Fanfic: Onde Você Está Agora? - Vondy | Tema: Vondy

  Versão da Autora:

 -Thau May! De um beijo bem molhado na Dul por mim!- Nick grita quando ela já está a uma boa distância e ela revira os olhos e lhe manda o dedo do meio, abusado.

 -Thau Nick- sussurra e lha dá um aceno final.

 Ela estava cansada e esgotada, era o dia seguinte do princípio de um furacão e eles tiveram dezenas de pessoas feridas e muito trabalho pra fazer, a luz tinha faltado e tinha sido um caos até ligarem o gerador, um empurra empurra e muitos gritos. May estava considerando se entupir de remédios para dor de cabeça.

 Eles tinham sido liberados por volta das 8 da manhã com o aviso de só voltarem no outro dia as 6, uma maravilha para seus olhos. Dul tinha ficado em casa e May estava preocupada, ela sabia como a amiga era com apagões e tinha medo do que podia encontrar quando chegasse em casa, isso se chegasse, era bem capaz dela dormir no volante até lá.

 -Maite!- ela se vira tensa assim que chamam se nome, imaginando alguém rindo e dizendo que ela tinha que ficar mais algumas horas pra ajudar, ela estava preparada para dar um soco na pessoa que dissesse isso, mas quando se virou e se concentrou na pessoa com sorriso tenso na sua frente, a vontade de dar um soco continuou, mas por motivos diferentes- Oi!- fala sem fôlego e um pouco trôpego e May pisca para afastar as lembranças que lhe inundaram.

 Ela sabia que Ucker tinha voltado para Nova York, era óbvio. Mas ela não sabia da comitiva que parecia ter vindo junto com ele, pois parado na sua frente, ansioso e perturbado, estava Christian Chávez.

 -Por/ra, eu devo ter cometido algum pecado dos grandes!- xinga em voz baixa, mas alto o suficiente para ele ouvir e se encolher.

 Ela continuava delicada como sempre.

 -É bom que seja importante por/ra, eu tava ocupado!- Marcos xinga com a voz grave e o homem sentado a sua frente se encolhe um pouco.

 Eles estavam no pequeno e antigo escritório de Marcos, nada muito chique como era a 8 anos atrás, em que seu escritório era enorme e rodeado de tecnologia e pu/tas de todos os tipos, vazando gente com dívidas e dinheiro circulando como ar. Isso era a anos, não havia mais esse tipo de coisas e ele lutava para manter seu império, que ficava cada vez maior e pesado, em pé.

 Tudo culpa de Christopher Uckermann e de Taylor, dois rivais que acabaram com metade de sua gangue e fizeram com que parte da outra metade o largasse, o deixando com restos de seguranças e cobradores. E quando ele foi procurar Ucker para se vingar, o filho da mãe tinha sumido e só deixado sua namoradinha no lugar e ele se vingou de qualquer jeito. Ele fu/deu a vaga/bunda de todas as maneiras com dois de seus homens, mas isso ainda não tinha acabado.

 -Christopher Uckermann está de volta a NY!- fala em um tom sério e Marcos fica tenso, pouco antes de um sorriso largo se abrir em seu rosto e ele olhar para um de seus seguranças/detetives ansioso, ele queria saber de tudo.

 -Continue!- grita irritado quando esse não continua e ele estende um envelope pesado com algumas fotos dentro, Marcos vê uma por uma, notando que em quase todas Ucker estava com Dulce.

 -Depois que eu te mandei a mensagem, dizendo que as duas tinham entrado no prédio, eu joguei o celular fora como mandou e fui tomar um café, mas quando voltei, vi ele entrando no prédio e esperei, tenho seguido ele desde então- explica e Marcos concorda, claro que a primeira pessoa que Ucker iria procurar seria Dulce, ela era seu ponto fraco e ele não entendia o motivo dele não ter voltado depois dele tê-la sequestrado e estuprado, o que no passado, fez com que sua raiva só aumentasse.

 -Siga os dois, eu quero saber tudo o que eles fazem e os lugares aonde eles vão. Descubra aonde ele mora e me diga com quem ele mantêm contato, é como a velha expressão: “Se ele espirrar, eu quero saber!”- fala com um tom mortal e seu homem concorda e se levanta e se retira, deixando Marcos com seus pensamentos- Agora sim!- sussurra com o olhar distante e imaginando novas formas de acabar com a vida dos dois, pois eles eram pacote duplo.

 -Oi!- Chris repete nervoso, parecia que ele estava no colégio falando com uma menina bonita e prestes a ter um momento constrangedor, isso acontecia muito antes de Ucker e Poncho e ele com certeza, não queria repetir a experiência.

