Fanfic: Me Ame Como Sou - (Adaptada) VONDY | Tema: Vondy

Christopher refletiu a respeito por alguns momentos antes de chegar às suas próprias conclusões.

— Então, você só saiu com o tipo que resolvia tudo em menos de cinco minutos e ia embora no meio da noite? Isso é patético!

Ela soltou um suspiro e deitou a cabeça no ombro dele, inalando-lhe a fragrância da colônia cítrica. Poderia ficar daquele jeito para sempre.

— Sim, eu sei — admitiu, resignada.

— Ei, eu não me referi a você. — Ele segurou-lhe o queixo delicado e ergueu-lhe o rosto de seu ombro para que o fitasse nos olhos. — Eu me referi ao idiota que ia embora logo em seguida e deixava você. Que cretino.

— Cretinos. No plural.

— Então, com quantos cretinos você esteve?

Daquela vez, ela deu-lhe um tapinha no braço.

— Isso não é da sua conta e você sabe muito bem. Não lhe perguntei com quantas mulheres já esteve.

— Pode perguntar, se quiser. Como eu disse, somos amigos. Eu me dei conta ontem de que conversamos muito. Sobre tudo.

Christopher realmente achava que ela iria querer saber o número das conquistas dele e conversar a respeito? Estaria considerando-a mais uma conquista, afinal? Mas o que mais teria sido? Ela soubera desde o início com quem estava lidando, não era? E se havia se entregado com abandono, fora por sua própria e livre escolha.

Bem, desde que preservasse seu coração... tornou a dizer a si mesma em meio a uma estranha onda de inquietação.

— Não, obrigada — respondeu um tanto seca. — Não quero perguntar.

— Eu me sinto tão à vontade com você quanto com meus amigos.

E aquilo deveria tranquilizá-la? Dulce começou a pensar se não fora, afinal, uma imprudência ter sucumbido ao seu desejo. Não. Não se arrependia. Tinham sido os momentos mais incríveis de sua vida. Mas realmente tinha de tomar cuidado para não sair magoada.

— Nenhum homem nunca tinha beijado você daquela maneira, não é? — perguntou ele inesperadamente, um brilho malicioso nos olhos.

— De que maneira? — indagou ela, distraída.

— Você sabe... Entre as pernas...

Dulce corou violentamente. Oh, céus! Christopher não podia estar lhe perguntando aquilo! Escondeu o rosto no peito dele. Talvez ela tivesse sorte e pudesse simplesmente desaparecer de um instante para o outro.

— Dulce?

Não. Christopher a abraçava junto a si pelos ombros e aguardava uma resposta. Insistia numa.

Aborrecida, ela soltou-se do abraço, ignorando o lençol que deslizou até seu abdome, e fitou-o com ar faiscante.

— Posso ser um tanto inexperiente nisto, mas ainda não acho que esta é uma conversa normal após o sexo, mesmo entre bons amigos!

— Eu gostei de beijá-la daquela maneira. — Ele abriu um sorriso largo, sem o menor pudor. — De todas, aliás.

Dulce arregalou os olhos, mortificada. Ele não tinha decoro, compostura, entendimento algum sobre as restrições que deveriam existir numa conversa educada.

Desistindo, ela escorregou da cabeceira e deitou-se rapidamente de costas na cama, cobrindo o rosto com um travesseiro.

— Você é... ultrajante! — disse, a voz abafada, mas contendo óbvia indignação. — Quer parar, por favor?

— Não. — O colchão afundou conforme ele se moveu e afastou o lençol para longe. — Na verdade — acrescentou de algum ponto perto dos joelhos dela. — Eu adoraria fazer tudo de novo. Agora mesmo.

Dulce sentiu lábios quentes e úmidos tocando-a com ousadia, vencendo todas as suas objeções... e alguém bateu a sua porta da frente.