Fanfics Brasil - Capítulo 10 Prometida - Uma longa jornada para casa (Levyrroni)

Fanfic: Prometida - Uma longa jornada para casa (Levyrroni) | Tema: Levyrroni [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 10

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Era para ser a noite perfeita. Todos os amigos da família estavam presentes para comemorar minha nova idade. A comida estava maravilhosa, como tudo o que as mãos capazes de Madalena criavam, e a dança parecia que não teria fim. Eu me sentia afortunada, principalmente porque completar dezessete anos parecia um marco, a ponte que me tiraria da adolescência e me colocaria na posição de adulta diante dos olhos da sociedade. Parecia um lugar melhor. Ou, pelo menos, mais interessante. 

Participei de quase todas as danças, e fiquei mais do que contente em estar nos braços de William por duas vezes. Mas estava frustrada também. Nós não conseguíamos conversar direito. Erámos alvo do interesse de muitas pessoas, e isso incluía meu irmão, o que me causava um revolver no estômago. Nunca pensei que diria isso, mas senti falta do tempo em que nos correspondíamos.

— Já que dançamos por duas vezes — falou William quando a quadrilha terminou —, e não me atrevo a lhe causar problemas pedindo uma terceira dança, eu a levarei até o cavalheiro de sorte que a conduzirá em seguida, se me disser quem ele é.

— Não a prometi a ninguém. Tudo o que eu gostaria agora era que as pessoas não ficassem nos olhando como se fôssemos uma atração.

Seus lábios se contraíram, apertados em uma pálida linha fina.

— Tive esperança de que não percebesse. Mas acredito que seja natural. A senhorita é a aniversariante. E, sendo franco, eu sou a última pessoa a poder julgá-los. Também acho extremamente difícil olhar em outra direção quando a senhorita está por perto.

Um calor me atingiu a boca do estômago, chegou ao centro do peito e continuou subindo, incendiando minha face e pescoço. William então me acompanhou até uma das janelas da sala. Voltei o rosto para o lado de fora, na esperança de que a brisa fresca daquela noite de primavera o resfriasse.

Não tive tanta sorte. Foi quando uma resolução começou a se formar dentro de mim. Precisei de algumas tentativas para conseguir dizer o que desejava.

— Está um pouco abafado aqui dentro. Adoraria poder caminhar um pouco pelo jardim — comentei, sem jeito. Não estava habituada a ser tão franca quanto a meus desejos. — O senhor me acompanha?

Ele ficou surpreso. Bastante surpreso, se levasse em consideração a ruguinha que surgiu entre suas sobrancelhas. No entanto, logo tentou ocultar o espanto e fez um discreto meneio de cabeça.

Oferecendo o braço, William aproveitou a pequena confusão que sempre antecede uma nova dança e me levou para o lado de fora com muita discrição. Havia alguns cavalheiros e damas ali, mas participavam de uma discussão literária e mal notaram nossa presença. Vagamos por entre os canteiros a passos lentos, observando a maneira como as luzes das tochas refletiam nas flores. Havíamos nos afastado da casa, mas não o bastante. Os sons do baile ainda me chegavam aos ouvidos.

— Imagino que tenha ganhado muitos presentes — disse William.

— Alguns. Christopher me deu este colar. — Toquei a turquesa em meu pescoço. — Mas ganhei algo que me deixou um pouco nervosa. É uma caixinha de prata antiga, com gárgulas em alto-relevo. Tenho certeza de que a intenção de tia Cassandra foi boa. Pertenceu a minha avó. Mas é um tanto assustadora.

— Sua avó tinha um gosto bastante interessante. — Ele deu risada, levando a mão ao bolso. — Espero que o meu não a assuste. — Me estendeu um pacotinho quadrado.

Parei de andar, olhando para William, emocionada.

— Não precisava ter se dado o trabalho.

Ele exibiu aquele meio sorriso que me causava palpitações.

— É apenas uma lembrança.

