Fanfics Brasil - Capítulo - 011 — Rumo ao Caribe A Cupido

Fanfic: A Cupido | Tema: Ponny (entre outros)


Capítulo: Capítulo - 011 — Rumo ao Caribe

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(Alguns dias depois)


O dia da bendita viagem finalmente chegou.


Tentei ao máximo, mas só consegui convencer a May de ir. Dulce é muito teimosa, e se recusou a mudar de ideia. Tudo bem que a decisão não era somente dela, mas do jeito que ela é manipuladora, aposto que a Alma deve comer na palma de sua mão.


Assim como eu, May também não parecia muito animada. Ela não me contou o motivo, mas acho que se trata de um certo palhaço de cabelo colorido.


Resolvi não me meter mais nesse assunto. Não faz nem um mês que conheço May, e já estou cuidando mais dos seus problemas do que dos meus.


Isso me lembra que não voltei a falar com o Poncho desde daquela noite. Ele não me pareceu muito incomodado com isso, e essa sua indiferença é o que mais me incentiva a ignora-lo.



— Você já arrumou as malas, Anny? — May perguntou.


Fitei minha mala vazia sobre a cama e dei um leve suspiro, desejando que Caleb aparecesse do nada para me ajudar.


— Não — respondi.


— É melhor correr — May alertou, indo em direção ao meu guarda-roupa. — O ônibus que vai nos levar até o aeroporto parte em quarenta minutos.


A morena pegou algumas roupas aleatórias e as lançou dentro da minha mala. Me forcei a ajudá-la, por mais que não estivesse nem prestando atenção no que eu estava fazendo.


Depois de colocar alguns cosméticos, fechei a mala com o auxílio de Maite, que sentou-se sobre a mesma e fez força para que eu pudesse puxar o feche.


— Está na hora de irmos — avisou a morena, checando o horário através de seu iPhone.


Terminei de amarrar os cadarços do meu tênis da Adidas, lancei a alça da mochila sobre meus ombros e puxei a minha única mala para fora do quarto. May veio logo atrás de mim.


Nós duas seguimos até o pátio, onde todos se encontravam impacientes a nossa espera.


— Finalmente! — exclamou Angelique.


Pilar rolou os olhos e deu as costas para todos, murmurando alguma coisa para seu pai, Pascual.


O diretor veio até nós em seguida, com cara de poucos amigos.


— Vocês demoraram muito. Por quê?


— Não se apressa uma dama, Sr. Pascual — minha mãe o interrompeu, aproximando-se vagamente.


Finalmente ela deu uma dentro.


Pascual ficou pasmo ao virar para trás e se deparar com Ninel, ostentando seus óculos Gucci e com um sorriso malicioso nos lábios.


— Perdão, Sra. Portilla, mas não podemos dar privilégios para a sua filha, mesmo ela sendo herdeira do colégio.


Ele puxou um paninho do bolso dianteiro e enxugou a testa.


— Compreendo, diretor Pascual — minha mãe passou a mão delicadamente pelo rosto do diretor e disse: — mas não vejo motivos para tanta grosseira, entende?


— Claro que sim, Sra. Portilla — ele disse com dificuldade, gaguejando com os gestos de Ninel.


Minha mãe podia não ser tão jovem quanto antes, mas ainda tinha muito poder sobre os homens.


Ela deslizou sua mão até os ombros do diretor, que fechou os olhos e deu um pigarro.


Todos olhavam a cena pasmos, Pilar principalmente, que já se preparava mentalmente para não esbravejar com todas as piadinhas que viriam a seguir.


Por sorte, ou não, Poncho chegou anunciando que o motorista estava do lado de fora à nossa espera.


Larguei minha mala junto às outras e segui a muvuca até o ônibus.


Minha mãe já estava lá diante de todos com um papel cor de rosa nas mãos, pedindo por um minuto de atenção.


Quando todos ficaram quietos, ela disse:


— Para não provocar tumulto, o diretor e eu quem decidimos as duplas.


Uma agitação tomou conta. Todos pareciam insatisfeitos.


— Isso não é justo! — Pilar berrou, seguida pelos outros, que começaram a vaiar.


Depois de mais alguns minutos, Ninel conseguiu novamente a atenção de todos.


