Fanfic: Onde Você Está Agora? - Vondy | Tema: Vondy

  Versão do Ucker:

 -Ai meu Deus Ucker!- Annie exclama chorando e Poncho a abraça pela cintura, afundando o rosto em seus cabelos tentando não parecer que estava prestes a chorar, tudo para mantê-la o mais calma possível, mais isso não era possível nem pra mim e então imagina pra eles.

 Eu tinha acabado de narrar toda a minha conversa com a Dul e sobre… o bebê, quando eu disse sobre o sequestro e quando a Dul acordou o hospital, Annie caiu no choro e eu tive que me segurar para não fazer o mesmo e mostrar o quanto eu também estava abalado por isso. Olho pra Chris, que estava tão feliz e relaxado quando nos encontramos na porta do prédio, e agora estava tenso e com o com o olhar distante, eu sabia que quando Lya descobrisse ela ficaria arrasada, principalmente quando eu contasse quando foi que Dul foi sequestrada. Mas por enquanto eu a manteria no escuro.

 Dul não tinha dito nada sobre manter segredo e mesmo se tivesse, eu acho que não conseguiria não me abrir com os meus melhores amigos.

 Annie funda limpando as lágrimas e pula do sofá e corre pro meu colo e eu a abraço com força, deixado algumas lágrimas caírem, a minha loira me entedia como ninguém.

 -Sinto muito!- fala em meu ouvido e eu a aberto em meus braços e depois a solto para que ela volte para o sofá e para Poncho, para que ele pudesse lhe confortar da maneira correta.

 Estávamos no meu apartamento e eles agiam como se estivessem em casa. Chris tinha achado uma raridade histórica no centro e eu comprei e mandei decorar, Chris, Annie e Poncho compraram casas por perto, mas nada tão incrível.

 -Você e a Dulce conversaram sobre mais alguma coisa?- Poncho pergunta com a voz controlada e eu nego.

 -Ela tinha que voltar ao trabalho em algumas horas e nessa hora a Maite chegou, acho que elas precisavam conversar também. A gente vai se ver amanhã!- falo com certeza e ele concorda, Annie já estava muito mais calma, mesmo que ainda abatida com a notícia.

 -Você parou de perseguir ela por hoje?- pergunta tentando um sorriso e eu dou de ombros, não querendo admitir que se eu pudesse eu não a largava nunca mais, mas que ela também precisava de um tempo para pensar- Ok, nós já vamos, você precisar descansar e colocar seus pensamentos em ordem, você teve um dia difícil e amanhã tem mais porrada pra levar- Annie fala depois de alguns minutos em silêncio e todos nos levantamos.

 -Não querem ficar?- pergunto educado e ela revira os olhos e me dá um beijo na bochecha e puxa Pocho e Chris pela manga de suas camisas.

 -Eu não acreditei no tom de bom moço, deixa pra próxima!- fala amarga e eu bufo um pouco divertido, nos despedimos e eu fecho a porta depois que eles saem, me isolando no meu apartamento silencioso, eu quase desejei que eles voltassem.

 Mas Annie estava certa e eu precisava de um descanso sobre tudo.

 Vou até a cozinha e abro o armário, pegando uma garrafa de tequila e a levando comigo pro quarto, sentindo que iria precisar bastante. Encosto a porta do quarto por hábito e me sento da cama, deixado a garrafa na cômoda, me inclino pra baixo e puxo uma caixa velha lá de baixo, cheio de bugigangas e fotos minhas com a Dul, da nossa época de adolescentes.

 Pego uma das fotos e fico lhe observando enquanto tomo um gole direto da garrafa. Na foto, nós estávamos em grupo e sentados em uma mesa de restaurante, com sorrisos largos no rosto e a mesa barrotada de comida, tínhamos pedido pra garçonete tirar a foto e no momento seguinte que a foto foi tirada, Chris vomitou na mesa por comer demais. Fomos expulsos e rimos demais logo depois, mesmo que as meninas tentassem se manterem sérias, elas acabaram rindo conosco.

 Deixo de lado essa foto e pego uma com a Dul, uma foto que a Lya tirou de nós dois jogando poker e eu rindo de Dul, que não conseguia controlar a felicidade quando pegava boas cartas e perdendo por isso.

 -Linda!- sussurro passando o dedo pela curva do seu rosto e tomando mais um gole, me forçando a não ligar para ela e implorar para ela vir aqui, ela ainda não sabia que eu tinha o seu número e não ia pegar bem ela descobrir comigo ligando um pouco alto.

 Por isso me deito na cama com essa foto no peito e adormeço, meu primeiro erro da noite.

 Ouço seu grito mesmo ele parecendo apenas um lamurio baixo de onde estou, o que é confuso para a minha mente enevoada. Tento firmar a visão, mas está muito escuro e o único som tinha sido de seus grito, que parecia ter sido a eras atrás. O grito de Dul.