Com cuidado, removi o papel e encontrei uma caixinha. Ao abri-la, vislumbrei uma lindíssima ponteira de prata, com ondas em alto-relevo na base onde se encaixava a pena. Eu nunca tinha visto nada parecido.

— É tão linda!

— Não se engane. O presente é para mim. Assim, se um dia voltar a me escrever, serei capaz de visualizá-la com todos os detalhes.

Eu me perguntei se ele era capaz de ler pensamentos, porque havia pouco me ocorrera que talvez devêssemos voltar a nos corresponder, já que parecia ser a única maneira de não sermos vigiados.

— As roseiras estão muito bonitas — comentou, retomando o passo.

Eu o acompanhei.

— O sr. Gomes cuida delas como se fossem gente. Às vezes eu o escuto falar com as plantas. E elas parecem gostar.

— Talvez eu devesse experimentar a jardinagem. Suponho que terei bastante tempo para isso, já que meus serviços médicos não têm sido... muito benquistos. — Apertou a mandíbula, um tanto irritado.

— Anda enfrentando muita resistência dos pacientes? — Fechei a caixinha e a guardei no bolso oculto do vestido.

Ele bufou.

— Gostaria de poder lhe dizer que sim, senhorita, mas para tanto eu precisaria ter ao menos um paciente, e não tenho. Pela maneira como as pessoas parecem desconfiar de minhas habilidades, começo a me perguntar se algum dia terei algum.

— Tão penoso assim?

Ele esfregou a nuca.

— A população me vê como um garoto brincando de carregar uma maleta. O dr. Almeida tem feito o que pode para me ajudar. Explicou que foi assim com ele também, quando começou a exercer a medicina. Me fez participar de algumas visitas mesmo que o paciente tivesse deixado claro que não me queria por perto. Não estou certo de que os venceremos pelo cansaço, mas não posso deixar de tentar. Enquanto isso, tudo na minha vida fica em suspenso, porque, até que eu me estabeleça, não posso oferecer... — ele chutou uma pedrinha, parecendo muito frustrado — ... nada!

Eu não sabia ao certo se o tinha compreendido.

— As pessoas daqui tendem a desconfiar de gente de fora — tentei animá-lo. — Tome Dulce como exemplo. E ela acabou conquistando a todos. Vai acontecer o mesmo com você. Tenho certeza de que logo vão descobrir o médico atencioso que é e esquecerão os receios. Além disso, eles confiam demais na opinião do dr. Almeida. Não vai tardar para que deem ouvidos a ele.

William virou o rosto para mim, um pequeno sorriso brincando em sua boca.

— Tem tanta fé em mim?

— Mas é claro que sim! Sei quanto se esforçou para poder exercer a medicina. Alguém que se dedica assim só pode ser um excelente profissional. Quando menos esperar, as pessoas estarão fazendo fila diante de sua porta.

Ele inspirou fundo, endireitando os ombros, e olhou para a frente.

— Havia me esquecido de como me faz bem falar com você. Nós nos vimos todos os dias nos últimos meses, mas não conseguimos falar realmente um com o outro.

— Compreendo o que quer dizer. — Estendi o braço, deixando que minha mão tocasse as rosas polpudas. — Às vezes sinto como se até meus pensamentos estivessem sendo vigiados pela sra. Madalena.

Ele engasgou, tentando deter uma risada.

— Espero que ela não seja capaz de fazer isso, ou eu estarei em sérios apuros. — Ele inclinou a cabeça, esfregando a nuca. — Pode ser que eu tenha tido um pensamento ou dois relacionados a colocar um pouco de purgante no chá da sua governanta.

Dei risada.

William parou, ficando de frente para mim. Seu olhar faiscava como as tochas e lanternas espalhadas pelo jardim.

— Este é o som mais adorável do mundo — ele sussurrou, chegando mais perto.

A brisa dançou em minha saia, inflando-a levemente e causando arrepios em minha pele subitamente febril.— Você é a criatura mais adorável do mundo. Por dentro e por fora. — Encurtou ainda mais a distância, até seu tórax ficar a meros centímetros do meu.