— Fizemos as duplas de acordo com suas inicias — ela explicou, analisando o papel em suas mãos.


Merda. Merda. Merda.


Que o Poncho fique com a Angelique. Fique com ela. Com ela. Com ela. Ela. Ela.


— Alfonso Herrera ficará com... minha rainha. Sim a primeira dupla Alfonso e Anahí, podem entrar no ônibus.


Engoli em seco e me dirigi até o transporte sob os olhares de todos. Ninel ainda teve a coragem de dar uma piscadinha pra mim quando passei por ela, mal sabe minha mãe que a minha única vontade no momento é de esgana-la.


Sentamos nas últimas poltronas da fileira esquerda.


Após acomodada, joguei minha mochila no chão e a prendi com os pés. Poncho me imitou, depois fechou os olhos e encostou a cabeça no vidro da janela.


Angelique e uma garota de cabelos escuros foram as próximas a entrar, seguidas por Chris e Ucker, que sentaram nas poltronas a nossa frente.


— Essa viagem vai ser o máximo — esbanjou Chris, aninhando-se a uma almofada em formato de cacto.


— Ah, claro — ironizou Poncho, ainda de olhos fechados.


— Deixa de ser tão estraga prazeres — retrucou o garoto.


— Será que as donzelas podem ficar quietas? — Ucker bufou, olhando atentamente em direção ao iPhone.


— Quem é? — Chris quis saber.


Ele inclinou a cabeça em direção a Ucker e olhou atento para a tela do aparelho.


— Não é da sua conta — disse Ucker, desligando o celular.


Chris deu de ombros e voltou a posição anterior. Ele também fechou os olhos e pediu silêncio.


Depois que todos estavam bem acomodados no ônibus, o motorista partiu. Não consegui ver a localização de May, mas creio que ela deve estar sentada bem mais à frente.


Peguei meu headphone na mochila e o conectei ao meu iPhone. Dei um passeio pelas playlists e decidi que um feat da Taylor Swift com o Ed Sheeran seria a minha trilha sonora.


“Eu quero ser o seu fim de jogo
Eu quero ser sua primeira opção
Quero ser seu time principal
Eu quero ser o seu fim de jogo, fim de jogo”



Ser seu fim de jogo.


Fitei Poncho dormindo serenamente, tão calmo quanto um bebê protegido nos braços da mãe.


Até dormindo aquele filho da mãe era bonito.


Poncho murmurou algumas coisas, notava-se pelo movimento de seus lábios, mas a música estava muito alta para eu conseguir ouvir qualquer baboseira que ele estivesse dizendo.



Eu não quero te tocar
Eu não quero ser
Outra ex que você não quer mais ver
Não quero sentir sua falta
Como as outras garotas sentem”



Tocar Alfonso é errado, mas aqueles tríceps não são de Deus. Oh, sim. Não posso sentir sua falta Poncho. As outras podem, eu não.


Christopher se virou e pôs uma mão de relance no meu ombro e puxou o meu headphone com a mão desocupada. Ele estava um pouco assustado e tinha a sobrancelha arqueada.


— Você está bem, Narrí?


— Sim, estou ótima — sacudi meu ombro para me livrar de seu toque e me escorei no encosto da poltrona.


Notei alguns olhares em minha direção, mas fingi que eram pra outra pessoa.


— Você está fazendo gestos... peculiares — comentou Ucker.


— Isso é coisa da sua cabeça — desconversei, jogando tudo que estava sobre mim dentro da mochila, excerto meu celular.


— Só não encare o Ponchito novamente — ele pediu, — você parecia uma sociopata.


— Credo, Ucker! — dei de ombros, tentando disfarçar.


Aí, Taylor.
Acho que peguei um pouco da sua paranóia.


Enfiei meu iPhone no bolso e apoiei minha cabeça. Fechei os olhos vagamente e adormeci, rezando para não acordar mais.


***


(Jato Particular do Elite Way School — N° 01)


Cinco jatos executivos foram disponibilizados para levar os alunos até o Caribe.


Por sorte, pegamos o mais reservado. Este tinha apenas seis acomodações.


— Como convenceu a sua mãe a me deixar vir contigo? — May perguntou, esticando as pernas sobre Poncho, que a chamou de folgada.


