capitulo 001 parte(3)
"– Engraçadinho – berrou dulce de volta, rindo. – E vai rolar a festa. Vamos nos encontrar no bar Bathtub Gin amanhã à noite. Podemos oficialmente nos dar ao luxo de dizer: “É por nossa conta!” Mais um urro de comemoração emergiu do corredor, gritos e risos rolando em meio ao grupo estridente enquanto todo mundo respirava aliviado."
Dulce percebeu que estivera apertando a mão de anny com força suficiente para marcar a pele da outra. Soltando-a então, deu um passo para trás.
– Um dia eu vou conseguir enfrentar tudo isso sem você. Anny fechou a porta do escritório para abafar um coro de risadas enquanto o grupo se afastava. Virando-se, ela se apoiou na estante mais próxima.
– Eu espero que você sempre precise de mim, dul.
– Eu não quis dizer… – Ela correu os dedos pelo cabelo, desfazendo o coque bambo. Enfiando as mechas soltas no lugar, caminhou para se postar diante de anny. Era fácil se assomar sobre a loira pequenina estando de sapatos de salto.
– Você está soando ameaçadora, querida.
– Eu sei. – dul se inclinou e beijou a bochecha da amiga.
– Isso significa que tenho permissão para ficar? – perguntou anny, as mãos nos quadris. Dul riu, aquele pavor terrível transformando-se em algo efervescente e penetrante, algo suspeitosamente semelhante à esperança. Aquela sensação se espalhou por seus membros, deixando-a leve e impossivelmente corajosa.
– Agora temos oficialmente duas coisas para comemorar – disse ela, abrindo um sorriso lento e sedutor. Anny deu um passo para trás, chocando-se contra a porta.
– Eu conheço este olhar. É o olhar que diz que você vai me meter em encrenca com o poncho. Vou me casar no sábado que vem, dul. Não posso exatamente devolver o vestido, e eu quero aquele maldito bolo. Consegui que colocassem uma camada de manteiga de amendoim com geleia nele. – Ela foi deslizando ao longo da porta conforme Cass caminhava para frente.
– Foi você quem falou em viver um pouco. Anny balançou a cabeça.
– Você. Não eu. Você viver um pouco. Eu já vivi. Estou cansada de viver. É por isso que vou me casar. – Ela franziu a testa. – Não foi isso que eu quis dizer.
– Ahã.
– dul, poncho me proibiu especificamente de me enfiar em situações complicadas, e sua expressão me diz que você está me jogando no fundo do poço, numa situação do tipo “comece a nadar ou afunde”.
– Sim. – Um sorriso feroz repuxou os lábios de dul. Ela adorava poncho, mas ninguém jamais seria bom o suficiente para Gwen. Era simplesmente impossível. – E quanto a nadar? –anny puxou seu colarinho.
– Eu não trouxe meu maiô.
– Nade nua, anny. Um brilho de suor pontilhou acima do lábio superior da amiga.
– Nua?
– Sim, equivale a estar pelada. Sim. – dul agarrou o pulso de sua melhor amiga quando a outra tentou abrir a porta. – Não. Nada
de pular fora. Poncho vai aceitar isso bem. E sem dúvida ele vai receber o mesmo tratamento. Você não vai sair do meu lado até a noite acabar.
– Uma despedida de solteira? – anny engasgou. O som de surpresa atingiu dulce de forma particularmente dura.
– Você não achou que eu fosse te deixar casar sem uma festa, não é?
– O que aconteceu com a pessimista emocionalmente reprimida? Eu a quero de volta.
– Que pena. Foi você quem me disse para dançar em cima de algumas mesas. Além disso, ainda temos de tatuar o meu nome e o do poncho no seu bumbum. Ele fica com o lado esquerdo e eu, sempre com o direito. É mais poético assim.
– Tatuagens? – guinchou anny, avançando para a porta outra vez. Dulce tossiu para encobrir a risada.
– Quer a verdade? A baixinha assentiu, os olhos arregalados fixos no rosto de dul. – Não vai acontecer nada que você não queira hoje à noite.
Ponto. Eu vou te proteger, como sempre. – Ela arqueou uma sobrancelha e prendeu uma algema no pulso de anny, travando a outra argola no próprio pulso antes que a amiga pudesse reagir.
– Solte-me agora, Dulce Maria Espinosa savinon, ou vou telefonar para o seu pai e dizer a ele que você é uma depravada sexual.
– Esperneie e eu juro que vou jogar seu computador Mac novo no mar. Anny observou du por um minuto e depois sorriu largamente.
– Você jogaria mesmo. Este é um dos motivos pelos quais eu gosto tanto de você. Você não aceita desaforo de ninguém, nunca, e sempre sai por cima.
– Porque eu lutei para chegar lá. – dul sorriu para a algema travada em seu pulso.
– Hoje à noite? O que você fizer, eu farei. Isso vai evitar que as coisas fiquem loucas demais.
– Loucas demais? – dul olhou para cima, mordendo o lábio. – O quão louco é louco demais? Dul arrastou uma anny superficialmente relutante escritório afora para mais uma rodada de aplausos. Enquanto aguardavam pelo elevador, dul sacudiu os pulsos unidos de ambas. – O quão louco é louco demais? – Ela meneou as sobrancelhas.
– Aposto que vamos descobrir hoje à noite.
Continua...
Capitulo pequeno eu sei 😞
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E eu prometo fazer caps maiores ❤
Nat: continuando ❤❤