Fanfic: Onde Você Está Agora? - Vondy | Tema: Vondy

Versão da Maite:

 5 Anos Depois…

 Era tão bom estar de volta! Depois de um ano e algumas semanas fora de Nova York, era maravilhoso voltar a sentir o ar da cidade, as pessoas estressadas e o trânsito caótico. Mas o que eu mais sentia saudades, ou de quem seria melhor, era de uma pequena e baixinha ruiva(porque ela tinha que pintar o cabelo mais uma vez!) e pelo seu olhar raivoso e cheio de lágrimas, parecia que ela também tinha sentido saudades de mim.

 -Você! Sua mentirosa, você disse que só ia chegar amanhã!- acusou irritada e me puxando para um de seus abraços sufocantes, enterro o nariz em seu cabelo e inspiro fundo.

 Dul tinha cheiro de crianças e de flores, o cheiro natural dela a 5 longos anos, desde que ela e o meu querido falso cunhado adotaram a minha segunda pestinha favorita: Luna!

 -Eu queria fazer uma surpresa!- dou de ombros e ela me olha de cima a baixo antes de sorrir aprovadora e me puxar mais uma vez para um abraço apertado, antes de me soltar e me puxar pra nossa mesa.

 -Já se acostumou de volta a NY? Por que só te digo uma coisa maninha, você não vai viajar de novo tão cedo!- diz brincando e eu reviro os olhos, mal tínhamos chegado e eu já tinha uma pequena ameaça disfarçada.

 Mas a resposta pra sua pergunta era, sim! Eu e Sam tínhamos saído da cidade depois que ele finalmente deixou a gangue, tinha ficado perigoso demais e eu ficava preocupada toda vez que ele saia com o Taylor. Fomos pro Canadá durante alguns meses, só até que a sua saída fosse “divulgada” e todos esquecessem essa história. Mas claro que isso não impedia Dul de me visitar sempre que lhe desse na telha.

 - Estou bem! Cadê a Lu?- pergunto ansiosa olhando em volta, mas nada da minha baixinha e Dul revira os olhos.

 -Está com a minha mãe, que Deus a proteja, ela vai voltar chorando pra casa e pedir mais uma vez para eu evitar deixá-la com “a mulher que se considera sua avó, mas que massacra suas bochechas toda vez que a vê”- diz a imitando divertida e eu tusso uma risada, sabendo que as palavras eram completamente certas para o nosso pequeno prodígio mirim.

 -Ela já aprendeu a ler?- pergunto divertida e ela bufa sarcástica.

 -Sim, e faz eu e Ucker pararmos em cada logo que vemos na rua para ela tentar ler, ela tem 5 e já consegue ler frases que na idade dela eu chamava de “coisas bonitinhas”!- revira os olhos, mas consigo ver a ponta de orgulho em suas palavras.

 -E os gêmeos?- pergunto por Seth e Logan antes de me conter com as saudades e agradeço ao garçom quando ele traz os cardápios.

 -Tão normais e infernais quanto duas crianças de 3 anos podem ser!- diz dando de ombros e eu caio na gargalhada por suas palavras e desdém falso.

 -Tem certeza de que você é mãe de alguma criança?- zoou e ela me manda a língua, provavelmente aprendeu isso com um dos seus filhos.

 -O que foi? Só porque eu sou mãe isso quer dizer que eu não posso falar dos meus filhos pelas costas? Eles são infernais sim ué! Principalmente quando estão com fome!- afirma pensativa e eu prendo outra gargalhada, uma hora ela estava brincando e outra ela engatava em um assunto sério no meio da frase.

 -É a convivência!- rebato séria, mas sem conseguir manter o sorriso longe do rosto por muito tempo, principalmente quando ela fica pensativa e logo depois dá de ombros, não negando em nenhum momento que eu estou mentindo- Mais alguma novidade que eu deva saber?- pergunto sorrindo e ela pensa um pouco e abre um sorrisinho animada.

 -Eu e Ucker vamos adotar de novo! Uma menininha na verdade, ela tem 2 e é uma graça!- diz com os olhos brilhantes e eu ofego pasma.

