Fanfic: Closer (Vondy) | Tema: Vondy/Romance/Hot/Suspense

Maite

 – Eu não quero me intrometer em sua vida,sério. – Começo para quebrar o silêncio. – Mas eu falei para você se afastar enquanto tinha tempo.

 Encarei a garota,que não disse nada e só ficou me olhando.

 – Você deve ter notado que o que fazemos não é para pessoas como você,pessoas normais,eu quero dizer...é claro que notou,pode ser lerda,lerda de mais,mas não é estúpida...Tá,pode ter tido todo esse lance de Dylan nunca ter te contado nada pois quer te proteger,mas as coisas saem de controle,segredos sempre serão revelados em algum momento e...Eu só queria dizer que,repetir,na verdade,se você tiver a oportunidade de sumir,de sair disso tudo,faça! Uma vez que você entra nesse mundo,você não saí dele,a não ser que esteja morta. – a encaro e ela engole em seco.

– Eu não quero fazer parte disso.

– Eu sei que não,e sei que o Dylan não quer isso também. Ele te escondeu muito bem,ninguém sabia da sua existência até dois meses...Dylan é o seu melhor amigo,e isso pode te magoar bastante mas é o melhor,Dara.

– É Dulce. – ela me corrige.

– Não importa. – digo com desdém. – Outra coisa,não sou a pessoa certa pra dizer isso,é ate irônico – dou risada,porém sem humor algum – Guardar rancor não é a melhor opção,mesmo que você nunca mais vá falar com o embuste,pelo menos livre seu coração desse sentimento...E só resumindo,se afaste. Dylan é o melhor no que faz,e eu sei que ele  nunca deixaria nada de mal te acontecer,ele faz isso com as pessoas que ele ama...que são bem poucas,na verdade você é a única...às vezes até chego a duvidar disso,do amor dele,qual é? Ele é incap...

– Você tem ciúmes dele,é isso?

– Olha,Dalva...

– Meu nome é Dulce. Dulce.

– Tá,Dulce. Eu vou fingir que você não me interrompeu pra falar uma bobagem dessas.

– Então não?

– Obvio que não! Que tipo de mulher você acha que eu sou?!...Não responda,por favor.

– Jesus...- Ela quase riu. Quase.

– Pra sua informação,Dylan não faz meu tipo. Eu prefiro os santinhos,fofinhos,novinhos,a inocência...ahh,a inocência – mordo o lábio.

– hum,tá legal então...

– Para de me desconcentrar! Dylan poderia te proteger,mas ele tem muitos inimigos,um mínimo descuido e adeus Dilce.

– É Dulce,caramba!

– Ai,tá,revoltada. – reviro os olhos.

– Prossiga,Maria.

– É Mai...ah,abusada. Gostei.

Chad

 Corro até o estacionamento da boate,e sou seguido por Chaz,que corria atrás de mim,o mais rápido que sua embriaguez permitisse.

– Eu disse para você ficar lá dentro,Chaz,que droga!

– Opa,maninho,o que foi?

– Aqueles dois  idiotas lá fora estão brigando. De novo.

– E a gente tá fazendo o quê aqui? Eu adoro uma boa briga.

– Você tá mais bêbado que um gambá.

– Você e suas comparações. – ele revira os olhos.

– Chaz,estou falando sério. Você não tá podendo se defender e aqueles dois ali,não estão de brincadeira.

– Tu tá mesmo duvidando das minhas habilidades,mano?

– Você é Ótimo,mas não quando está bêbado. Não está conseguindo nem ficar de pé!

– Bobagem.

– Quando um deles acertar um tiro no meio da tua testa,veremos se você vai dizer que é bobagem.

– Está irritado porque? A sua namoradinha...

– Ela não é minha namoradinha. E não tem nada a ver com ela. Só estou tentando livrar a sua vida,seu idiota! Eu me preocupo com você,mané.

 Quando Chaz fez menção de responder,ele arregala os olhos e eu me viro.

– Ah,mas que bosta. – digo,indo até os dois. – Vocês vão mesmo começar um tiroteio no estacionamento da boate? Sem mais nem menos?!

– Não se mete,Chad.

– Ah,me desculpe mas vocês não vão fazer mais merda hoje. Já deu.

– É,chega dessa briguinha estúpida. É só uma garota,não se briga por garotas. – Chaz vem dizendo,mexendo as mãos como se fosse óbvio.

– Cala a boca.

– Só verdades,e outra,vocês não vão esquecer o passado nunca? Passado é passado. Vocês estão parecendo duas crianças birrentas,daquelas mais chatas,a diferença é que vocês estão com armas e...opa,estão apontando bem para a minha cabeça,né?...Chad...dá uma ajudinha aqui,bro? – ele pede num tom suplicante.

Dulce

Maite estaciona em frente a minha casa,e quando eu saio do carro ela faz o mesmo.

– Obrigada,Maria.

– Foi até engraçadinho nas primeiras vezes. Não tem mais graça,Dilce.

– É Dulce. Dul-ce.

  Maite dá um meio sorriso e eu forço um.

 Me viro,caminhando até a entrada da minha casa.

 Posso ouvir o som dos saltos da morena atrás de mim.

Ela ia entrar na minha casa?

Bom,eu que não ia contestá-la,ela é outra que pode dar a louca e me matar rapidinho.

A morena me segue até meu quarto,o mesmo que eu entrei hesitante.

  Ela fica encostada no batente da porta,olhando ao redor.

 Fazem dois meses que eu descobri esse povo,e apesar de Maite passar a maior parte desses meses me ameaçando,no fundo – bem lá no fundinho,quase achando petróleo na minha alma – eu acho que posso confiar nela,que ela não me faria mal de verdade. Isso não significa que eu não sinta medo dela. Ela me causa arrepios só com o olhar.

    Um som vindo do andar de baixo me fez pular da cama. Maite parece ficar em alerta,já que engatilhou a arma,que eu,sinceramente,não sabia da onde ela tinha tirado.

– Eu estou desesperada. Preciso de um pote gigante de sorvete de chocolate. – Anahi disse,entrando no meu quarto,nem notando Maite com uma arma apontada para ela.

– Anny? Tem noção de que horas são? E como você saí entrando assim,tá doida? Hey...tá chorando? Você nunca chora!

 Ela concorda com a cabeça e despeja tudo o que tinha na sacola que carregava na minha cama.

– O que é isso?

– Tem exatos vinte e dois,para que não haja dúvidas. Todos positivos,Dul.

– Ah,essa noite não vai acabar nunca. – Maite murmura,tão pasma quanto eu.