Só pra tranquilizar,o par da Anahi não será o Rodrigo tah gente. Xêru!

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LIVRO UM

Melhores amigas – Verão de 1983

Monterrey, México

1983

O interior do carro estava quente,os vidros embaçados com o calor dos dois adolescentes se agarrando no banco de trás. O carro balançava levemente com os movimentos entusiasmados deles. O som de bocas e línguas se encontrando e se experimentando, de suspiros e gemidos de prazer murmurado enchia o interior e transbordava na noite de junho.

Anahí Portilla acreditava que tinha morrido e ido para o paraíso. Quando estava indo ao banheiro feminino no boliche,esbarrou em Rodrigo,um veterano por quem ela tivera uma queda no ano anterior inteiro. Uma coisa levara à outra, e quando ele sugeriu que ela fosse até o carro com ele,não conseguiu dizer não.

Dizer não era um grande problema para Anahí. Ou pelo menos era o que suas melhores amigas, Maite Perrone e Dulce Maria,lhe diziam.

Até onde Anahí sabia,dizer sim era mil vezes mais divertido do que dizer não.E, certamente,esse era o problema.

-         Vamos Anahí querida. Vou morrer se não fizermos.

-         Oh Rodrigo... EU quero,mas...

Ele interrompeu susas palavras com sua boca.Beijou-a profundamente,enfiando a língua em sua boca,apertando-a contra o assento.Pensou rapidamente em Maite e Dulce, que estavam na pista de boliche e que sem dúvida,estavam procurando por ela naquele momento. Maite estaria preocupadíssima, e Dulce mto chateada. Anahí sabia que deveria voltar para a pista de boliche e dizer-lhes onde estava.

Todos os pensamentos sobre suas amigas se evaporaram quando Rodrigo levou as mãos até os seios dela e começou a massagea-los.

-         Sem mas amorzinho. Quero vc demais. Preciso de vc.

Ficando tonta com as palavras dele e as sensações projetando-se por todo o seu ser,ela curvou-se em direção a ele.

-         Preciso de vc tbm Rodri.

Ele deslizou a mão por debaixo da blusa dela e a acariciou sobre o sutiã.

-         Durante o ano passado inteiro gostei de vc. Achava que era a caloura mais engraçadinha de todas.

-         EU? A mais engraçadinha? – Ela olhou em seus olhos,agradeceu o elogio,sentindo que ia estourar de felicidade. – EU gostava de vc tbm.Por que não pediu para sair comigo?

-         Vc era caloura.Isso fazia vc ficar fora dos limites queridinha.

Ela se aconchegou em seu pescoço.

-         Mas agora EU sou uma estudante do segundo ano.

-         Exatamente.E agora que vc é mais velha,sabe do que um menino precisa. – Ele tirou a blusa dela pela cabeça,depois desabotoou o sutiã.Os seios dela se espalharam em suas mãos. – Oh querida -  murmurou ele,sua voz tornando-se grave de repente. – Vc tem seios lindos. Os melhores. – Ele puxou um mamilo para dentro de sua boca enquanto espremia e esfregava seus seios. – Diga que sim querida.

A cabeça de Anahí caiu para trás. Ela queria,realmente queria.Era tão bom.Mto melhor do que... qualquer outra coisa.Ela deu de ombros e enroscou os dedos nos cabelos dele.

Além do mais,não seria justa com ele se dissesse não agora. Começar desse modo e não acabar,bem... os magoava. Ela até ouvira que se acontecesse freqüentemente,os p*nis deles acabavam insensíveis e finalmente caíam.

E tudo porque ela não terminaria o que havia começado. Isso seria terrível. Detestaria que acontecesse com Rodrigo. Ou com qualquer outro cara.

-         Vc é tão bonita querida. Tão sexy. EU amo vc. Realmente amo.

Afastou-se dele para olhar em seus olhos.

-         Vc me ama? – ela sussurrou. – Vc me ama?

-         Certamente querida. Sim,EU amo vc demais. Não posso suportar ficar sem toca-la. Deixe-me penetra-la Anahí Portilla. – Ele levou a mão em direção ao cós do shortinho dela.

Enquanto seus dedos roçavam o sexo dela,ela agarrou os ombros dele,deixando escapar um gemido baixo. Ela levantou os quadris levemente para que as mãos dele penetrassem mais fundo entre as suas pernas, msmo quando uma parte dela recuava diante de seu comportamento.

Vc é o próprio demônio Anahí Portilla. Uma pecadora.

A voz de seu pai,as palavras dele,aquelas que havia escutado centenas de vezes antes,pipocavam em sua mente. Um frio tomou conta dela e ela apertou os olhos para fecha-los,tentando tirar o pai da cabeça à força.