 -Você não acabou de dizer que os seus pestinhas dão trabalho?- pergunto incrédula e ela nega.

 -Eu disse que a Lu aprendeu a ler e nos para a cada esquina e que os meninos são infernais em alguns momentos, não que eles dão trabalho, pelo menos não fora do normal. E a gente já queria adotar mesmo e quando a conhecemos… nos encantou tanto quanto a Lu e Seth e Logan da primeira vez- rebate sorrindo e eu aperto sua mão por cima da mesa, lhe passando total apoio, mas não aguentando e deixando escapar um comentário malicioso.

 -Você e o Ucker estão em algum tipo de cio de adoção, fazendo toda hora- zoou rindo e ela bufa e me olha maliciosa.

 -Olha só quem está falando de ficar no cio, a própria coelha!- rebate me chutando por debaixo da mesa e eu devolvo o chute rindo, como sempre, sem esperar ter nenhuma maturidade estando acompanhada da minha melhor amiga.

 -Oi, aonde vocês estão?- pergunto pro celular e uma risada rouca me recebe de volta e eu fico toda arrepiada, o barulho do restaurante ao fundo me dá a dica de que eles já chegaram- Não consigo ver vocês!- resmungo irritada.

 -Estamos na mesa 8, é só pedir pro garçom de levar teimosa- diz rindo e eu desligo em sua cara, mostrando-me mais teimosa e infantil que o normal.

 Eu já estava no centro do restaurante quando eu os vi, sem a ajuda do garçom diga-se de passagem, e meu peito parecia 4 de julho quando meus olhos se encontraram com os dele e logo em seguida eu os abaixei levemente para a pequena dama ao seu lado, olhando tudo em volta com seus grandes olhos azuis e cabelos pretos até o queixinho.

 -MAMÃE!- seu gritinho animado me faz sorrir e ando depressa em sua direção sem me conter, a pegando no colo e enchendo suas bochechas com beijos- Senti saudades!- diz envergonhada e se agarrando ao meu pescoço, olho pra Sam e ele se levanta para me dar um beijo e puxa a cadeira pra mim sentar.

 -Eu também Chris!- digo a colocando no colo e Sam acena pro garçom- O que você e o papai fizeram hoje sem a mamãe?- pergunto arrumando seus cabelos e uma ruguinha aparece em sua testa mostrando concentração.

 -Brincamos no parque, e vimos o tio Uck, o tio Ponpon e o tio Tay!- diz animada e eu dou risada junto com Sam, tínhamos tentado lhe fazer nomear Poncho e Ucker de outra forma, mas uma vez que essa garotinha colocava alguma coisa na cabeça, ninguém conseguia tirar.

 -Matou a saudades da Dul e fofocou muito?- Sam pergunta e eu bufo irônica e ele ri compreendendo- “Nós nunca vamos conversar tudo o que temos que conversar!”- me imita com a voz fina e Chris cai na gargalhada e estende os braços pra ele lhe pegar, e como o bom pai babão que ele é, ele a pega e lhe tasca um beijo molhado na bochecha.

 -Papai, eu quero ter cabelo vermelho igual à tia Dul!- diz firme e prendo a risada quando Sam arregala os olhos.

 -Acho que podemos esperar mais algum tempinho antes de decidirmos!- diz tentando fazê-la esquecer o assunto, mas só funciona quando o garçom traz os pratos que ele já tinha escolhido e Chris fica distraída com a comida- Ou até você esquecer essa ideia maluca- sussurra pra si mesmo e eu prendo o riso, seus maiores medos eram: nos perder e que Christiana Perroni Penter crescesse e virasse uma adolescente que sabe o que é sexo e liga para garotos.

 Os meus? Perdê-los e que Christiana Perroni Penter quebrasse mais uma vez o meu estojo de maquiagem brincando com o cachorro, que no caso não era nosso.

 Versão da Autora:

 Mais uma caixa, Lya se dizia isso toda vez que pegava mais uma das caixas da mudança e levava pro apartamento novo. Apenas mais uma caixa. Era uma mentira é claro, mas isso parecia lhe dar forças, mesmo quando o namorado ria quando ela ofegava com o peso e lhe sussurrava “fracote”, correndo antes que ela pudesse alcançá-lo.