— Foi simples — dei uma piscadela pra ela e me virei para Ucker, voltando para nossa conversa.


Na verdade, assim como eu, minha mãe também não foi muito com a cara de Angelique. E, assim que eu relatei o que ela fez no primeiro dia de aula, minha mãe declarou que ela seria a menos privilegiada de toda a viagem. Pedi a ela que, ao invés de Angelique e a garota morena com quem formava uma dupla, May e Niall me acompanhassem. Obviamente Ninel não contei esforços e jogou todo o seu charme sobre Pascual, que não demorou muito para ceder ao pedido dela.


— O que você acha? — Ucker me encarou a espera de uma resposta.


Pisquei duas vezes e o mirei.


Não fazia ideia do que ele estava falando.


— Acho que tenho miopia.


Ele me fitava como se eu fosse uma louca que estava prestes a pular de um precipício, mas, depois de analisar um pouco o que eu disse, começou a rir.


— Você viajou bonito — ele disse em meio ao riso.


— Do que estávamos falando mesmo?


— Não posso continuar brigando com Dulce — ele repetiu, um pouco impaciente dessa vez.


— Então façam as pazes.


— Não é tão simples assim, princesa — Ucker suspirou.


— Claro que é — assegurei, apertando sua mão para incentiva-lo.


— Não, Anny — ele passou a língua pelo lábio inferior e mirou o teto do jatinho, depois voltou a me dar atenção. — Dulce e eu tivemos algo especial, não nego. Mas não posso mais voltar com ela. Não a amo, Anny. Não quero magoá-la nem brigar, só que ela não me escuta.


— Vocês implicam muito um com o outro — apontei — mas é óbvio que se gostam, caso contrário, nem dariam bola um ao outro.


— Óbvio que gosto dela, mas como amigo. Só que toda vez que a chamo para conversar, ela já vai idealizando os nossos convites de casamento.


— Tenso — murmurou Chris.


O garoto, que estava bem ocupado analisando as pernas de May, se intrometeu na nossa conversa.


Chris sabia ser bem inconveniente as vezes.



— Sim, é — concordei, apenas para não deixá-lo falando sozinho.


— Eu acho que você devia mandar a real pra ela — aconselhou May — Dulce gosta muito de você, Ucker. Porém, ela tem que entender que o sentimento não é recíproco. Ela é madura o suficiente para conseguir lidar com isso.


— Quanta frieza, Tita — acusou Poncho, dando um leve beliscão na coxa da morena — nem parece que se trata da sua melhor amiga.


— Não estou sendo fria, só que essa história já foi muito longe. Mais do que deveria, na minha opinião.


— Queria que tudo voltasse a ser como era antes — confessou Christopher, ajeitando uma mexa desobediente de seu cabelo. Ele passou a mão pela cabeça e olhou para todos os lados sem saber o que fazer.


— Como era antes? — perguntei.


— Dulce e Christopher já foram muito amigos — contou Chris.


— Põe amigos nisso aí — Poncho soltou sua ponta de malícia e encarou o amigo, esperando sua reação.


Ucker permaneceu quieto, creio que lembrando dos velhos momentos ao lado da ruiva.


— Não sei porque inventei de ficar com ela — lamentou.


— Não valeu a pena? — May pareceu curiosa.


Sei que só está obtendo informações para Dulce, mas taí uma pergunta de que eu faço questão de saber a resposta.


— Foi legal — ele forçou um sorriso e voltou a brincar com o fiapo solto de sua camiseta.


— Legal? — Poncho esboçou uma careta e soltou um berro. — É tudo que tem a dizer?


— O que quer eu diga? Que foi a melhor transa da minha vida? Nem de longe.


Ucker rolou os olhos e finalizou o assunto, argumentando que a privacidade de Dulce estava em jogo e não tinha a permissão dela para contar em detalhes o que aconteceu entre eles.


Pelo menos ele não é do tipo que pega e sai espalhando o que aconteceu. Algo bem raro hoje em dia.


— É melhor não falarmos mesmo disso — May concordou, — mas, mudando um pouco o foco, Poncho e Anny estão presentes, e nenhum deles nos disse como foi o encontro de alguns dias atrás.


