Fanfics Brasil - Capítulo 38 Prometida - Uma longa jornada para casa (Levyrroni)

Fanfic: Prometida - Uma longa jornada para casa (Levyrroni) | Tema: Levyrroni [Adaptada]


Capítulo: Capítulo 38

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— Não podemos ser precipitados em fazer um julgamento, William. — Almeida olhava para o jardim e abanava a cabeça. — Pode ser apenas coincidência.


William bufou feito um bicho enjaulado. Como é que aquele homem brilhante poderia ser tão teimoso?


— Não estou sendo precipitado, Almeida. Eu atendi a sra. Albuquerque instantes depois que ela passou mal. Acompanhei todos os estágios de sua piora. Não era tifo. E você sabe disso tão bem quanto eu.


— Não pode ser. — Alberto voltou a sacudir a cabeça. — Se eu acreditar no que diz, então um dos meus melhores amigos estará envolvido em um crime. Ou se casou com uma criminosa. De qualquer maneira, é sórdido demais.


Então esse era o problema.


— Talvez estejamos vendo tudo pelo ângulo errado. — William massageou a nuca, exaurido. — Talvez o sr. Albuquerque seja tão inocente quanto Adelaide.


Miranda pode ter subornado uma das criadas para envenenar a patroa. — E isso o preocupava muito. Se havia um traidor naquela casa, ele o queria bem longe de Maite e de sua família.


— Walter sempre foi mulherengo — contou seu mentor. — Mas nunca fez mal a uma mosca. Ele jamais teria executado ou concordado com um plano tão... ardiloso. E qual motivação ele teria? Ele tinha Adelaide e Miranda, a esposa e a amante. Parecia bastante satisfeito com isso. Não, William. Ele não faria uma coisa dessas. Deve ter sido um criado.


— Precisamos descobrir quem foi. E acho que eu devia dar queixa contra Miranda. Ela pode ser mais perigosa do que nós pensamos. Talvez Walter e sua filha estejam correndo perigo. Maite está preocupada. Valentina não mandou notícias a nenhum dos amigos.


— Walter não permitiria que nada acontecesse a Valentina. — Almeida o encarou, sério.


As sobrancelhas de William quase se uniram conforme ele as abaixava.


— Assim como cuidou da esposa?


Os lábios de Almeida se tornaram pálidas linhas finas, o olhar tomado de angústia e desolação.


— Meu Deus. Isso piora a cada instante. — Friccionou os olhos antes de mirá-los em William. — Está bem. Vou escrever a Walter avisando que pretendo fazer uma visita. De perto, poderei avaliar melhor o caráter de Miranda e tentar descobrir se as suas suspeitas têm algum fundamento.


— Não sabe quanto eu gostaria de estar errado, doutor. Mas olhe para tudo isso. — Fez um gesto abrangente para o jardim macabro.


Almeida apoiou a mão em seu ombro e apertou de leve.


— Eu sei, garoto. Mas você é brilhante demais para se permitir cegar por laços afetivos feito este seu velho amigo.


Mais tarde, pouco depois da partida de Alberto, William chamou dois empregados e ordenou que aquele jardim fosse lacrado. Não podia correr o risco que alguém entrasse ali e por engano acabasse envenenado, sobretudo Samuel.


As crianças, sempre curiosas, são as principais vítimas de envenenamento acidental.


Sua vontade era atear fogo ao lugar, mas não podia. Era a única prova concreta do envolvimento de Miranda com a morte de Adelaide. Além disso, tinha de descobrir se algum de seus empregados tivera participação no crime.


Não fazia ideia se as autoridades lhe dariam algum crédito, se investigariam um crime que acontecera três anos antes, mas precisava arriscar. Não pôde salvar a sra. Albuquerque, mas ao menos ia tentar fazer com que seus assassinos pagassem.


 


 


                                                          * * *


 


 


— Doutor, há uma pessoa esperando pelo senhor — a sra. Veiga anunciou assim que ele pisou em casa. Tinha ido visitar Alex e lhe dera alta, embora tivesse recomendado que o rapaz não se esforçasse muito e não tirasse o braço da tipoia.


Depois decidira ir até a guarda para saber se haviam chegado a alguma conclusão a respeito de algum dos casos.


No que se referia a Duarte, estavam na mesma. O sujeito desaparecera depois que os guardas o abordaram exigindo explicações sobre seus cuidados — ou a falta deles — com Samuel. E, no que se referia a Adelaide, ainda não tinham chegado a nenhuma conclusão. Fazia uma semana que William contara ao sr. Rosemberg, o chefe da guarda, tudo o que se lembrava na ocasião da morte da sra. Albuquerque. Falara também sobre as flores que encontrou no jardim da própria casa. No entanto, teve a impressão de que o homem não pareceu confiar no que ele dizia. Não havia mais nada que William pudesse fazer agora além de aguardar.


William começou a estudar seus empregados, discretamente investigando se algum deles demostrava qualquer comportamento estranho, mas todos pareciam pessoas de bem, o que dificultava tudo.


— É um paciente. Eu o deixei esperando — disse a camareira. — Também chegou esta correspondência. — Apontou para a pequena bandeja de prata na beirada da larga mesa de carvalho. — Baltazar ia deixá-la no seu laboratório, já que pouco usa o escritório, mas sua mãe pediu que a ajudasse a encontrar um caderno de receitas. Ainda não me conformo que ela cozinhe. É tão inapropriado!


