Fanfic: Today Was a Fairytale AyA | Tema: Anahi e Alfonso

Meninas postando espero que gostem bjs, desculpem a demora meu trabalho anda uma loucura irei responder os comentários agora.

 Anahi foi arrastada para a frente do computador onde Dulce a esperava pronta para uma intervenção junto a Maite:

-Já chega dessa fossa Anahi! Será que eu vou ter que ir ai fazer vocês dois pararem de ser tão idiotas um com o outro? Perguntou Dulce para uma Anahi de pijama em frente ao computador com Maite ao seu lado.

-Pensei que combinamos de focar apenas na Anahi. Disse Maite reclamando com Dulce.

-Eu estou pensando nela quando digo pra ela pensar com calma na decisão que tomou, eu sei que meu irmão é louco por ela. Disse Dulce e Anahi fechou os olhos como se sentisse dor.

-DULCE! Eu sabia que deveria ter ligado par Christian. Disse Maite brigando com ela.

-Eu conheço os dois a vida toda, eu sei o quanto se amam, me desculpe por não querer que uma vadia como a Clarisse saia ganhando nessa história, não se preocupe que meu irmão vai levar o sermão dele também, mas Annie você sabe que os homens são burros, tenha paciência. Implorou Dulce.

-Ela já teve muita paciência, mas se os homens são burros, seu irmão ultrapassa todos os limites. Disse Maite.

-Annie, ele te ama, ele está arrasado, porque não conversam, porque não diz pra ele como aquela mulher faz você se sentir? Aposto que se você pedisse pra ele escolher, ele escolheria você sem nem piscar. Disse Dulce.

-A questão Dulce é que já se passaram três anos dessa amizade, e se Poncho ainda não viu quem ela é, o que ela me faz sentir, eu é que não vou me colocar nesse papel de fazê-lo escolher. Disse Anahi se levantando da cadeira pegando seu pote de sorvete abandonado e se jogando na cama novamente.

-Olha o que você fez. Reclamou Maite.

-Annie volta aqui, me desculpa. Pediu Dulce mas Anahi continuava jogada em sua cama.

-Desculpa eu piorei tudo. Disse Dulce.

-Tudo bem, você só tentou ajudar. Disse Maite suspirando cansada antes de se despedir de Dulce e caminhar ate Anahi decidida:

-ANAHI GIOVANA PUENTE PORTILLA, VOU LHE DAR APENAS MEIA HORA PRA SE LEVANTAR DAI, TOMAR UM BANHO, TROCAR DE ROUPA E SAIRMOS PRA COMER UMA REFEIÇÃO DECENTE, VOCÊ RESPIRAR UM AR LIVRE ANTES QUE EU LIGUE PRA SUA MÃE E CONTE QUE VOCÊ CABULOU AULA POR UMA SEMANA E ESTÁ JOGADA NESSA CAMA SEM LEVANTAR. Ameaçou Maite.

E Anahi nem piscou tomando seu sorvete.

-Então é assim? Ok. Disse Maite e pegou o celular de Anahi jogado ao lado dela.

-Devolve meu celular. Pediu Anahi se alertando.

-Então se levanta dai agora. Disse Maite.

-Por favor Mai só quero ficar no meu canto. Pediu Anahi sabendo que se ela ligasse pra mãe ninguém no mundo a impediria de vir e não sairia do pé dela ate que ela estivesse mais animada.

-Está chamando Anahi. Disse Maite.

-Maite! Disse Anahi se levantando tentando tomar o celular.

-Você vai jantar comigo? Perguntou Maite.

-Não. Disse Anahi tentando pegar o celular.

-Ok, Alô. Disse Maite e Anahi conseguiu tomar o celular da mão dela desligando.

-Tudo bem eu vou. Disse Anahi se dando por vencida.