 -Só mais uma!- diz sem folego ao colocar a caixa de talheres, copos e pratos na cozinha, ela se perguntava se precisava mesmo disso, eles sempre podiam comer com as mãos ou pedir comida chinesa.

 -O que você está reclamando minha fracote?- Nick pergunta entrando no apê e fechando a porta com um chute com o pé, ela o olha irritada e ele sorri, deixa duas caixas no chão da sala e caminha em sua direção com aquele ar sabichão que só ele conseguia ter e que lhe causava ódio e um pouquinho de borboletas na boca do estômago- Você está vermelha demais, parece que correu uma maratona!- zoa passando a mão em sua testa pra tirar o suor e ela geme, a mão dele estava gelada e tinha causado um efeito refrescante em sua pele.

 -Cala a boca, mais uma caixa e eu acabo com você!- resmunga tentando passar por ele para terminar de pegar as caixas, mas ele segura seu braço com delicadeza e lhe encara sorrindo misterioso.

 -Só tem mais um caixa e ela já está no corredor. Como você só carregou algumas e eu a maioria, você pega!- diz divertido e se joga no sofá colocando as pernas pro alto, Lya o encara incrédula e furiosa, pensando em alguns bons xingamentos enquanto ia até a porta pegar a maldita última caixa- Rápido!- grita rindo nas suas costas e ela lhe manda o dedo do meio o fazendo rir.

 Ela abre a porta e no chão, vê uma caixa média cheia de buraquinhos. Ela faz uma careta e quando se inclina para pegá-la, um abafado latido vem de dentro, Lya para por um momento ofegante e olha pra trás e vê Nick a olhando com um sorriso ansioso nos lábios.

 -MEU DEUS!- grita estridente quando abre a caixa e vê um filhotinho de Border Collie se remexendo no fundo e que pula tentando sair da caixa assim que vê Lya- Ele é tão bonitinho!- exclama encantada pegando seu mais novo bebê e o ninando no peito, ela ouve uma respiração em seu ouvido e logo depois sente os braços de Nick em sua volta e um beijo em seu cabelo- Eu amei!- diz limpando uma lágrima de emoção e ele ri baixinho- Qual vai ser o nome dele?

 -Olha na coleira!- pede nervoso e Lya procura ansiosa e nota a pequena coleirinha marrom e nota o pingente dourado, ela tem que lutar contra as lambidas do cachorrinho e quando consegue colocar as mãos no pingente, já tinha levado um banho de língua canina.

 -Nick…- fala sem folego quando lê: “Quem casar comigo?” na pequena coleira e quando vira o rosto para olhá-lo, o vê a olhando com os olhos apreensivos e mordendo o lábio- É claro que eu aceito!- responde e ele abre um grande sorriso e mergulha lhe beijando, e afastando segundos depois com uma careta divertida.

 -Você tem gosto de baba de cachorro!- brinca e Lya faz uma careta e limpa a boca, mas logo em seguida beija a cabeça no filhotinho no seu colo e sorri pra Nick.

 -É fêmea não é?- pergunta depois de conferir e Nick concorda- Então vai se chamar MarryMe (Case comigo).

 -Adorei o nome!- rebate baixinho e um pouco emocionado e ela sorri maliciosa.

 -Eu sei, eu sou romântica!- fala se achando e ele ri e a puxa ainda mais pro seu colo, abrando tanto ela quanto a mais nova cadelinha.

 OI GENTE, ESTAMOS DE VOLTA COM OS EPÍLOGOS, O DE HOJE TÁ POSTADO E AMANHÃ É O OUTRO E DOMINGO O ÚLTIMO CAP DA FIC E O ADEUS MESMO. BJSS E COMENTEM BASTANTE PARA ATINGIR A META DE 200 COMENTÁRIOS ATÉ O FINAL DA FIC. GOSTARAM DAS NOVIDADES NAS VIDAS DOS CASAIS?