Fanfic: Today Was a Fairytale AyA | Tema: Anahi e Alfonso

Quando Jennifer voltou o médico examinava Poncho e Anahi olhava parada na porta ansiosa para saber como Poncho estava:

-Sr.Herrera daqui pra frente precisaremos de muito descanso,  para que sua recuperação seja rápida e tranquila. Disse o médico a Poncho.

-Pode deixar doutor, ele terá, quando ele poderá ir pra casa? Gostaria de leva-lo para casa em nossa cidade, ele poderá viajar algumas horas de carro? Perguntou Jennifer ansiosa.

-Ele precisará de repouso total, depois de 15 dias ele poderá viajar, mas apenas após esse período em que retiraremos os pontos dele, ai o libero para viajar de carro, mas o repouso continuará. Disse o médico.

-Quando ele terá alta? Perguntou Jennifer.

-Esperaremos mais alguns dias para ver sua recuperação. Disse o médico.

-Obrigada Doutor. Disse Jennifer antes dele sair.

-E agora? Você nem fechou contrato de aluguel ainda. Lamentou Jennifer preocupada.

-Eu posso resolver isso, se você confiar em mim pra isso claro. Disse ela a Poncho.

-Eu não poderia pensar em alguém melhor pra resolver isso. Disse Poncho a Anahi.

-Ótimo, precisamos arrumar tudo para acomodar você quando receber alta. Disse  Jennifer a Poncho.

-Não se preocupe, eu tenho alguns dias de férias que posso tirar para resolver isso. Disse Anahi.

-Pode ir nas imobiliárias que desejar, a casa que você mais gostar não importa onde, é a que ficarei. Disse Poncho.

-Casa? Não prefere um apartamento? Digo se é apenas você seria bem mais prático. Disse Anahi.

-Não, eu quero uma casa grande, com um grande espaço na área dos fundos, em um bairro familiar. Disse Poncho já fazendo planos pra essa casa.

E foi assim Anahi a contragosto de Carlos que não gostou nem um pouco da atenção que ela estava dedicando a Poncho, tirou os dias de folga em seu estágio e após as aulas passou seu tempo olhando imóveis até escolher um que fosse de acordo com o desejo de Poncho, uma grande casa com uma varanda na frente, e um jardim lateral e uma piscina nos fundos, uma casa enorme na opinião de Anahi já que era apenas para Poncho morar, mas ela levou as fotos pra ele que aprovou, e logo ela estava escolhendo os moveis pra mobiliar a casa.

Alguns dias depois após o médico acompanhar a recuperação de Poncho e ficar satisfeito com a evolução que ele apresentava, Poncho recebeu alta e foi direto pra casa nova, Anahi havia espalhado porta-retratos com algumas fotos de família pela casa, Poncho se deparou com a casa recém mobiliada mas com a aparência de um lar, sobretudo pela mulher que o ajudava a entrar na casa e se acomodar no sofá da sala.

-Agora trate de ficar quietinho ai enquanto eu preparo seu almoço. Disse Anahi, pois Jennifer assim que o filho recebeu alta foi convencida a voltar pra casa, resolver algumas pendencias em seu trabalho para poder voltar e ajudar Poncho.

-Porque não pede algo? Você também está cansada. Disse Poncho.

-Porque você precisa comer coisas saudáveis para se recuperar, e eu vou preparar. Disse Anahi se virando para ir para a cozinha.

Poncho sentado no sofá observou a casa, o sofá na sala com uma lareira repleta de fotos de família, ao lado da sala estava a cozinha, separando os dois cômodos estava uma linda mesa de jantar de frente para uma porta de vidro que dava passagem para os fundos, ao lado a cozinha começando por um balcão com alguns banquinhos.