Anahi depois de tomar um banho se sentiu bem melhor, ate se sentiu mais animada, vestiu um jeans e uma camiseta, Maite a convenceu a irem comer tacos em uma lanchonete próximo ao campus da Universidade, ela ate se distraiu e sorriu com as conversas de Maite sobre a patricinha da sala dela que ela teve a má sorte de pegar como parceira em uma disciplina que vale 75% da nota final.

Chegaram sorridentes ate a lanchonete Tacos & Nachos ate Anahi entrar sorridente olhando por todo o lugar a procura de mesa, ate que viu Poncho e Clarisse em uma mesa, abraçados, o sorriso morrendo aos poucos, Maite estranhando Anahi congelada seguiu o olhar dela ate se deparar com a cena:

-Annie vamos. Disse Maite tentando fazê-la despertar mas ela continuava lá e Clarisse vendo Anahi abriu um sorriso venenoso.

-Annie pelo amor de Deus vamos, não vai querer que ele a veja aqui parada. Disse Maite e Anahi já sentia as primeiras lagrimas ameaçando cair se deixou levar e foi quando Poncho se soltou do abraço e a viu.

Poncho passara uma semana infernal, Anahi se refugiou no quarto mais uma vez, era sempre assim ela se fechava e ele não tinha oportunidade para conversar com ela, ele deveria estar procurando emprego, já que o promotor seu chefe não se mostrara a oportunidade ideal para aquele momento, porque tudo tinha que ser tão difícil? E o que mais o irritava é que ele via aquele imbecil do Carlos entrando e saindo do dormitório dela com Maite, e ele nem sequer conseguia falar com ela pelo celular quanto mais vê-la, ele tinha vontade de quebrar a cara dele toda vez que o via sair de lá.

Cansado de estar em seu dormitório, que inclusive teria que desocupar em poucos dias, decidiu dar uma volta, se sentou em um canto da lanchonete, esperando que o barulho das pessoas ao seu redor calasse um pouco seus pensamentos, quando foi interrompido por Clarisse:

-Finalmente encontrei você, por onde anda? Papai quer conversar com você, que tal almoçar conosco amanhã? Perguntou Clarisse se sentando ao lado dele.

-Desculpe Clarisse mas não estou num bom dia, não sou uma boa companhia hoje, preferia ficar sozinho. Disse Poncho.

-O que houve? Perguntou Clarisse interessada.

-Anahi rompeu o noivado e não quer falar comigo. Disse Poncho com a cabeça amparada nas mãos apoiadas na mesa.

-Nossa. Disse Clarisse tentando controlar suas reações.

-Entende agora porque não tenho cabeça pra mais nada? Perguntou Poncho.

-Eu sinto muito Poncho, espero que não tenha sido pelo que houve no jantar. Disse Clarisse.

-Você me garantiu, você me disse que colocaria o nome dela na lista, o que aconteceu? Perguntou Poncho a olhando.

-Eu falei pessoalmente com a recepcionista, eu não sei o que pode ter acontecido. Disse Clarisse fingida.

-Anahi disse que enquanto ela tentava convencer o gerente para deixa-la subir, que você a viu. Disse Poncho observando Clarisse.

-É claro que eu não a vi, eu não me afastei do jantar em nenhum momento. É claro que se eu tivesse visto Anahi eu a teria ajudado. Disse Clarisse se fazendo de ofendida.

-Deculpa Clarisse, mas é que eu não paro de pensar naquele maldito dia, acordei abraçado a mulher que amo e no final do dia terminei com um anel na mão e o noivado cancelado. Disse Poncho passando as mãos pelo cabelo impaciente.

-Eu lamento por tudo isso Poncho, vocês conversaram? É definitivo? Perguntou Clarisse.

-Eu nem consigo me aproximar dela, isso está me enlouquecendo. Disse Poncho suspirando.

-Eu sinto muito Poncho, mas você não pode se deixar afetar dessa forma, tem muitas decisões em jogo, importantes para seu futuro que não podem esperar. É nisso que deveria estar se focando. Disse Clarisse.

-Anahi é meu futuro. Disse Poncho simples.

