrumá-las antes, como sempre fizera. Lauren estava junto, esperando que terminasse para as duas irem ao Lenha.
   — Nem acredito que vamos viajar amanhã — comentou Lauren, eufórica. — Estou doida para conhecer Lavras e a sua fazenda.
   — Estou feliz que você vai comigo.
   — Eu e o Felipe.
   — Ele vai só pegar carona até Lavras. — Flávia suspirou. — Quem dera se fosse ficar o mês todo lá comigo. — Balançou a cabeça. — O que estou falando? Tenho de dar graças a Deus que vou ficar um mês inteirinho sem vê-lo. Quem sabe isto não me ajuda?
   — Vai ajudar, você só precisa ter calma. Não dá para ser imediatista, nem com toda a magia do mundo.
   — Eu sei, vou tentar.  — Ela fechou a última mala e olhou para Lauren. — Pronto, terminei. Agora vou tomar banho e me arrumar rapidinho para irmos.
   Flávia pegou suas coisas e foi para o banheiro, enquanto Lauren ficou no quarto escutando música. Quarenta minutos depois, as duas seguiram para o Lenha, onde encontraram Gustavo sentado em uma mesa.
   — Ei, Gust, o que faz aí sozinho? — perguntou Flávia, dando um beijo na bochecha do amigo.
   — Estou esperando vocês. — Ele sorriu. Lauren sorriu de volta e sentou ao lado dele.
   — E a Mirela? Não vem? — Flávia olhou para Lauren, que perdeu o sorriso que tinha no rosto.
   — Nós terminamos — disse Gustavo, sem sentimentos na voz. Deu um longo gole no copo de cerveja que estava à sua frente. Flávia e Lauren se olharam e as duas sorriram. Era visível a felicidade de Lauren, mas ele não percebeu.
   — Terminaram? Sério?
   — Terminamos, não tô te falando, Flavinha?
   — Mas terminaram mesmo ou estão só dando um tempo?
   — Terminamos mesmo, para valer. Você sabe que eu não estava empolgado nem apaixonado.
   — Sim, sim. — Flávia balançou a cabeça, concordando. Lauren só olhava para Gustavo, que observava seu copo.
   — Mas e vocês, meninas? Empolgadas com a viagem? — Ele sorriu para as duas.
   — E como! — disse Flávia. Lauren continuava muda. Flávia olhou para ela e fez sinal com a cabeça, para que a amiga falasse algo antes que ele percebesse a felicidade no seu rosto.
   — Vai ser legal passar as férias com a Flávia — disse Lauren, quase gaguejando.
   — Imagino o que vocês vão aprontar lá. — Gustavo sorriu maliciosamente.
   — Nós somos comportadas. — Flávia fez uma careta para ele. — Que horas você vai viajar?
   — Daqui a duas horas. Só vim tomar um chope para relaxar e para encontrar vocês e dizer um tchau.
   — Você bem que podia ir com a gente até Lavras. De lá ia para São Paulo.
   — Ah, Flavinha, bem mais prático ir direto daqui para São Paulo. Chegando lá, ainda tenho de pegar outro ônibus para Ribeirão.
   — Mas você não vai ter nossa companhia.
   — Mas amanhã, na hora que vocês chegarem a Lavras, eu estarei quase em casa.
   — Sem graça.
   A conversa foi interrompida por Felipe, que entrou no Lenha e se sentou com eles.
   — E aí, Felipe. — Gustavo o cumprimentou.
   — Achei que você já tinha ido — disse Felipe, apertando a mão de Gustavo.
   — Vou daqui a umas horas.
   — E vocês, meninas? Tudo pronto para nossa viagem de amanhã, Caloura?
   — Tudo. — Flávia olhou para ele com uma expressão séria. — Felipe, acabamos o semestre hoje, você bem que podia parar de me chamar de Caloura, né?
   — Hum... Vou pensar em um apelido bem legal para você.
   — Eu não preciso de apelidos. Flávia está bom.
   — Aí não tem graça. — Ele ficou alguns segundos quieto e depois sorriu. — Acho que Baixinha combina bem.
   — Baixinha?
   — É. Você é baixinha.
 — Eu não sou baixinha. Você que é alto. Eu sou da altura da Lauren. — Flávia franziu a testa, demonstrando não gostar do novo apelido.
   — Baixinha está bom. E não reclama! — Ele deu uma gargalhada. — Você tinha de estar em casa agora, descansando pro volante amanhã.
   — Estou contando com você para dirigir, Felipe. Vê se não fica na rua até tarde — ela brincou, esquecendo das provocações dele.
   — É claro que vou dirigir, se quiser dirijo a viagem inteira. Estou sentindo falta do meu carrinho. Vamos ver se consigo trazê-lo em agosto.
   — Será que seu pai te libera do castigo? — perguntou Flávia.
   — Acho que sim. — Felipe deu um largo sorriso, como se lembrasse de algo. — O Luigi está voltando para Viçosa semestre que vem, acabei de saber. Ele me ligou agora, já chegou de viagem e já está em Alfenas.
   — Pensei que ele só voltava ano que vem — comentou Lauren.
   — Era o planejado, mas resolveu voltar antes, não sei por quê. Com ele voltando, pode ser que meu pai não encha mais tanto minha paciência e libere o carro.
   — Finalmente vamos conhecer o famoso Luigi — disse Gustavo.
   — Vocês vão gostar dele. — Felipe bebeu um pouco da sua cerveja e sorriu. — Nem acredito que ele está de volta. Que falta faz um grande amigo.
   Flávia ficou quieta. Aquela conversa a irritou e não soube por que sentiu aquilo. Não queria ficar daquele jeito na véspera de viajar ou isto ia fazê-la perder o sono. Tentou mudar o assunto.
   — E o Mauro? Onde ele está?
   — Maurão já foi para BH. Assim que viu que passou em todas as matérias, pegou o primeiro ônibus pra casa.
   — Hum, entendi — disse Flávia.
   Os quatro ficaram conversando por mais uma hora, depois saíram do Lenha.
   — Bom, gente, deixa ir que meu ônibus é daqui a pouco.
   — Não quer que eu te leve, Gust?
   — Não precisa, Flavinha. Eu moro perto da rodoviária, nem estou levando tanta coisa. Rapidinho chego lá.
   Gustavo se despediu dos três e saiu.
   — Amanhã, como combinamos? — perguntou Felipe.
   — Eu passo na casa de vocês e a gente vai. Sete horas da manhã estou lá.
   — Ok, vou avisar meu pai que vamos sair nesse horário. Ele ficou de ir até a rodoviária de Lavras me buscar.
   Flávia se despediu de Felipe e Lauren e foi para casa. Não demorou muito a dormir. Naquela noite, ela teve um sonho tranquilo, em que um desconhecido a salvou de toda a dor e tristeza que vinha sentindo nos últimos meses. Durante o sonho, era como se sentisse o perfume do desconhecido. Fahrenheit. Era a única coisa marcante no sonho. Adorava aquele perfume e isso a ajudou a ter uma noite mais calma.



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Autor(a): biiviegas

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   A viagem foi tranquila. Felipe dirigiu até Barbacena e de lá Flávia pegou o volante até sua cidade. Ao chegar em Lavras, foram direto para a rodoviária.   — Tem certeza de que não quer almoçar lá em casa?   — Não, Baixinha, obrigado. Meu pai já deve estar m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • _Estefani_Silva Postado em 19/10/2017 - 10:09:37

    Meu Deus!!!! Eu amo esse livro <3 <3


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