 Dou um passo pra frente e é como se um holofote fosse ligado e apontado para os meus olhos, me cegando durante alguns segundos, o bastante para que o holofote mudasse de direção e se concentrasse mais a minha frente. Levanto a vista e congelo, Dulce estava em pé na minha frente, iluminada pelo holofote e coberta de sangue dos pés a cabeça, lembrando à cena do baile de Carrie: a estranha.

 -Está doendo- sussurra coma voz sem vida e eu engulo um seco e olho em seus olhos, que queimavam.

 -O que dói?- pergunto em um sussurro e ela pisca em minha direção antes de apontar para seu ventre e acariciá-lo com um olhar sonhador- Amor…- falo sem folego, tentando dar um passo para frente e lhe abraçar, mas eu não me mexo.

 -Aqui!- fala com reverência acariciando sua barriga manchada pelo sangue e do nada seu ventre começa a inchar, como se ela estivesse evoluindo sua gravidez na minha frente e ela me olha com um sorriso aberto e com os olhos brilhantes- Acho que é uma menininha!- fala surpresa e soltando uma risada alegre, estendo a mão em sua direção e ela me olha curiosa.

 -Dul, como…?- pergunto confuso, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, mas ela só continua a sorrir e a acariciar sua barriga de 8 meses, mas aí algo acontece e ela fecha o seu sorriso e me encara horrorizada, sua barriga tinha desaparecido e sangue fluía livremente por suas pernas descobertas por uma saia.

 -Eu não sinto o bebê chutar!- fala com a voz mais uma vez morta e me encara com raiva- POR QUE EU NÃO SINTO O BEBÊ CHUTAR?- grita e seu grito me empurra dois passos para trás, me desesperando por vê-la ainda mais afastada de mim.

 -Ele… ele está morto Dul- digo chorando e ela nega chorando e afunda o rosto nas mãos, tremendo pelos soluços, mas ela se acalma quando uma mão masculina afaga seu ombro e ela olha assim que ele a segue para luz e eu abro meus olhos em fúria descontrolada- Fique longe dela!- exclamo o mais alto que posso e ele me dá um sorriso de escárnio: Marcos.

 -Eu posso te ajudar com o bebê pequena Dul, você quer ajuda?- pergunta em um tom calmo, acariciando o rosto manchado de lágrimas de Dul e eu nego, mas minha voz não sai, ela me olha com raiva e concorda- Que bom!- rebate malicioso e me olha sorrindo cruel, antes de segurar um de seus seios com força e ela soltar um gemido abafado- Vou precisar de ajuda!- diz olhando pra Dul com desejo e eu grito sem voz, dando socos no ar quando dois caras aparecem e eu não consigo ver seus rostos, apenas suas mãos passando pelo corpo da minha garota.

 Choro de dor com a visão e quando pisco de novo…

 É a vista do meu teto que eu vejo e eu soluço lhe encarando, tentado me fazer entender que foi apenas um sonho, mesmo que isso tenha acontecido e que como no sonho, eu não pude fazer nada para ajudar a minha garota.

 Me levanto cambaleante e tento me concentrar em me manter em pé, não que eu esteja bêbado nem nada, mas a raiva não me deixava ver nada a não ser vermelho. Bato na parede ao tentar me apoiar e antes que a lógica me deixe pesar que isso é uma má ideia, acerto a garrafa de tequila, que continuava na minha mão, na parede e indo com a minha mão junto.

 Solto um gemido de dor antes mesmo de ver o estado da minha mão e quando finalmente tomo coragem, a olho e a vejo manchada de sangue e com cacos de vidro incrustados por toda a superfície.

 -Ótimo!- exclamo irritado pela dor e por tudo em minha volta e antes que eu note que isso também não é uma boa ideia, vou até a sala e pego a chave do meu carro e saio de casa.

 Chego nos hospital depois de meia hora, não era fácil dirigir com uma mão só enquanto a outra estava envolta em um pano ensaguentado. Paro na recepção do pronto socorro e coloco a minha mão no balcão e a enfermeira encara a minha mão com desânimo, ela devia estar esperando um ferimento mais sério. Dou de ombros e tento lhe dar o meu melhor sorriso.

 -Por favor, a Dra. Dulce Saviñon?- digo ainda sorrindo e ela me olha um momento e dá de ombros, sabendo que não vale o esforço discutir comigo, pega o telefone e digita algumas coisas e logo abre um sorriso acolhedor pra mim, e mesmo que ele pareça falso eu me acalmo.

 -Ela logo vai chegar aqui!- fala calma e eu concordo, parece que eu vou vê-la muito antes do que eu pensava, tomara que ela não fique irritada!

  ME DESCULPEM PELO POSTE TARDE, SÓ AGORA QUE DEU INSPIRAÇÃO KK. AMANHÃ TEM MAIS E DOMINGO TEM MARATONA, NÃO SE ESQUEÇAM. COMENTEM BASTANTE ENQUANTO ISSO POR QUE EU ADORO OS COMENTÁRIOS DE VCS. BJSS E ATÉ AMANHÃ PESSOAL!!