Fanfic: Me Ame Como Sou - (Adaptada) VONDY | Tema: Vondy

Christopher não demorou a voltar, como prometera.

Enquanto o observava entrando no quarto, atlético e confiante em sua máscula nudez, ela ficou com a respiração em suspenso por alguns momentos. Céus, ele era, de fato, um exemplo de perfeição masculina, um verdadeiro Adônis. Estaria se apaixonando pelo homem?

Dulce engoliu em seco, procurando afastar o pensamento absurdo no mesmo momento em que surgira. Estava enlouquecendo? E quanto a todos aqueles avisos a si mesma para não sair magoada?

Christopher encontrou seu olhar, percebendo que o admirava e continuou aproximando-se com seu ar predatório. Que já recobrara completamente as forças, não havia a menor dúvida...

Sentando-se ao lado dela na cama, recostou-se na cabeceira e tocou-lhe os cabelos soltos, entrelaçando os dedos pelos cachos longos e sedosos.

— Gosto dos seus cabelos deste jeito. Ontem à noite, eu estava pensando em todo esse seu cabelo deslizando pelo meu corpo enquanto fizéssemos amor.

Dulce adquiriu uma expressão de surpresa.

— É mesmo?

— Sim. E o que você pensou sobre mim?

— Hum... — Dulce tentou ganhar tempo para formular uma resposta segura. Afinal, não poderia lhe contar que se sentira atraída por Christopher quase desde o início, que vivera fantasiando com ele, imaginando-se em seus braços, que ter, enfim, realizado uma daquelas fantasias era como estar... no paraíso! Tinha de parecer que as coisas simplesmente haviam acontecido de repente entre ambos, que não planejara nada, que não andara sonhando em tê-lo como mais do que um mero amigo havia muito.

— Vamos... conte-me — disse ele, num tom persuasivo, continuando a afagar-lhe os cabelos, sentindo a textura acetinada por entre seus dedos como ansiara.

Ela sentiu-se um tanto tensa, receando revelar demais e parecer uma tola. Afinal, durante todos aqueles meses comportara-se como a perfeita amiga e jamais deixara transparecer quanto o queria. Agora, sentia-se constrangida em contar-lhe tudo, mesmo depois de terem feito amor com tanto arrebatamento. Não queria que Christopher a julgasse uma tola, ou que suas confissões pudessem afastá-lo de repente. Sabia como ele era volúvel.

Até então, todos os relacionamentos que tivera não haviam demonstrado outra coisa. Por alguma razão, não permitia que mulher alguma o conquistasse em termos permanentes. Talvez prezasse demais a sua liberdade de solteiro, ou ainda não tivesse encontrado a mulher de sua vida. Qualquer que fosse o caso, ela não queria afastá-lo, mostrando-se possessiva, ou interessada demais. Não sabia o rumo que as coisas tomariam dali em diante. Provavelmente, manteriam a amizade, mas, enquanto aquela amizade fosse "colorida", ela certamente tinha de preservar seu coração.

— Hum... isto tudo é muito novo para mim, sabe? — respondeu, enfim, evasiva.

— É mesmo? — Ele agora afagou-lhe o ombro, o colo, a curva dos seios. — Como pode ser novo para você? Certamente, já teve seus... encontros românticos.

Oh, pensou Dulce, mordendo o lábio inferior. Agora, ao que parecia, ele iria querer que ela falasse sobre suas experiências passadas. Em vez de conseguir encerrar o assunto por ali como esperara, não tendo de admitir que fantasiara com ele, agora ainda teria de abranger mais e mais a questão de sua vida sexual. Nem em um milhão de anos!

— Pensei que não fosse de bom-tom ficar falando sobre coisas assim.

— Não quero detalhes. — Pete estremeceu diante da simples idéia. — Mas como isto entre nós pode ser novo para você? Você tem vinte e sete anos, certo? A mesma idade que eu?

— Sim. — Desconcertada, ela ajeitou melhor o lençol, desviando o olhar. — Eu não disse que era virgem. Apenas... não fiz isto muitas vezes — admitiu, enfim. — Não sou assim tão experiente. E geralmente, o rapaz não ficava para me fazer perguntas embaraçosas depois.