— E sofrido, sra. Veiga — brincou, rasgando o lacre da carta sobre a bandeja esquecida na mesa.


Ora! Segundo dizia a carta, Henrique Bastos estava nas redondezas! Não via o amigo e ex-colega de apartamento desde que terminaram o curso de medicina.


Soube que Henrique se casara enquanto esteve na Europa. Agora ele e a esposa dariam um baile para se apresentarem aos vizinhos como novos donos de uma propriedade que ele herdara do tio-avô. Não ficava longe dali. Uma hora de viagem no máximo.


Um baile, pensou, batendo a carta na palma da mão. Fora assim que toda a sua história com Maite começara. Também fora em um baile que tudo entre eles azedara. Talvez essa fosse a maneira que a vida tinha encontrado de lhes dar uma nova chance.


— Onde está Maite? — ele perguntou à sra. Veiga.


— Na sala de música, com o menino. — A mulher revirou os olhos. — Diz que está ensinando Samuel a escrever com música. Eu falei que é perda de tempo, que ela está enchendo a cabecinha dele de sonhos que jamais irão se concretizar, mas ela não me deu ouvidos. Está determinada a ensiná-lo a ler!


Um meio sorriso esticou os cantos de sua boca.


— Não seja tão precipitada em julgar a capacidade de alguém por sua dificuldade, senhora. A inteligência não se mede pela rapidez com que se aprende, mas pela astúcia em driblar as dificuldades do aprendizado. Ou na maneira de encontrar novas formas de ensinar.


Saiu para encontrar seu paciente pensando que, determinada como Maite era, Samuel ainda iria surpreender a todos eles.


Ao chegar à sala, porém, encontrou-a vazia. Meio que gemeu, meio que riu enquanto fazia a volta e ia para o laboratório. Precisava encontrar uma governanta e rápido, pois Veiga, com sua pouca habilidade em transmitir recados, acabaria por deixá-lo maluco.




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Autor(a): Fer Linhares

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Samuel e eu estávamos na sala de música, ainda presos às vogais. Não havíamos avançado muito em uma semana. Eu tinha recorrido ao piano para fazê-lo decorar o a-e-i-o-u, e ele se saíra muito bem. O ouvido do menino era ligeiro, e ele agora sabia as vogais de trás para frente. Ao menos enquanto as recitava para m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 32



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  • poly_ Postado em 13/09/2019 - 14:11:41

    Desculpa a demora pra comentar, tô com muitos trabalhos, mas finalmente consegui vir aqui. E Simmm, posta a continuação, vou adorar. Bjuss!!!

  • poly_ Postado em 05/09/2019 - 12:28:41

    Menina quem imaginaria que era o Matias? Fiquei pasma. Nem acredito que tá acabando, vou sentir muita falta. Depois desse vc podia fazer uma adaptação Levyrroni do livro A Lady de Lyon, tô louquinha pra ler esse livro, dizem que é muito bom. Bjuss!!!

    • Fer Linhares Postado em 07/09/2019 - 19:22:35

      Vou ler esse livro, assim que eu terminar eu posto, bjss ;)

  • tehhlevyrroni Postado em 02/09/2019 - 11:58:23

    continua amo esse livro e vou amar mais ainda adaptado para Levyrroni

    • Fer Linhares Postado em 03/09/2019 - 20:09:23

      Continuando linda, bjss ;)

  • poly_ Postado em 31/08/2019 - 00:27:37

    Certeza q é o Duarte q fez isso, esse nojento. Mas tenho fé que o Will vai salva-la, tomara que ele consiga e ninguém fique ferido. Q momento fofo deles dois, amei. Continuaaa

    • Fer Linhares Postado em 31/08/2019 - 11:40:07

      Eles precisavam de um tempo só pra eles bjss ;)

  • poly_ Postado em 30/08/2019 - 13:02:45

    Aí mds, posso bater no William? Kkkkkk Continuaaaa

    • Fer Linhares Postado em 30/08/2019 - 17:02:44

      Pode kkk , me chama pra ajudar tbm kkk bjs ;)

  • poly_ Postado em 27/08/2019 - 23:50:45

    Tomara que eles sentem e se resolvam, e q Maite fale logo a verdade. Continuaaa

    • Fer Linhares Postado em 30/08/2019 - 11:17:06

      Do jeito que eles são, duvido que eles se resolvam calmamente kkk bjs ;)

  • poly_ Postado em 27/08/2019 - 15:26:50

    Aí q ódio de td mundo, da Maite por ser inocente ao ponto de ir atrás do homem, do William por ser um teimoso e principalmente desse Alex. Continuaaa

  • poly_ Postado em 26/08/2019 - 22:19:08

    Não vejo a hora de saber o que vai acontecer, parou na melhor parte. Continuaaaa

    • Fer Linhares Postado em 26/08/2019 - 23:53:59

      Do próximo capítulo em diante as coisas vão começar a esquentar, amanhã eu volto a postar, bjsss ;)

  • poly_ Postado em 26/08/2019 - 01:05:46

    Tô amando mulher, continuaaa (OBS: Ri demais com a briga do William com o irmão KKKKKKKKK)

  • poly_ Postado em 24/08/2019 - 13:34:10

    Ahh não acredito que Berta interrompeu esse momento. Pelo menos já estamos tendo um sinal de redenção né. Continuaa

    • Fer Linhares Postado em 25/08/2019 - 01:13:21

      Berta não e o problema agr kk, tem coisa ainda pra acontecer bjs ;)


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