Fanfics Brasil - Capítulo 29 Até eu te encontrar

Fanfic: Até eu te encontrar | Tema: Romance, realidade, misticismo, bruxaria, wicca, amor, suspense, aventura


Capítulo: Capítulo 29

209 visualizações Denunciar


   Carla entrou ofegante na MinaZen. Sônia, que estava ajeitando algumas coisas no armário embaixo do balcão, se assustou.
   — Eu quero uma vela verde. Uma não, cinco — disse Carla, em tom de ordem. Sônia ficou parada, olhando. — Anda, o que você está esperando? — gritou.
   — Vela verde? Você vai fazer o ritual da reconciliação? Então aconteceu... — Sônia sorriu. — Até que demorou mais do que eu imaginava.
   — Você quer parar de filosofar e me atender?
   — Você sabe que não vai adiantar nada.
   — Não me interessa.
   — Eu posso te dar cem velas verdes. Não adianta.
   — Não quero saber, me dê logo essa droga de vela.
   Sônia balançou a cabeça e pegou o que Carla pedia.
   — Você só vai se machucar cada vez mais, e machucar os outros. Você sabe que não pode usar magias da Wicca para fazer mal às pessoas, nem em proveito próprio, quando isso está relacionado à vida dos outros. Lembre-se da lei tríplice do retorno.
   — Eu não te pedi conselho nenhum. — Carla arrancou com força o embrulho das mãos de Sônia e jogou o dinheiro em cima do balcão, saindo apressadamente dali.


💋 💋 💋


   Carla entrou em casa com os embrulhos que havia trazido da rua. Foi para seu quarto e fechou a porta. Pegou um suporte de vela e colocou uma que havia comprado. Estava decidida a fazer a magia todos os dias, até conseguir Luigi de volta. Não iria desistir dele. Escreveu o pedido de desculpas em um papel de seda verde, depois o colocou entre duas folhas de árvores diferentes e juntou tudo dentro de um envelope. Concentrou-se.
   — Peço força para as Deusas e que o mundo mágico me ajude na reconciliação com o Luigi.
   Carla queimou o envelope na vela verde.


