Fanfic: Onde Você Está Agora? - Vondy | Tema: Vondy

  Versão da Autora:

 -Vamos ficar nesse silêncio ridículo o tempo todo?- Dulce pergunta seca e um pouco preocupada e Ucker faz uma careta e a ignora, fazendo com que ela bufe e morda o lábio pensativa, pra logo depois suspirar cansada e se “render”- Ele é só meu amigo Ucker! Não precisar ficar todo sério e tenso só por que você pensou que nós dois temos alguma coisa, porque não temos, já que ele tem uma…- começa a tagarelar nervosa, mas para assim que ele coloca a mão na sua cocha e lhe dá um aperto tranquilizador.

 -Me desculpe!- sussurra e ela arregala os olhos surpresa, o que faz com que ele dê um sorriso amargo- Eu não tenho o direito de decidir quem você é amiga ou com que você se envolve, eu perdi esse direito a muitos anos e mesmo que eu queira ele de volta, eu ainda não o consegui. Eu só não gosto de pensar em você com outra pessoa, isso me deixa com ciúmes e isso não é certo, então me desculpe pelo modo como eu agi com o seu amigo!- fala sincero e a boca de Dulce cai aberta, ele não poderia ter lhe surpreendido mais nem se tentasse.

 Mesmo não querendo, ela fica um pouco emocionada e se obriga a conter a emoção e a segurar sua mão em sua cocha, lhe dando um aperto fraco e concordando, o que faz ele sorrir e respirar aliviado. O assunto tinha terminado e tinha deixado uma sensação boa no ar, além de a tensão ter ido totalmente embora.

 -Pra onde estamos indo?- pergunta com a voz calma e Ucker lhe dá um sorriso aberto que faz seu coração bater em um ritmo acelerado.

 -Pro meu apartamento, acho que você precisa conhecer ele já que eu já vi o seu- fala e ela arregala os olhos e ele nota e ri alto, chacoalhando o carro com sua risada- Relaxa Dul, só vamos lá pra conversar, já que a May vai estar no apê de vocês fica difícil, principalmente eu tendo quase certeza de que o Chris vai parecer por lá!- fala divertido e ela abre um pequeno sorriso.

 -Ok, isso vai ser interessante!- sussurra e ele mais uma vez cai na gargalhada, concordando mentalmente.

 -Sabe, eu realmente não gosto de machucar as pessoas. Eu sou do tipo carismático que enlouquece as meninas e tudo o mais. Mas as vezes algo muda, como um TPM, não que eu seja mulher nem nada, mas é algo do tipo, porque eu incarno a vontade de machucar certas pessoas e adivinha? Você está na minha linha de tiro, literalmente!- Sam completa com um sorriso malicioso e com a arma na testa do cara amarrado na cadeira a sua frente, se debatendo e com um olhar de pânico no rosto e tentando buscar ajuda entre as pessoas em volta, como se alguém da gangue fosse lhe ajudar, ele era um traidor.

 -Ande logo com isso cara!- um de seus companheiros resmunga e o olhar aterrorizado do cara sentado os fazem rir.

 Sam realmente não era do tipo violento, mas ele tinha seus momentos. Momentos esses em que ele tinha que proteger seus amigos e pessoas com que ele se importava, e se pra isso ele precisava machucar aquela pobre alma, mas não tão pobre assim, ele o faria. Porque esse cara tinha lhes traído para se juntar a Marcos e agora Marcos tinha mexido aonde não devia, e ele precisa de informações.

 -Bom, Tomás né? Não importa realmente- resmunga revirando os olhos e algumas risadas ecoam- Vamos fazer assim Tomás, você sabe que você não vai sair vivo daqui, mas você também sabe que se eu quiser, a sua morte pode ser rápida e quase indolor ou bem lenta e com muita dor- fala com o rosto próximo ao seu e Tomás treme e mais lágrimas escorrem pelo seu rosto, ficando presa na fita adesiva na sua boca- Você decide!- fala em tom de aviso e o cara tenta falar contra a fita desesperado, até que Sam o olha divertido e a puxa com um único movimento, fazendo com que ele gemesse de dor.

 -E...eu c-conto!- fala soluçando e Sam nega, covarde!

 Ele não tinha nem encostado nele e ele já estava chorando como o covarde desesperado que era, sem respeito por si próprio e sem fidelidade a ninguém. Ele devia descobrir o que queria e entregá-lo diretamente para Marcos, mas Marcos também estaria morto em breve e ele não valia o dinheiro do Sedex.

