Fanfic: Me Ame Como Sou - (Adaptada) VONDY | Tema: Vondy

Pete soltou um riso rouco, adentrou pelo quarto e depositou-a com gentileza na cama. Seguiu-a de imediato, deitando-se sobre ela, pegando-lhe as mãos e segurando-as junto ao colchão.

— Pode apostar que vamos, sim. — O sorriso dele dissipou-se. — Mas preciso saber se você não terá arrependimentos, Cass.

— Por que eu os teria? — perguntou ela quando o que queria realmente dizer era: "Vá logo em frente".

— Somos bons amigos. — Lentamente, Pete inclinou-se e beijou-lhe os lábios. Foi um beijo terno, quase apaixonado. Não foi tão sexual quanto emocional. Aquilo a confundiu e deixou-a extremamente contente.

Entre beijos suaves e úmidos nos lábios dela, no queixo, no pescoço, Pete ia sussurrando:

— Muito bons amigos. Valorizo isso. Você é importante para mim. Não quero que as coisas fiquem... estranhas entre nós.

O que significava que Pete não queria que ela começasse a dar sinais de não desejar desgrudar dele. Cassidy entendia aquilo. Alguém que valorizava sua liberdade feito Pete devia achar a rotina dela maçante. A parte sensata de sua mente alertou-a de imediato, dizendo-lhe que ainda não era tarde demais para voltar atrás antes que acabasse saindo magoada daquela situação. Mas fora sensata durante sua vida inteira e, afinal, estava solitária.

Eventualmente, ambos se separariam, cada um seguindo seu caminho. Dali a um ano, dois, no máximo, ela teria dinheiro o suficiente guardado e experiência para abrir seu próprio centro de esportes. Não imaginava Pete trabalhando para ela e, portanto, a amizade entre ambos provavelmente desapareceria. Odiava aquela realidade, mesmo enquanto a aceitava.

Ele se mostrava interessado agora. E ela o queria muito, como jamais quisera alguém em sua vida. Seus relacionamentos tinham sido poucos e quase desastrosos. Por sua própria culpa, talvez, admitia, pois sempre estivera quase totalmente voltada para seu trabalho. Não era diferente agora. Estava sozinha havia bastante tempo e redobrando sua dedicação ao trabalho. Se perdesse aquela oportunidade de estar nos braços de Pete agora, talvez jamais houvesse outra. Daquele modo, pela primeira vez, ignorou todos os pensamentos sensatos e decidiu concentrar-se no momento, no que realmente queria.

Segurando o rosto dele com gentileza, fitou-o nos olhos. Começou a afagar-lhe os cabelos escuros com a ponta dos dedos, enquanto lhe massageava o rosto com os polegares, traçando-lhe os contornos másculos do maxilar. Ele era tão incrivelmente bonito e sedutor. Ela abriu-lhe um sorriso. Não era fácil dizer aquilo e sentiu os lábios tensos, mas conseguiu:

— Eu tenho objetivos e planos a longo prazo. Você sabe disso, assim como também sabe quanto sou determinada. Não vou atirar todos os meus planos pela janela apenas pelo fato de dormirmos juntos.

Ele pareceu sério, solene demais.

— Dulce...

— Não diga nada — sussurrou ela e beijou-o nos lábios com paixão. — Quero você. E acho que você me quer também.

— Você sabe que sim.

As palavras arrepiaram-na por inteiro, apesar do desejo naqueles olhos castanho-claros ser mais do que evidente.

— Ambos somos adultos, não temos compromisso com ninguém e, como você mesmo disse, somos amigos. Confio em você mais do que em qualquer outro homem que conheço. Isso é o bastante, não é?

Christopher baixou a cabeça e, por um momento, agonizante, Dulce achou que ele se afastaria. Depois, deitou-se de lado, pousando a mão no abdome firme dela.

— Acho que terá de ser.