Rodrigo a amava. Isso fazia tudo ficar bem. Realmente fazia. Ela apertou as coxas ao redor das mãos dele,suas pálpebras tremulando fechadas,sensações estonteantes projetando-se por todo o seu corpo. Era tão bom. Tão incrivelmente bom. Qualquer coisa com uma sensação tão boa não podia estar errada,não importa o que seu pai dizia.

-         Anahí! – Alguém bateu rapidamente na janela embaçada. – Any.. é vc que está aí dentro?

-         Tire o rab* daí! – uma outra voz falou. – Se perder a hora de ir embora...

-         Seu pai vai matar vc.

Os olhos de Anahí se abriram rapidamente. Maite e Dulce. Elas a haviam encontrado.

Meu Deus... o toque de recolher.

Ela lutou para se soltar,mas Rodrigo pegou em sua cintura com o braço que estava livre,prendendo-a no colo,a mão ainda entre as pernas dela.

-         Vão embora – ele gritou. – Estamos ocupados.

-         Any! – Maite berrou,batendo com força na janela novamente. – Está doida? Quer ficar de castigo o verão inteiro?

Anahí congelou. Se passasse um minuto da hora estipulada para o toque de recolher,nove da noite,levaria uma punição severa. Uma imagem de como seria o seu verão passou diante de seus olhos.Nada de amigos. Nada de cinema ou festas ou natação. Horas passadas de joelhos,estudando as Escrituras e rezando por perdão.

Seu pai no púlpito,fazendo o seu sermão,apontando para ela,destacando-a,chamando-a do que era.

Pecadora.

Ela emitiu um som de pavor. Seu pai faria isso tbm. Tudo isso. Sem hesitar.

E se ele tivesse mesmo a mínima pista do que ela estava por fazer,faria pior,do modo como sempre ameaçou. Manda-la para longe. Separa-la de Maite e Dulce. Manda-la para um lugar onde não tivesse ninguém.Ela não poderia suportar ficar sozinha novamente,do jeito que estivera antes de Maite e Dulce se tornarem suas amigas.

Anahí conseguiu se livrar do domínio de Rodrigo.

-         Estou indo – disse ela,procurando apressadamente pelo sutiã e blusa,vestindo-os rapidamente,depois abotoando o short. Achou a faixa do cabelo e puxou os longos cabelos louros e lisos para trás fazendo um rabo-de-cavalo,penteando-o com os dedos.Olhou para Rodrigo como se estivesse pedindo desculpas.

-         Sinto mto. EU me diverti demais.

Ele colocou o rosto dela nas palmas de suas mãos,sua expressão infantil e suplicante.

-         Não vá. Fique comigo meu amor.

Seu coração virou ao contrário. Como podia ir quando ele...

A porta se escancarou; a luz do estacionamento invadiu o interior do carro.Maite meteu a cabeça dentro do carro.

-         Any,vamos! São vinte para as nove.

-         Vinte para as nove – Anahí repetiu,um tremor de medo correndo em sua espinha.

Rodrigo pegou a mão dela.

-         F*da-se o seu velho querida.Fique comigo.

Dulce apareceu na porta então,quase rosnando para ele.

-         Não é com o velho dela que vc quer que ela f*da. Se manda canalha.

Maite pegou um braço, Dulce o outro. Arrancaram Anahí do carro,bateram a porta atrás dela e a puxaram em direção ao atalho de volta para Monterrey,o bairro onde as três moravam.

Assim que ficaram fora de alcance de audição do carro,Anahí virou rapidamente para encarar Dulce,sua face fervendo de raiva.

-         Como pôde dizer aquilo para ele? Vc o chamou de canalha. Vc... usou aquela palavra. A palavra com F. Ele nuca mais vai querer me ver.

-         Por favor Any. – Dulce emitiu um som de sinismo. – Ele é um canalha calhorda. E a palavra com F é só uma palavra. F*da-se, F*da-se, F*da-se, F*da-se. É isso,falei quatro vezes e ninguém morreu ou algo parecido

-         Vc tem que ser sempre tão cruel Dulce? Isso me enoja.

-         Vc tem que ser sempre tão fácil Any? Fico envergonhada por vc.

Anahí recuou,sentindo como se a outra menina a tivesse esbofeteado.

-         Mto obrigada. Pensei que fosse minha amiga.

-         E EU pensei...

Maite ficou entre as duas.

-         Parem vcs duas! Se não sairmos daqui agora,Any está ferrada com seu pai. O que estaá contecendo com vcs meninas? Somos ou não amigas?

-         Não vou a lugar algum com ela. – Anahí cruzou os braços no peito. – Não até que peça desculpas.

-         Por que devo pedir desculpas? É verdade.

-         Não é! Rodrigo disse que me ama. Isso muda tudo.

As palavras soaram entre elas como se não tivessem sido ditas. Maite e Dulce trocaram olhares.

-         O que foi? – Anahí perguntou com indignação. – Por que vcs duas estão se olhando desse jeito?

CONTINUA...