-Se eu puder fazer qualquer coisa para ajuda-lo me avise, odeio ver você assim. Disse Clarisse dando um abraço em Poncho o pegando de surpresa.

Ele esperou alguns minutos para se afastar dela para que que não a magoasse, e foi quando ele a viu, parada os olhos marejados olhando para os dois, a cabeça de Poncho uma confusão, o coração dele acelerado por vê-la depois de dias, ela se deixou ser levada por Maite e ele correu atrás:

-ANNIE ESPERA. Pediu ele desesperado.

-Poncho não vá piorar as coisas. Disse Clarisse aborrecida o vendo largar tudo para ir atrás dela.

Anahi caminhava apressada com Maite abraçada a ela ao que parecia lhe consolando:

-Annie espera. Pediu ele se aproximando.

-Vai embora Poncho, não é hora pra isso. Disse Maite protegendo Anahi que tinha o rosto abaixado, mas que não o impediu de ver que ela limpava uma lagrima.

-Annie por favor, não vai embora vamos conversar. Pediu Poncho parando em frente a ela.

-Vai embora Poncho, porque não volta pra sua amiguinha? Estavam tendo uma conversa tão carinhosa, não deixe que nos interrompemos esse momento. Disse Maite.

-Não foi nada disso, não coloque coisas na cabeça dela. Disse Poncho irritado vendo Anahi sem olhar pra ele.

-Ela estava lá e viu a forma que sua amiga o abraçou sorrindo vitoriosa, você é mesmo um imbecil Poncho, eu espero que um dia você sofra o dobro do que está fazendo Anahi sofrer ao descobrir quem é sua amiga. Desejou Maite.

-Maite... Disse Anahi querendo fugir daquela conversa.

-Por favor amor, vamos conversar. Pediu Poncho tentando se aproximar e Anahi recuou.

-Eu juro que o que você viu não foi nada demais, pelo amor de Deus Anahi vamos conversar. Disse Poncho com a voz embargada parecendo tão triste que Anahi o olhou e viu a mesma tristeza dela estampada nos olhos dele.

-Acho que tudo ficou muito claro pra mim Poncho, não há nada para conversar. Disse Anahi com a voz vacilando tentando controlar o choro.

-Amor, daqui a alguns dias é meu exame da ordem, eu vou conseguir passar, nós vamos ter nossa casa, eu vou cuidar de você, por favor, não desista da gente. Pediu Poncho desesperado.

-Você deveria focar nos seus estudos, na sua carreira, no seu futuro. Disse Anahi tentando se manter firme.

-Meu futuro é você. Você está em todos os planos que eu já fiz, você é a minha maior motivação, é minha força, é minha melhor amiga, meu único amor, sem você eu estou perdido Anahi. Disse Poncho desabafando.

Anahi respirou fundo tentando controlar as lagrimas:

-Você vai refazer seus planos, encontrar novos amigos como você já fez antes, afinal você tem uma grande amiga para apoia-lo. Disse Anahi tentando ir embora, mas ele a segurou pelo braço.

-Ela é e sempre será apenas uma amiga Anahi, você nunca precisará se sentir ameaçada por ela, se você quiser que essa amizade acabe basta uma palavra, eu faço o que quiser. Mas não me deixe. Pediu Poncho e Anahi se soltou.

-Eu não vou me transformar nessa pessoa Poncho, nessa que tem que proibir o noivo de estar com quem ele acha que é sua amiga, eu não vou competir com ela, se há alguma competição, ela já ganhou, porque eu cansei, cansei de ser pressionada, de ser humilhada, de ser diminuída. Disse Anahi.

-Annie eu nunca quis que você se sentisse assim. Disse Poncho.

Anahi respirou fundo e Poncho tentou se acalmar:

-Vamos embora Annie. Chamou Maite que observava os dois.

-Por favor Annie não vá. Pediu Poncho.

-Eu sinto muito Poncho, mas pra mim nada mudou. Disse Anahi tentando passar por ele.