Observando Poncho viu que ela cuidou de tudo nos mínimos detalhes, desde o lustre enfeitando a sala de jantar, até a cafeteira da marca favorita de Poncho, e ele estava satisfeito, pois se dependesse dele aquele seria o lar dos dois, a casa que construiriam uma vida juntos novamente. Poncho viu nesses dias que tudo que ele mais desejou, apesar de tudo, apesar desse tempo afastado ela ainda o amava, e ele faria de tudo para reconquista-la. Ele também havia visto que o namoro dela e Carlos não seria tão fácil de ser desfeito, pois eles já tinham um ano de namoro, ele estava formado e logo poderiam pensar em dar o próximo passo e Anahi por medo de se arriscar novamente poderia preferir a segurança que Carlos representava. Mas ele não descansaria até provar a ela que ele estaria a seu lado e não iria a lugar algum, que nunca mais ficariam separados e que ela é e sempre seria o amor de sua vida.

Porem com o passar dos dias Poncho via que não seria tão fácil reconquistar Anahi assim, contava com os ciúmes de Carlos para afastar um pouco os dois, mas pelo contrário, Carlos se mostrava compreensível e paciente com os cuidados de Anahi a Poncho, muitas vezes no final da noite após Anahi servir o jantar de Poncho ele ia busca-la para leva-la pra casa, e ele ouviu incomodado algumas vezes que ela algumas noites dormia no apartamento dele, provando que aquela relação era mais estável do que ele pensava, e que Carlos estava ciente do quanto a proximidade de Poncho e Anahi poderia afetar seu relacionamento e não estava disposto a deixar que isso acontecesse.

Naquela tarde Anahi estava na mesa de jantar de Poncho rodeada de livros, e Poncho estava assistindo a um filme, viu que ela estava cansada, resolveu ajuda-la um pouco:

-Ei porque não descansa um pouco? Perguntou ele se levantando indo ate onde ela estava.

-Poncho você tem que descansar. Reclamou ela quando o viu se levantar bruscamente do sofá.

- Se eu ficar mais tempo parado nesse sofá vou criar raízes, porque você não faz um intervalo e escolhe um filme para vermos juntos. Perguntou Poncho.

-Não posso tenho um teste amanhã, infelizmente tive dificuldades nessa matéria, tenho que estudar um pouco mais. Disse Anahi infeliz.

-Vamos eu te ajudo, você está ai a horas, vamos ver o que já conseguiu fixar e o que mais precisamos repassar. Disse Poncho se sentando ao lado dela.

E as próximas horas ele pacientemente a ajudou a repassar todas as matérias, ele teve dificuldades para se concentrar algumas vezes, observando os lindos cabelos de Anahi formando cachos pelas costas dela, pelo cheiro do perfume dela que ele sentia pela proximidade, por tanta vontade de beija-la e por uma saudade que ele pensava que nunca seria tempo suficiente para que ele saciasse.

Poncho pegou na mão dela para apontar um erro que ela havia cometido e ela estremeceu, e para disfarçar soltou sua mão para prender os cabelos em um coque cansada de tanto estudar:

-Acho que foi o suficiente por hoje vou fazer algo para comermos. Disse Anahi.

-Não se preocupe você se sairá bem, se quiser pedir algo para a entrega. Disse Poncho recebendo um olhar de censura dela, e logo ouviram os trovoes anunciando uma chuva daquelas.

-Com esse tempo? Levaria horas para que conseguissem chegar aqui, não se preocupe farei apenas um sanduiche natural para nos dois. Disse Anahi colocando os ingredientes no balcão da cozinha.

-Você acabou se atrasando nessa matéria, porque passou muito tempo cuidando de mim nesta casa, não pode deixar sua vida de lado Anahi, você tem responsabilidades, eu vou ficar bem. Disse Poncho.

-Nada disso, eu consigo lidar com isso, e graças a você que passou a tarde me ajudando vou conseguir me sair bem. Disse Anahi sorrindo para ele.

-Não quero que seu namorado me culpe por você se sair mal na universidade. Disse Poncho a testando.

-Carlos sabe que eu não vou sair do seu lado enquanto não se recuperar totalmente, ele entende isso, não se preocupe. Disse Anahi a Poncho.

-E que horas seu namorado tão compreensível vem busca-la para irem para casa? Perguntou Poncho a contragosto.

-Carlos está viajando, mais tarde chamo um taxi. Disse Anahi.

-Pra onde ele foi? Perguntou Poncho.

-Ele está passando uns dias com os pais dele, eles vieram passar alguns dias na cidade. Disse Anahi.