 -Olá- fala com a voz rouca e o olhando de cima a baixo, Chris quase podia ler sua mente e ver as possíveis rotas de fuga e desculpas para sair dali, além das perguntas de “ o que ele está fazendo aqui?”, ele entendia.

 Depois de quase uma duas semanas de volta a NY, ele finalmente tinha se dado um chute na bun/da e ido procurar May para conversar, isso só depois de Ucker contar que ele e Annie tinham falado com a Dul. Chris tinha sido o primeiro a voltar, com o objetivo de procurar apartamentos para todos e arrumar a mudança para aí sim, seus amigos virem de uma vez.

 -O que você está fazendo aqui?- pergunta dando vida a uma de suas dúvidas e Chris engole um seco, seu tom estava frio e nada amistoso, mesmo que no fundo ele conseguisse sentir uma pontada de calor que ela tentava esconder como um objeto roubado.

 -Ucker voltou e nós também, e eu… resolvi vir te ver- explica e ela lhe olha cética e cruza os braços no peito.

 -Jura? Que legal da sua parte vir me ver depois de 8 anos, muito bom!- fala irritada e Chris a olha surpreso por ela estar brava por esse motivo, ele pensou que era por ele ter finalmente voltado e por isso ela estava brava, por não querer vê-lo de novo, mas parecia que ele estava enganado.

 -Eu… não foi… tudo foi… a culpa é sua!- acusa depois que controla a voz e May o olha surpresa e por um momento a sua máscara cai e ele vê a antiga May naqueles olhos, mas ele logo coloca a máscara no lugar, o deixando no escuro para parte de suas emoções.

 -E como a culpa é minha?- pergunta sarcástica.

 -Foi você que mudou de escola e perdeu o contato com a Annie, foi você que me expulsou da sua casa sem me deixar explicar a situação. Foi você que não tentou entrar em contato comigo nem uma vez!- exclama um pouco mais alto e May sem encolhe, isso era mentira, mas ele não sabia.

 May tinha tentado entrar em contato com ele duas vezes, uma quando a Dulce estava no hospital depois do aborto e ela precisava do apoio dele e precisava que Ucker voltasse, mas desistiu assim que uma mulher atendeu com voz de sono. E quando as duas se formaram na faculdade e ela queria lhe falar que tinha lhe perdoado a anos e queria que ele voltasse, mas perdeu a coragem assim que pegou o telefone.

 -Olha, a gente pode sair pra tomar um café e sei lá, conversar?- pergunta ansioso, olhando em volta para as pessoas que passavam e viravam o olhar pra eles, tentando ouvir a conversa e May pensou durante alguns segundos.

 O sono tinha ido completamente com a visão de Chris e essa conversa maluca e lavagem de rouca suja no meio no hospital. Mas mesmo assim, um grande copo de café faria maravilhas com ela agora.

 -Tem um café na esquina- fala calma e ele abre um pequeno sorriso e concorda, feliz por ela ter aceitado conversar com ele.

 Os dois saem do hospital um do lado do outro, evitando se encostarem mesmo querendo muito, mesmo querendo pular nos braços um do outro e dizer quanta saudade estavam. Mas ambos concordavam que precisavam de café antes, muitos litros de café e muita conversa.

 -Você tá de brincadeira comigo por/ra!- Marcos xinga e se senta irritado na sua cadeira, não antes claro, de quebrar alguma coisa.

 -Eu sugiro que você não quebre muita coisa, não podemos pagar Marcos!- seu contador fala irritado e recebe um olhar mortal de Marcos, que tinha acabado de saber que eles estavam quase zerados e que mais duas pessoas tinham lhe virado as costas, sua gangue estava entrando em falência.

 -Eu tenho outras coisas para me concentrar agora, deixa isso para resolvermos amanhã!- fala irritado e pensando em sua vingança contra Ucker e Dulce, mas seu contador nega e bate com o tablet na mesa com força, atraindo sua atenção novamente.

 -A sua atenção tem que ser nisso e de imediato, por que amanhã não pode ter nada para você comandar quando acordar de manhã. Você está com dívidas Marcos, ninguém está mais comprando suas drogas porque elas estão vindo em péssima qualidade, seus parceiros de negócio estão te deixando pra se juntar a gangue do Taylor. Sua atenção tem que estar aqui!- fala firme e Marcos fica pensativo, ele precisava urgentemente de dinheiro, só isso ia poder salvá-lo, mas aonde arranjar dinheiro e tão rápido?

 Ele precisava pensar. Mas Dulce e Ucker não saiam de seus planos.