💋 💋 💋


   Sônia tocou a campainha do apartamento de Flávia e esperou, mas ninguém respondeu. Sabia que ela estava em casa e tentou mais uma vez. Flávia abriu a porta.
   — Desculpa insistir, mas pensei que você poderia querer falar comigo.
   — Sim, você está certa. Entre.
   Sônia entrou e se sentou no sofá. Flávia ficou parada ao lado da mesa. Tinha o semblante de quem havia chorado muito.
   — Eu preciso de algumas respostas.
   — Espero poder ajudar. — Sônia sorriu, mas Flávia não mudou a expressão do seu rosto.
   — O Luigi é a minha alma gêmea, não é?
   — O que você acha?
   — Eu não quero que ele seja minha alma gêmea. Não pode ser. Eu não gosto dele.
   — Será?
   — O que quer dizer?
   — Por que você pensa que não gosta dele?
   Flávia suspirou. Deu um passo para a frente, mas parou. O que quer que ela fosse fazer, desistiu. Tinha o olhar distante.
   — Ele é irritante demais. Está sempre sorrindo, sempre sendo simpático e atencioso. Não sei explicar, mas ele sempre me tira do sério.
   — É isso mesmo? Ou você que tenta sentir isso?
   — Como assim?
   — Você realmente não gosta dele ou você não quer gostar dele? Pense bem, Flávia. São coisas diferentes.
   — Eu não quero ficar pensando nisso. Quero apenas que ele não seja minha alma gêmea.
   — Você não tem como decidir essas coisas.
   — Então ele é... Oh! — Flávia recuou e colocou a mão na cabeça. — Eu não posso aceitar isso.
   — Não é que você não possa. Está apenas relutante. Tenta colocar na cabeça que não quer.
   — Eu não gosto dele, como isso é possível?
   Sônia puxou Flávia pela mão, forçando-a a se sentar no sofá. Olhou bem para a menina, que parecia assustada, perdida, triste.
   — O fato de ele ser sua alma gêmea não quer dizer que vocês precisem obrigatoriamente ficar juntos. Existe o livre-arbítrio, embora ele esteja no seu destino. Mas você pode escolher. Só que isso não significa que você não vá amá-lo pelo resto da sua vida, mesmo que tome outro caminho.
   — Amá-lo? Isso é impossível.
   — Será? Será que você já não o ama?
   — Não, isso nunca! Eu gosto do Felipe.
   — Pare para pensar um pouco no conflito dos seus sentimentos. Você se envolveu com o Felipe, mas sempre soube que não é a pessoa certa para você, em todos os aspectos. Você conheceu o Luigi, que voltou antes do que previa, e você sente algo forte por ele.
   — Repulsa. É isso o que eu sinto.
   — Isso é sério? Não responda logo. Pare para pensar, sentir. Seja honesta consigo mesma, por mais que isso possa doer ou te irritar.
   Flávia ia falar algo, mas desistiu. Fechou os olhos e ficou assim por um longo tempo.
   — Eu não sei... Ao mesmo tempo que ele me fascina, me irrita. Eu quero e não quero ficar perto dele... Acho que é isso o que eu sinto.
   — Você está confusa e é normal. Mas precisa tentar definir claramente seus sentimentos para não se magoar. E não magoar outras pessoas, como o próprio Luigi.
   Flávia se lembrou do que aconteceu mais cedo, da rápida conversa dos dois, do beijo, do tapa que deu em Luigi e da expressão dele ao deixar o apartamento. Instintivamente, levou uma das mãos à boca.
   — Eu não sei o que pensar, o que fazer... Ele tem namorada.
   — Um namoro arranjado a troco de feitiço. Não tem como dar certo.
   — Mas ele a ama. Seja por feitiço ou não.
   — Você realmente acha que ele ama a Carla? De verdade?
   — Eu não sei. — Flávia levantou os ombros. — Não me interessa. Nada dele me interessa. Eu não quero isso.
   — Tem certeza? Você precisa se acalmar e pensar com clareza. Tem de ter certeza que é isso o que quer. Porque dependendo do que fizer, do que falar, suas atitudes vão fazer sua alma gêmea ir para longe, talvez para sempre. Pense muito antes de fazer qualquer coisa, para que não seja tarde demais depois. Não faça nada de que possa se arrepender.
   — Eu não quero me envolver com alguém que tenha namorada. Uma namorada como a Carla. E me envolver com o Luigi, logo ele?
   — O fato de namorar a Carla não impede que ele te ame. Nem você a ele. Se realmente o amar, pode e deve lutar por ele. Não tem como você perder esta briga, ele está no seu destino. Só você pode encerrar a série de magia que ela vem fazendo. Só você pode libertá-lo ou deixá-lo para sempre com a Carla. — Sônia suspirou e colocou uma das mãos no ombro de Flávia. — Pense em tudo com calma. Vou te deixar aqui sozinha, mas qualquer coisa, estou em casa.
   — Obrigada.
   Flávia levou sua vizinha até a porta e depois foi para o quarto, com vários pensamentos na cabeça. Ela se sentou na cama, abraçando o travesseiro, e fechou os olhos. Não conseguia parar de pensar no beijo que Luigi lhe dera. Era diferente do de Felipe, assim como seu efeito nela. Havia sentido algo que nunca sentira antes e agora, que sabia que ele era sua alma gêmea, tinha certeza de que Luigi sentira o mesmo.
   Estava confusa e não conseguia decidir se era melhor continuar sofrendo por Felipe, que nunca seria seu, ou se devia lutar por Luigi. Parecia que seu coração estava apertado e machucado e era como se uma grande angústia tivesse tomado conta dela.
   — Eu não sei se quero você, Luigi... — disse baixinho.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): biiviegas

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

   Luigi esperou encontrar Flávia na UFV na quinta, mas isto não aconteceu. Tinha certeza de que queria vê-la, apesar de tudo. Gostava dela e agora isto estava claro. Sentia uma grande necessidade de olhar para o rosto dela, nem que fosse de longe. Sabia que o sentimento por Flávia crescia cada dia mais e era mais forte do que já s ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • _Estefani_Silva Postado em 19/10/2017 - 10:09:37

    Meu Deus!!!! Eu amo esse livro <3 <3


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais