Fanfic: Intensity (AyA) 1° Temporada | Tema: Ponny, AyA, Portirroni, Uckerroni

Amanhecera. O dia se erguia de um céu claro, bonito, as folhas das árvores se mexiam calmas, dando uma sensação acolhedora.

Anahí já estava acordada. Olhava a janela do apartamento de sua tia em um bairro classe média baixa de Nova York. Reparava as dezenas de carros e seus motoristas raivosos buzinando sem parar, a gritaria logo cedo. Franzia o cenho quando tentava enxergar algo lá em baixo. Usava óculos de grau, enxergava pessimamente com, quem dirá sem. Se perguntava se haviam motivos fora o trânsito que os deixavam irritados. Se perguntava se no fundo, estavam tristes e tentavam manter apenas a raiva para fora.

Ela se sentia triste, vazia, com raiva do destino, talvez, mas pensava que não fora culpa de ninguém que seus pais tivessem falecido e repetia a si mesma que não deixaria que nada tirasse sua essência, que nada lhe fizesse tomar raiva da vida.

Hoje, estava decidida a ir a faculdade tentar alguma forma de bolsa. Sua tia e seu tio lhe diziam que já deveria estar cursando a muito tempo, e ela sabia disso, mas nunca tivera oportunidades de procurar uma faculdade pois trabalhava para ajudar a manter sua casa e quando tentava ir à faculdade,  nunca conseguia alguma chance de ingressar, todos lhe negavam. Pensava agora que hoje seria apenas mais uma.

Saiu logo cedo para encontrar com sua prima que trabalhava numa loja, para lhe ajudar a chegar na faculdade.

Louisa: Você chegou antes do horário! Eu sempre costumo a falar a Thomas para vir antes de eu sair, pois ele sempre se atrasa.- Disse abraçando a Anahi de lado, ambas andando calmamente.

Louisa era loira, olhos castanhos amêndoados, e tinha uma cor bronzeada. Era bonita, porém não se via semelhança alguma com Anahi. Usava uma blusa de uniforme da loja, jeans, e sapatilhas.

Anahí: Não havia o que fazer. Estava entediada, e decidi vir logo. - Respondeu se soltando de Louisa para fazer um coque. Usava jeans, uma blusa de malha comprida, os óculos, e tinha a aparência leve, sem maquiagem alguma, não gostava de usar.

Anahi tinha 20 anos. Era inocente, ingênua, de um coração puro e uma essência doce. Tinha lá seus estilos bregas, não se vestia nada bem (Tinha preferência de cursar moda rs) tinha os cabelos loiros escuros no meio das costas, mas sempre tratava de mantê-los presos. Seus olhos eram azuis, mas o óculos enorme que usava tapava seus lindos olhos e não permitiam a ninguém ver o que havia por trás deles.

Era de uma família muito pobre, viera morar com sua tia quando seus pais faleceram, mas a situação financeira da tia de Anahi não é muito diferente a que ela vivia antes de se mudar.

Louisa: Vai demorar um pouco para chegarmos lá a pé. Talvez uns 20 minutos. Você quer pegar algum ônibus? - Perguntou educada. Não tinha muita intimidade com Anahí ainda, apesar que logo de cara as duas se gostaram.

Anahí: Não precisa, sério. É bom que verei a cidade. - Respondeu olhando os lados atentamente.

Louisa: Bem, então, ok. - Assentiu  - Você já sabe que curso irá fazer? - Perguntou pensativa.

Anahí: Isso se houver bolsa não é Louisa? - Riu de leve em descrença- Mas se acontecesse, eu queria muito fazer Moda, ou talvez Publicidade. Ainda não me decidi.

Louisa: Claro que vai conseguir. - Repreendeu- Tenha fé em si mesma. O engraçado é que você está indo lá sem certeza do que quer cursar. - Disse, em um riso leve.

Anahí: Bem, pelo menos eu sei que é uma das duas- Deu de ombros observando o trânsito caótico de Nova York. Aquilo era totalmente novo para ela por ser do interior.

As duas andaram por mais ou menos 25 minutos e conversaram sobre a vinda de Anahi, como morava com os pais, e Anahi se pegou saudosa lembrando de sua família.

Chegaram à frente da faculdade. Anahí hesitou por um momento. Parecia muito grande, e não tinha chance nenhuma de entrar ali. Sua tia poderia ter conversado com alguém de lá, mas por sua aparência, não parecia que pessoas como Anahi iriam conseguir estudar ali.

Louisa e Anahí foram encaminhadas até a secretaria, e esperaram para conversar com o responsável por bolsas. Assim que foram chamadas para a sala, um homem mais velho, de aparência de 50 anos lhes aguardava.

Peter: Já lhes aguardava. É um prazer. Meu nome é Peter - Disse cumprimentando as duas. - Por favor, sentem-se. Me foi dito que uma de vocês queriam ingressar aqui dentro sim? - Perguntou apanhando um papel.

Anahí: Sim, na verdade queria muito, mas queria saber quais são as possibilidades. - Respondeu, neutra.

Peter: Bem.. Me desculpe, qual seu nome mesmo? - Franziu o cenho aproximando o rosto. Anahí respondeu o nome, calma, aguardando.- Bem Anahí, eu conversei com sua tia. Conheço ela faz alguns anos, porém ela só havia me mencionado de você esses dias atrás. Estávamos iniciando um projeto de bolsas para o ano que vem, porém, como sei da sua situação, e eu já havia falado pra ela que nossa seleção é rigorosa, você poderá estudar aqui, se passar no teste com no mínimo 70%. Preenchendo os requisitos, e estando tudo de acordo, você poderá cursar aqui. - Falou, calmo.

Anahí: Então é apenas fazer o teste?- Perguntou já afobada.

Peter: Sendo aprovada com mais de 70% sim- Confirmou solene.- Mas devo lhe dizer que há uma lista de requisitos que não são aceitos nessa dependência, e deverão ser cumpridos pois senão compromete sua bolsa.

Anahí: Ótimo, e quando é a prova? - Perguntou sorrindo. Pensar que estava a um passo de estudar lhe dava esperanças. Louisa sorria de canto.

Peter: Na próxima semana, na terça-feira, 11h. - Respondeu sorrindo de lado,Anahí ficara tão feliz que contagiava. - Estou cedendo isso unicamente a você por enquanto. Conheço sua tia, sei que ela é uma senhora muito humilde e tenho gosto por sua família. Ela me disse que você é uma garota empenhada e nos dará orgulho. Espero realmente isso - Sorriu, dando uma pausa- Sua bolsa seria integral, até o fim do seu curso. Minha secretária lhe dará todas informações assim que você for aprovada na seleção.

Anahí: De verdade, muito obrigada. Sério. - Ela apertou as mãos de Peter por cima da mesa e se despediram com um aperto de mão.

Anahí não podia estar mais feliz. Estava afobada, ansiosa, com medo também, porém sabia que se empenhasse e colocasse toda sua energia em estudar para o teste, tinha certeza que passaria. Não era nada convencida, nem tinha fé em si mesma quanto a beleza, mas sabia que sempre fora elogiada em provas, redações, matemática,quando estudava.  Ok, as escolas do interior não eram tão complicadas quanto as de Nova York, mas ela sabia que tinha potencial.