Fanfic: Onde Você Está Agora? - Vondy | Tema: Vondy

 Versão da Dulce:

 1 Dia Antes…

 -Dul… seu celular tá tocando amor- Ucker resmunga em meu ouvido e mesmo pensando em lhe ignorar e voltar a me aconchegar em seus braços pra dormir, sei que o barulho não vai lhe deixar dormir e assim ele não vai me deixar dormir.

 -Alô?- não me forço a parecer simpática, pois o relógio marca que é 7 da manhã de uma sexta-feira de feriado nacional, minha única obrigação hoje é dormir com o meu noivo e a pessoa do outro lado da linha está me atrapalhando nesse maravilhoso quesito.

 -Eu e seu pai já chegamos em casa e todos nós vamos fazer um grande churrasco no almoço com todos os seus amigos, seu noivo e você mocinha. Quero que vocês cheguem por volta das 11 pra gente começar a preparar as coisas, tudo bem essa hora?- a pessoa não espera nem eu terminar de acordar para começar a falar e o resultado disso é: eu ainda mais grogue pelo sono e sem entender nenhuma palavra dita.

 -Quem tá falando?- pergunto confusa apesar de reconhecer levemente a voz, a pessoa do outro lado bufa alto e isso me faz despertar mais um pouco.

 -Meu Deus Dulce, você bebeu ontem a noite? É a mamãe!- responde irritada e eu me dou um tapa mental pela lentidão, ela seria a única pessoa acordada em um feriado e com a cara de pa/u de me ligar a essa hora da manhã.

 -O que você quer mamãe?- pergunto cansada e sinto Ucker se enrolando em minha cintura com a cabeça nas minhas costas, por eu estar de lado ele enfia sua perna na minha e me abraça pela cintura, me puxando contra ele- Mamãe, é cedo!- resmungo quando começo a sentir pequenos beijos no topo do meu ouvido e ouço uma risadinha de Ucker quando eu fico arrepiada.

 -Eu já disse Maria, quero você, seu noivo cafajeste e seus amigos aqui para o churrasco na casa dos Perroni’s, aqui em casa não dá e a gente vai fazer lá mesmo. Não se atrasem!- ordena firme e desligando sem nem se despedir, não que isso tenha me abalado quando eu tenho Ucker com a boca no meu corpo.

 -Algum problema?- pergunta rouco sem parar os beijos e agora os descendo pelas minhas costas nuas, nego sorrindo e me viro pra ele lhe dando a visão que ele tanto quer, meus seios expostos e com os bicos vermelhos pelo ar frio da manhã- Hum…- ronrona sorrindo e beijando aquela área inchada pelo seu olhar.

 -Vamos ter uma sessão de tortura para o almoço, mas isso pode esperar!- digo sem folego e ele concorda, descendo cada vez mais sua boca.

 -A gente tem mesmo que ir?- May pergunta cansada e eu bufo, já sabia que a nossa conversa ia começar assim.

 Eu estava em uma ligação conjunta com May e Annie, logo no começo May tinha começado a reclamar, mal esperando os comprimentos de nós duas e despejando seu sofrimento com a gente.

 -Não vejo qual o problema num churrasco com a família de vocês, May- Annie fala curiosa e eu reviro os olhos, ela nunca realmente tinha conhecido os nossos pais, então não sabia o quão malucos eles podiam ser quando queriam alguma coisa, no caso era saber como diabos eu estava noiva com o Ucker e se a May estava com o Sam ou o Chris, porque ambos iam ao churrasco e eles precisavam saber quem chamar de genro.

 -Não liga pra ela Annie, você, o Poncho e o Chris vão né?- pergunto ansiosa e ouço May prender a respiração de um jeito bem… audível, ouço Annie falar alguma coisa com Poncho e logo dá um gritinho feliz.

 -Vamos sim, o Ucker acabou de desligar com os meninos e eles confirmaram- responde animada e eu solto um sorriso de alívio, agradecendo por não precisar aturar o drama da mamãe sozinha.

 -Ok, não se atrasem!- imploro e as duas riem com o meu tom, eu não estava brincando!

 -Veja se não é a minha filha que esqueceu que tem pais e o noivo infeliz e canalha dela!- mamãe diz com falsa animação e eu faço uma careta com suas palavras, mesmo que Ucker continuasse com o mesmo sorriso de sempre e não tivesse se deixado abalar.

 -Oi mamãe- comprimento acanhada e ela me puxa para um abraço apertado e maternal, daqueles que você sente até na alma- Se comporte- imploro em seu ouvido e quando me afasto ela está sorrindo falsamente pra Ucker de novo.

 Tínhamos sido os primeiros a chegar e eu sabia que ia ser uma tortura enquanto ela não achasse outras pessoas para assediar com suas perguntas “delicadas”e momentos constrangedores.

 -Oi genro, espero que não suma mais uma vez não é? Como está querido?- pergunta o puxando para um abraço e vejo quando ela sussurra algumas palavras em seu ouvido, provavelmente uma ameaça e o larga rapidamente, vejo no rosto de Ucker diversão mal disfarçada e uma pontinha de arrependimento.

 -Cadê o papai?- pergunto tentando acabar com o clima estranho e mamãe bufa e nos puxa pra dentro da residência dos Perroni’s.

 -Lá dentro com o Javier, parece até que não estávamos viajando juntos- diz bufando- Entrem, temos linguiça!- diz olhando com um olhar ameaçador para Ucker, que lhe olha surpreso e eu reviro os olhos, sentindo que iria ser assim o dia inteiro e rezando para que nossos amigos chegassem logo.

 Ucker estava indo bem tentando conquistar a confiança da minha mãe e do meu pai, mais uma vez. Tirando uma ameaça aqui e ali eles estavam se dando bem, nossos amigos tinham chegado e as ameças da mamãe tinham ficado mais sutis e perdendo a intensidade a cada charme que Ucker lhe lançava com sucesso.

 -Mãe?- chamo entrando na cozinha dos Perroni’s e a vejo tentando limpar algumas lágrimas que tinham escorrido e que ela tentava esconder, tanto que veio pra dentro da casa pra isso- Tudo bem mamãe?- pergunto preocupada e me aproximando e lhe abraçando de lado, ela deita a cabeça no meu ombro e eu acaricio seus cabelos, assim como ela fazia quando eu era pequena.

 -Por mais que eu ainda tenho um pouco de rancor daquele garoto e medo de que ele te machuque novamente, eu vejo que você está feliz- diz limpando mais algumas lágrimas e eu beijo seus cabelos com carinho.

 -Então por que você tá chorando escondida na cozinha da tia Lucia?

 -Porque eu fico feliz em te ver feliz docinho, é o meu maior prazer nessa vida!- admite nem um pouco envergonhada e eu abro um amplo sorriso, lhe apertando em meus braços e lhe virando pra mim, beijando suas bochechas com carinho.

 -Dessa vez tudo vai ficar bem- prometo e ela solta uma risada irônica e pega a minha mão que fica o meu anel de noivado de rubi, vermelho em sua glória.

 -É bom mesmo, porque se não aquele menino vai ter um prejuízo danado!- brinca e eu começo a rir  e lhe abraço apertado.

 -Tudo bem amor?- Ucker pergunta me surpreendendo e eu dou um pulo pra fora do meu esconderijo perto das flores e lhe dou um sorriso sem graça- Algum motivo para você estar se escondendo da minha companhia e da dos nossos amigos, dos seus pais e dos pais da May?- pergunta divertido e eu guardo o celular no bolso.

 Eu estava em uma ligação com algumas pessoas do hospital e tinha acabado de desligar quando Ucker apareceu, eu tinha decidido algo e pra isso eu precisava de seu apoio para funcionar, pois teríamos uma vida juntos daqui a alguns meses quando marcássemos o casamento.

 Olho por sobre seu ombro e vejo nossos amigos e família rindo e se divertindo no quintal de trás, comendo churrasco preparado pelo meu pai e pelo tio Javier, aproveitando o momento e ignorando o que poderia acontecer amanhã na festa. Eu também queria aproveitar o momento, principalmente com Ucker.

 -Eu estava falando com a minha chefe da pediatria- explico e seu olhar fica preocupado e ele me pega em seus braços com carinho.

 -Luna está bem?- pergunta assustado e nesse momento eu me derreto de amor por ele, por mais incrível que isso parecesse, ele tinha criado um sentimento pela Luna mesmo a distância, e era só o que bastava para que eu desse esse passo que eu queria tanto.

 -Eu sei que esse casamento já foi bem rápido e que você pode até achar que eu estou precipitando as coisas, e dizer que não estamos prontos pra isso agora, mas eu… eu… -paro sem folego e ele me olha transmitindo confiança e confirma para eu continuar, tomo coragem e falo tudo de uma vez- Eu queria que a gente adotasse a Luna como nossa filha!- assim que digo isso eu fecho os olhos e me recuso a lhe olhar, absorvendo o seu silêncio com medo da rejeição e temendo que acabacemos brigando por isso, algo que eu nunca iria desejar para a gente.

 Mas mais uma vez na vida ele me surpreende dizendo as únicas palavras que poderiam me acalmar, confortar e me encher de amor.

 -Eu também quero- sussurra rouco e eu olho pra cima surpresa, encontrando seu olhar cheio de lágrimas não derramadas e eu me surpreendo limpando uma fugitiva- Eu estou pensando nisso desde ontem que você falou o que os avós biológicos dela fizeram, e em como ela iria ser posta em um orfanato até esperar a adoção. Eu só não sabia como te falar- diz baixinho e sem perceber, um amplo sorriso se abre no meu rosto e eu seguro suas bochechas com as duas mãos e junto nossos lábios em um beijo ardente.

 -Eu te amo!- digo emocionada e ele sorri contra meus lábios- Christopher Uckermann, você está dizendo que você realmente quer adotar uma linda e maravilhosa menininha comigo?- pergunto pra confirmação e ele finge pensar todo sério, mas não dura muito e seu sorriso se abre e ele concorda- Jura?- pergunto chorando e ele ri e me pega no colo e nos roda algumas vezes, gritando sim a todos pulmões, que se mistura com nossas risadas e quando ele finalmente para de nos rodar, estamos tontos e mesmo sabendo que ele nunca me deixaria cair, eu me aperto a ele com força e encontro seu olhar apaixonado.

 -Eu te amo muito Dul, e nós dois vamos iniciar o processo de adoção para o nosso primeiro filho, ou no caso, filha!- diz sorrindo e me colocando no chão com cuidado, mas eu lhe agarro pelo pescoço e lhe dou mais um beijo.

 -Eu não vejo a hora de me casar com você Senhor Uckermann- digo sonhadora e ele ri e me prende em um abraço de urso, aqueles sufocantes e maravilhosos.

 -EI CASAL! VENHAM PRA FOTO!- Chris nos grita e nos separamos do abraço a contra-gosto e Ucker sorri pra mim antes de me puxar de volta pros nossos amigos e família- Tavam namorando né?- brinca sorrindo malicioso pra mim e eu lhe mostro a língua.

 -Caladinho é mais bonito Chris!- rebato rindo e ele me puxa pela cintura para eu e Ucker ficarmos do seu lado, mas logo me solta quando Ucker circula a minha cintura e lhe dá um olhar falso de ameaça- Viu? O meu homem é ciumento, cuidado!- brinco me aconchegando em Ucker e os dois caem na gargalhada.

 -Perigoso ele em? E só pra sua informação Maria, eu sou sempre bonito!- rebate sorrindo e se vira em direção da câmera com um sorriso enorme no rosto.

 Estávamos todos lado a lado e com a câmera do papai no tripé a alguns metros, vejo papai apertar o botão e correr pro lado da mamãe e lhe apertar em um abraço de lado.

 -Agora todo mundo diz: NOIVO CAFAJESTE!- mamãe grita segundos antes da foto de batida e todos o gritamos, com enormes sorrisos no rosto e rindo, apertados nos braços um do outro, como uma grande e diferenciada família.

 Por um momento, todos estávamos eternizados.

OI GENTE, AVISANDO QUE EU MUDEI DE IDEIA E HOJE É SÓ UM CAP, PQ AÍ EU POSTO TODOS OS CAPS DA FESTA DO HOSPITAL JUNTOS E FICA MELHOR. SÓ ISSO, BJSS E ATÉ AMANHÃ. COMENTEM BASTANTE!!