Fanfic: Me Ame Como Sou - (Adaptada) VONDY | Tema: Vondy

— Conversaremos na cama. — Ela abriu-lhe a fivela do cinto, e Christopher cedeu com um gemido abafado. A calça do smoking foi mais fácil de tirar do que o costumeiro jeans e, sem demora, Dulce o fizera ficar completamente nu. Ele era tão másculo e viril, seu corpo atlético e bem-proporcional, os músculos esculpidos e, no momento, pertencia apenas a ela.

Lembrando-se de como Christopher a provocara antes por causa de sua lingerie e a perseguira pela casa, Dulce decidiu dar-lhe o troco, divertindo-se um pouco também. Segurando pela ponta a gravata que lhe retirara, chamou-o até a cama.

Os olhos castanho-claros dele brilharam, desconfiados.

— O que você vai fazer?

— Estou apenas tendo um pouco de diversão. — Ela deu um tapinha no colchão macio. — Deite esse seu corpo sexy aqui mesmo enquanto eu tiro meu vestido.

— Aí está uma excelente idéia. — Sem o menor sinal de encabulação, Christopher esticou-se na cama, os braços dobrados sob a cabeça. — Vá em frente. Estou pronto.

Puxa, ele parecia incrível em seus lençóis, pensou Dulce, admirando-o abertamente. Soltando um suspiro, disse:

— Não, não está pronto. Não ainda. — Adiantando-se até a cama, enrolou a gravata uma, duas vezes em torno da rija masculinidade dele. — Deixe isso aí mesmo por um momento.

Os olhos arregalados, Christopher contemplou o uso inusitado da gravata, a expressão inquiridora.

— Hã, Dul...

Descalçando os sapatos altos, ela meteu as mãos por baixo do vestido e livrou-se da incômoda meia-calça. Esquecendo-se da gravata, Christopher dirigiu-lhe sua total atenção.

Dulce abriu um sorriso sensual, tirou o vestido por cima da cabeça e atirou-o de lado. Agora que o tirara, sentia-se bem melhor.

Nem que fosse a última peça de seu guarda-roupa certamente não tornaria a usá-lo. Trataria de doá-lo na primeira oportunidade, na verdade. Agora, estava diante de Christopher em sua lingerie nova, um revelador conjunto de calcinha e sutiã de renda preta e bordados, o sutiã meia-taça realçando-lhe a exuberância dos seios, a calcinha minúscula destacando-lhe as pernas longas e as curvas dos quadris... e deixando bem pouco para a imaginação. A julgar por sua expressão, Christopher gostava muito do que estava vendo.

Numa pose discretamente sensual, ela lhe perguntou:

— É este o tipo de mudança a que você se referiu?

Os olhos de Christopher estavam fixos no abdome firme dela.

— O quê?

— Você quer que eu mude. Usar roupas íntimas mais sensuais ajuda?

Como se alguém tivesse lhe atirado um balde de água fria, Christopher sentou-se abruptamente na cama. Furioso, resmungou:

— Eu não quero que você mude! — Então, como se fosse algo que tivesse lhe ocorrido depois, acrescentou, menos exaltado: — Gostei da lingerie, porém.

Dulce pousou as mãos nos quadris arredondados.

— Você disse que eu poderia mudar algumas coisas.

Christopher levantou-se da cama com uma expressão séria e colocou-se diante dela, as pontas longas da gravata ainda pendendo de onde tinham sido tão cuidadosamente enroladas. Dulce apertou os lábios para conter o riso.

Christopher nem sequer pareceu notar.

— Não me referi ao seu cabelo, ou as suas roupas. — Sua veemência fazia a gravata tremer. — A nada que fosse você.

Dulce aproximou-se mais e abriu-lhe um sorriso.

— Isso não faz o menor sentido.

— É claro que faz. O que me importa é você, percebe? — Ele correu a mão pelos cabelos escuros, respirou fundo e disse sem preâmbulo:

— Eu te amo, Dulce Saviñon.

Aquela declaração, como se tivesse surgido do nada, deixou a ambos emudecidos. Christopher estudou-a, à espera. Tudo o que Dulce conseguiu fazer foi encará-lo de volta. Tentou responder, mas um nó havia se formado em sua garganta, impedindo-a de falar momentaneamente. Ele a amava. Lágrimas marejaram seus olhos.

Vendo aquilo, Christopher soltou um gemido.

— Oh, puxa, Dul, por favor, não chore.

Não, ela não choraria. Respirando fundo as vezes necessárias para se conter, passou a ponta da língua por lábios muito secos.

— Então... você me ama?

— Sim, amo.

Christopher mostrou-se totalmente espontâneo em relação àquilo.

Ali estava ele, o homem mais bonito, maravilhoso e impossível que ela conhecia, em seu quarto, usando uma gravata de smoking da maneira menos convencional, declarando-se e não parecendo nem um pouco nervoso em fazê-lo.

Dulce cobriu os lábios, mas não conseguiu conter seu riso eufórico.