Sua expressão era algo que eu nunca vira antes. Uma espécie de fúria, só que mais doce e quente, e desejei poder perguntar a Dulce por que minhas pernas bambeavam tanto agora e minha boca estava seca feito o deserto. Por certo, eu não o temia. De modo algum. Mas seu olhar despertou alguma coisa dentro de mim. Algo que eu não tinha a menor ideia do que era, mas sentia que seria maravilhoso tanto quanto perigoso lhe dar ouvidos.

O que eu devia fazer era voltar para casa, para o baile, onde eu estaria a salvo de meus sentimentos e de possíveis rumores. Mas aquele grito sufocado clamando por liberdade ganhou força, ficando cada vez mais alto.

Ergui o rosto para ele. A brisa soprou em meu rosto os fios que escapavam do penteado.

— Você devia entrar agora, Maite. — Ele afastou minhas mechas com a ponta dos dedos.

— Eu devia. — Inclinei a cabeça em direção a seu toque, colocando a mão sobre a dele quando tentou puxá-la.

William prendeu o fôlego. Eu também, experimentando o toque macio de sua luva, o calor que a atravessava me percorrer até alcançar meu peito. Dentro de mim, algo arrebentou e, através da fenda, escorreu para a liberdade.

Eu realmente deveria entrar.

Mas não ia.

— Beije-me, William — me ouvi sussurrar.

As chamas em seu olhar se transformaram em labaredas e se espalharam rapidamente por seu rosto.

Sem qualquer hesitação, seu braço contornou minha cintura e sua boca encontrou a minha. A quentura de seus lábios me entorpeceu a ponto de eu perder o equilíbrio e tombar de encontro a ele. Seu abraço se tornou mais intenso, me puxando para ainda mais perto, embora estivéssemos colados como se fôssemos uma coisa só. Nossos lábios continuaram com aquela dança lenta, aveludada e úmida. A sensação era tão maravilhosa que eu pensei que pudesse morrer.

A pressão do espartilho e o abraço dele me obrigaram a entreabrir a boca em busca de ar. Sua língua atrevida desenhou meu lábio inferior, me causando leves tremores. Fechei os dedos nas lapelas de seu paletó. Então, ele fez algo diabolicamente delicioso: sua língua penetrou minha boca. Devagar, como se sondasse o terreno antes de se enrolar em minha própria língua. A carícia inesperada provocou todo tipo de reação: suspiros, palpitações, suaves gemidos e um torpor que dominou meu corpo inteiro.

Passou-me pela cabeça se haveria algo errado comigo. Se me derreter daquela maneira era natural, mas como eu poderia pensar em qualquer coisa se William continuava com...

— ... a língua dentro da boca da minha irmã!

Oh, sim! Está mesmo, e isso é tão marav...

Espere.

— Christopher! — arfei, me desembaraçando de William  rapidamente.

Meu irmão vinha a toda a velocidade em nossa direção, o olhar vidrado em William. Dulce tentava detê-lo, mas, pobrezinha, teria tido mais sorte se tentasse fazê-lo voar. Ele tinha nos visto. A julgar pela ira em seu semblante, eu podia apostar que apenas uma palavra lhe passava pela cabeça: duelo. E eu não podia permitir que isso acontecesse.

— William, fuja! — implorei. — Agora!

Ao contrário do que o meu devia transparecer, tudo o que o rosto de William demonstrava era descontentamento.

— De maneira alguma. — Ele me encarou, consternado. — Que espécie de cavalheiro supõe que eu sou?

Por Deus!

Eu me adiantei até meu irmão.

— Christopher, o que você... — comecei, mas foi inútil. Ele passou por mim sem nem ao menos me ver.

— Sr. Uckermann, eu posso explicar... — começou William.

— Duvido que possa.