-E o amor que sente por mim? Perguntou Poncho angustiado.

-Eu sempre vou amar você Poncho, mas infelizmente nem sempre o amor é o bastante. Disse Anahi.

-Annie por favor, só me diz o que você quer que eu faça, qualquer coisa, e eu farei, mas não aguento mais continuar assim. Disse Poncho após ela passar por ele.

-Eu sinto muito Poncho. Disse Anahi antes de seguir caminhando.

Poncho quis ir atrás dela, mas Clarisse que o segurou:

-Já chega Poncho, você já se humilhou demais por hoje. Disse Clarisse.

-Eu não me importo com isso. Disse Poncho tentando ir atrás de Anahi.

-Pois deveria, dê espaço a ela, deixe-a sentir falta de você. Disse Clarisse.

-Eu não consigo respirar sabendo que ela está sofrendo Clarisse. Disse Poncho.

-Então vai ter que aprender novamente, e eu vou estar a seu lado. Vamos Poncho, você tem que se focar nos seus estudos, seu exame da ordem é em alguns dias não pode ficar assim. Disse Clarisse tentando acompanha-lo que caminhava rápido atrás de Anahi que entrou em seu dormitório.

Na manhã seguinte Maite conseguiu fazer com muito esforço Anahi sair da cama, os olhos inchados pela noite chorando, mal havia pregado o olho:

-Ai Annie, eu apoio você, mas se dói tanto assim porque não conversa com ele e se acerta? Logo ele vai arrumar um emprego e se livra da Clarisse. Disse Maite.

-Não é apenas ela, Poncho parece não enxergar tudo que eu tenho que aguentar calada para estar ao lado dele, eu pensei que fosse forte o suficiente para aguentar mas não consigo Mai. Disse Anahi a beira de cair no choro de novo.

-Você é forte, você tomou uma decisão para o bem dos dois mesmo que isso tenha partido seu coração. Mas tem certeza disso? Logo ele vai arrumar um emprego, as coisas podem melhorar para os dois. Disse Maite.

-Eu não consigo pensar em mais nada agora Mai. Disse Anahi cansada.

-Vamos eu pago a você seu cappuccino favorito. Disse Maite incentivando Anahi.

-Eu deveria ficar deprimida mais vezes. Disse Anahi brincando.

Anahi entrou na fila do café, e logo foi atendida pelo o atendente que já a conhecia:

-Annie o de sempre imagino? Perguntou o rapaz.

-Sim por favor. Anahi disse e tentou entregar uma nota para pagar o café mas ele não permitiu.

-Já acertaram, não se preocupe com isso. Disse o rapaz entregando a Anahi seu cappuccino e no creme com um desenho de sorriso.

E assim foi todos os dias antes da aula, Anahi passava para comprar seu cappuccino e já o encontrava pago, o atendente por mais que ela perguntasse não revelava de quem era esse presente para ela, e ela acaba comovida com o gesto.

Anahi e Poncho se encontraram novamente, apesar das tentativas dele de se aproximar ela não permitiu, sempre cercada por seus amigos, ele estava distraído, precisou pedir uma prorrogação do prazo para desocupar o dormitório pois ainda não havia ido atrás de um apartamento, por isso Anahi se surpreendeu ao receber uma ligação de Jennifer em um sábado a noite:

-Olá querida como estão as coisas? Perguntou Jennifer.

-Bem e como estão as coisas por ai? Perguntou Anahi.

-Mais ou menos, querida estou preocupada com Poncho, poderia acalmar meu coração de mãe. Pediu Jennifer.

-O que houve com ele? Perguntou Anahi preocupada.

-Antônio me disse que o promotor que Poncho trabalhou ofereceu um emprego a ele, mas ele até o momento não aceitou. Disse Jennifer receosa.

-Porque? Perguntou Anahi preocupada.

-Parece que é em outra cidade querida, imagino que Poncho não queira se afastar no momento. Disse Jennifer.