-Imagino que você já os conheceu. Disse Poncho.

-Sim, almoçamos juntos uma vez. Disse Anahi fugindo do assunto.

-Annie .. começou Poncho e Anahi o interrompeu.

-Tem queijo, presunto e peru, o que você vai querer? Perguntou Anahi tentando fugir.

-Não vou deixar que vá embora com um tempo desses. Disse ele se referindo ao temporal que caia.

-Não se preocupe logo vai passar. Disse Anahi finalizando a conversa.

Mas não passou duas horas depois o temporal ainda caia, e Poncho irritado tentava convencer Anahi a não ir embora:

-Vou ficar bem não se preocupe, assim que chegar em casa lhe aviso. Disse Anahi vestindo sua capa se aprontando para chamar o taxi.

Mas para sorte de Poncho a energia oscilou e os deixou as escuras em um apagão:

-Logo deve voltar. Disse Anahi tentando fugir do inevitável.

-Annie você não seria capaz de ir embora e me deixar assim, as escuras, já imaginou? Se eu precisar de um copo de agua, e descer as escadas posso acabar me machucando. Sem ninguém aqui poderia ficar horas caído no chão machucado ate que ajuda chegasse. Disse Poncho.

-É só você ficar quietinho que tudo ficara bem. Disse Anahi a Poncho tentando fugir do inevitável.

-Você vai conseguir dormir com sua consciência tranquila sabendo que deixou seu amigo sozinho? Perguntou Poncho.

-Eu já chamei um taxi você ficara bem. Disse Anahi a Poncho se aproximando e lhe dando um beijo na testa antes de sair, poucos minutos depois um taxi parou na entrada Anahi correu na chuva e abriu a porta do taxi para entrar, mas foi conseguiu, pois, Poncho apareceu na entrada de sua casa na chuva:

-Por que não deixa de ser teimosa, vai se arriscar a sair nesse temporal, mal dá para ver alguma coisa. Por que não espera um pouco mais? Disse Poncho parado.

-Poncho, volte já para dentro, pelo amor de Deus tudo que você menos pode é ter uma recaída na sua recuperação. Disse Anahi.

-Eu não vou sair daqui até que você volte comigo. Disse Poncho ensopado pela chuva usando as armas que tinha a seu favor.

-Não seja teimoso Poncho! Reclamou Anahi também já ensopada pela chuva.

O taxi buzinou fazendo Anahi se decidir já que Poncho não dava sinais de que sairia do lugar, Anahi suspirou vencida, sabendo que Poncho vencera, dispensou o taxi e irritada ajudou Poncho a entrar e se enxugar:

-Você é um idiota, se tiver uma recaída a culpa vai ser toda sua. Disse Anahi irritada enxugando o cabelo dele com uma toalha.

Ele tirou a blusa molhada com cuidado para não machucar os pontos e Anahi tentou fugir:

-Vou deixa-lo sozinho para se trocar. Disse Anahi se levantando da cama dele para sair do seu quarto.

-Não, vou precisar da sua ajuda, o curativo molhou, se não se importar em passar a pomada novamente, pois acho que fiz esforço demais estou com um pouco de dor. Disse ele e ela parou sem poder fugir.

-Você é mesmo um idiota. Reclamou ela.

-Um idiota que você ama. Disse ele sorrindo e ela se virou pegando a pomada para o curativo no banheiro não respondendo ao que ele disse.

Para Poncho era quase como estar no paraíso, ao senti o toque dela em seu corpo novamente, ela cuidadosa espalhava a pomada pelo ferimento que a bala causou, que ainda necessitava cuidados mostrando o quanto aquela bala poderia ter causado maiores danos se houvesse atingido outro lugar do corpo dele, e ele surpreso viu ela com os olhos marejados tentando controlar as lagrimas:

-Ei qual o problema? Perguntou ele virando o rosto dela para olha-la nos olhos.

-Eu ainda não acredito como você teve sorte, as coisas poderiam ter sido muito diferentes se essa bala tivesse o atingido em outra parte. Disse Anahi derramando lagrimas silenciosas ao imaginar o que poderia ter acontecido.

-Não seja boba Annie, eu estou bem nada aconteceu. Disse ele fazendo pouco caso.