Então tudo se tornou uma confusão. Christopher pegou William pelo pescoço, enquanto Dulce e eu tentávamos demovê-lo da ideia de enforcar o rapaz. Eu via pouca coisa a minha frente além da terrível ideia de que um deles poderia estar ferido ao amanhecer. Eu não podia admitir. Não podia admitir que nenhum deles se machucasse por minha causa.

Subitamente, ouvi algo que me fez prestar atenção ao que estava acontecendo.

— Eu me caso... com... Maite — era a voz de William.

Meu cérebro demorou um instante para assimilar as palavras. Ele estava dizendo que... ele estava concordando em...

— Não! — arfei. — Não! — Isso era ainda pior que um duelo! Ao menos haveria emoção em um confronto, ao contrário do pedido de William. Tudo o que seu rosto demonstrava era um grande esforço para respirar. É claro, Christopher continuava a esganá-lo, mas ainda assim.

Eu vira emoção em seus olhos momentos antes, e estava certa de que o que o motivara a dizer aquelas palavras, quase com pesar, era a integridade para corrigir um erro que nós dois havíamos cometido.

Ele não podia fazer isso! Se me pedisse em casamento agora, qualquer sentimento que tivesse por mim — supondo que houvesse algum — morreria. Ele me condenaria pelo resto da vida por tê-lo obrigado a pedir minha mão. Ainda não conseguira se estabelecer, reclamara havia pouco da falta de pacientes. Como poderia não me culpar por atrapalhar seus planos?

Oh, não! E se ele pensasse que eu havia feito tudo de caso pensado, e o levara até ali na intenção de arranjar um marido?

— Eu não quero nada disso! — Afundei o rosto entre as mãos.

— Se não queria — Christopher falou —, então não deveria ter vindo até aqui para ficar se enroscando com esse sujeitinho.

— Christopher! — Dulce ralhou.

Enquanto meu irmão discutia com a esposa, fitei William, desesperada para que ele... para que demostrasse qualquer emoção. Qualquer uma! No entanto, ele me encarou de volta com a testa encrespada, algo cintilando no olhar. Infelizmente, não era algo bom.

— ... que um noivado precisa ser anunciado — estava dizendo meu irmão.

Aquilo me despertou de imediato. Coloquei-me diante dele, tentando impedi-lo de prosseguir com aquilo.—

Não faça isso, Christopher. Por favor, meu irmão, não faça isso.

— Você não me deixou escolha, Maite.

Não. Eu não deixara. Nem a ele e nem a William. E isso era o que mais me machucava.

Envergonhada, sem conseguir olhar para nenhum dos dois, suspendi as saias e disparei para casa.

Tive de me desviar da sra. Albuquerque, e foi aí que percebi que meu apuro era muito pior do que eu havia imaginado. Metade dos convidados tinha testemunhado a cena. Eu estava arruinada.

Entrei pelos fundos, driblando alguns empregados que preparavam bandejas de comida e serviam vinho nas taças, e corri para o quarto sem me deter. Bati a porta com força ao entrar. Eu pretendia me jogar na cama e chorar até o mundo acabar, mas desisti da ideia. Chorar não resolveria nada. Eu precisava pensar.

E consegui fazer isso por dois minutos, já que Sofia apareceu.

— Maite...

— Ele não podia ter feito isso, Dulce. Não podia!

— Eu sei. Eu sei! — Ela encostou a porta. — Mas, Maite, o Christopher só tentou salvar a sua reputação. Acho...

—Eu não estava me referindo ao meu irmão — interrompi —, embora também esteja furiosa com ele. Se Christopher não tivesse aparecido, nada disso estaria acontecendo!

— Eu tentei impedi-lo. De verdade, Maite, mas não deu. Vocês deviam ter procurado um canto mais... humm... escondido pra dar uns amassos.

— Uns o quê? — Balancei a cabeça. Embora o termo me fosse desconhecido, era fácil imaginar a que ela se referia. — Se Christopher não tivesse tentado matar William, ele provavelmente não teria feito aquela proposta ridícula.