-Eu não sabia. Disse Anahi sentindo o coração apertar.

-Sabe se surgiu alguma outra oportunidade pra ele? Eu sei que logo ele terá que sair do dormitório e procurar apartamento, sabe se ele já encontrou alguma coisa? Ele nem me atende, estou ficando preocupada. Disse Jennifer.

-Eu não sei. Disse Anahi aflita.

-Vocês brigaram? Perguntou Jennifer.

-Foi um pouco mais complicado que isso. Disse Anahi sem querer entrar em detalhes.

-Annie querida, eu não sei o que houve mas tenha paciência com meu filho, ele está sendo muito pressionado, no fundo ele só quer fazer o melhor pra vocês dois. Disse Jennifer.

-Nem sempre o que é melhor pra nós dois, é o melhor pra ele. Disse Anahi pensando em voz alta.

-Oportunidades de emprego virão, sei que Poncho é muito dedicado vai conseguir algo mas alguém como você ele não vai encontrar outra vez, não se preocupe, se ele for priorizar algo ele vai priorizar a relação de vocês. Disse Jennifer.

-Mesmo que ele tenha que se sacrificar algumas vezes? Disse Anahi pensando na proposta de emprego do promotor.

-A questão é o que realmente importa pra ele? Sempre haverá momentos em que um dos dois vão ter que fazer sacrifícios para a relação dar certo, o importante é que continuem apoiando um ao outro. Disse Jennifer.

Anahi depois que desligou ficou pensativa, se sentia um pouco culpada por em um momento como esse colocar mais uma parcela de sofrimento a uma fase tão complicada na vida de Poncho, mas ela já estava cansada de sempre se por em segundo plano, de pensar nos sentimentos dos outros pra depois pensar nos dela, a sensação que ela sentiu naquela noite, e em outras tantas em que Clarisse aprontava e Poncho nunca enxergava as reais intenções de cada atitude de Clarisse, e ela tinha que relevar para não brigar, para não trazer problemas a ele, estava cansada.

E foi nesse pensamento que aproveitando que naquela tarde ela não tinha estágio foi para a biblioteca, tinha pesquisas atrasadas, e a biblioteca poderia fazer se concentrar melhor para terminar, foi quando Anahi foi encurralada em uma estante por uma Clarisse que não parecia nem um pouco contente:

- O que você quer? Perguntou Anahi direto ao ponto.

-Que você saia de uma vez por todas do caminho do Poncho. Disse Clarisse.

-Eu não entendi com que direito vem me exigir alguma coisa em relação ao Poncho Clarisse. Disse Anahi.

-Com o direito de que em todos esses anos só apoiei ele para que ele pudesse ter oportunidades como as que está tendo agora que se formou, mas ele continua cego pela relação de vocês e está a ponto de ficar sem um teto já que não foi em busca de apartamento, de não passar no exame da ordem, e de ficar desempregado. Disse Clarisse.

-Eu não entendi ainda com que direito você veio me exigir alguma coisa, você não significa nada na vida do Poncho. Disse Anahi.

-Por enquanto, com você fora do meu caminho é questão de tempo para Poncho enxergar a mulher certa para a vida dele, aquela que sempre o apoiou e aquela que pode proporcionar a ele um apoio que você nunca poderá. Disse Clarisse.

-Não tem vergonha de ainda usar o papai para conseguir o que quer? Perguntou Anahi.

-Não e se não fosse por ele Poncho não teria chegado tão longe, deveria me agradecer, ao menos eu sei que Poncho agradece. Disse Clarisse e Anahi tentou passar, mas Clarisse se colocou no meio.

-Você vai seguir firme nessa decisão do rompimento, é o incentivo que Poncho precisa pra se libertar e aproveitar a oportunidade que o promotor ofereceu a ele, do contrário as coisas vão se complicar e muito, e você não quer que ele perca tudo que já conseguiu não é? Perguntou Clarisse antes de Anahi conseguir passar por ela.