-Você é mesmo um idiota, porque não aceitou segurança? Porque comprou briga com pessoas ao ponto de elas quererem mata-lo? Porque passou um ano longe me fazendo acreditar que não queria mais nenhum contato comigo, quando tudo isso era para me proteger, mas quando se trate de você age de forma tão irresponsável com sua própria segurança. Disse Anahi chorando.

Ele a trouxe para seu colo a abraçando cuidadosamente e a deixando chorar o quanto queria, ela chorou, um choro contido, pensando em como tudo poderia ter sido diferente, e ele calmamente enxugava cada lagrima dela ate que aos poucos ela foi se acalmando:

-Eu sei que é difícil você entender tudo o que aconteceu, e se quiser ficarei satisfeito em lhe esclarecer tudo para que entenda o quanto foi difícil eu tomar as decisões que tomei. Disse Poncho.

-Eu gostaria de saber. Disse Anahi calma ainda no colo dele a cabeça repousando no ombro dele que a beijou carinhosamente na testa.

-Quando resolvi aceitar aquele trabalho, pensei que seria bom um tempo afastado, que poderia me ajudar a dar um novo rumo em minha vida, o que mais necessitava naquele momento, o pai de Clarisse me ajudou muito nessa adaptação assim como ela. Seus amigos me receberam muito bem e logo fui aceito no meio jurídico o que ajudou muito no meu trabalho. Começou Poncho e Anahi o observou atenta.

-Mas um dia chegou em minhas mãos um caso de um narcotraficante, caso de muita repercussão, pois se ele fosse condenado teria que pegar prisão perpétua, e foi quando o pai de Clarisse me procurou, tinha uma grande quantia em dinheiro envolvida para que eu deixasse o caso passar. Disse Poncho.

-E o que você fez? Perguntou Anahi.

-Eu vi o caso, ele foi acusado de atrocidades, perturbou a população de uma região que vivia sob seu domínio, ele era o responsavel por crianças e adolescentes perderem sua inocência ao se envolverem no trafico, por desaparecimento de pessoas que tentavam se opor ao seu domínio, entre outras coisas que não vou perturba-la contando, eu não podia fechar os olhos pra aquilo. Disse Poncho.

-Eu sempre soube que não poderia, você é muito honrado, tenho muito orgulho de você amor. Disse Anahi.

-Eu entendi que se cheguei a aquela posição, tinha que fazer algo, e foi o que fiz, procurei a justiça e denunciei o que acontecia naquele tribunal. Disse Poncho.

-E com isso colocou sua cabeça a prêmio. Disse Anahi.

-Sim, e você tem que entender, não foi fácil ver todos os seus e-mails e não responder, eu sabia que você pensaria que eu chateado, mas eu não estava Anahi, eu nunca poderia culpa-la por sentir algo por outra pessoa, quando se ama alguém não é algo que se possa controlar, eu sabia que estava bem, que seguia com sua vida, que tinha alguém a cuidando, e por isso eu não poderia por em risco, por isso me afastei, eu amo você Annie, você ainda é a pessoa mais importante em minha vida, eu nunca a colocaria em risco por uma decisão minha Disse Poncho fazendo o coração de Anahi bater tão forte como a muito tempo não fazia.

E foi o que bastava pra que ela agisse por impulso, que se encurtasse a pouca distancia que suas bocas estavam e os beijasse, Poncho surpreso a recebeu a ajeitando sobre si, segurando firme sua nuca e aprofundando um beijo, quando ela avida deu entreabriu os lábios dando passagem para a língua dele que logo encontrou a dela, ele gemeu ao sentir o sabor dela, e a apertou mais forte contra ele, a saudade os fazendo perder o controle de si, ela apertava forte os braços os ombros dele, os dois corpos pressionados, ela sentia cada parte de seu corpo em que ele tocava incendiar,  sentia-se tonta pelo cheiro da pele dele, pelo gosto dele, pela pressão do corpo dele se moldando ao dela, e seu coração batia acelerado contra o peito dele, assim como o dele os dois numa só batia que irradiava saudade, de um amor que nunca havia acabado, apenas estava adormecido.