Dulce se deteve, me observando com cautela.

— Pensei que você gostasse do William.

— E eu gosto! Não vê, Dulce? — Comecei a andar pelo quarto. — Não vê a posição em que eu o coloquei? Não viu a maneira como ele me olhou? Mais parecia que ele estava se voluntariando para ser o próximo da fila da forca!

— Tá, mas a gente precisa levar em consideração que ele estava sendo enforcado — apontou. — Não fique encucada com isso. Você sabe que ele te ama.

— Como posso saber, se ele nunca disse?

— Não? Nenhuma vez? — perguntou, surpresa. Balancei a cabeça. Ela prosseguiu: — Tem certeza que não deixou isso passar?

— Dulce!

Ela ergueu as mãos.

— Desculpa, Maite. Eu só pensei que ele tivesse se declarado há muito tempo.

— Pois ele não se declarou. Nunca falamos sobre sentimentos. Ao menos não os profundos. E agora ele me odeia!

Ela me abraçou, impedindo que eu continuasse a ir de um lado para o outro.

— Ah, Maite, eu sei que você tá put.a da vida com tudo isso. Eu também ficaria. Ainda mais se fosse interrompida no meio de um beijo bom. Porque foi bom, né? Parecia ser, de onde eu estava.

— Eu... eu não tenho com o que comparar. Foi a primeira vez que ele me beijou. Mas eu gostei muito! Achei... achei que foi perfeito!

— Seu primeiro beijo? Cacet.e, Maite! — Ela me apertou com mais força, como se quisesse me proteger. — É inconcebível aceitar que você tenha que se casar por causa de um beijo. Quer dizer, eu entendo as regras deste lugar, mas não preciso gostar delas.

Ergui o rosto para ela.

— As mulheres... a honra de uma moça não conta, no seu mundo?

— Ninguém liga muito pra isso, não. — Ela esfregou as costas das mãos em minhas bochechas para secá-las.

— Você... foi beijada antes do Christopher?

Ela me pegou pela mão e me levou até a cama.

— Eu fiz bem mais que beijar, Maite. Contei isso pro Christopher pouco depois que a gente se conheceu e ele fez uma careta muita parecida com a sua. — Ela riu de leve. — E, mesmo sabendo disso, quando aconteceu algo mais entre nós, a primeira coisa que ele fez foi ir pra cidade comprar um anel de noivado.

Então eu entendo exatamente o que ele está fazendo agora. Mesmo que não concorde. O que eu preciso saber é o que você quer. Porque, mesmo que eu tenha que arrumar confusão com o seu irmão, não vou permitir que você se case com alguém só porque ele te beijou.

— Mas eu amo o William, Dulce. Esse é o problema.

Eu o amava demais para recusar sua proposta, fosse como fosse.

E foi por esse motivo que acabei voltando para a sala. Mais composta, percebi que todos os olhos se voltaram em minha direção e que a conversa cessou quando entrei. Aprumei os ombros e tentei manter a calma.

Assim que me viu, Christopher se adiantou, mas foi detido por Dulce, que percebeu que William tinha a mesma intenção.

William parou em minha frente. No entanto, manteve os olhos em alguma coisa atrás de mim.

— Srta. Maite — Sua voz era baixa, sem entonação. — Percebo que este arranjo a desagradou profundamente. Não posso dizer que estou contente com a maneira como esta noite está se desenrolando, mas creio que possamos conversar sobre tudo isso amanhã, sem tantos ouvidos por perto.

— Concordo.

— O que preciso saber é se devo pegar sua mão e conduzi-la até seu irmão, para que ele anuncie o noivado, ou se devo ir embora imediatamente.

Inspirei fundo. Parecia que todos ao redor estavam fazendo o mesmo, embora não pudessem nos ouvir. E, então, reunindo coragem, mas tremendo da cabeça aos pés, estendi a mão para ele.