Ela mal conseguiu se concentrar nos seus estudos, confusa, e decidida a colocar um ponto final naquilo resolveu fazer algo, Poncho poderia não ser mais seu noivo, mas ainda se preocupava com ele, e ela faria o que fosse preciso pra que ele não se prejudicasse, e foi nesse pensamento que ela encarou um Poncho bastante surpreso ao abrir a porta do seu quarto pra ela:

-Annie, entra. Disse Poncho ansioso por vê-la ali.

Anahi entrou vendo a outra metade do quarto onde o colega de quarto de Poncho já havia desocupado, e alguns pertences de Poncho já encaixotados, ele a vendo observar tudo esclareceu:

-Tony já se mudou, eu ainda estou empacotando algumas coisas. Disse Poncho sem entrar em detalhes.

-Já encontrou algum apartamento. Perguntou Anahi.

-Alguns. Disse ele vagamente.

-E então? Perguntou ela.

-Eu não sei. Disse Poncho sincero, se sentia mais perdido que nunca e os dois ficaram em silencio.

-É bom ver você, senti sua falta Annie. Disse ele sem se conter e ela respirou fundo.

-Seu exame da ordem é essa semana? Perguntou Anahi confirmando o que já sabia.

-Sim, é na sexta. Disse Poncho frustrado.

-Ótimo isso nos dá tempo suficiente. Disse Anahi se sentando em um canto do quarto após pegar os livros dele.

-Annie o que está fazendo? Perguntou ele.

-Eu vou te ajudar a estudar, não vou permitir que se prejudique por minha causa. Disse Anahi.

-Anahi, eu não vou conseguir me concentrar nisso enquanto não esclarecermos tudo. Disse Poncho se sentando em frente a ela.

- Vamos lá por onde começamos? Perguntou Anahi pegando um dos códigos civis que sempre via Poncho consultar.

-Annie você pensou melhor sobre nós dois. Perguntou Poncho tentando pegar na mão dela.

-Antes de nos envolvermos sempre fomos amigos Poncho, e é como amiga que estou aqui, para não deixar que você perca tudo que já conquistou, eu vou estar aqui te apoiando, mas como amiga. Disse Anahi.

-Você não sabe o quanto é doloroso ouvir que você só quer minha amizade. Disse Poncho de olhos fechados.

-Eu sinto muito Poncho, vim tentando ajuda-lo, porque apesar de não estarmos mais juntos ainda me preocupo com você, mas se minha presença piora as coisas, talvez queira chamar Clarisse, eu não me importo desde que você estude para esse exame. Disse Anahi querendo se levantar, mas Poncho a impediu a segurando pela mão a fazendo perder o equilíbrio e se apoiar no peito dele para não cair.

-Não, só de você estar aqui tudo já melhora, não há ninguém que eu preferiria que estivesse aqui. Disse Poncho a olhando desesperado pela proximidade, Anahi se afastou sutilmente colocando distância entre os dois.

-Por onde começamos? Perguntou ela depois de pigarrear um pouco tentando manter a voz tranquila.

Poncho respirou fundo tentando se acalmar e pegou seu código civil indicando por onde começariam.

E foi assim que passaram as próximas tardes, Anahi faltou a algumas aulas pela tarde antes do seu estágio para poder estudar com Poncho, os dois almoçavam juntos e estudavam a tarde inteira, ele tentava conversar sobre os dois mas ela sempre desviava o assunto, o lembrando de que eram apenas amigos e que deveria permanecer assim, mas ele a cada dia que passava ao ver o empenho dela em ajuda-lo se esforçava mais ainda, ele a conseguiria de volta, e primeiro iria cuidar de sua vida, garantir que pudesse cuidar dele e terem um futuro juntos.

Poncho a deixava no estágio e passava o resto de sua tarde em entrevistas de emprego que seu professor havia arrumado, não eram oportunidades tão boas quanto ao do promotor seu antigo chefe havia prometido, mas era um começo, e por sorte na véspera do seu exame de ordem uma delas deu resultado.