 -Ótimo!- fala com animação e puxando uma cadeira, a virando ao contrário e se sentando relaxado na sua frente- Pode começar contando o que ele está tramando para estar tão quietinho- fala com um sorriso frio e Tomás engole um seco.

 -Ele está falido e...e a última coisa que estava circulando por nós ontem era q-que ele ia gastar o resto do dinheiro c-com uma festa beneficente- fala gaguejando pelo olhar de Sam no seu, que não se desviava nem por um segundo.

 -Em pró do que?

 -Eu não sei, só sei que ele vai fazer em parceria com um hospital chique ai!- fala rápido e Sam congela, Marcos não faria isso, faria? Sim!

 -A sua vida vai estar em jogo com essa resposta ok? O nome do Hospital é o Manhattan Hospital?- pergunta com a voz seca e ele concorda.

 Esse era o hospital no qual Dulce trabalhava, e… e Maite.

 Merda!

 -Você prefere cores mais frias ou quentes?- Annie pergunta acenando com duas cartelas de cores, uma em cada mão, uma contendo cores como verde, azul e branco gelo e a outra contendo, vermelho, amarelo e rosa.

 Poncho olha de uma cartela pra outra, sabendo que sua resposta decidiria o futuro dos dois nas próximas horas, ou ele escolhia o tom certo ou eles brigariam por ele não estar nem tentando escolher o tom certo pro casamento tão esperado. E ele também não podia dizer: “Escolher você!”, sem levar um tiro.

 Ele pensa alguns segundos olhando pras cartelas e depois pro rosto ansioso da Annie.

 -As cores frias, acho que o azul e o branco gelo vão ficar bons. Elas me lembram do nosso primeiro encontro e que foi na praia, quando eu te molhei com a água do mar e nos beijamos pela primeira vez- fala com carinho e os olhos de Annie brilham com a lembrança e ela abaixa as cartelas de cores e pula no colo de Poncho, o beijando com vontade.

 -Você é a pessoa mais maravilhosa do mundo!- fala emocionada e limpando uma lágrima que havia escapado e Poncho sorri com carinho e beija sua testa.

 -Acho que vai ser cores frias mesmo!- brinca e ela solta uma risadinha, se aconchegando mais nele, que a aperta em seus braços.

 -Oi casal! Thau casal!- Chris fala ao passar por eles e Annie toma um susto quebrando o encanto do momento, ela nem sabia que Chris estava na casa deles.

 -De onde você veio?- pergunta horrorizada e ele e Poncho caem na gargalhada com sua expressão.

 -Eu tenho a chave!- fala dando de ombros e Annie suspira espantada e olha pra Poncho com acusação, que dá de ombros e olha pra Chris mortalmente- E eu precisava de comida, eu não tinha em casa e vou sair com a May. Então, thau de novo casal!- fala se despedindo com um aceno e fechando a porta com delicadeza ao sair.

 -Se vale alguma coisa, ele já tinha a cópia pronta antes mesmo da gente se mudar completamente- Poncho rebate ao ver o olhar de Annie e essa não consegue esconder o sorriso que puxa seus lábios.

 -Me lembre de mudar a fechadura e a comprar comida de novo, ele saiu com duas sacolas!- fala amarga e Poncho gargalhada, Chris estava perdoado e ele também.

 -Chris? O que você tá fazendo aqui?- May pergunta confusa e com um sorriso enorme no rosto, que faz com que ele abra ainda mais o seu, era bem-vindo!

 -Vamos para um piquenique de sala!- fala animado acenando com as duas sacolas cheias dos mantimentos roubados de Annie e Poncho, e May sorri e abre mais a porta permitindo sua passagem.

 -Precisamos de um porteiro nesse prédio!- brinca quando ele passa por ela e ele cai na gargalhada colocando as coisas na mesinha da sala e se jogando no sofá, já em casa.

 -Eu teria passe livre de qualquer jeito!- rebate divertido e May revira os olhos, ele teria mesmo!

 -O que você trouxe de bom?- pergunta caminhando até ele e se jogando no sofá ao seu lado, enquanto revirava as sacolas em procura de comida, ficando satisfeita quando achou sanduíches prontos e nutella- Você sabe como fazer uma garota feliz- suspira ao ver o seu favorito, sorvete e bolo.

 -Eu sou um pacote de felicidade constante!- rebate animado e May ri, jogando seu ombro contra o dele o provocando.

 -Ok “felicidade”, me alimente!- fala com a voz severa, mas com pontadas de carinho e Chris sorri e pega o pote de sorvete e a colher de plástico.