— Muito bem. — Seu olhar encontrou o meu conforme seus dedos se fechavam ao redor de minha mão e a levava aos lábios. Seus olhos estavam castanhos, embaçados, e não consegui ler qualquer emoção neles.

O noivado foi anunciado. Pelo restante da noite, toda vez que tentava me aproximar de William, ele se afastava. Pensei que nada pior pudesse me acontecer.

Como eu estava equivocada!

 

 



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Autor(a): Fer Linhares

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Eu sempre soube que Dulce guardava um segredo. Ela aparecera em nossa propriedade com um corte na cabeça e roupas que mais pareciam trapos que mal lhe cobriam o dorso e os quadris. Chegamos a pensar que tivesse sido assaltada. Ela negara, claro, mas nunca contou o que realmente havia acontecido. Não para mim, pelo menos. E eu não me importava. Ela ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • poly_ Postado em 13/09/2019 - 14:11:41

    Desculpa a demora pra comentar, tô com muitos trabalhos, mas finalmente consegui vir aqui. E Simmm, posta a continuação, vou adorar. Bjuss!!!

  • poly_ Postado em 05/09/2019 - 12:28:41

    Menina quem imaginaria que era o Matias? Fiquei pasma. Nem acredito que tá acabando, vou sentir muita falta. Depois desse vc podia fazer uma adaptação Levyrroni do livro A Lady de Lyon, tô louquinha pra ler esse livro, dizem que é muito bom. Bjuss!!!

    • Fer Linhares Postado em 07/09/2019 - 19:22:35

      Vou ler esse livro, assim que eu terminar eu posto, bjss ;)

  • tehhlevyrroni Postado em 02/09/2019 - 11:58:23

    continua amo esse livro e vou amar mais ainda adaptado para Levyrroni

    • Fer Linhares Postado em 03/09/2019 - 20:09:23

      Continuando linda, bjss ;)

  • poly_ Postado em 31/08/2019 - 00:27:37

    Certeza q é o Duarte q fez isso, esse nojento. Mas tenho fé que o Will vai salva-la, tomara que ele consiga e ninguém fique ferido. Q momento fofo deles dois, amei. Continuaaa

    • Fer Linhares Postado em 31/08/2019 - 11:40:07

      Eles precisavam de um tempo só pra eles bjss ;)

  • poly_ Postado em 30/08/2019 - 13:02:45

    Aí mds, posso bater no William? Kkkkkk Continuaaaa

    • Fer Linhares Postado em 30/08/2019 - 17:02:44

      Pode kkk , me chama pra ajudar tbm kkk bjs ;)

  • poly_ Postado em 27/08/2019 - 23:50:45

    Tomara que eles sentem e se resolvam, e q Maite fale logo a verdade. Continuaaa

    • Fer Linhares Postado em 30/08/2019 - 11:17:06

      Do jeito que eles são, duvido que eles se resolvam calmamente kkk bjs ;)

  • poly_ Postado em 27/08/2019 - 15:26:50

    Aí q ódio de td mundo, da Maite por ser inocente ao ponto de ir atrás do homem, do William por ser um teimoso e principalmente desse Alex. Continuaaa

  • poly_ Postado em 26/08/2019 - 22:19:08

    Não vejo a hora de saber o que vai acontecer, parou na melhor parte. Continuaaaa

    • Fer Linhares Postado em 26/08/2019 - 23:53:59

      Do próximo capítulo em diante as coisas vão começar a esquentar, amanhã eu volto a postar, bjsss ;)

  • poly_ Postado em 26/08/2019 - 01:05:46

    Tô amando mulher, continuaaa (OBS: Ri demais com a briga do William com o irmão KKKKKKKKK)

  • poly_ Postado em 24/08/2019 - 13:34:10

    Ahh não acredito que Berta interrompeu esse momento. Pelo menos já estamos tendo um sinal de redenção né. Continuaa

    • Fer Linhares Postado em 25/08/2019 - 01:13:21

      Berta não e o problema agr kk, tem coisa ainda pra acontecer bjs ;)


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