Eu quis me enterrar em algum buraco, ou melhor, chutar Maite para fora do avião.


— Pode começar a falar — exigiu Chris.


— Er...



***


 


 


 


 


 


 


Oi, gente!


Estou voltando com tudo.
Quero muito fazer essa fic crescer.
Prometo postar mais alguns capítulos nessa semana.


Então, o que estão achando?


Será que Anny vai revelar na frente de toda a turma o que realmente aconteceu?


E o Ucker? Será que ele está sendo sincero a respeito dos seus sentimentos com Dulce, ou ele simplesmente tem medo de amá-la?


E essa intimidade Herroni? Gostaram?


Beijinhos 😘😘😘


Comentem, beninas e beninos. Vocês não imaginam o quanto me incentivam com um simples “continua”.


 


 


 



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Autor(a): beatriz_herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • vitory07 Postado em 03/02/2019 - 01:32:15

    E espero que Nathalia coloque chifres nele para ele saber como é bom ser corno e aprender a nunca mais trair ninguém.

  • vitory07 Postado em 03/02/2019 - 01:31:23

    Acho que Ucker sente algo pela Dulce e ainda não percebeu ou não quer admitir, tanto é que ele sente a falta dela. Mas ele tem que se lembrar que Dul é uma mulher bonita e tem várias qualidades, e um dia algum homem vai perceber o valor que ela tem e vai ser tarde demais para ser arrepender.

  • vitory07 Postado em 03/02/2019 - 01:26:37

    Eu estou gostando muito da sua história, espero que continue logo. Se eu fosse Annie ia inventar uma desculpa bem Boa pq ia ser muito constrangedor contar na frente de Poncho.

  • tatahaya Postado em 15/04/2018 - 19:41:42

    continua amando

  • ponnyayalove Postado em 11/03/2018 - 21:40:44

    Nas gosto de Herroni ,só os vejo como amigos kkk cnt amando

    • beatriz_herrera Postado em 15/03/2018 - 19:26:58

      Hehe relaxa que entre eles é só amizade, pelo menos por enquanto

  • ginja2011 Postado em 09/03/2018 - 21:52:33

    Descobrir hoje essa fic, lendo as descrições dos personagens e suas histórias resumidas, fiquei interessada! realmente as famílias do atual século em estamos estão perecendo, os pais na busca incessante de poder e dinheiro esquecem os valores primordiais que sustentam uma família, com esses novos valores (distorcidos) acreditam que dando tudo que o dinheiro pode comprar significa que amam os filhos. Penso que a Any e outros também trocariam tudo por castigo, mas depois teriam uma conversa, um beijo de boa noite, um eu te amo filha ou filho. É isso aí! VOCÊ CONTINUAR A POSTAR??

    • beatriz_herrera Postado em 10/03/2018 - 11:49:59

      Muitas coisas me motivaram a começar essa fic, principalmente uma história "semelhante" que uma conhecida minha passou. Enfim, eu só quero mostrar que dinheiro e poder não é tudo, como você mesma falou. Deixei de postar por falta de tempo, já que a faculdade estava tomando todo o meu tempo, mas agora arrumei um tempinho livre para voltar a escrever. Então, sim. Espero que goste dos próximos capítulos (serão postados nessa semana).

  • ponnyyvida Postado em 25/08/2017 - 02:29:12

    Aí scrr <3 Vai escrever bem assim lá não sei aonde mulher *_* Continua urgenteeee

    • beatriz_herrera Postado em 09/03/2018 - 20:50:09

      HAHAHAha que nada ^^ que bom que tá gostando

  • mimix Postado em 24/05/2017 - 14:58:18

    A fic é muito boaa!! Continuaaaa =D

    • beatriz_herrera Postado em 09/03/2018 - 20:49:39

      Que bom que gostou ^^ vou continuar sim amr

  • stephany_oliveira Postado em 23/05/2017 - 09:15:55

    Continua

  • anyherreira Postado em 04/03/2017 - 11:21:32

    Ansiosa pelos próximos capitulos .continua

    • beatriz_herrera Postado em 04/03/2017 - 13:02:52

      Bem-vinda, linda ^^ se não tiver imprevistos vou postá-los hoje, só estou dando uns ajustes...


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