Chegou da entrevista animado, mandou uma mensagem a Anahi para avisar que tinha boas notícias a convidando para jantar, ela não havia respondido e ele estava terminando de se arrumar para busca-la quando Clarisse o surpreendeu:

-Oi, eu estava de saída. Disse ele sem jeito.

-Pra onde vai na véspera do seu exame? Perguntou Clarisse curiosa.

-Vou buscar Anahi iremos jantar fora. Disse Poncho.

-Vocês reataram? Perguntou Clarisse sem se conter.

-Ainda não, mas será apenas questão de tempo para que a gente volte. Disse Poncho confiante.

-E porque essa animação toda? Perguntou Clarisse.

-Eu consegui um emprego Clarisse. Disse Poncho.

-Sim eu já sabia papai me contou, fico feliz que tenha aceitado é uma excelente oportunidade, você já conhece Chicago logo ira se habituar. Disse Clarisse.

-Não Clarisse, eu não aceitei essa proposta, fui a uma entrevista de emprego em uma instituição que presta assessoria jurídica para população carente e consegui o trabalho. Disse Poncho.

-Você perdeu o juízo? Vai perder a oportunidade de ser o Promotor suplente pra ser um assessor jurídico de uma instituição de caridade? Perguntou Clarisse incrédula.

-Vou ser um assessor jurídico de uma instituição de caridade em NY, e para mim já é o suficiente. Disse Poncho.

-Você enlouqueceu, você tem uma oportunidade de ouro nas mãos Poncho, não vou permitir que jogue fora, pelo amor de Deus que se dane NY, vá para Chicago e agarre essa oportunidade ela vai mudar sua vida. Disse Clarisse desesperada.

-Eu agradeço a preocupação Clarisse mas eu não vou, eu já me decidi, há muito em jogo em NY, não posso deixar tudo agora. Disse Poncho.

-Eu sabia, você não vai por culpa de Anahi, ela vai destruir sua carreira. Acusou Clarisse.

-Eu acho melhor terminarmos essa conversa, eu aceito sua preocupação, mas não lhe dá o direito de se meter na minha vida. Disse Poncho.

-Você é muito cego Poncho, eu vou me meter na sua vida quantas vezes for preciso porque ao contrário de Anahi eu me preocupo de verdade com você, e eu vou fazer o que for preciso para que você tenha tudo que merece, mesmo que você não enxergue um palmo a frente do nariz. Disse Clarisse com as duas mãos em cada lado do rosto de Poncho se aproximando perto dele.

-Clarisse o que você.. Começou Poncho e foi interrompido por Clarisse que o puxou para si o surpreendendo e iniciando um beijo.

Anahi que naquela tarde recebeu a mensagem dele e ficou curiosa, decidiu aproveitar que sairá mais cedo do estágio e ir para o dormitório dele, pela manhã sua chefe que tinha alguns contatos conseguiu um apartamento por um bom preço para Poncho e ela estava ansiosa por dar a notícia a ele, e mais confusa que nunca com tanta proximidade, tentava se manter firme a sua decisão, mas estava cada dia mais confusa, sentia muita falta dele, e tê-lo tão próximo mas não poder beija-lo estava a matando lentamente, ela estava tentando manter a mente tranquila, quem sabe após ele se mudar, e conseguir passar no exame da ordem conseguisse um emprego e se afastasse de Clarisse? Será que valia a pena terminar tudo por alguém que se esforçava tanto para separa-los, será que valia a pena perder o amor de sua vida dessa maneira? Pensava ela e sentia o coração bater acelerado a cada passo que dava ao chegar ao dormitório dele, ate que no corredor viu a cena que acabou com seu dia, Clarisse discutindo com Poncho sobre a oportunidade de ouro que ele queria jogar fora apenas para permanecer em NY, e o pior de tudo quando ela perdera a máscara de amiga e se jogara nos braços do homem que ela amava partindo seu coração.